Requisitos de Avaliação – TOFE

    TOFETreinamento Orientado a Futuros Escritores

    • Gramática Básica:
      • Pronomes: Na nossa amada língua, nós temos 2 bênçãos divinas para isso, chamadas Elipse e Zeugma. Você pode pesquisar no papai Google o que é cada coisa mais especificamente. Aqui trataremos apenas para os pronomes. Primeiro, veremos um exemplo radical:

    “Eu caminhei, eu pulei, eu chutei, eu bati e depois eu corri”.

    Perceba o uso excessivo do pronome pessoal ‘eu’, agora vamos ver como poderia ser escrito:

    “Caminhei, pulei, chutei, bati e depois corri”.

    Agora veja que a frase manteve o sentido original mesmo retirando os pronomes. Esse exemplo radical foi usado apenas para mostrar o quão chato pode ser o uso excessivo deles. O verbo no português, diferente de outras línguas, flexiona segundo o número e pessoa, ex:

    Eu corri, ela correu.

    Observe o verbo mudando conforme a pessoa, permitindo-nos omitir os pronomes desnecessários. Exemplo prático:

    Lin Huang estava inexpressivo. Ele estava jogando o Master XX há meio ano, mesmo depois de obter dezenas de milhares de amuletos, ele nunca obteve uma carta SSR; nem mesmo uma carta SR da Irmã Pássaro ou do Dedo de Ouro. Ele só as conseguiu depois de acumular pedaços de cartas, então ele não teve nenhuma esperança para o sorteio de 10 cartas. Ele desistiu completamente…

    Agora, vamos ver se o sentido muda se ficar:

    Lin Huang estava inexpressivo, jogava o Master XX há meio ano, mesmo depois de obter dezenas de milhares de amuletos, nunca obteve uma carta SSR; nem mesmo uma carta SR da Irmã Pássaro ou do Dedo de Ouro. as conseguiu depois de acumular pedaços de cartas, então não teve nenhuma esperança para o sorteio de 10 cartas. Ele desistiu completamente do jogo… 

    Olha só! O sentido não mudou! Ou seja, a maioria daqueles pronomes eram desnecessários! Porém, há casos que eles são bastante necessários, e é quando existem mais de um sujeito na frase(note que o sujeito não se refere unicamente às pessoas, e sim à qualquer substantivo que ocupe a função de sujeito, e que frase difere de oração), ou quando a última menção ao sujeito foi há umas 3-5 frases atrás. Ex:

    Eu caí de boca na vara do meu amigo, ela era muito um

    Veja como agora é necessário o uso dos pronomes para identificarmos a quem o predicado se refere, se retirarmos o ela, fica complicado de entendermos a oração. O eu no começo pode ser retirado da frase sem problemas, mas deixei lá apenas para exemplificar o bagulho.

    Outro tipo bem comum é: “bla bla bla… ele olhou para ela”, isso pode ficar muito melhor com: “bla bla bla… ele a olhou/observou”, e por aí vai, tem vários casos, e também não podemos esquecer que isso de ocultar pronome não é apenas para os pessoais, mas também para os possessivos e qualquer outra palavra que se repita muitas vezes. É basicamente a mesma coisa:

    Errado: “Seus olhos eram roxos, seu nariz era pontudo, sua pele era macia, sua perna era pequena e seus lábios eram carnudos”

    Certo: “Seus olhos eram roxos, nariz pontudo, pele macia, perna pequena e lábios carnudos”

    • Concordância Verbal/nominal: É muito simples isso, só você tomar cuidado para não trocar.

    “Os sapatos era pretos.” Obviamente, o correto é “Os sapatos eram pretos.”

    “A Camila era bonito” → “A Camila era bonita

    Outra coisa que vem aqui é a crase, mas essa puta pode ser difícil às vezes, porém tenho uma dica de ouro:

    “bla bla bla à termo” Se você está com dúvidas se deve ou não colocar a crase, basta trocar o termo após a suposta crase por um termo masculino(já que a crase sempre vem antes do feminino), se o suposto à se transformar em ao então é necessário a crase, caso não se transformar, não é necessário. Ex:

    “Eu fui a praia”. Praia é feminino, vamos trocar por masculino: “Eu fui ao banheiro”. Olha só! Se transformou em ao, logo é necessário a crase ali! → “Eu fui à praia”

    • Uso da vírgula: rapaz, essa putinha é muito chata! São muitas e muitas regras, não vamos te exigir perfeição em vírgula, mas tem algumas regras que são muito importantes você aprender(só tacar no Google e aprender):
      • Separar elementos com a mesma função sintática
      • Separar orações adjetivas explicativas/ separar aposto
      • Separar expressões explicativas
      • Separar conjunções
      • Isolar o vocativo
      • Separar termos que desejamos destacar
      • Separar adjuntos adverbiais deslocados

    Sim, são muitas, mas fazer o que.kkkk. Enfim, o avaliador não vai cobrar perfeição, apenas queremos que você saiba identificar e no mínimo usar a intuição para colocar a vírgula.

    • Pontuação: Obviamente, se leu até aqui, você não é burro, logo, sabe usar o ? e !. O que vamos falar aqui é sobre a pontuação nos diálogos. A Illusia aceita que você use tanto o modelo brasileiro quanto o gringo na escrita de sua novel, se você me perguntar o porquê, vou dizer que é apenas porque sim! KKKKKK

    Basta aprender a usar os dois modelos, aqui está o link para aprender: https://illusia.com.br/pontuacao-de-dialogos/

    • Tempo verbal: Muito atrelado ao requisito de narrador na categoria narração. Resumindo, você não pode mudar o tempo verbal da novel, escolha um(passado/presente) e narre os fatos sempre utilizando os verbos no tempo escolhido(Há exceções). Recomendamos fortemente que seja no passado, por questões mais explicadas lá na outra categoria.

      ———> Sobre uma novel narrada no presente, seja ela em 1° ou 3° pessoa: O tempo verbal passado só deve ser usado para situações específicas na narração no presente. Nunca ultrapassando 10% (valor representativo) de todos os verbos do cap. 
    • Exemplo de situações específicas:
      • Flashbacks – ações narradas decorridas antes do tempo da narração.

    Exemplo:
    “Abro as portas de casa, mas lembro que ouvi minha mãe dizer para eu não entrar.” O verbo ouvir pode ser colocado no passado, já que é uma ação narrada ANTERIOR ao momento da narração.

    • Conversas e pensamentos 
    • Possível troca de narrador

      Qualquer outra situação além das apresentadas deve ser narrada no presente. 

    Narração

    • Tempo: Muito parecido com o primeiro, mas é especificamente sobre a passagem do tempo. Não importa o quão talentoso alguém seja, nenhum ser humano consegue aprender uma língua nova e muito diferente em 1 dia. Antes que você dê a desculpa de que ‘A, mas meu prota já é um ser divino’ lembre-se que eu falei ser humano e não um deus, seu corno! Então, basicamente, não saia dando poder para os personagens como se fosse a coisa mais natural do mundo. Dê tempo ao tempo. Isso vale para qualquer outra coisa, apenas use bem o tempo para construir sua narrativa sem atropelar os acontecimentos.
    • Personagem: Outra coisa muito fácil de entender, todo mundo é diferente, até os gêmeos são diferentes, então desenvolva e deixe claro a personalidade de cada pessoa relativamente importante na obra(protagonista, vilão, e os próximos a ambos). Se você não fizer isso, serão apenas cascas sem almas flutuando na sua narração.
    • Espaço: Muito fácil, basta você descrever bem o ambiente. Se o prota vai treinar numa floresta, no alto mar, ou em qualquer outro lugar, descreva. Lembre-se que você é o autor, você sabe de tudo que acontece, mas o leitor não, ele depende de você para conseguir imaginar as cenas. Uma nota importante é que você não deve perder tempo descrevendo ‘uma pedra que caiu do telhado enquanto o prota dormia’…kkkk.. isso quer dizer que você não deve perder tempo descrevendo coisas nada importantes, só vai irritar o leitor.
    • Narrador: Você tem basicamente 3 escolhas:
      • Narrar os fatos como um ser onisciente que não interfere na história. (Mais comum e recomendado, zero limitações)
      • Narrar como alguém que participou dos eventos e presenciou quase tudo, mas não é o protagonista. (limitado)
      • Narrar sendo o protagonista. (limitado no passado, e muito limitado no presente)

    Para entender melhor, acesse: https://illusia.com.br/tempo-verbal-e-narrador/

    • Vícios de Linguagem: Há muitos vícios de linguagem, mas vamos nos atentar apenas a 3:
      • Gerundismo: Uso excessivo do gerúndio, o gerúndio é uma forma nominal do verbo que termina com ndo(ando, endo, indo, ondo). O gerúndio, na escrita narrativa, é usado para 2 ocasiões:

    1 – Ações Simultâneas: “Eu pulei peidando”. Note que eu pulei ao mesmo tempo que peidei. Logo, ações simultâneas

    2 – Ações que interferem/consequência/causa na próxima ação. Ex:

    “Eu escorreguei na varanda, levando-me ao hospital” Note que a consequência de eu escorregar foi ir ao hospital, mesmo não sendo ações simultâneas, o gerúndio pode ser utilizado

    Infelizmente, alguns colocam o gerúndio até no cú. Assim, sempre se pergunte se é realmente necessário o gerúndio. (Nota: após a explicação do próximo vício, voltarei a falar do gerúndio)

    • Queísmo: Uso excessivo do que. Você pode tirar esse corno do texto por:
      • Inverter a ordem: 

    O chefe quer que as obras recomecem

    O chefe quer o recomeço das obras.

    • Trocar a oração adjetiva por uma locução adjetiva:

    A mulher que estava vestida de vermelho se levantou.

    A mulher vestida de vermelho se levantou.

    Entre esses, tem outras dicas que o avaliador pode dar, e para completar, vamos ver aqui outra bem legal. Para o Gerundismo e Queismo, temos um vilão, o verbo estar no pretérito: estava.

    Na maioria das vezes quando colocamos o estava, aparecerá o que ou o gerúndio, e sempre vc poderá tirar eles e melhorar a frase, ex:

    “O garoto que estava no arbusto, chupou a manga.”

    Agora veja:

    “O garoto no arbusto, chupou a manga.”

    “Ele estava batendo no policial quando cheguei”

    Agora veja:

    “Ele batia no policial quando cheguei”

    Quando você encontrar o que estava, basta apenas retirá-lo.

    Quando encontrar o estava + gerúndio basta apenas retirar o estava e colocar o verbo no pretérito perfeito/imperfeito dependendo da ocasião.

    • Pretérito Imperfeito: O bagulho é mais bagulhoso agora, devemos lembrar que o pretérito imperfeito é aquele que se refere a uma ação anterior ao momento da fala e que não foi finalizada, podendo ter sido interrompida por outro acontecimento. Mas tem alguns cornos que usam esse tempo verbal para conjugar todos os verbos do texto. De qualquer forma, só tacar no google sobre isso e ver explicações mais detalhadas, e cuidado para não confundir o passado normal com esse pretérito ou o futuro do pretérito.
    • Diálogo fluido/não mecânico: Muito fácil, sempre que falamos ou pensamos, usamos gestos ou expressões faciais, até mesmo quando ficamos inertes, é uma forma de expressão. Então, sempre que forem narrar diálogos, descrevam os movimentos de cada locutor durante a fala. O locutor mexeu as mãos? Franziu a testa? Olhou pro lado? Apontou o dedo do meio? Ou ficou imóvel? DIGA ISSO! O leitor terá uma experiência muito melhor quando puder ver a personalidade dos personagens em ação!

    Sigilo das Letras

    Frequência de lançamentos.

    Caso você, autor, pretenda ter uma taxa de lançamento pior que 1 cap/semana, EVITE POSTAR AQUI. Por quê? Porque você acabará dropando sua obra. 

    Entre uma novel com 1000 capítulos e uma com 100, qual o leitor prefere? Sem dúvidas, a com 1000. 

    Agora, entre uma novel com lançamentos constantes e outra com esporádicos, qual o leitor prefere? Sem dúvidas, a com lançamentos constantes.

    O que é uma boa frequência de lançamentos?

    1 Capítulo por dia – Perfeito

    1 Capítulo a cada 2 dias – Ótimo

    1 Capítulo a cada 3 dias – Bom

    1 Capítulo a cada 4-7 dias – Aceitável

    1 Capítulo a cada 2 semanas – Ruim

    1 Capítulo a cada 3 semanas – Péssimo

    1 Capítulo por mês – Pare de escrever

    Agora, preste atenção nesse ciclo:

    Autor escreve 1 capítulo a cada 2 semanas → Pouquíssimas pessoas se interessam numa novel pequena e com baixa frequência → Poucas views → Autor se sente desmotivado → Autor pensa que a história é ruim → Autor para de escrever.

    Às vezes, a história não é ruim, a frequência que é baixa. Mesmo os poucos leitores que se dispuseram a ler, depois de 2 semanas sem capítulos novos, nem lembram mais do que se trata a novel, nem quais os personagens e por aí vai. Ou você acha mesmo que o leitor só tem sua novel na internet para ler? kkkkkkk. Pode ser a melhor história do mundo, se não tiver uma boa frequência e gramática, dê adeus a views.

    Resumindo, se você planeja ter baixa frequência, não seja um autor, só vai nos dar trabalho com avaliação, confecção da capa, índice, modelos e revisões; e no final só ter uma obra dropada pelo autor. 

    Bem, se você leu até aqui, parabéns! A Illusia não impedirá sua postagem ou será parcial na avaliação mesmo que você tenha até mesmo uma péssima frequência, apenas te aconselhamos a aumentá-la. 90% de todas as novels brasileiras dropadas aqui é por causa disso. 


    Quantidade de palavras por capítulo

    Recomendamos uma média de 1.200 a 3.500 palavras por capítulo.

    1 – A Illusia nunca decidirá pelo autor, ele tomará suas próprias decisões, apenas daremos conselhos conforme necessário.

    2.0 – “A opinião de 10 leitores não importa, e sim a opinião de 100 leitores”. Como assim? Dentro de seu nicho, o autor não deve se deixar levar por ideias e opiniões de leitores avulsos, e sim da grande maioria de seus fiéis leitores. Se o autor cogita postar sua novel na internet e quer ter muitos leitores, deve seguir estratégias e padrões já apurados. 

    2.1 – Quando uma novel é publicada, seu público alvo são os internautas. Logo, toda a tipografia do texto e formatação DEVEM seguir os padrões que melhor se adéquam à leitura. Um exemplo claro disso é a diferença entre livros e novels:

    • Um autor que publica um livro pouco se importa com o tamanho dos capítulos, tamanho dos volumes, ou qualquer limite similar, sua principal preocupação é a apresentação do livro: SINOPSE, CAPA E RESUMO. O objetivo desse autor é vender o livro, logo, depois que alguém o compra, o objetivo foi concluído, cabe ao cliente não desperdiçar o dinheiro, pois em sua mente ele pensa: “Eu paguei por isso, então vou ler até o fim”.

    2.2 – Para um escritor de novel é diferente, seu objetivo é amarrar o leitor à história do começo ao fim, já que o leitor pode para de ler quando quiser e sem prejuízo… porque é quase de graça.

    2.3 – Há muitos estudos para melhorar a experiência de leitura na internet e para aumentar o tempo de tela dos internautas. A experiência de leitura de uma página na web é muito diferente de uma página física. Com o passar do tempo a luz azul do PC/celular começa a incomodar os olhos, ainda mais quando eles são focados na leitura.

    Sendo assim, capítulos “curtos”, “não longos” e “rápidos” são ideais para a publicação na WEB, pois fica mais fácil para o leitor parar de ler quando se sentir incomodado. Assim fica mais fácil para ele voltar a ler e achar onde tinha parado antes. 

    Ex: num capítulo de 10k de palavra… caso o leitor queira parar ao chegar em 70% do cap, quando ele voltar terá de fazer uma grande pesquisa no cap para achar onde parou e bla bla bla bla… mesmo que ele decore a frase, salve a guia, tire foto ou sei lá o que, demandará um trabalho muito maior do que se esses 10k de palavra fosse dividido em 10 caps com 1k cada. O leitor facilmente poderia clicar no capítulo 7 e continuar a leitura sem medo de perder algo.

    3 – Concluindo, se o autor quer mais leitores, ele deve seguir os padrões já estabelecidos de uma plataforma; no nosso caso, é a internet. Porém, o autor tem total liberdade se quer seguir ou não isso, só não poderá reclamar dos resultados caso não siga nossos conselhos depois.

    Se quer um exemplo prático, só olhar em qualquer site gringo ou nacional de novel e me dizer a média de palavras que cada capítulos das novels mais lidas têm. Assim você terá sua resposta.

    Dica bônus:

    Se 10.000 pessoas lerem 1 capítulo de 12k de palavra, você terá 10.000 views.

    • E se o autor decidisse dividir esse capítulo em 10 caps de 1.2k?

    Então… 10.000 pessoas leriam o mesmo conteúdo em 10 capítulos de 1.2k, produzindo 100.000 views.

    Mesma quantidade de palavras, apenas organizadas de maneira melhor. Quanto mais view uma novel tem, mais leitores atrai, lembrem-se disso.

    Quantidade mínima de palavra por capítulo:

    A Illusia não estipula um limite máximo, mas fixa um mínimo para evitar diversos problemas. O limite mínimo é 1000 PALAVRAS.

    Regra sobre postar em outros sites:

    Obviamente, é permitido, desde que:

    1 – A postagem seja justa para a Illusia, não pode haver atrasos, se o site X tem o cap 50, a Illusia também deve ter.

    2 – A capa feita pela illusia fica na illusia, a menos que o autor compre-a do capista.

    3 – O conteúdo deve ser o mesmo, se o autor atualizar algo, deve atualizar na Illusia também, é obvio.

    Sujeito a banimento permanente em caso de violação do requisito 1.

    Nota