Capítulo 119
— Sim, sim. Majestade.
O mordomo assentiu, perplexo. Em seguida, apressou-se a seguir a princesa Agnes e Kylo.
Os desejos do príncipe herdeiro eram muito elevados, mas o mordomo concordava.
Os assuntos de um homem e uma mulher são desconhecidos até entrarem na sala de casamento.
Especialmente a honra da princesa, que ele defenderia com sua vida.
O mordomo os seguiu com determinação.
Os outros serviçais os acompanharam, com os olhos iluminados.
Foi então.
Eles dobraram a esquina na qual a Princesa Agnes e Kylo Gray estavam, com as mãos entrelaçadas na frente deles.
— Ei, ei?
— Uh, para onde foram?
De repente, eles tinham desaparecido.
Isso aconteceu bem quando ele estava prestes a dobrar outra esquina.
— Uh, para onde foram?
O mordomo perguntou aos serviçais que o haviam seguido.
Mas era impossível que tivessem visto o que ele não viu.
— Eu, eu também não os vi… Eles não estão por aí?
— Encontrem-nos, rápido!
— O que diabos…?
Murmurou Kylo com voz de pânico.
Tinha acontecido tão rápido que ele nem teve tempo de processar.
Foram transportados para uma escuridão total onde não conseguiam ver nada.
Uma armadilha como uma mina, construída por demônios e plantada por monstros.
Não havia como algo assim ter sido colocado no Palácio Imperial.
A menos que alguém o tivesse feito de propósito.
Kylo soltou um pequeno suspiro.
— … quando você roubou isso?
— Uma vez, quando fomos juntos em uma missão. — murmurou Agnes indiferentemente. Kylo ficou sem palavras.
Pensar em tirar esta mina e pisar nela dentro do Palácio Imperial…
Era tão impensável, tão impensável que ele nem sabia o que dizer para repreendê-la.
Mas o primeiro passo era o primeiro passo…
Kylo se contorceu nervoso.
Ele já tinha ficado preso neste espaço com Agnes uma vez, mas tinha sido um espaço muito pequeno.
Agnes se desculpou um pouco contra seu peito.
— Não posso evitar, as pessoas não param de nos interromper quando estamos sozinhos.
— …
Ele estava pensando o mesmo.
Desde que voltara ao palácio, estivera exatamente cem vezes mais ansioso do que Agnes.
No entanto, ele não conseguia acreditar.
Que ela poderia amar alguém como ele, que morreria por ele.
Enquanto Kylo permanecia tenso e rígido, Agnes deslizou entre seus braços.
Ele estremeceu. Seus músculos se contraíram de tensão.
Não importava se ele entrasse em pânico ou não, Agnes o envolveu pela cintura com os braços e o puxou.
Uns músculos duros se enrolaram ao redor de seus braços. Ele podia sentir que estavam tensos pela tensão.
— Princesa…
— Não se mova.
Diante das palavras de Agnes, Kylo mordeu o lábio com força.
Tinha medo de que ela pudesse sentir um cheiro desagradável.
Mas ele não queria se afastar; queria abraçar a pequena mulher entre seus braços.
Mas ele não conseguia tocá-la facilmente.
— Você se sente muito desconfortável estando aqui comigo?
— … não é assim.
— Relaxe, não é como se eu fosse te comer ou algo assim…
Disse Agnes com um toque de riso em sua voz. Diante dessas palavras, Kylo finalmente se sentiu relaxado.
Ele não conseguia ver nada, apenas o som de um homem e uma mulher respirando no pequeno espaço.
Kylo reuniu coragem e estendeu lentamente a mão.
Ele se atreveria a tocá-la?
O medo o assaltou, mas a ganância prevaleceu.
Seu polegar caloso encontrou o ombro dela.
Suas mãos deslizaram pelos ombros arredondados dela, desceram pelo pescoço esbelto, percorreram as bochechas macias dela e chegaram aos lábios dela.
— Não consigo ver na escuridão. Estes são seus lábios?
— … sim.
O polegar de Kylo pressionou suavemente o lábio inferior macio dela.
Ele sempre quis tocar esses pequenos lábios.
Os lábios que, embriagados, tinham roubado seu primeiro beijo, e ela nem se lembrava disso.
Com um toque suave, Kylo acariciou os lábios carnudos e grossos dela.
Ele mal tinha tocado os lábios dela quando sua respiração ficou ofegante.
“Será que realmente posso ser tão ganancioso?”, ele se perguntou, mas a pergunta já não fazia sentido.
Não podia desistir de alguém que morreria por ele.
Agnes teria que pagar o preço por ter lhe dado o mais precioso que tinha.
Era tarde demais para lamentar.
Ele não tinha intenção de se desapegar do amor injustificado que caíra em suas mãos.
“Volte e tente me tirar dela novamente, e eu a seguirei, mesmo até a morte, para reivindicá-la.”
Seus lábios continuaram acariciando os dela com um toque de desejo profundo.
Seu lábio inferior carnudo, seu lábio superior elegantemente contornado.
Seus polegares firmes pressionavam seus lábios, contornando seus dentes.
Eu adorava a sensação do polegar áspero roçando a carne macia.
— … ah!
Mas então, Agnes mordeu levemente o polegar, que havia estado brincando com seus lábios o tempo todo.
Ao mesmo tempo, o braço de Agnes envolveu a nuca de Kylo.
Um toque cálido e suave. Kylo pensou que ela poderia estrangulá-lo até a morte naquele momento.
Mas em vez de estrangulá-lo, a mão de Agnes o puxou para baixo.
Foi apenas um momento antes de seus lábios se encontrarem.
Kylo sentiu todo o seu corpo derreter diante da suave sensação de seus lábios nos dele.
Era êxtase. Sentia que seu coração ia explodir.
Os lábios se separaram, carne suave roçando contra carne suave. Sua saliva doce embriagava um ao outro como um whisky forte.
Diziam que a princesa Agnes tinha a língua mais bela do império, mas também a mais viciosa.
Mas quando ele a provou, sua língua era apenas doce e suave.
Passou meia hora, curta, longa.
Quando saíram, estavam sozinhos no corredor vazio.
Agnes olhou para Kylo, com os lábios franzidos.
— Na verdade, há outra mina terrestre que reservei para você…
— … haha.
Ao ouvir suas palavras, Kylo soltou uma risada oca.
Era verdadeiramente inimaginavelmente tola.
E ainda assim, era tão adorável que quase o matava.
Além disso, Agnes o segurou pelo braço e perguntou.
— Então, você sabe onde estão as minas que coletamos naquele dia?
Ela perguntou com uma expressão naturalmente virtuosa, suas palavras violavam a lei Imperial.
Kylo pensou um momento antes de responder.
— Se quiser, posso consegui-las para você.
— Quantas?
Com isso, os dois foram de mãos dadas para o palácio da Princesa, planejando seu crime seriamente.
A notícia de que Kylo havia sido nomeado cavaleiro e estava se casando com a Princesa se espalhou por todos os círculos sociais.
Foi um grande golpe, mas a família imperial tinha a tradição de conceder propriedades e títulos aos genros do Imperador.
De uma hora para outra, o homem passaria de um bastardo a ser o genro do Imperador.
Algumas pessoas o parabenizavam pela bondade de seu coração, enquanto outras o invejavam.
E se havia alguém que estava exultante, era o Visconde Gray.
— Hahaha, hahaha!
A sonora gargalhada do Visconde Gray ecoou em sua mansão.
Ele era o único da casa que explodia em alegres risadas.
Exceto o Visconde, o ambiente era sombrio, como se a casa fosse um retrato.
O Visconde não se abalou com o ambiente e aproveitou a alegria.
“Finalmente, finalmente…!”
Finalmente teria seu próprio território!
Que vida miserável tinha levado por tantos anos.
Ele se lembrou dos rostos das pessoas que o olhavam por cima do ombro por ser um nobre da corte sem terras.
Ele se lembrava de cada um deles.
“Vamos ver…”
Kylo Gray. Um sorriso se formou nos lábios do Visconde ao lembrar-se de seu orgulhoso filho.
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