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Histórias 1
Capítulos 65
Palavras 141,1 K
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O som do apito um trem ecoava ao longe, provavelmente partindo da estação, dado que era possível ouvir os trilhos rangendo ao longe. As ruas do distrito de Gerin estavam quase desertas, somente iluminadas por pontos de luz alaranjada que vinham dos lampiões. A maioria das lojas já estava fechada e havia cortinas de fumaça saindo de canos velhos nos prédios das fábricas. O vento ali tinha cheiro de carvão, ferrugem e água parada. Era desagradável, bem diferente dos lugares que Niko e as garotas…- 141,1 K • Hiatus
- — A gente precisa chegar no depósito de carga da linha 6 logo. Sabe onde fica, Evellyn? Niko não virou o rosto ao perguntar. Apenas andou depressa na direção onde os bandidos haviam fugido, com o corpo ainda tenso, dando pequenos espasmos por de baixo do manto. Naquele momento, os passos dos criminosos já tinha desaparecido, eles agora estavam bem longe do grupo. Ao perceber que Evellyn não o respondeu, Niko olhou para trás, vendo Evellyn e Brigitte que não se moveram por alguns segundos…
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- As tochas do castelo estavam brilhando com uma intensidade anormal naquela noite sem luar, onde as trevas dominaram completamente o mundo. A névoa roxa e espessa que rastejava pelo chão e a trilha de sangue que se estendia do corredor até o saguão principal terminava bem nos pés de uma figura feminina, parada em frente ao trono do último andar do castelo. Aquela figura era Evellyn, que estava com vestes sombrias e uma tiara de ossos dos outros heróis derrotados, indicando um perigo iminente. Seus…
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- O frio da capital parecia estar mais intenso depois da nevasca de ontem, mesmo com o céu limpo do fim de tarde. O vento passava entre as ruas estreitas da cidade, congelando tudo o que ela encontrava, e a luz do sol tingia a cidade com um brilho alaranjado e frio, refletindo na neve acumulada nas calçadas e telhados inclinados das casas e prédios. Niko saiu de uma livraria segurando uma sacola de papel dobrada. Aquele era um estabelecimento agradável, com a fachada coberta por trepadeiras secas e…
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- Era uma manhã fria, com a neve cobrindo uma densa floresta quase que completamente. Ao sul, havia uma cadeia de grandes montanhas, se estendendo até o leste, enquanto ao norte uma floresta seguia até o ponto em que os olhos não conseguiam enxergar mais nada. Naquele exato momento do dia, em que o céu brilhava e o solo estava escuro, mas não completamente, já que o céu o iluminava, ainda que pouco. No meio desse ambiente acolhedor e tranquilo, era possível observar um ser pálido, envolvido por…
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- Ao longo de sua longa caminhada, após horas e horas somente andando sem rumo, o ser de chifres repentinamente permaneceu imóvel. Ele experimentou algo estranho, um desconforto no seu corpo começou, começou a ficar um pouco fraco, e o desconforto anterior se transformou em uma pequena dor aguda no estômago. Ele estava com fome. Como ele não trouxe comida consigo, teve a ideia de retornar à floresta novamente em busca de algo para poder comer. Podia ser um animal, umas frutinhas ou qualquer coisa…
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- — Quando a gente chegar no acampamento, a gente pode conversar sobre algumas coisas que você esqueceu, daí eu te dou um contexto sobre o que está acontecendo no mundo. Tudo bem? Niko teve uma curiosidade gigante em relação à Evellyn. Ele a observou por mais da metade do caminho sem falar nada, quase a deixando desconfortável por isso. Olhando mais atentamente, Niko percebeu algo ao lado do rosto da garota. — Suas orelhas, elas são pontudas. Claro que ele havia visto muito mais…
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- — É aqui, chegamos. Niko e Evellyn chegaram no acampamento. A região não tinha tantas árvores, o que o fazia ter uma aparência bem agradável, se diferenciando um pouco da visão monótona da floresta. O acampamento estava ao lado de uma das únicas árvores do local e uma carroça coberta de neve, estranhamente sem nenhum animal que pudesse a puxar. Havia uma barraca de acampamento de cores laranja e amarelo, consideravelmente grande, também coberta de neve, e na frente dela, uma fogueira…
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- Nas primeiras horas, Niko estava andando com cautela, com um rifle que Evellyn lhe deu mais cedo, à procura do animal. Estava um tédio, sua caminhada desde o amanhecer já era tediosa, isso então estava mais ainda, mesmo assim, suas pernas não estavam cansadas, parecia que ele estava acostumado a andar por horas entre longas distâncias. — Por que eu tenho essas armas? Niko se questionou, como uma forma de se distrair e pensar em coisas que pudesse saber mais de seu passado. — Se eu…
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- Estava anoitecendo, então Niko usou a lanterna que tinha. Como o lufador era praticamente cego, não havia riscos de ser atraído pela luz da lanterna, então era seguro. Olhando melhor o objeto, tinha um botão que abria e fechava a lente, mas dava para perceber que, mesmo fechada, havia um pouco de luz saindo das juntas da lente, como se tivesse algum objeto brilhante na parte interna da ferramenta, talvez uma pedra ou minério, e a parte externa fosse somente uma proteção e um mecanismo de desligar e…
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