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A exaustão era um abismo, e Hermes sentia-se despencando. A areia em suas veias agora era fogo, e os lamentos dos mortos em sua mente haviam se tornado um rugido que ameaçava consumir sua própria identidade. Ele olhou para a aberração, que se regenerava lentamente, e para Kyros, escondido nas sombras, prolongando a agonia. Ele não tinha mais tempo. "Preciso acabar com isso. Agora.", a decisão foi fria, final. Ele canalizou tudo o que restava, flexionando um dos joelhos atrás como se…- 192,3 K • Ongoing
O mundo de Hermes se desfez. O som da nota solitária da lira foi o prelúdio de uma agonia que superava qualquer ferimento físico. A moeda em sua mão não era um artefato, mas sim uma porta, e ao abri-la, ele se afogou no que havia do outro lado. O frio foi a primeira coisa. Um frio antinatural que não vinha do ar, mas de dentro, subindo por seu braço como o veneno de uma serpente do Cócito. Suas veias, visíveis sob a pele pálida, se tornaram negras, não como tinta, mas como a ausência de luz,…- 192,3 K • Ongoing
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Capítulo 48 | O Lamento da Carne
Kyros deleitava-se no horror. Com os braços abertos, como um maestro diante de sua orquestra, ele admirava sua obra-prima. — Contemplem! — sua voz exultante ecoou pela câmara profana. — A pureza do amor infantil, refinada em sua forma mais verdadeira! Eu o chamo de... o Hecatônquiro de Eros! A monstruosidade se moveu sobre o altar, um som úmido de carne se arrastando sobre a pedra negra. Não era uma criatura, era uma escultura viva de agonia. Braços se estendiam em ângulos…- 192,3 K • Ongoing
— Diga-me, escravo... — Kyros disse, a voz baixa e íntima enquanto ele se aproximava um pouco mais das grades. — O que você sentiu quando encontrou aquela outra peça? A moeda de Gérion. Você sentiu o poder nela, não sentiu? O frio. A promessa. Você achou que era único? O deus caído, alarmado, levou a mão ao pano em sua cintura, que era onde mantinha a moeda. Seu segredo mais profundo, a moeda de Tânatos que ele mantinha escondida, era conhecido por seu inimigo. A teia da…- 192,3 K • Ongoing
A escuridão era uma entidade viva, espremendo Teseu por todos os lados. Cada respiração pressionava dolorosamente seus pulmões cansados contra as lascas das costelas quebradas e a exaustão pelo uso de seu poder fazia seus membros pesarem como chumbo. Ele estava sozinho, enterrado sob uma montanha, mas não estava perdido. À sua frente, o pequeno vaga-lume pulsava com uma luz verde e suave, seu brilho um farol solitário na imensidão do negrume. Ele se movia com um propósito, guiando…- 192,3 K • Ongoing
A escuridão à frente era absoluta, mas eles não estavam mais cegos. Tinham um guia. A canção, que antes era um sussurro fantasmagórico, agora era uma melodia clara na mente de Neo, um fio invisível que o puxava para as profundezas daquele labirinto subterrâneo. — É por aqui — o menino murmurou, a voz baixa e receosa, o corpo movendo-se em um transe lento, a mão ainda agarrada à túnica de Magno. Magno mancava, a dor em seu tornozelo uma pontada aguda a cada passo, mas a dor em seu…- 192,3 K • Ongoing
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Capítulo 44 | O Monstro na Escuridão
O rosnado baixo e gutural se transformou em um urro que fez a própria pedra do túnel vibrar. Da escuridão impenetrável, a criatura explodiu para a luz trêmula da tocha. Era um lobo, mas a palavra parecia uma ofensa à monstruosidade que se materializou diante deles. Maior que um cavalo, uma massa de músculos nodosos e pelos negros emaranhados, com garras que riscavam o chão de pedra, produzindo faíscas. A saliva, espessa e escura, escorria de uma bocarra cheia de presas que pareciam…- 192,3 K • Ongoing
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Capítulo 43 | Canção do Porto
A noite engoliu Therma, mas não trouxe a escuridão completa. Uma lua cheia, imensa e pálida, pendia no céu, derramando uma luz fantasmagórica sobre os telhados de terracota. A claridade era enganosa; em vez de revelar, ela criava sombras mais nítidas, mais profundas, transformando as vielas familiares em um labirinto de contrastes assustadores. O grupo se movia como uma unidade ferida através desse cenário. Não havia plano, apenas o desespero de Magno como um motor febril. Ele caminhava na…- 192,3 K • Ongoing
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Capítulo 42 | História para dormir
O sol da manhã lançava um brilho impiedoso sobre os telhados de terracota de Therma. Do topo de um prédio de apartamentos inacabado no distrito dos artesãos, a vista era privilegiada e deprimente. Abaixo deles, a cidade se estendia como um organismo caótico, mas ali, na colina que dominava o horizonte, a mansão do Arconte Kyros era um mundo à parte. As muralhas de mármore branco pareciam zombar da sujeira e da desordem do resto da cidade, uma fortaleza de silêncio e poder. Por horas, Hermes e…- 192,3 K • Ongoing
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Capítulo 41 | Sussurros no Cais
O ar no porão da "A Âncora Quebrada" era uma mistura de mofo, ansiedade e fumaça da pequena fogueira que crepitava em um braseiro improvisado. O segundo dia desde que haviam chegado a Therma caminhava para seu fim, um dia que passaram escondidos, esperando, estudando. O prazo dado por Circe se esgotava pouco a pouco. Hermes afiava sua xiphos com movimentos lentos e metódicos, o som do aço na pedra de amolar era o único ruído constante. Teseu, sentado em um caixote, observava as chamas, o rosto…- 192,3 K • Ongoing
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