22 Resultados na categoria ‘Devore o Fio!’
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Prelúdio - Para onde vão as estrelas
O mundo… estava em silêncio. Meus olhos abriram devagar. Ainda havia fuligem no ar, como se a noite estivesse morrendo aos poucos. Estava deitado sobre o que antes talvez fosse uma estrada. A terra estava quente, endurecida pela cinza, e um gosto metálico me pesava a língua. Levantei-me com esforço. Meu corpo estava intacto, mas uma sensação incômoda percorria a pele — como se formigas caminhassem por cada centímetro, incessantes. Era como se cada fibra minha tivesse sido escavada,…- 45,4 K • Ongoing
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Capítulo 19 - Última Lição
Magalhães. O nome soou como um eco antigo, um sussurro esquecido no tempo, preso entre as rachaduras de uma memória que lutei para enterrar. Mas ali estava ele — ou o que restava dele — envolto em uma luz pálida, trêmula, como uma vela prestes a se apagar. Seus olhos não continham mais a centelha da vida. Apenas o brilho frio da prana que o mantinha de pé. — Acho que estou à beira da morte. Estou até vendo alucinações… — E está mesmo, Marcius. Você é um homem morto. Mas…- 45,4 K • Ongoing
- Se a vida de um Emergente é um tear, então tecemos nosso destino com os fios entrelaçados de nossos companheiros. Nasça e seja marcado.Cresça e exerça seu destino.Morra e deixe sua marca. Então, que o destino repita esse ciclo. Durante toda minha vida, fui instruído a viver pelo estigma que carrego nas costas — proteger os fracos, preservar a esperança dos desafortunados, prever a ameaça dos que não têm fé. Como um cabresto, essa foi a doutrina que os apóstolos do Égide me…
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- 25 de dezembro. Epicentro da Corrupção, Ástrea. O mundo estava mais uma vez, face a face com o seu predador natural, um Devorador. As grotescas presas que tanto rasgavam a realidade, formavam aquele sorriso sádico e estático ao relento. A sua frente, o predador, utilizando o corpo de seu receptáculo para seus próprios fins, permanecia firme, mantendo a sua conexão. Nada escapava da fissura que tanto castigava estas terras, era implacável, tudo o que havia sido recriado pelas mãos do…
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- Em pé diante de uma lágrima cósmica, linhas banhadas por um vermelho pulsante se entrelaçavam entre seus dedos esguios. Sua voz, grave e compassada, ecoou no vazio etéreo. — Nós somos Tecelões, sombras silenciosas à margem do existir. Preservar. Proteger. Podar. Costurar. Essas palavras não são meros comandos; são o sangue que pulsa em nossa essência, as vigas que sustentam o grande tecido da realidade. O Destino… Ah, o Destino, a linha carmesim que permeia tudo o que foi e será. Cada…
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Capítulo 15 - A luz guia do Sul
“Aguente, Elyza! Aguente!” Minhas preces mentais eram tão inúteis quanto folhas ao vento. A cada segundo, o peso do caos ao meu redor esculpia minha mente com golpes de martelo. Eu queria desistir, fechar os olhos e finalmente repousar. Mas a morte digna que tanto busquei sempre parecia escapar de minhas mãos. — Tio… por que as nuvens estão pretas e fedidas? Tô com medo… — A voz suave e inocente da pequena menina em meus braços rompeu minha concentração. Seus olhos grandes, que…- 45,4 K • Ongoing
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Capítulo 14 - O mundo é o meu prato
A data? Eu devorei. O local? Eu também devorei. Você fez muito bem em não transbordar, centelha. — Quem diria? Você não pensou nem por um segundo que eu poderia retomar a posse do poder do vazio que lhe arranjei? Gargalhei com um prazer cruel, aguardando ansiosamente por sua resposta, mas logo me lembrei: “Ah, é claro, eu o asfixiei.” Minhas garras apertavam com gosto a garganta de meu receptáculo, e eu sentia o sabor onírico em seu canal digestivo,…- 45,4 K • Ongoing
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Capítulo 13 - Neve no verão
24 de Dezembro, Ano 770. Redor do Vilarejo Archi, Ástrea. O sol brilhava intensamente, aquecendo a colina onde eu e Vie estávamos deitados. Era verão, e o calor tornava o ar ao nosso redor quase palpável. O verde das folhas e o dourado dos campos de cânhamo abaixo da colina criavam um contraste vívido com o céu azul sem nuvens. De onde estávamos, podíamos ver a aldeia ao longe. Pequenas casas de pedra e madeira se agrupavam em torno da praça central, onde os moradores se ocupavam com…- 45,4 K • Ongoing
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Capítulo 12 - 25 de Dezembro
Sem reflexões para remoer o passado, sem previsões para sonhar o futuro, apenas a certeza do momento. É nesse instante que escolho viver a partir de agora. Sairei desta gaiola, custe o que custar. Tentei me erguer, mas fraquejei. Tentei me arrastar, mas o chão parecia mais acolhedor. Tentei estender a mão, mas meus dedos não alcançaram a saída desta realidade monocromática. — Já chega! Você tá tentando se matar! — Vie me repreendeu. — Você mesma disse… — eu tossi,…- 45,4 K • Ongoing
- Será que eu era apenas um erro, uma falha irreparável dentro do destino? E mesmo que eu realmente fosse, como isso seria possível? Fechei os olhos por um momento. Desta vez, era algo pessoal. — Nunca me submeti a esses fios vermelhos. Durante toda a minha vida, recusei-me a seguir seus chamados. E quando finalmente reuni coragem para desafiar o destino, sou rotulado como um erro. Com a ponta dos dedos, pressionei a membrana que separava a realidade desfocada. Concentrei ali todo o ódio…
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