Kennedy César

    Histórias 1
    Capítulos 16
    Palavras 36,3 K
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    • Capítulo XVI – Sonhos

      Capítulo XVI – Sonhos Capa
      por Kennedy César O crepitar das chamas era sua única companhia. O calor das brasas tornava o ar quase irrespirável, mas a dor dentro de Armand queimava ainda mais. Perdido em pensamentos, ele observava os girassóis que ardiam em uma carroça enquanto um zumbido distante incomodava seus ouvidos. — Armand… senhor Armand? — a voz firme de Carver, seu fiel general, o trouxe de volta à realidade. Armand piscou. Ao seu redor, Sombrevale estava repleta de seus soldados. O vilarejo rendido era agora um campo…
    • Capítulo XV – O Poço de Sangue

      Capítulo XV – O Poço de Sangue Capa
      por Kennedy César Guiado pela luz vacilante da chama, Hélio avistou uma escadaria emergindo das profundezas. Com esforço, nadou até ela, arrastando-se pela superfície escorregadia coberta de musgo. Quando finalmente conseguiu deitar-se sobre a escadaria, seus pulmões ofegavam, tentando recuperar o fôlego. — Cacete… nunca pensei que ia nadar em sangue — comentou Hélio.  — Hélio, você confia mesmo em Hella? — perguntou Enki, pairando acima dele como uma sentinela. Hélio franziu a testa com a…
    • Capítulo XIV – Véu de Terror

      Capítulo XIV – Véu de Terror Capa
      por Kennedy César Hella aterrissou no chão com um salto ágil, a poeira subindo ao seu redor enquanto se posicionava ao lado de Hélio. Seus olhos se fixaram em Cadell, cuja expressão ficou dura como pedra. Hella deu um passo à frente, interpondo-se entre os dois homens. — Como está, Hélio? — sussurrou, sem desviar o olhar do capitão. — Ferido, mas ainda de pé — Hélio respondeu, espiando a cabana ao longe. — Elas estão... — Eu sei — Hella interrompeu, firme. — Vá protegê-las, Hélio.…
    • Capítulo XIII – Duelo de Palavras

      Capítulo XIII – Duelo de Palavras Capa
      por Kennedy César — Sombrevale foi invadida?! — Enki exclamou. Hélio engoliu em seco, fixando o olhar nas três figuras à sua frente. À esquerda, uma mulher com cabelos ruivos e curtos, segurando firmemente um rifle. À direita, um brutamontes careca empunhava uma enorme espada com uma confiança quase desdenhosa. No centro, um homem branco e magro de aparência elegante, com um bigode bem aparado e barba por fazer, exibia um cabelo castanho cuidadosamente penteado para o lado. Ele usava uma quepe militar, sendo o…
    • Capítulo XII – Não Seja Precipitado

      Capítulo XII – Não Seja Precipitado Capa
      por Kennedy César — Eu quero usar a minha técnica de expandir o calor a partir de agora! — Hélio anunciou, estalando os dedos. Um tic audível ecoou. O relógio virou-se para Vini. — O QUE VOCÊ FEZ?! — gritou Enki. Vini estreitou os olhos, confuso. Gradualmente, o calor começou a se espalhar pela cabana. — A técnica dele está funcionando antes mesmo dos turnos começarem? Não faz sentido... Será que tem uma falha na minha técnica que eu não percebi? — Vini pensou, sentindo o calor aumentar.…
    • Capítulo XI – Dois Predadores

      Capítulo XI – Dois Predadores Capa
      por Kennedy César Os dois permaneceram em silêncio, seus olhares cruzados como o de predadores avaliando a presa antes do ataque. O tempo parecia suspenso, um fio invisível de tensão os ligava, pronto para se romper ao menor movimento. No entanto, nenhum deles se moveu. Vini sentia o coração pulsar no peito, mas a mente parecia paralisada pela estranha calma de Hélio. — Por que ele não faz nada? Ele viu o corpo ali dentro... então por que ainda está calado? — pensava. Do outro lado, Hélio observava…
    • Capítulo X – Caminhos Cruzados

      Capítulo X – Caminhos Cruzados Capa
      por Kennedy César Vini havia seguido a pé até Domvale, uma cidade próxima ao acampamento militar. Lá, comprou um cavalo e partiu rumo a Sombrevale, cavalgando por horas através de uma região pouco protegida e de escasso valor estratégico na guerra. A viagem transcorreu sem incidentes, sob o silêncio de uma paisagem monótona e indiferente aos conflitos que assolavam o continente. Sombrevale e Helestros eram vilarejos esquecidos, miseráveis até para os padrões das cidades menores. Vini não compreendia por que…
    • Capítulo IX – No Silêncio do Bosque

      Capítulo IX – No Silêncio do Bosque Capa
      por Kennedy César Armand estava em pé frente à porta da tenda do hospital do acampamento. Com as mãos para trás e um olhar pensativo, ele ponderava se deveria entrar ou não. Sabia que havia sido muito duro com seu sobrinho horas atrás, mas acreditava que era necessário. Para o rei, Vini herdara a pior parte, e ao mesmo tempo, a melhor, de seu irmão, Laurent: o orgulho. Para Armand, o orgulho era uma faca de dois gumes. Com orgulho, Vini poderia ter a confiança necessária para se tornar um grande rei, sempre…
    • Capítulo VIII – A Sombra do Trono

      Capítulo VIII – A Sombra do Trono Capa
      por Kennedy César Ele se encontrava de pé em uma sala escura. O ar estava denso. A luz fraca das velas tremiam, projetando sombras inquietas que pareciam dançar no teto. De repente, ele viu seu pai e seu tio enfrentando-se com uma intensidade feroz. Seu pai, alto e esguio, estava sem armadura, vestindo apenas uma calça de tecido grosso. Seu peito nu brilhava com suor, cada músculo tenso e delineado, enquanto segurava uma longa espada. Linhas vermelhas pulsavam ao longo da lâmina, como veias cheias de sangue fervente…
    • Capítulo VII – Provação de Valor

      Capítulo VII – Provação de Valor Capa
      por Kennedy César Armand estava sentado em silêncio em um canto da mesa, sua feição dura e postura rígida. Seus olhos vigilantes, quase sombrios, não deixavam de seguir cada movimento de Vini. Dentro da tenda, generais e capitães estavam reunidos ao redor de uma mesa de madeira maciça, repleta de mapas e documentos amarelados pelo tempo. O ar estava carregado de expectativa e curiosidade. No centro da atenção, em pé, Vini Valentine, de sobretudo azul e uma espada na bainha que ficava na cintura, estava prestes…
    Nota