41 Resultados na categoria ‘O Legado de Giliard’
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Capítulo 29 - Psicodélicos
No fundo daquela adega, a parede ao fundo estava preenchida com aquela arte, enquanto as paredes laterais tinham vários barris armazenados. O ar estava impregnado de umidade, e o aroma de madeira envelhecida envolvia todo o ambiente.. A luz dos cristais amarelos, por algum motivo, havia perdido parte de sua vivacidade, sendo mantida por pequenos cabos de aço ligados ao teto. Dave tinha a impressão de que a luminosidade estava oscilando, indo de um estado mais fraco para um mais intenso. — Em seu… - Capítulo
Capítulo 28 - A melhor degustação
— Você se considera um homem religioso, senhor Dave? — perguntou Heitor, enquanto observava o tenente com um olhar cansado da idade. — Quando não se pode confiar em ninguém, em quem confiar? É um paradoxo, correto? Falta de confiança em pessoas aumenta a necessidade da religião. Logo, só se pode confiar em Deus. — Acredito em mim, e apenas em mim. Porque em toda a minha vida, foi só nisso que pude acreditar — respondeu diretamente, com as costas quase que presas no encosto da… - Capítulo
Capítulo 27- e4
As crianças estavam todas quietinhas, a expectativa era enorme. Até Hassan estava ficando ansioso, fazia tempo que não lia aquela história. Ele limpou a garganta e abriu o livro, finalmente, começando a leitura: — Há muito tempo, os deuses fizeram o lance e4… — Desculpe interromper papai, mas o que é esse “lance e4”?— perguntou a menina, enquanto com o rosto tímido alisava o tecido da saia com os dedos. — Esse é um dos lances de abertura no xadrez. Isso significa que o peão… - Capítulo
Capítulo 26- Efeito dominó
— Por que acha que eu te entregaria aos imperialistas? Ou ao seu senhor? Se os seus "pais" realmente cometeram os atos dos quais são acusados, isso é um problema exclusivamente deles. Não é justo que uma criança pague pelos erros dos pais, isso não seria justo para elas. Quando o homem terminou de falar, um grande vento soprou, levantando as folhas da árvore e bagunçando os cabelos do menino. Mas ainda assim, seus olhos estavam como que vidrados, em um daqueles momentos em que se olha para um… - O garoto, como se tivesse recebido um novo sopro de vida, continuou sua narrativa: — Saí à noite. Estava tão frio, meus dedos congelados e vermelhos. Uma carruagem de pessoas importantes, que iriam visitar a casa do meu pai, passou. O cocheiro puxou as rédeas dos cavalos para que parassem, e uma gentil senhorita abriu a porta da carruagem. — Pobre rapaz, não sente frio? Estás com fome? — a jovem me perguntou. Tive vergonha de responder, mas a dor na minha barriga me forçou a…
- No lado de fora do hospital médico, havia um grande espaço verde, com tantos bancos quanto na praça da cidade. Era um lugar calmo, perfeito para pacientes que precisavam ouvir o piar dos pássaros. Vários caminhos de pedra polida cortavam a grama, muitos deles não levavam a lugar algum, servindo apenas para os pacientes idosos caminharem sem o risco de se perderem. Em um desses caminhos, Hassan empurrava Norman , que estava numa cadeira de rodas, e um suporte para o soro intravenoso. — Como…
- 12 de março de 1747 do calendário imperial. Este é o 16º dia em que Norman está desaparecido. Heitor mandou-me partir para um país tranquilo e com pouco movimento, levando apenas alguns soldados. Resisti o quanto pude, insistindo que não partiria sem ver meu filho, mas ele já havia tomado sua decisão. Heitor acreditava que seria melhor assim. Quem quer que tenha levado meu filho poderia estar disposto a repetir o feito. Desta vez, o alvo poderia ser maior. O culpado que tirou meu pequeno de…
- Capítulo
Capítulo 22- Torre de copos
Norman estava deitado na cama, lutando para se sentar. Ele conseguiu erguer-se, sentindo uma dor torturante passar por todo o seu corpo. Seus olhos percorreram os braços, cheio de hematomas verdes e vermelhos, onde os tubos de soro ainda estavam presos. Com um suspiro de frustração, Norman puxou os lençóis para longe, podendo ver agora sua perna machucada, enfaixada em gesso, os dedos pequenos estavam roxos. Ao ver o estado em que estava, ele cerrou o punho e desferiu um soco na cama,… - No quarto hospitalar, a luz do pôr do sol atravessava os pequenos buraquinhos das cortinas entreabertas, lançando uma tonalidade dourada sobre o ambiente. O quarto estava em pleno silêncio, exceto pelo som do papel sendo riscado. O garoto despertou lentamente. Seus olhos, ainda pesados do sono e turvos, esforçaram-se para decifrar o ambiente ao seu redor. Conforme a visão se aclimatava, ele dirigiu o olhar para baixo e percebeu os cateteres, que se entrelaçavam em sua pele, e eletrodos no seu…
- No lado de fora onde estava hospedada Yasmin, o vento forte matinal insistia em bater contra as janelas. O pequeno quarto de paredes descamadas, iluminado apenas pela luz fraca de uma lâmpada vacilante, parecia mais vazio do que nunca. Yasmin levantou-se, lançando o lençol que a cobria no chão, fechou a janela, como se quisesse sufocar a última brisa de vida que restava, e sentou-se à pequena mesa coberta de folhas de papel amassados espalhadas também pelo chão. 3 de março de 1747 do…
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