27 Resultados na categoria ‘Virellium: Entre Sombras e Segredos’
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Capítulo 5 – Garras em Espiral
A noite engolia Virellium com sua neblina espessa e o som abafado de passos distantes. A cidade, como sempre, parecia viva mesmo em sua paralisia. Lâmpadas a gás tremeluziam nas ruas tortuosas como olhos cansados prestes a se apagar. Cael avançava por uma viela mal iluminada, suas botas molhando-se em poças negras e imundas. A cada passo, o odor de sangue seco ainda impregnava o medalhão que carregava, embora ele já o tivesse guardado. Havia algo gravado na parte de trás do artefato, algo que…- 28,4 K • Ongoing
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Capítulo 4 – Ecos Sob a Cidade
A madrugada repousava como uma manta encharcada sobre Virellium. As ruas permaneciam mergulhadas em penumbra, com as luzes amareladas dos lampiões mal atravessando a névoa densa que se arrastava como uma criatura viva pelas vielas. As sombras da noite parecem sussurrar segredos, e Cael Thornwald caminhava como se as escutasse. O encontro com Leor havia deixado mais perguntas do que respostas. O homem ainda dormia no quarto de hospedaria que Cael alugara por segurança, enquanto ele próprio retornava…- 28,4 K • Ongoing
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Capítulo 3 – Encontro No Bar
A névoa rastejava pelas pedras do calçamento, como se mãos ansiosas tentassem agarrar os pés dos vivos. O ar estava denso e pesado, imerso em uma sensação de presságio. O manto esbranquiçado envolvia a cidade, uma cortina fina que transformava as ruas familiares em corredores de um pesadelo. No alto de um beco escuro, Cael Thornwald observava o vazio. Ele estava parado diante da porta de uma taberna decadente chamada A Boca do Sono. Seu olhar era gélido e implacável, uma lâmina afiada que varria…- 28,4 K • Ongoing
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Capítulo 20 – A Melodia Incompleta
Havia noites em Virellium que não pertenciam ao tempo.Não podiam ser medidas por relógios nem sentidas na pele como frio ou calor. Eram noites que não começavam nem terminavam — apenas surgiam, como pensamentos esquecidos à beira do sono. Era uma dessas que cobria a cidade quando Cael abriu os olhos.Estava deitado, mas não dormia. Não sonhava. Seu corpo ainda, os olhos fixos no teto, esperando algo. Leor e Senna dormiam nos quartos adjacentes, embalados por cansaços diferentes. Cael, porém,… - Capítulo
Capítulo 2 – SUSSURROS NO VÉU
A chuva, que até pouco tempo atrás parecia ameaçar afogar a cidade, finalmente cessara. Mas o cheiro persistia. Era o cheiro de Virellium: ferrugem, fuligem e pecado. A cidade estava imersa em sua essência. As vielas estreitas ainda estavam molhadas, espelhando as lâmpadas a gás que lançavam sombras vacilantes nas paredes de tijolos negros. Um cenário como o de um pesadelo antigo, repetindo-se noite após noite, onde a luz não vinha para iluminar, mas para reforçar o que estava nas…- 28,4 K • Ongoing
- O silêncio entre os quatro parecia tecido à mão, ponto por ponto, como se cada palavra não dita fosse cuidadosamente alinhavada entre os gestos e os olhares. Senna sentou-se no parapeito de pedra ao lado. Não tirava os olhos da velha, mas parecia cada vez mais distante — como se já não escutasse tudo que era dito. — O que acontece com quem atravessa e tenta voltar? — perguntou Cael, sem olhar diretamente para ela. A mulher sorriu. — Ninguém volta. O que volta é o que…
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Capítulo 19 – A Ponte Não Vista
Virellium respirava pelas frestas. Não como uma cidade viva, mas como uma criatura adormecida, que sonhava consigo mesma e se esquecia a cada ciclo. As ruas estavam mais silenciosas do que o habitual, como se o som estivesse preso atrás das paredes, hesitando em atravessar. Era fim de tarde quando Cael, Senna e Leor deixaram a hospedaria. Não tinham um destino exato, apenas a necessidade de sair, de respirar longe das frases que apareciam sozinhas nos vidros do quarto e das páginas que viravam…- 28,4 K • Ongoing
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Capítulo 17 – A Janela Riscada
Virellium estava mais quieta do que nunca.Não com o silêncio de um cemitério, mas com o silêncio de uma biblioteca em ruínas. Um silêncio de páginas que não foram lidas, de nomes que foram riscados com pressa, de promessas murmuradas por trás das paredes que se lembram. Cael caminhava sozinho pela Travessa das Molduras Veladas — uma rua que jamais existia da mesma forma duas vezes. Diziam que ali viviam colecionadores de reflexos. Gente que comprava espelhos não para se ver, mas para…- 28,4 K • Ongoing
- Havia algo perversamente reconfortante na taverna “Os Três Epitáfios”. O cheiro de madeira encharcada, o chiado baixo da lareira sempre acesa, o rumor das conversas que preenchiam o espaço como velhos livros abertos — tudo conspirava para criar a ilusão de que o mundo ainda funcionava. Ou fingia funcionar. Cael entrou primeiro, o sobretudo marcado por fragmentos de palavras coladas pela névoa. Leor o seguiu com passos lentos, o olhar girando em torno do ambiente como se cada cliente ali…
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- Virellium não dormia mais. Não como antes. A cidade respirava em espasmos. As vielas se curvavam como lombadas de livros antigos, as janelas piscavam em sincronia com sussurros que ninguém queria ouvir. Palavras apagadas escorriam pelas rachaduras das pedras, e os lampiões acesos tremeluziam com a ansiedade de velas em vigília fúnebre. Era como se a cidade estivesse tentando esquecer algo que ainda não havia acontecido. Ou alguém. Cael Thornwald caminhava sozinho pelas ruas — sem…
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