Ryuji Oni

    Histórias 1
    Capítulos 9
    Palavras 9,5 K
    Comentários 2
    Tempo de Leitura 31 minutos31 m
    • Capítulo 6: Lumen Feralis

      Capítulo 6: Lumen Feralis Capa
      por Ryuji Oni O portão erguia-se diante dele como um arco de pedra engolido pelo tempo, coberto por musgos verdes e raízes que se entranhavam nas rachaduras. A princípio, parecia apenas uma construção abandonada, esquecida em meio às montanhas. Mas, à medida que Kazuto se aproximava, sentiu que aquela pedra respirava. Não era metáfora — o ar oscilava, o chão parecia pulsar com um ritmo lento, profundo, como se a montanha possuísse um coração. O jovem estremeceu. A pele formigava. Cada passo mais perto…
    • por Ryuji Oni O portão se ergueu diante dele como um arco de pedra coberto de musgo. À primeira vista, parecia apenas uma construção antiga, perdida no meio das montanhas. Mas, à medida que Kazuto se aproximava, a pedra parecia respirar. O ar ficou mais denso, pesado, como se o lugar tivesse vida própria. Nara caminhava à frente, passos firmes, sem olhar para trás. — Chegamos. Kazuto engoliu em seco. Atrás dos portões, uma cidade inteira parecia escondida. Casas de madeira com telhados curvados,…
    • Capítulo 5: O Caminho da Lua Calada

      Capítulo 5: O Caminho da Lua Calada Capa
      por Ryuji Oni A rua parecia diferente naquela noite. Kazuto seguia alguns passos atrás de Nara, e cada barulho ecoava mais do que deveria — o sopro frio do vento, o arrastar seco de uma sacola plástica presa em uma grade, o ruído distante de um carro que passava e se perdia. Era como se Tóquio tivesse se tornado um lugar estranho depois do massacre. Ele olhava para as costas de Nara, largas, firmes, e pensava em como tudo havia mudado em questão de horas. Ontem, ele era apenas mais um estudante qualquer.…
    • Capítulo 3: O Martelo que Guia a Fera

      Capítulo 3: O Martelo que Guia a Fera Capa
      por Ryuji Oni O grito ainda ecoava nos corredores. Um eco metálico de carteiras caídas, vidros quebrados e o silêncio macabro de dezenas de corpos espalhados pela sala. Kazuto arfava, o coração batendo como se quisesse fugir de dentro de seu peito. O cheiro de sangue, de suor e… de isopor queimado. Esse cheiro químico estranho, ácido, se espalhava pelo ar. No centro, Tommy sorria, os olhos arregalados, respirando pesado. Do seu corpo saíam espinhos brancos, deformados, como estalagmites de isopor…
    • Capítulo 2: O Ruído no Silêncio

      Capítulo 2: O Ruído no Silêncio Capa
      por Ryuji Oni O som estridente do despertador quebrou o silêncio da madrugada. Kazuto, ainda com os olhos pesados, estendeu a mão até o criado-mudo e o desligou de um tapa. O quarto permanecia meio escuro, iluminado apenas pela luz pálida que atravessava a cortina. Ele se levantou devagar, os ossos estalando num ritual quase mecânico. Passou a mão pelo rosto, coçou a nuca e ficou sentado na beira da cama por alguns segundos, olhando para o chão. Respirou fundo antes de murmurar para si mesmo: —…
    • Capítulo 1: Um dia Comum

      Capítulo 1: Um dia Comum Capa
      por Ryuji Oni A luz do sol atravessava a cortina fina e puída do quarto de Kazuto Arakawa, iluminando o pequeno espaço desorganizado que ele chamava de lar. O despertador antigo, comprado num mercado de pulgas pelo pai anos atrás, marcava 07:05 da manhã. Um zumbido metálico ecoou, insistente, até que uma mão sonolenta, ossuda e com pequenos arranhões de gato, o silenciou com um tapa. Kazuto virou-se na cama, os cabelos negros desgrenhados caindo sobre os olhos semicerrados. O teto apresentava uma rachadura em…
    • Capítulo 4: O Caminho que se Abre

      Capítulo 4: O Caminho que se Abre Capa
      por Ryuji Oni O céu ainda estava cinzento quando Kazuto voltou para casa. O som distante das sirenes ecoava pela cidade, e embora os noticiários não dissessem abertamente, todo mundo sabia: a tragédia da escola havia sido causada por mais uma daquelas “aberrações”. Kazuto mal conseguia pensar. As imagens do sangue, dos gritos e do rosto de Tommy ainda estavam queimadas em sua mente. Ele lembrava da sensação estranha correndo em seu corpo, daquela energia que havia surgido do nada quando destruiu os…
    • por Ryuji Oni Capítulo 4 – O Caminho que se Abre O céu ainda estava cinzento quando Kazuto voltou para casa. O som distante das sirenes ecoava pela cidade, e embora os noticiários não dissessem abertamente, todo mundo sabia: a tragédia da escola havia sido causada por mais uma daquelas “aberrações”. Kazuto mal conseguia pensar. As imagens do sangue, dos gritos e do rosto de Tommy ainda estavam queimadas em sua mente. Ele lembrava da sensação estranha correndo em seu corpo, daquela energia que…
    • por Ryuji Oni Capítulo 4 – O Caminho que se Abre O céu ainda estava cinzento quando Kazuto voltou para casa. O som distante das sirenes ecoava pela cidade, e embora os noticiários não dissessem abertamente, todo mundo sabia: a tragédia da escola havia sido causada por mais uma daquelas “aberrações”. Kazuto mal conseguia pensar. As imagens do sangue, dos gritos e do rosto de Tommy ainda estavam queimadas em sua mente. Ele lembrava da sensação estranha correndo em seu corpo, daquela energia que…
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