Histórias 1
Capítulos 27
Palavras 42,8 K
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por C.TENENTE — A expressão do homem de branco mudou de curiosidade divertida, para uma dúvida desconfortável, tentando descobrir se cometeu um erro, e se cometeu, como e onde? Desta vez, ele se perguntou com sinceridade, questionando tudo que havia acontecido até agora. — Você não é das favelas? Quer dizer que vive deste lado? Com essas roupas imundas de terra como se estivesse rastejando pelo chão, vai dizer que tomou banho antes de sair de casa? Me poupe, então, diga-me, onde você mora, coisinha… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Uma caminhada não foi o suficiente para se acalmar. Yaci não queria ajuda daquelas pessoas. Ela iria provar que estavam erradas, todas elas. Voltaria um dia de sua busca, trazendo seus irmãos consigo. Sairiam juntos daquele lugar horrível, vivendo a vida que sempre sonharam. Começou então a vagar, não queria ir para casa, começou em lugares conhecidos, mas ainda não era o suficiente, decidiu ir cada vez mais longe, até mesmo em partes do distrito da pobreza que nem sonhava com a… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Os últimos três dias passaram rápido para Yaci. Desde o momento em que acordava, até quando encostava a cabeça no travesseiro, não tinha muito o que fazer. No primeiro primeiro dia ainda chovia sem parar, ela tinha comida e água então não sentiu necessidade de sair de casa. Decidiu então começar a ler aquele livro estranho que havia chamado sua atenção. Entretanto, por maior que fosse o malabarismo mental que fizesse, não conseguia entender a mais curta e simples frase daquele livro!… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Yaci foi até a portinha na esquerda e passou pelo balcão. Daquele lado não tinha nada, a vitrine de vidro embaixo, onde ficavam vários doces e salgados, agora estava vazia. Era diferente ver as coisas por trás do balcão, até hoje, Yaci nunca havia cruzado para o outro lado. Procurou um pouco, por via das dúvidas, mas estava certa, não havia nada, nesse caso, só restava ir além da porta de madeira. A menina hesitou um pouco, mas a imagem daquela mulher lhe dando uma bronca por ser tão… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Não importa por quanto tempo andasse, a destruição seguia sua vista. Em seu caminho pelas favelas, em direção a padaria de dona Heloísa, Yaci se encontrou com várias pessoas, entretanto, a maioria não estava mais viva, seu estômago embrulhava cada vez mais a cada corpo que encontrava, às vezes, parava, desejava que agora estivessem em paz e quando possível, fechava os olhos deles com gentileza. Entretanto, para Yaci, a visão do sofrimento dos vivos foi muito mais perturbadora. Jogados ao… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Se apoiando na estaca que pegou do chão, cerrando os dentes por causa da dor. Yaci caminhava pelas ruas escuras. Um passo de cada vez, aguentando a dor e fome, ela refez seu caminho, ainda faltava muito para aquele dia desgraçado acabar. Minutos pareciam horas, e horas pareciam dias. A única coisa que a ajudava a manter a passagem do tempo, era a lua, que brilhava singela no céu. Cada passo por si só era uma batalha diferente. A fome minava suas forças, enquanto a dor lhe causava tremedeiras… 42,8 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Em cima de telhados, se movendo com liberdade na escuridão da noite, escondidos dos olhares de todos, quatro figuras misteriosas conversavam pacificamente sobre o que acabara de acontecer. — É a primeira vez que algo assim acontece. Nem mesmo as criaturas do lado de fora são assim! Pútridas, como cadáveres ambulantes. — Mas bem, de verdade, acho que a coisa mais impressionante que vimos hoje não foi aquela coisa. — A menina… aquilo sim foi bizarro, ela deveria ter o que, dez,… 42,8 K Palavras • Ongoing