482 Resultados na categoria ‘Velhos Punhos: Destino’
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Capítulo 353: Prisão Polar III
O nevoeiro parecia feito de vidro trincado. Fragmentos de gelo boiavam como ossos no mar, e os mastros negros do Escárnio de Ferro cortavam as nuvens baixas em silêncio. Nenhum pássaro. Nenhuma canção. Apenas o rangido do casco atravessando a água congelada. Era o som que estava acostumado desde sua vitória. O Bastardo observava em silêncio. Encapuzado, de pé na proa, as mãos ocultas nas mangas. Seus olhos — dois cacos âmbar cravados num rosto duro — fitavam a silhueta distante da…- 705,4 K • Ongoing
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Capítulo 352: Medo
Pierre desceu da prancha com pressa, os olhos varrendo o convés como um predador inquieto. Virava a cabeça de um lado para o outro, farejando o caos antes mesmo de ele acontecer. Sua movimentação chamava atenção dos que estavam por perto. Os murmúrios, os risos, o som das taças — tudo parecia irritá-lo profundamente. — Cadê ele? — gritou, apontando o dedo direto para Miatamo, a voz quase um berro. — Onde está o seu capitão? Miatamo e Guaca se entreolharam, confusos, e correram em…- 705,4 K • Ongoing
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Capítulo 351: Ato de Lealdade
— A Capital sempre foi do mesmo jeito. – Humber fez questão de enfiar um pedaço de carne suculento na boca e mastigar umas dez vezes antes de engolir e continuar. – Quando você saiu de lá, quem era o Capitão dessa sua amiga Dalia? — Se me lembro bem, era… Sergi? — Sergi Viegal se tornou um Comandante? – Humber ficou um pouco surpreso. – Eu não imaginaria isso nem nos meus melhores sonhos. O Comando devia estar bem precário de gente inteligente pra ter colocado ele. — Todo…- 705,4 K • Ongoing
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Capítulo 350: Banquete
A mesa armada no convés do Nokia era larga, feita às pressas com pranchas reforçadas e correntes para fixar as bases ao chão metálico. Dava conta de acomodar mais de cem pessoas, mas ainda assim não era suficiente. Apenas os tripulantes do Nokia se sentavam nela — não por hierarquia, mas por costume, quase como uma tradição silenciosa entre quem sobreviveu à travessia do Mundo Espelhado. Os demais, entre aliados da Capital, guerreiros de Yieno e soldados libertos, improvisaram suas próprias…- 705,4 K • Ongoing
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Capítulo 349: Capitão do Nokia
O som do vento voltou primeiro. Um assobio suave cortando o silêncio absoluto, como o sussurro de um mundo acordando. Depois, o cheiro da maresia invadiu o ar. Salgado. Frio. Real. Lentamente, as luzes do interior do Nokia acenderam uma a uma, em sequência, como estrelas brotando em pleno casco de ferro. A enorme embarcação, que antes repousava presa entre camadas de realidade e memória, emergia agora do Mundo Espelhado, atravessando a superfície do mar com um brilho azulado que evaporava ao…- 705,4 K • Ongoing
- O silêncio após o golpe se espalhou por Kappz como uma bruma espessa. A neve, que antes caía suavemente, parou no ar. Os ventos cessaram. Os prédios se mantinham de pé como sombras estáticas, congelados no tempo. Dante baixou a espada lentamente, ainda respirando com força. Seus olhos percorriam a cidade — mas algo estava mudando. Os contornos dos edifícios começaram a se desfazer em partículas de luz, como tinta sendo dissolvida em água. As ruas derretiam em neblina. As formas conhecidas…
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- — O que é isso? Dante arfou. Ainda atordoado, levou a mão ao interior do casaco, por instinto — e sentiu. Um corpo pequeno. Pelagem áspera. Coração pulsando depressa. Olhos grandes e vivos o encarando de dentro do tecido. Um rosto que Dante tinha esquecido de como era por estar escondido por tanto tempo dentro de suas vestes. — Nick... — ele murmurou, quase sem acreditar. Era o pequeno Sugador que o salvou na Zona Cega. Nick. A pequena criatura, escondida entre as…
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- Foi uma decisão curiosa — talvez até imprudente — por parte da criatura escolher lutar dentro de uma memória. Dante deu dois passos para trás, os pés se enterrando levemente na neve artificial do cenário. Ao ver a estocada vindo, girou o braço para o lado com precisão, desviando do golpe como se tivesse dançado com o fio da lâmina. Os olhos dela encontraram os dele por um breve instante. Não havia raiva ali — apenas uma frieza calculada, algo que queria estudar antes de destruir. Mas…
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- A criatura desceu do céu como um cometa feito de pura luz. Seus cabelos ondulavam sem vento, os olhos brilhavam com a intensidade de um campo solar e seu corpo parecia se desfazer e se reconstruir a cada instante, como se recusasse qualquer forma fixa. Quando tocou o chão, o impacto gerou uma onda que quebrou os espelhos flutuantes ao redor, rachando o chão sob os pés de Dante. Sem aviso, ela avançou. Dante tentou se preparar, mas ela desapareceu. O primeiro golpe veio como um raio cruzando o…
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- Tantos mundos…Tantas mentes carregadas para um sono profundo, arrastadas como restos de maré depois da tormenta. Homens e mulheres, cada um com suas dores, suas memórias, seus desejos partidos — todos empilhados ali, presos naquele espaço invisível que o Mundo Espelhado oferecia. Independente de quem fossem em vida, todos eles haviam chegado ali com um único propósito: vencer. Mas vencer o quê? A si mesmos? O tempo? A dor? Nada naquele lugar tinha gosto de glória. Nada ali era…
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