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- Carregando duas chaves de quarto, ele observou por um momento a cena tumultuada na hospedaria e então dirigiu a palavra ao jovem: — Parece que encontramos uma animação inesperada para a noite. Isso acontece com frequência por aqui, especialmente quando há visitantes de diversas origens. Norman olhou para Heitor, curioso, e perguntou: — Isso é comum nessas vilas? Heitor sorriu de maneira compreensiva e respondeu: — Em lugares como Bergen, onde a vida é árdua e as tensões…
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Capítulo 3 – Novo dia
Na manhã seguinte, Norman despertou de um sono agitado e, à medida que ele ia se lembrando dos fatos do dia anterior, uma dor aguda no lado esquerdo do peito tomava conta. A tristeza envolveu-o como uma armadura pesada, tornando cada mísero movimento um esforço doloroso. O mundo ao seu redor parecia desbotado, suas cores desvanecidas pela perda. Um pequeno sorriso triste formou-se em seu rosto enquanto se lembrava do hábito de seu pai de entrar em seu quarto sem bater a qualquer… - Capítulo
Capítulo 2 – Um ato de nobreza
Durante o tempo em que a multidão se dispersava, um antigo amigo foi em direção a Yasmin, encontrando-a, o leal servo falou: — Senhora Yasmin, lamento profundamente a perda do seu marido. Nunca vou poder esquecer o que ele fez por mim, minha alma estará por toda eternidade em dívida com a bondade do seu marido. Porém, temo que não tenhamos muito tempo para conversar agora. Por favor, siga-me. Ele, sem esperar por uma resposta, virou-se e se misturou entre a multidão… - Capítulo
Capítulo 35 - Amigo ou Inimigo?
— Eu juro... — Um soco se seguiu na bancada da mesa, fazendo os utensílios saltarem. — Como as duas conseguem ser tão incompetentes? Alguém quer me fazer o favor de me explicar como perderam de vista um garoto que nem consegue andar direito? — gritou em plenos pulmões a enfermeira chefe. — Senhora Aurora, a gente... E-eu fui ajudar um senhor que tinha se sujado... Eu não sei, tinha cocô por todo lado... Então eu pedi para a Pathy ir pegar alguns panos e, quando eu olhei pro lado, ele… - Capítulo
Capítulo 4 – Fora da capital
— Senhora Yasmin, estamos bem debaixo dos narizes dos nossos inimigos; creio que é mais seguro, o mais rápido possível, saímos para fora do domínio do império. Heitor fazendo uma breve pausa, retirou com elegância um charuto do interior de seu terno vinho, acendeu-o com destreza, soltou uma nuvem de fumaça e continuou sua narrativa: — Antes de Giliard morrer, ele me fez prometer que eu cuidaria de sua família, e é isso que pretendo fazer. Partiremos antes do sol… - Capítulo
Capítulo 5 – Motivações
Do lado de fora das muralhas, uma vasta planície coberta por uma espessa camada de puro branco; no lado direito tinham apenas umas árvores parecidas com um pinheiro. O céu estava nublado, tornando o ambiente semelhante à noite. A diferença era unicamente alguns poucos raios de sol que conseguiam ultrapassar as nuvens. Dentro da carruagem, o frio não conseguia penetrar com facilidade, mas ainda estava presente. Norman parecia não se importar com o frio, mas ao ver sua mãe tremer, ele… - Norman agachou-se diante da garota, cujos cabelos desgrenhados ainda cobriam grande parte do rosto. Com um gesto delicado, ele afastou os fios molhados, revelando um semblante marcado pela dor. O olhar da menina, encontrou-se com o dele. A chuva continuava a cair, criando um cenário melancólico ao redor deles. Os pingos d'água deslizavam pelos cabelos de Norman, mesclando-se à sua expressão séria. A garota encolheu-se. Em um sussurro quase imperceptível, Norman dirigiu-se à garota,…
- O garoto, como se tivesse recebido um novo sopro de vida, continuou sua narrativa: — Saí à noite. Estava tão frio, meus dedos congelados e vermelhos. Uma carruagem de pessoas importantes, que iriam visitar a casa do meu pai, passou. O cocheiro puxou as rédeas dos cavalos para que parassem, e uma gentil senhorita abriu a porta da carruagem. — Pobre rapaz, não sente frio? Estás com fome? — a jovem me perguntou. Tive vergonha de responder, mas a dor na minha barriga me forçou a…
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Capítulo 22- Torre de copos
Norman estava deitado na cama, lutando para se sentar. Ele conseguiu erguer-se, sentindo uma dor torturante passar por todo o seu corpo. Seus olhos percorreram os braços, cheio de hematomas verdes e vermelhos, onde os tubos de soro ainda estavam presos. Com um suspiro de frustração, Norman puxou os lençóis para longe, podendo ver agora sua perna machucada, enfaixada em gesso, os dedos pequenos estavam roxos. Ao ver o estado em que estava, ele cerrou o punho e desferiu um soco na cama,… - Capítulo
Capítulo 33 - Origem da tentação
A madrugada estava fria, os passos de alguns vadios eram audíveis dos dois lados da rua. O fedor de urina impregnava alguns postes que ainda mantinham seus cristais, apesar dos furtos. Cachorros de rua lambiam suas próprias feridas, enquanto gatos miavam para o luar. Dave cambaleava de um lado para outro. Não estava bêbado, mas se sentia atordoado pelo que estava prestes a fazer. Seus pés não faziam o mínimo de esforço para caminhar, nem sequer os levantava, os arrastava. Um gato, em… - 1 2 … 5 Próximo