Biografia - Val Ferri Sant'Ana

Sobre o Autor
Val Ferri Sant’Ana é um poeta registrado, escritor multitarefa e servidor público que estudou Psicologia e Administração apenas para provar que consegue entender tanto a mente humana quanto a burocracia que a cerca. Nascido na Bahia, Val Ferri se mudou aos 17 anos para o estado de São Paulo com a coragem de quem carrega a mala com mais sonho que roupa. O objetivo? Cursar uma universidade e construir o próprio caminho que, como todo bom caminho na vida, teve mais curvas do que placas de sinalização. Para ajudar nos custos, trabalhou como vendedor, o que o ensinou desde cedo que convencer alguém a comprar algo é quase tão difícil quanto convencer a realidade a respeitar nossos planos.
Formação e Trajetória Profissional
Durante a graduação, chegou a sonhar com a Psicanálise como destino final, movido por uma curiosidade quase obsessiva sobre a mente humana e, talvez, por ainda querer entender o próprio roteiro da vida. Mas como nem todos os sonhos na verdade, apenas pequenas frações das nossas pretensões são atendidos depois dos choques com a realidade, seguiu novos caminhos.
Com a necessidade batendo à porta e, às vezes, invadindo pela janela, entrou para o serviço público. Em vez do divã, encontrou estabilidade e novos desafios. Para se adaptar e se aperfeiçoar, cursou Processos Gerenciais no Instituto Federal de São Paulo, o que lhe deu ferramentas para gerenciar tanto problemas administrativos quanto crises existenciais com planilhas e cafeína.
Paixão pelo Cinema
Quando era criança, sonhava em criar histórias, não sabia que isso se chamava ser cineasta, mas já sentia essa vontade de transformar ideias em algo vivo. Na adolescência, assinava revistas de cinema e adorava analisar cada cena, cada detalhe, como se o mundo dentro das telas fosse tão real quanto o nosso. Mas, como acontece na vida, os caminhos nem sempre seguem o roteiro que imaginamos. Ainda assim, esse amor pelo cinema nunca o deixou, porque, no fundo, toda grande história merece ser contada. Talvez a sua só tenha escolhido um caminho diferente.
Gosta de muitos filmes, mas tem um carinho nostálgico por ‘E.T. O Extraterrestre’, por ter sido o primeiro que assistiu. Ele o marcou de uma forma única, talvez porque, sem saber, foi sua primeira experiência com o poder do cinema em despertar emoções genuínas. Já Se7en o pegou despreparado, destruindo suas ilusões e expectativas com um final impactante, que o fez repensar a fragilidade da esperança e da justiça. Por outro lado, A Vida é Bela encanta pela forma como transforma o peso da realidade e subverte nossas expectativas. É um filme que o lembra que, pelo amor aos outros, podemos emprestar um novo olhar ao mundo.
Atualmente, tem uma grande admiração por Interestelar. Ele aborda o tempo, os desencontros, as infinitas possibilidades do destino e a conexão invisível entre todas as coisas. Às vezes, os acontecimentos da vida não são mero acaso. Quem sabe até o fato de ele ter aparecido na sua vida também não seja?
É difícil citar apenas um filme, porque cada um o impacta de uma maneira diferente. Ele poderia listar muitos outros, e sobre cada um deles te contar o olhar que captou e os significados que depositou neles. No fim, tudo é uma troca: o cineasta nos empresta sua visão de mundo, e, através da nossa própria vivência, criamos algo novo. Uma rosa pode ser bela, pode simbolizar uma despedida, ou até mesmo representar o vazio. Tudo depende do olhar de quem vê.
Despedida o lembra Casablanca, filme que considera um clássico para cinéfilos verdadeiros. Aquela cena final, envolta em neblina, não é apenas um adeus entre os dois: é um adeus ao que poderia ter sido, ao amor que precisou ceder ao destino. Ele sabia que deixá-la partir era o certo, mas isso não tornava a despedida menos dolorosa. E essa é a essência de um adeus verdadeiro: ele não é um fechamento completo, mas uma escolha entre o que queremos e o que precisamos fazer. Pensando nisso, talvez seja por isso que Casablanca seja tão marcante. Porque no fundo, todos nós já tivemos um momento em que precisamos soltar algo, mesmo querendo segurar. Algumas despedidas, por mais definitivas que sejam, sempre deixam algo para trás: memórias, momentos, sentimentos que nunca realmente partem.
Influências Literárias
É apaixonado pela escrita densa e mágica de Gabriel García Márquez, pela complexidade labiríntica de Fiódor Dostoiévski, pela graça arretada e sagaz de Ariano Suassuna, pelo lirismo quase sussurrado de José Saramago e pela inventividade delirante de James Joyce que, segundo ele, escreve como quem deixa a alma tropeçar numa máquina de escrever. Se essas influências literárias fossem um coquetel, ele provavelmente teria sonhado com três finais alternativos antes de terminar o primeiro gole.
Filosofia e Visão de Mundo
Acredita que conhecer novas pessoas e ideias é como abrir janelas para o mundo, com cada uma oferecendo uma perspectiva única, uma maneira diferente de pensar e uma compreensão mais profunda da realidade. Quanto mais aprendemos, mais nos libertamos dos limites invisíveis impostos, permitindo-nos pensar mais abertamente, entender mais profundamente e nos conectar com o mundo de maneiras que nunca imaginamos.
Ainda crê que a linguagem não é apenas uma ferramenta de comunicação, mas que também molda a maneira como percebemos e interpretamos tudo ao nosso redor. As palavras que usamos, a estrutura de nossas frases e até mesmo os conceitos que existem em uma língua, mas não em outra, impõem limites sutis, mas profundos, sobre como pensamos e nos expressamos. De certa forma, não apenas falamos uma língua, pensamos por meio dela.
Sua vantagem, segundo ele próprio, é que funciona como um mágico da linguagem. Em vez de buscar apenas praticidade, procura trazer beleza e profundidade a cada comunicação. Afinal, a linguagem não é apenas uma ferramenta para transmitir informações: é um instrumento para emocionar, inspirar e criar conexões mais ricas. Cada pessoa interage com as palavras de um jeito único, e esse é o seu.
Obras Publicadas e Projetos
Webnovels na Illusia
Autor de ‘O Viajante Entre Mundos’, uma epopeia mágica com mais de 200 capítulos, 265 mil palavras e fôlego de maratonista literário. Nesta obra, aceitou o desafio de testar os limites e possibilidades da narração em terceira pessoa, descobrindo, entre risos e revisões, que sua voz cômica floresce melhor nesse formato narrativo.
Também mergulhou no caos cômico com a webnovel ‘Reencarnei no Puteiro’, uma obra tão absurda quanto viciante, atualizada com dois capítulos por semana ou mais, dependendo se bater a inspiração ou se o café for forte o suficiente. Nela, ele mistura com o bom humor de um sitcom os seguintes elementos: mistérios bizarros, piadas sobre os mais variados temas e até toques de existencialismo encarnado em um protagonista que pode ser tanto um estudante mais azarado do mundo quanto assumir características de Che Guevara ou outras personalidades que os mistérios da ciência ainda não conseguiram explicar. O que começou como uma ideia absurda virou um sucesso com leitores fiéis, memes próprios e teorias conspiratórias mais confusas do que manual de impressora.
Já em ‘Bio-Artificial’, seu projeto mais ambicioso com mais de 10 anos de refino e também publicado como webnovel no site da Illusia, retorna com sua arma mais poderosa: a narração em primeira pessoa estilo que sempre cultivou e vem lapidando desde que começou a escrever, e que agora promete conquistar ainda mais corações e sinapses. Esta obra mergulha no universo cyberpunk, misturando ação e mistério em uma trama que explora os limites entre humanidade e tecnologia.
Projetos em Desenvolvimento
Ainda tem um romance dramático guardado a sete chaves: ‘O Universo de uma Lágrima’, esperando o momento certo para emocionar o mundo ou pelo menos uns bons leitores. Esse livro já está finalizado e registrado oficialmente sob o número 309.249, livro 563, folha 409. E como ninguém vive só de emoção, ele também está revisando um thriller policial ainda sem nome, mas com potencial de deixar qualquer leitor paranoico olhando por cima do ombro. Curiosamente, esse suspense traz como protagonista o detetive Quintus Maximus, o mesmo personagem da webnovel ‘Reencarnei no Puteiro’, agora adulto e lidando com crimes que não podem ser resolvidos apenas com piadas ruins.
Reconhecimentos
É ganhador de um concurso de poesia, no qual recebeu do Conselho Editorial da Ordem da Confraria dos Poetas o grau de Confrade e o registro oficial de Poeta. A honraria foi concedida pela Shan Editores LTDA (CNPJ 02.084.046/0001-61), uma casa editorial cujo impacto em sua formação permanece, apesar de não existir mais.
Começou a escrever poemas aos 12 anos, incentivado por professores e familiares, e desde então acumulou uma montanha de textos em cadernos, folhas soltas e arquivos digitais. Um verdadeiro baú literário com inúmeras histórias, poemas e rascunhos que, um dia, podem ganhar vida e vir ao mundo também.
Planos Futuros
Seus planos futuros incluem transformar as webnovels ‘Reencarnei no Puteiro’ e ‘Bio-Artificial’ em séries em formato webtoon (quadrinho horizontal), publicadas digitalmente. Além disso, pretende lançar versões físicas tanto de ‘O Universo de uma Lágrima’ quanto do thriller policial em andamento e, claro, também uma edição impressa de suas duas webnovels. E não para por aí: o plano inclui ainda o lançamento da obra cômica em formato de eBook traduzido para dois idiomas: inglês e espanhol. Assim alcançando leitores e risadas além das fronteiras.
Motivações e Filosofia Criativa
O que o motiva a se dedicar à publicação de histórias gratuitas na web é a crença firme de que “um escritor só é escritor se tiver público”. Ao disponibilizar suas obras online, ele não apenas alcança novos leitores, como também cultiva um contato direto com quem lê, aprende com os comentários, se diverte com as reações e entende melhor o impacto que suas palavras causam. Para ele, literatura é troca, e quanto mais verdadeira, mais rica.
Às vezes, a motivação para continuar escrevendo vem dos lugares mais inusitados. Recentemente, descobriu que o palhaço Tiririca foi selecionado para fazer parte da Academia Brasileira de Letras como imortal. Sim, o mesmo homem que popularizou o verso filosófico “Pior que tá não fica” agora ocupa uma cadeira ao lado de Machado de Assis, que provavelmente está se revirando no túmulo. Isso o fez pensar: se até lá se chega sem escrever um livro ou mesmo uma frase com sujeito e predicado, então ele, com seus delírios narrativos e verborragia emocional, pode conquistar o mundo.
E se isso não bastasse, os livros de colorir continuam entre os mais vendidos do Brasil. Ou seja, enquanto passa noites em claro lapidando metáforas e inventando personagens com crise existencial, alguém está ganhando dinheiro com mandalas e lápis de cor. Isso, sinceramente, o anima. Porque se o público está aberto a pintar dentro das linhas, talvez esteja pronto para ler fora delas também.
O importante é nunca perder a esperança, nem o senso de humor. Afinal, se o mundo literário brasileiro aceita analfabetos ilustrados e imortais que mal sabem conjugar o verbo “ler”, quem é ele para desistir? A vida já é uma grande piada, e ele só tenta melhorar o texto com humor mais afiado que indireta em grupo da família.
Experiências com Leitores e Fãs
Uma das descobertas mais fascinantes que teve como escritor digital é que cada comentário funciona como uma pequena janela para a alma de quem lê. Nos comentários de cada novo capítulo, ele encontra: agradecimentos, percepções, torcidas e até análises profundas que o fazem questionar se realmente escreveu aquilo mesmo. Tem leitor que enxerga simbolismo onde ele só queria fazer uma piada, e tem quem ri de partes que ele considerava dramáticas, o que o fez perceber que talvez sua tragédia seja naturalmente cômica, ou sua comédia seja naturalmente trágica.
Essa interação direta e constante com os leitores é um dos principais motivos que o mantém firme no projeto de disponibilizar suas obras gratuitamente. Afinal, que editora tradicional ofereceria esse tipo de feedback instantâneo e essa conexão humana genuína? Cada “obrigado pelo capítulo” vale mais que qualquer review profissional, e cada “não vejo a hora do próximo” funciona como combustível para mais uma madrugada de escrita.
O contato com os leitores também o ensinou sobre a responsabilidade que carrega: suas palavras não são apenas entretenimento, são companhia para quem está sozinho, escape para quem precisa de alívio, e até mesmo inspiração para quem sonha em escrever. É uma responsabilidade deliciosa e assustadora ao mesmo tempo porque nunca se sabe quando uma piada boba vai virar a frase favorita de alguém, ou quando um personagem coadjuvante vai se tornar o motivo de alguém não desistir de algo importante.
Vida Pessoal
Nas horas vagas, comenta UFC no YouTube com a sinceridade de quem já tomou um direto da vida e vive decepcionado com o card. Se a literatura é um ringue, luta em todos os estilos: do romance ao riso, do mistério ao chute voador.
Atualmente solteiro por opção das outras pessoas, aceita cartas de amor, currículos sentimentais e até DMs suspeitas, desde que sejam enviadas com foto 3×4 e análise de CPF para triagem da comissão romântica da Illusia. Golpistas femininas serão consideradas com carinho… e investigadas.
Reflexão Final
O mundo é esse complemento constante, onde alguém nos apresenta um novo universo e, sem percebermos, nossa paleta de cores se expande, revelando tons que nunca imaginamos existir. Cada pessoa que cruza nosso caminho seja através de um comentário, uma mensagem, ou simplesmente lendo em silêncio adiciona uma nova nuance à nossa compreensão da vida e da arte. Val acredita que escrever é, no fundo, uma forma de diálogo constante com o mundo, onde cada história publicada é uma pergunta lançada ao universo, e cada leitor que responde, mesmo que só com sua presença silenciosa, torna esse diálogo mais rico e verdadeiro.
No final das contas, se a vida é mesmo uma grande narrativa em construção, ele prefere que a sua seja escrita a muitas mãos, com a contribuição de todos aqueles que se dispõem a ler, sentir e compartilhar. Porque, como ele mesmo descobriu, a melhor parte de ser escritor não é contar histórias, mas perceber que nossas histórias se tornam parte da história de outras pessoas.