P.H Jesus

    Escritor por hobby; leitor por paixão.
    Histórias 1
    Capítulos 16
    Palavras 29,4 K
    Comentários 7
    Tempo de Leitura 1 hora, 37 minutos1 hr, 37 m
    • Capítulo 16 — Sem Volta

      Capítulo 16 — Sem Volta Capa
      por P.H Jesus — Você está me dizendo que alcançou o primeiro círculo? — A voz de Varn ecoava enquanto, sentado em seu trono, ouvia atento uma jovem figura feminina. Essa não era outra se não Eleanor Talrick, sua filha. Seus traços joviais e delicados denunciavam uma beleza encantadora. Com cabelos loiros e levemente ondulados, sua pele branca — mas não pálida — rosada e brilhosa. Seria o tipo de beleza calorosa, não fosse seus olhos azuis frios. — Sim, patriarca — Respondeu enquanto fazia…
    • Capítulo 15 — Ressaca

      Capítulo 15 — Ressaca Capa
      por P.H Jesus Alguns instantes atrás, um menino observava distante, mas nem tanto. Atrás de uma cerca, via um homem que empunhava sua espada. Brandia-a habilmente, mas lutava contra algo ou alguém invisível. Essa era a visão de Elian enquanto segurava o líquido alcoólico que pesava em suas mãos. A garrafa de vinho. Seu coração se agitava incontrolavelmente com a ideia de se aproximar, pois, em verdade, ele não sabia como fazer e nem tinha a coragem para isso. Ele havia vindo cedo, a mando de sua…
    • Capítulo 14 — Último Punhado de Terra

      Capítulo 14 — Último Punhado de Terra Capa
      por P.H Jesus Logo pela manhã, um homem celebrava um rito de despedida. Usava um robe negro de tecido símples, nada chamativo, amarrado com uma corda para prender a região da cintura. Sua face era revelada a todos. Muito comum. Do tipo que se olha uma vez e não presta atenção em uma segunda olhada. Sua voz, entretanto, era calma e acolhedora. Transitava entre os ouvidos dos presentes com mansidão, provocando um clima sereno, mesmo que melancólico. Essa estranha combinação, mesmo que quase opostas,…
    • Capítulo 13 — A canção do sino

      Capítulo 13 — A canção do sino Capa
      por P.H Jesus O estômago de Kael roncava. Este era seu despertador natural. As pálpebras, ainda sonolentas, custavam a abrir. A visão embaçada precisou de um tempo para focar. O teto remendado foi o que o comprimentou depois que conseguiu enxergar com clareza. Não era o melhor, mas era o que o protegia do tempo. Bom o suficiente. A cama, um amontoado de palha fofa que causava coceiras, era coberta com algumas roupas esfarrapadas. Estava a apenas alguns centímetros acima do solo. Quase não fazia…
    • Capítulo 12 — Um erro

      Capítulo 12 — Um erro Capa
      por P.H Jesus A grama acariciava com um toque gelado os pés descalços. Macia. Fria. Mesmo assim, era aconchegante, trazendo consigo uma sensação agradável. Fazia cócegas conforme raspava os dedos. Os passos de Elian afundavam no solo, amassando  e deixando suas pegadas ficarem registradas. Um enorme campo a céu aberto que se estendia para além do que os olhos poderiam ver. Um lugar que não conhecia, mas, de alguma forma, ainda era familiar. “De novo, um desses sonhos estranhos…”, pensou…
    • Capítulo 11 — Sombras à mesa

      Capítulo 11 — Sombras à mesa Capa
      por P.H Jesus Depois de passar no comerciante e perguntar sobre o vinho, bastou falar que era para o capitão da guarda que o comerciante rapidamente entregou a garrafa. Depois os garotos seguiram a caminho da casa de Alzira. Por mais que Elian tentasse iniciar um diálogo, todo o trajeto foi sem conversa. Respostas secas; apenas o necessário. Chegando no destino, Alzira os recebeu com a expressão carinhosa de sempre, mas dessa vez Kael não queria entrar. Não queria nem comer; levando uns pães com muita…
    • Capítulo 10 — Formiguinhas

      Capítulo 10 — Formiguinhas Capa
      por P.H Jesus Alguns instantes antes do banquete, longe da diplomacia de duas caras, duas crianças estavam ofegantes. O vento soprava seus cabelos para longe. — O que foi aquilo lá de “subordinado”, cara? — Kael ainda olhava por cima do ombro ao perguntar. Sorria. Sair bem de uma situação desfavorável contra a nobreza era motivo suficiente para se alegrar. Beltrão Moura podia ser um peixe em mar aberto, mas em uma lagoa com Kael e Elian, ele ainda era um tubarão. — Eu… não sei. — Elian…
    • Capítulo 9 — Banquete de correntes

      Capítulo 9 — Banquete de correntes Capa
      por P.H Jesus — O que o senhor Varn deseja? — Beltrão por fim deu voz ao tópico central. Alguém em sua profissão sabia quando negociar. Se Varn o quisesse morto, já estaria. Mas isso também não impedia que não fosse assassinado. Estava em seu território, acobertar o caso seria simples. Ele tinha algo que valia sua vida, mas tinha que estar disposto a ‘abrir’ mão. O preço seria muito alto. Mesmo se o ‘crime’ de Varn posteriormente fosse revelado, não adiantava nada se morresse. Cada…
    • Capítulo 8 — Hospitalidade de sangue

      Capítulo 8 — Hospitalidade de sangue Capa
      por P.H Jesus — Que porra você fez? — Roderick tinha um tom frio. A situação se desenrolou de uma maneira que ele não esperava. Isso ia além de qualquer escrúpulo moral ou ético. Quando você é um estrangeiro, é esperado seguir as regras do local em que está. O que Beltrão Moura fez foi basicamente desafiar a ordem vigente! Com que convicção ele se apoiava para agir tão despretensiosamente?  tsk! “Como vou lidar com essa merda?” Roderick estava intrigado. A guarda já…
    • Capítulo 7 — Raposa astuta

      Capítulo 7 — Raposa astuta Capa
      por P.H Jesus O comércio, fundamentalmente, funciona com oferta e demanda. Contanto que tenha duas partes ou mais envolvidas, pode ser acordado.  As pessoas precisam de conforto, proteção, comida. Muitas coisas. Tudo isso pode ser comercializado. Eis o poder do dinheiro: a facilidade de conseguir comprar. Por que ir cortar a lenha para ter combustível no frio, se pode pagar pra quem cortou e não ter de fazer o esforço? Vai aproveitar o calor, sem ver a mão sangrar pelos calos do machado. Por…
    Nota