15 Resultados na categoria ‘Crônicas Dos Que Não Foram Escolhidos.’
- Neste mundo, não se escolhe. Crianças caem. E ficam no chão. Homens rezam. E o céu permanece calado. Os que querem viver… aprendem a lutar antes mesmo de entender o que é morrer. Está não é a história de um herói. É a história dos que foram esquecidos — mas seguiram em frente, mesmo assim. A semente de uma tragédia… ou o início de…
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- Logo pela manhã, um homem celebrava um rito de despedida. Usava um robe negro de tecido símples, nada chamativo, amarrado com uma corda para prender a região da cintura. Sua face era revelada a todos. Muito comum. Do tipo que se olha uma vez e não presta atenção em uma segunda olhada. Sua voz, entretanto, era calma e acolhedora. Transitava entre os ouvidos dos presentes com mansidão, provocando um clima sereno, mesmo que melancólico. Essa estranha combinação, mesmo que quase opostas,…
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Capítulo 13 — A canção do sino
O estômago de Kael roncava. Este era seu despertador natural. As pálpebras, ainda sonolentas, custavam a abrir. A visão embaçada precisou de um tempo para focar. O teto remendado foi o que o comprimentou depois que conseguiu enxergar com clareza. Não era o melhor, mas era o que o protegia do tempo. Bom o suficiente. A cama, um amontoado de palha fofa que causava coceiras, era coberta com algumas roupas esfarrapadas. Estava a apenas alguns centímetros acima do solo. Quase não fazia…- 26,2 K • Ongoing
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Capítulo 12 — Um erro
A grama acariciava com um toque gelado os pés descalços. Macia. Fria. Mesmo assim, era aconchegante, trazendo consigo uma sensação agradável. Fazia cócegas conforme raspava os dedos. Os passos de Elian afundavam no solo, amassando e deixando suas pegadas ficarem registradas. Um enorme campo a céu aberto que se estendia para além do que os olhos poderiam ver. Um lugar que não conhecia, mas, de alguma forma, ainda era familiar. “De novo, um desses sonhos estranhos…”, pensou…- 26,2 K • Ongoing
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Capítulo 11 — Sombras à mesa
Depois de passar no comerciante e perguntar sobre o vinho, bastou falar que era para o capitão da guarda que o comerciante rapidamente entregou a garrafa. Depois os garotos seguiram a caminho da casa de Alzira. Por mais que Elian tentasse iniciar um diálogo, todo o trajeto foi sem conversa. Respostas secas; apenas o necessário. Chegando no destino, Alzira os recebeu com a expressão carinhosa de sempre, mas dessa vez Kael não queria entrar. Não queria nem comer; levando uns pães com muita…- 26,2 K • Ongoing
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Capítulo 10 — Formiguinhas
Alguns instantes antes do banquete, longe da diplomacia de duas caras, duas crianças estavam ofegantes. O vento soprava seus cabelos para longe. — O que foi aquilo lá de “subordinado”, cara? — Kael ainda olhava por cima do ombro ao perguntar. Sorria. Sair bem de uma situação desfavorável contra a nobreza era motivo suficiente para se alegrar. Beltrão Moura podia ser um peixe em mar aberto, mas em uma lagoa com Kael e Elian, ele ainda era um tubarão. — Eu… não sei. — Elian…- 26,2 K • Ongoing
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Capítulo 9 — Banquete de correntes
— O que o senhor Varn deseja? — Beltrão por fim deu voz ao tópico central. Alguém em sua profissão sabia quando negociar. Se Varn o quisesse morto, já estaria. Mas isso também não impedia que não fosse assassinado. Estava em seu território, acobertar o caso seria simples. Ele tinha algo que valia sua vida, mas tinha que estar disposto a ‘abrir’ mão. O preço seria muito alto. Mesmo se o ‘crime’ de Varn posteriormente fosse revelado, não adiantava nada se morresse. Cada…- 26,2 K • Ongoing
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Capítulo 8 — Hospitalidade de sangue
— Que porra você fez? — Roderick tinha um tom frio. A situação se desenrolou de uma maneira que ele não esperava. Isso ia além de qualquer escrúpulo moral ou ético. Quando você é um estrangeiro, é esperado seguir as regras do local em que está. O que Beltrão Moura fez foi basicamente desafiar a ordem vigente! Com que convicção ele se apoiava para agir tão despretensiosamente? tsk! “Como vou lidar com essa merda?” Roderick estava intrigado. A guarda já…- 26,2 K • Ongoing
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Capítulo 7 — Raposa astuta
O comércio, fundamentalmente, funciona com oferta e demanda. Contanto que tenha duas partes ou mais envolvidas, pode ser acordado. As pessoas precisam de conforto, proteção, comida. Muitas coisas. Tudo isso pode ser comercializado. Eis o poder do dinheiro: a facilidade de conseguir comprar. Por que ir cortar a lenha para ter combustível no frio, se pode pagar pra quem cortou e não ter de fazer o esforço? Vai aproveitar o calor, sem ver a mão sangrar pelos calos do machado. Por…- 26,2 K • Ongoing
- A luz das velas iluminavam pouco o ambiente daquela sala. Duas figuras estavam em posição de lótus, orando. “Nós somos a mão. O senhor é o pensamento. Não agimos por vontade própria, mas pela vontade d’Aquele que é.” Um estava sobre o chão em um confortável tapete de pele, o outro sobre algo. “Silenciamos o pecado. Onde quer que se esconda. Cegamos olhos rebeldes, até que vejam a…
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