Histórias 2
Capítulos 320
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por leodib. — O monstro estalou as pinças com força, e o som reverberou pela caverna como um trovão metálico. Seus múltiplos olhos se moveram em direções diferentes, cada um refletindo a luz fraca dos líquens como fragmentos de vidro quebrado. Um fungo vermelho brotava em sua carapaça, pulsando como um coração exposto. Engoli em seco. Sua carapaça parecia mais resistente que as ligas metálicas de Lock. Suas pinças massivas, afiadas e aterradoras. Era uma máquina de matar e destruir. —… 374,6 K Palavras • Ongoing

por leodib. — A semana do luto oficial passou rápido demais, como se o próprio Domatorum tivesse pressa em enterrar suas dores. Agora era domingo outra vez, e no dia seguinte a vida retomaria sua rotina de treinos, aulas e disciplina severa. Lyra aproveitara cada instante. Quando não estava com Aedena, absorvia matérias com Tyla, memorizando as disciplinas e repassando conteúdo até que as letras se embaralhassem diante de seus olhos. Repetia exercícios até o corpo latejar em protesto, até os músculos… 120,7 K Palavras • Ongoing

por leodib. — Lyra se olhava no espelho do dormitório. Inspirou fundo, encostou o dedo na ponta do nariz e o empurrou para cima. A princípio, houve resistência, como se a carne fosse real demais para permitir. Então a estrutura inteira cedeu com um estalo suave, como massa moldável, subindo de forma grotesca e expondo as narinas. O reflexo devolveu-lhe um rosto deformado, quase cômico, quase assustador. — Incrível — debochou Kara, rindo. — Conseguiu ficar ainda mais feia. — Não é verdade —… 120,7 K Palavras • Ongoing

por leodib. — Retirei a proteção de cima de todos. O esporo parecia, à primeira vista, ser completamente inerte e inofensivo, apenas o resíduo liberado pela explosão dos estranhos cogumelos que tinham surgido como uma pequena e engraçada tropa. Mesmo assim, ninguém se moveu de imediato. Os olhares estavam carregados de desconfiança. Cada passo dado soava incerto, indeciso. Era fácil entender a cautela: Até agora, tudo o que parecia inofensivo quase sempre se revelava um prenúncio de tragédia. Os… 374,6 K Palavras • Ongoing

por leodib. — Raphael e as duas matriarcas aguardavam que Kelsi e o restante dos policiais chegassem até o apartamento. — Alguma coisa aí? — perguntou ele a Alina. — Um contrato padrão. Só que feito para esconder o beneficiário... estranho. Ela continuou mexendo no terminal. — Pela nossa intranet, Omnit Enterprises é uma empresa de tecnologia recente, sancionada, operando dentro da lei. Em tese, nada a ver com heresias. — Trabalham com o quê? —… 120,7 K Palavras • Ongoing

por leodib. — Assim que chegamos de volta ao acampamento, reuni todos e contei o que havíamos descoberto. Os fungos estavam reagindo exatamente como previsto: suas criaturas infectadas haviam se recolhido para dentro da caverna, como se buscassem proteção no ventre da montanha. — É a hora perfeita para atacar! — exclamou Calmon, os olhos faiscando. — Estão todos em um único lugar. — Ou talvez seja justamente o que querem que pensemos — retrucou Germano, em tom grave. — Pode ser uma… 374,6 K Palavras • Ongoing

por leodib. — O corpo de Lyra pingava. O macacão de treino estava encharcado de suor, colado à pele como se fosse outra camada, pesada e incômoda. Cada passo parecia arrastar toneladas. A respiração era melada, presa na garganta, e seu peito subia e descia com dificuldade. Aedena, ao contrário, mantinha-se impecável: nem uma gota de suor, nem um músculo fora de lugar. Parecia que a mestra apenas caminhara alguns metros sob o sol da manhã, não que tivesse forçado sua aprendiz até o limite. Todo o treino… 120,7 K Palavras • Ongoing

por leodib. — Antes do final do dia, resolvi realizar uma nova varredura pelo terreno ao nosso redor. Era fundamental manter o registro do movimento inimigo; cada detalhe poderia significar a diferença entre sobrevivência e desastre. O ataque daquela manhã ainda estava fresco em minha mente, o eco das explosões e o cheiro de queimado pareciam grudados na pele. Não tinha dúvidas de que uma retaliação viria, e, se não me antecipasse, seríamos pegos desprevenidos. Assim que deixei o solo, não percorri nem… 374,6 K Palavras • Ongoing

por leodib. — No subsolo mais profundo do complexo do Domatorum, em Tartarus, Olson caminhava sozinho por um corredor esquecido, o som dos passos parecia abafado. O ar cheirava a ferrugem e poeira antiga, como se bem poucos tivessem respirado ali em anos. Aquele caminho não constava em mapa algum. Era uma obra de paciência e astúcia: relatórios de reforma adulterados em pequenas linhas de rodapé, plantas técnicas manipuladas com erros que passariam despercebidos, uma parede erguida alguns metros fora de… 120,7 K Palavras • Ongoing

por leodib. — O chão estremeceu quando a criatura pousou no gramado, as asas ainda abertas como muralhas de sombra, passava de dez metros de altura. As penas eram amareladas, salpicadas de tons metálicos que cintilavam sob a luz do sol que atravessava a cúpula do Domatorum. O impacto abriu fissuras no solo, e a onda de vento que acompanhou a aterrissagem lançou os estudantes mais próximos ao chão. Um grito coletivo de pavor percorreu a multidão. — Pra trás! — alguém berrou, mas já era… 120,7 K Palavras • Ongoing