P.H Jesus

    Escritor por hobby; leitor por paixão.
    Histórias 1
    Capítulos 16
    Palavras 29,4 K
    Comentários 7
    Tempo de Leitura 1 hora, 37 minutos1 hr, 37 m
    • Capítulo 6 — Cada um com seu cada qual

      Capítulo 6 — Cada um com seu cada qual Capa
      por P.H Jesus  A luz das velas iluminavam pouco o ambiente daquela sala. Duas figuras estavam em posição de lótus, orando.  “Nós somos a mão.  O senhor é o pensamento.  Não agimos por vontade própria,  mas pela vontade d’Aquele que é.” Um estava sobre o chão em um confortável tapete de pele, o outro sobre algo. “Silenciamos o pecado.   Onde quer que se esconda.  Cegamos olhos rebeldes,  até que vejam a…
    • Capítulo 5 — A mão de Deus

      Capítulo 5 — A mão de Deus Capa
      por P.H Jesus O vento sibilava na escuridão da floresta enquanto passos apressados cortavam a noite. Maldições ecoavam e galhos eram quebrados. Os menos afortunados que não conseguiam manter um ritmo constante na fuga, caíam. Apenas os gritos eram ouvidos em seguida. O clima era frio e o terreno irregular cansava o corpo. — Filho da puta! — Uma figura cuspiu as palavras, virando-se, em desafio. — Venha entã… “O quê? Por que minha voz não sai? Por que o chão parece tão próximo…?”,…
    • Capítulo 4 — Ela também foi salva

      Capítulo 4 — Ela também foi salva Capa
      por P.H Jesus O último cliente saiu da loja, deixando uma mulher sozinha — apoiada no balcão. Havia pó de farinha em suas roupas e um pouco nos cabelos, presos num coque firme. A única luz vinha das brasas do forno. Suas mãos estavam cerradas num aperto. Os nós dos dedos, brancos. Os olhos, presos nas marcas do tempo em sua própria pele. — O que eu faria se eu te perdesse, menino? — murmurou, e um suspiro escapou junto. Uma lágrima escorreu da pálpebra, secando antes de tocar o rosto.…
    • Capítulo 3 — Um laço

      Capítulo 3 — Um laço Capa
      por P.H Jesus “Seco”, foi a única coisa que Elian conseguiu pensar. Um pão seco e duro. Mesmo assim, alimentava — sendo grato por isso. Ainda mais considerando a situação do vilarejo. O clima matinal entrava sutilmente nas frestas do barraco. O ar frio fazia os pelos de seus braços levantarem. As paredes rudemente remendadas da estrutura vez ou outra rangiam, compartilhando de seu incômodo. Croco, enrolado em uma pilha de panos velhos, parecia não se importar — acostumado. O jovem de cabelos…
    • Capítulo 2 — Um cão, um estranho e um sonho

      Capítulo 2 — Um cão, um estranho e um sonho Capa
      por P.H Jesus Primeiro, o som abafado de um chute.Um grito de dor.Depois, outro chute.E mais um.E então, silêncio: combinava com uma viela esquecida como aquela. — Droga, está morto? — um dos garotos recuava, ofegante. — Achei que ele duraria mais tempo como boneco de treino. — Já chega, ele vai acabar morrendo — disse outro deles; a voz transmitia insegurança. — Que morra — retrucou, mas seus punhos já haviam se afrouxado. E então, passos quebraram o silêncio instalado no beco. As duas…
    • Capítulo 1 — Brumalva

      Capítulo 1 — Brumalva Capa
      por P.H Jesus Chovia sobre o vilarejo encolhido entre as montanhas. A água escorria como um lembrete: tudo ali apodrecia aos poucos. As gotas batiam nas estruturas de madeira podre e pedra lascada que resistiam como velhos bêbados — se recusando a cair. Os ventos colidiam, trazendo um ranger incessante. Pedestres amaldiçoavam as ruas enlameadas que faziam o barro se agarrar aos sapatos. Os cavalos relinchavam em protesto contra seus condutores ao trafegar no local. — Olha as frutas fresquinhas que temos…
    Nota