Índice de Capítulo

    As damas se emocionaram até as lágrimas.

    A princesa Agnes havia perdido sua mãe quando era muito jovem. Pouco depois, sua babá também faleceu.

    As damas sabiam melhor do que ninguém o quanto uma mãe e uma babá significavam para uma menina.

    A imagem de Agnes gravada em suas memórias estava prestes a mudar.

    O que agora viam diante delas não era uma princesa desordeira.

    Era apenas uma pobre jovem que tinha perdido a pessoa mais importante de sua vida quando era jovem.

    Quando as damas perceberam, os cantos de seus olhos se umedeceram. Sentiram muita pena pela jovem princesa diante delas.

    A marquesa também tinha os olhos abatidos, mas habilmente conseguiu animar o ambiente.

    — É uma reunião de velhas como nós, não acha chato? Certamente devemos ter algo interessante para falar que a princesa gostaria.

    Diante disso, Agnes sorriu alegremente.

    — Não, estou me divertindo muito, e se não soubesse, me sinto mais confortável na companhia de damas elegantes e cultas como vocês. E o melhor de tudo…

    — …

    — Estar com vocês me faz sentir em casa, como estar com minha mãe.

    Com essas palavras, os corações das damas derreteram como biscoitos de açúcar.

    Embora as palavras pretendessem evocar os sentimentos maternais das damas, também eram palavras sinceras de Agnes.

    Os doces olhos das senhoras que a olhavam a tranquilizaram.

    A festa foi um sucesso.

    A única jovem em uma festa caso contrário entediante.

    Não é de admirar que os olhos das damas se iluminassem quando apareceu o chamado tesouro da família imperial, uma jovem de sorriso doce e animado.

    Agnes sorriu para si mesma ao notar a mudança na forma como as damas a olhavam.

    “Como esperado.”

    Sempre foi melhor responder bem, fingir que lia muito e comer bem na frente de adultos daquela idade.

    E então todos os grisalhos a olhavam como se fosse incrível.

    Sinceramente, a maioria era tímida, mas ninguém percebia.

    Em primeiro lugar, Agnes estava longe de ser tímida, e não se esperava que fosse.

    Em vez disso, as damas assumiram naturalmente que a princesa Agnes realmente havia alcançado a maioridade.

    O ambiente estava maduro.

    Um por um, os donativos começaram a ser revelados.

    A marquesa anunciou que a arrecadação da festa seria doada ao templo para ajudar os necessitados.

    Assim, Agnes comprou uma xícara de chá, algo com que nunca se interessara.

    E a doação de Agnes foi, de longe, a mais popular.

    O príncipe herdeiro estava certo quando disse que as damas adorariam.

    Seus olhos brilhavam ao ouvir sobre a primeira edição de um poema de um poeta chamado Grandel.

    Além disso, o príncipe herdeiro o tinha guardado em sua biblioteca privada.

    As damas se apressaram em adquiri-lo, e acabou sendo o item mais caro dado na festa de caridade.

    Com todo esse alvoroço, a festa estava chegando ao fim.

    De repente, o mordomo da mansão se aproximou da marquesa com uma expressão preocupada.

    O mordomo sussurrou algo no ouvido da marquesa, que franziu a testa.

    — O que está acontecendo, milady? — perguntou a nobre sentada ao seu lado, e a marquesa gaguejou.

    — Ele diz que ela está atrasada.

    — Meu Deus, a essa hora…?

    A marquesa suspirou e ordenou ao seu mordomo que indicasse um assento vazio.

    Era a Viscondessa Ross que chegava tarde ao compromisso.

    A marquesa nunca tinha a intenção de convidá-la.

    Se não fosse por uma carta de seu marido da fazenda.

    O Visconde Ross era um nobre da corte sem importância, que recentemente havia se tornado útil ao Marquês Melville em questões relacionadas às propriedades do marquês.

    Então o Marquês Melville quis que sua esposa na capital convidasse a Viscondessa Ross para vir recebê-lo.

    “Um homem que me traz todos os aborrecimentos.”

    A marquesa Melville esteve tentada a negar, mas se conteve.

    Afinal, os bens do marquês eram para serem herdados por seu filho. Não havia nada que ela não fizesse por seu filho.

    Então, a marquesa estendeu gentilmente o convite à Sra. Ross.

    Ela não esperava que chegasse muito depois do horário combinado.

    Alguns momentos depois.

    A marquesa franziu a testa ao ver a Sra. Ross entrando.

    A senhora Ross não vinha sozinha. Ela vinha acompanhada de mais duas pessoas.

    As damas reviraram os olhos com curiosidade, se perguntando quem eram os que chegavam tarde.

    A senhora Ross sentou-se ao final da mesa de chá com suas duas acompanhantes.

    Não eram outras senão a Viscondessa Gray e sua filha, que a senhora Ross tinha trazido consigo.

    — E quem são suas acompanhantes?

    — Não sei, parecem claramente bem-vestidas…

    As damas não pareciam reconhecê-las de forma alguma. Justo então, uma das damas da mesa ao lado falou baixinho.

    — Não é essa a Viscondessa Gray?

    Viscondessa Gray?

    Agnes arqueou as sobrancelhas enquanto ouvia.

    A Viscondessa Gray…?

    Meu favorito. De meu querido Kylo…

    “É a madrasta…!”

    Nos livros originais, não vimos muito da história de Kylo.

    No entanto, foi revelado que ele sofreu bullying na infância na família Gray e saiu de casa cedo.

    Seus perseguidores eram seu pai, sua mãe, sua madrasta, seus meio-irmãos e todos que trabalhavam na casa.

    Sua madrasta, em particular, o tratava como um rato.

    Agnes olhou para a Viscondessa Gray à distância entre a multidão. A Viscondessa parecia muito nervosa, como se nunca antes tivesse estado nessa situação.

    Ao lado dela estava sua jovem filha, que era idêntica à Viscondessa.

    Assim que fez contato visual com ela, entrou em pânico. A menina imediatamente se virou para ela e gritou.

    — Mamãe, lá está a princesa Agnes!

    As expressões das damas ao seu redor se contraíram.

    Até para uma criança, isso era extremamente rude. A Viscondessa Gray ficou furiosa e soltou o braço de sua filha.

    Mas a Viscondessa também olhou para Agnes com espanto.

    Agnes virou-se, fingindo não ver sua grosseria. Seu gesto generoso a fez ganhar a simpatia das damas ao seu redor.

    Agora que a apresentação e entrega dos objetos doados tinham terminado, o clima na festa do chá estava muito relaxado.

    As damas iam e vinham, conversando com vozes elegantes, enquanto os servos corriam para trazer as sobremesas e os chás preciosos.

    As damas da mesa de Agnes saíram para passear pelos jardins.

    Apenas a princesa Agnes e a marquesa permaneceram na mesa.

    A marquesa sorveu seu chá com elegância e examinou Agnes.

    — Minha querida princesa, você não está entediada com a festa? Não tenho filha própria, então não sei, mas não parece uma festa para moças.

    Agnes sorriu lindamente diante das palavras carinhosas da marquesa.

    — Obrigada por suas gentis palavras, marquesa. Como já lhe disse, gosto muito desta festa. Você já ouviu tudo isso antes, mas é um lugar tão bonito, e posso ver quanto a Marquesa pensou nisso.

    O sorriso da marquesa se aprofundou diante daquelas palavras.

    Cada centímetro desta mansão da capital tinha seu toque. Era um elogio que ela sempre ficava feliz em ouvir.

    — Fico envergonhada de ouvir os elogios da princesa dos olhos mais altos do Império.

    — Você pode se orgulhar disso, Marquesa, pois é genuíno e não fingido. Seu jardim é tão bonito que quero conservá-lo por muito tempo.

    Que coisa mais bonita.

    De fato, esta mansão era tudo para a marquesa.

    Pode ter sido tirada de seu marido, mas esta mansão era sua.

    As palavras de Agnes foram suficientes para tocar o coração da marquesa, já que o jardim era algo que ela queria manter por muito tempo.

    A marquesa começou a pensar cada vez mais na princesa Agnes.

    Será que ela realmente cresceu? A princesa parecia mais madura do que nunca em sua maneira de falar e se expressar.

    Elas conversaram animadamente por um tempo.

    Então, um visitante inesperado se aproximou da marquesa.

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