Histórias 1
Capítulos 54
Palavras 73,7 K
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por Naor — Anayê enxergou algo parecido com um muro destruído no horizonte. De início, achou que a escuridão e o cansaço estavam pregando uma peça, porém quanto mais a carroça avançava, mais a silhueta das ruínas de um muro ficavam claras. Grekz guiou o veículo para a esquerda desviando um pouco do caminho. A atenção de Anayê se direcionou para os restos de um portão de ferro a alguns quilômetros. — Estão vendo a mesma coisa que eu? — ela perguntou. Os dois assentiram. — Estamos nos… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Anayê estava sonhando com seu vilarejo. Era incrível como nos sonhos o local se tornava tão vívido. As casas simples de madeira pintadas de amarelo, verde ou castanho, cores consideradas abençoadas por seu povo. Todo ano, durante a festa do solstício de verão, eles pintavam o rosto com essas cores. — Celebramos a vida com essas cores — seu pai explicara várias vezes — Morte, vida, sonhos, desilusões, transcendência, bem, mal. Embora desconexos, são esses fatores que fazem a… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Após o aperto de mãos, Grekz, o líder dos gors, apresentou formalmente seu grupo. A mulher se chamava Ziray, o menino Airen, e seus três companheiros, Marv, Terelk e Rodd. Além deles, havia Yorlg, o gor atropelado que havia sobrevivido, mesmo estando muito ferido. Boyak deu-lhe uma gota do fluido para ajudar na recuperação. Anayê e Ziray se entreolharam desconfiadas. A mulher ainda não conseguia dosar a ameaça à vida do seu filho e a salvação vinda dos próprios rivais, mas Grekz era um bom… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Agora era o ceifador quem estava surpreso. — Irmão? Aquele general? Anayê assentiu. — Fomos levados juntos até a fortaleza quando crianças — explicou. — Mas ele era tão firme que os generais acharam por bem treiná-lo. — E ele aceitou... Ela balançou a cabeça, triste. Atrás deles, os gors conversavam com a mulher e o menino. — Primeiro, achei que ele tinha morrido. Fiquei anos sem ter notícias. Mas depois começaram boatos de um general mais jovem e eu soube que era… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Os raios daquela chuva violenta deixavam a Anayê de apenas dez anos muito assustada. Não porque ela tivesse medo da chuva, mas porque na fortaleza as chuvas eram extremamente violentas e barulhentas. Os gigantes e vastos relâmpagos davam a impressão de que iriam partir o céu ao meio e a chuva com gotas marrons como lama deixavam seu corpo mais melado e pegajoso do que molhado. A única coisa que fazia Anayê ficar mais tranquila era fitar o rosto de seu irmão, Zafael. O garoto era… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — O líder dos gors se agitou. — Bosta! Cães! — E furioso arrancou alguns fios do cabelo. Os outros olhavam seu líder com apreensão. A mãe do menino se voltou esperançosa na direção do barulho da carruagem. — Eu farei com que arranquem toda a sua pele! — ela disse para Anayê. — Não seja tola — repreendeu o líder dos gors. — Somos gors! Os generais nos odeiam, assim que chegarem aqui vão matar a todos. — Então vamos matar logo esses dois — a mulher… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Boyak analisou o ambiente a sua esquerda e, mesmo no breu, ele viu a silhueta de uma mulher baixa correndo por entre aqueles galhos retalhados. Sem hesitar, alterou a direção da carroça fazendo Anayê se segurar para manter o equilíbrio. — O que está fazendo? — ela perguntou. O ceifador indicou a direção onde enxergava a mulher perseguida. — Tem alguém em perigo! — ele falou. Ela apertou os olhos e, mesmo assim, não viu nada. — Você acabou de me falar que estava com… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — O platô estava ficando para trás. A carroça avançava acompanhada do som dos cascos e da respiração do animal. — Esse troço não anda mais rápido? — indagou Anayê. A sua frente, a estrada era como o piche tirado de algumas rochas. Ao seu redor, as árvores haviam se transformado em pescoços compridos e garras afiadas, e de vez em quando, pensava ter visto alguns olhos pequeninos espiando. — O cavalo está cansado — Boyak respondeu. — Andamos o dia inteiro e ele não teve… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Boyak agiu mais rápido e conseguiu frustrar a fera com um soco, mas sabia que aquilo ainda não deteria a criatura. Mandaram um farejador. Humpf! Tão previsível. Sacou seu frasco e bebeu um pouco do fluido rapidamente. O estoque está acabando, ele pensou vendo que o líquido já não ocupava nem a metade do frasco. Vou ter que ser preciso. — Ei! — gritou para Anayê. — Você está bem? Antes que ela respondesse, uma bola de energia roxa saiu da boca do monstro e acertou o distraído… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Eles seguiram por muito tempo em silêncio. Até ali, Anayê só tinha visto devastação. Árvores, solo e plantas mortas. Nenhum animal ou réptil. Nenhum sinal de vida. Os galhos de algumas árvores lembravam garras afiadas e foices curvadas. — Toda essa devastação foi causada por Astaroth e seus seguidores — Boyak finalmente quebrou o silêncio vendo o seu olhar perdido. — Os asseclas de Astaroth não sabem quando parar. Continuam sugando os recursos da natureza até que tudo se torna uma… 73,7 K Palavras • Ongoing