Capítulo 221: Seol Jihu (6/8)
O silêncio preencheu o ar. Os espectadores observavam com expressões variadas, os companheiros de Seol Jihu com rostos tensos, os 32 membros da minoria com nervosismo e os 78 membros da maioria com curiosidade.
O silêncio da maioria podia ser visto como um acordo tácito com as palavras de Audrey Basler. Embora não concordassem abertamente, o que ela disse claramente havia despertado seu interesse.
Era simplesmente assim que a mente humana funcionava. No momento em que se envolviam diretamente em um problema, a justiça da situação deixava de importar. Só ganhos e perdas eram levados em conta.
— Não pensem mal de mim.
Audrey Basler sabia disso muito bem.
— Perguntem a eles se quiserem… Ah! Claro, talvez se sintam enojados por terem que abrir mão das suas recompensas, mas, lá no fundo, tenho certeza de que estão felizes por ter uma chance de sobrevivência.
Ela dizia o que queria…
— De qualquer forma, conversem entre si e cheguem a uma decisão.
E ainda definia sozinha os termos do acordo.
Seol Jihu a encarava atentamente. Olhos de Cobra sorriu de forma feroz e perguntou:
— Que foi esse olhar?
— …
— Por que está me encarando assim?
— …Os 78 da maioria e os 32 da minoria precisam de uma relação simbiótica. — Seol Jihu finalmente abriu a boca. — Sem um dos lados, o outro não consegue conquistar o Estágio.
— Mm~
Basler prolongou o som e sorriu com os olhos. Um pressentimento ruim cresceu dentro de Seol Jihu, e seu humor rapidamente afundou. Ele não sabia se Basler estava fazendo aquilo de propósito ou se essa era apenas sua personalidade. De qualquer forma, ela realmente parecia uma provocadora nata.
— É mesmo?
Seol Jihu estava prestes a perguntar ‘O que quer dizer com isso?’, mas seu semblante rapidamente ficou sério. Ele percebeu a origem daquele pressentimento ruim.
O que veio a seguir não era algo que deveria ser dito naquele lugar. No entanto, a boca de Audrey Basler não parou.
— Talvez descubram… amanhã de manhã.
…No fim, ela disse.
Cacarejando para si mesma enquanto encarava os 32 da minoria.
— …
Ela não deveria ter dito isso.
Se soubesse como os 32, vítimas do incidente anterior, se sentiam; se soubesse o motivo dessa conferência ter sido convocada, ela não deveria ter dito isso nem como uma piada.
Afinal, era o mesmo que chutar longe a oportunidade que eles haviam agarrado com tanto esforço.
Seol Jihu levantou lentamente a cabeça e encarou o céu.
— Kekekeke! Hã? Ficou bravo?
Será que ela realmente pensava assim? Ou estaria fazendo aquilo de propósito, plenamente consciente das consequências?
— Cadê toda a matança, a traição e, sabe, as coisas divertidas? Tem que ser mais hardcore que isso!
Talvez, fosse ambos. Considerando a Janela de Status que ele viu no Estágio 1, ela era mais do que capaz disso.
— Posso garantir uma coisa.
De repente…
— Mesmo que você não faça nada, haverá pessoas que vão te amaldiçoar. Quanto mais famoso você ficar, mais ódio vai receber. Algumas pessoas até vão te odiar. E não para por aí. Vai ter uma porção de gente tentando te usar.
Palavras que ele ouvira no passado ecoaram em sua mente.
— Porque você está tentando ultrapassá-los.
Apesar de o comportamento dela ser horrível, Seol Jihu ainda achava que valia a pena tentar guiá-la.
Embora tenha fracassado miseravelmente da primeira vez, ele tentou aprender com isso e procurou uma maneira de melhorar. Mas o mesmo se repetia no Estágio 2.
— Eei~ Tá bravo~?
Na verdade, ele sabia o motivo. Assim como Kim Hannah dissera, o mundo não era tão simples e claro. E ele havia compreendido isso profundamente durante o Banquete.
— Aigo, e agora~? Nosso Príncipe tá bravinho~
Dar algo não garantia receber algo de volta. Roubar dois não exigia devolver dois.
— Tá bom, fui meio pesada. Para de ficar bravo. Aqui! Vamos apertar as mãos e fazer as pazes.
O mesmo valia para as relações humanas. Havia aqueles que expressavam gratidão por uma demonstração de boa vontade, mas também aqueles que a viam como um direito. Existiam pessoas como Oh Rahee, que entendiam rapidamente, e pessoas como Audrey Basler, que ignoravam tudo.
— Príncipe~?
Assim, o mundo não seguia a Regra de Ouro. Se o mundo funcionasse sob a lei da troca equivalente, então seria dourado.
— Tá me ignorando?
Então, o que deveria fazer? Se palavras não adiantavam, qual método deveria usar?
— Com o que você tá preocupado?
A resposta era simples. Afinal, ele a via todos os dias.
— É fácil. Basta chegar a uma decisão até amanhã de manhã, e podemos fazer do seu jeito.
Ele não deveria esperar ou procurar pela Regra de Ouro…
— Você me entendeu, né?
Ele deveria se tornar a Regra de Ouro.
— Entendeu?
Ele não tinha intenção de ser um ‘aliado da justiça’. Não queria ser forte contra os fortes e fraco contra os fracos.
— Ah, esse desgraçado tá me ignorando como se fosse um vira-lata da rua.
Era só que… se o mundo era assim… se esse era o mundo em que ele vivia…
— Que tédio.
Mesmo que tarde, ele teria que se adaptar de verdade.
— Sem emoções~ Sem diversão~ Tô vazando.
Antes que percebesse, o vasto campo brilhava sob uma luz dourada.
“O Mandamento Dourado.”
…Certo. Tudo conforme o Mandamento Dourado.
【Seu nível de cognição Caótico…】
E assim…
【…muda para Mandamento Dourado.】
【5. Nível de Cognição】
– Moderado (Ações e pensamentos são sensatos; esforçado)
– Despertar
– Mandamento Dourado (Tratar os outros como eles trataram você)
No momento em que seu padrão foi definido…
— Sente-se.
Seol Jihu jogou fora sua máscara.
— …Hm?
Os passos de Audrey Basler pararam.
— Ainda não terminei de falar.
Ela se virou de volta. Um olhar de êxtase se espalhou pelo seu rosto, como se pensasse “Ele finalmente reagiu”.
Sem dúvida, ela estava se divertindo com a situação. Muito bem. Então ele também teria que se divertir.
— Oooh~ Tá ficando valentão, é?
— Eu disse, sente-se.
Quando Seol Jihu avançou, Audrey Basler ergueu lentamente a cabeça. O jovem parou bem na frente dela. Quando a encarou de cima, os olhos de serpente de Audrey se curvaram como luas crescentes.
— Ai, que medo. Vai me bater?
— Não vou repetir pela terceira vez — disse Seol Jihu em voz baixa.
— Kik! — Piscando duas vezes, Basler então deu um risinho — Não quero!
Como se achasse o jovem absurdamente engraçado, seu rosto se distorceu com veneno. Ela zombou:
— Eu ia deixar passar, mas você deve estar fora de si.
Foi então…
— Quem diabos você pensa que é para me mandar…!
Thwack!
De repente, Basler caiu de bunda no chão, seus olhos se arregalando. Incapaz de suportar o choque instantâneo, levou as mãos às têmporas pela dor que explodiu em sua cabeça.
Ao olhar para cima com uma careta, viu o punho do jovem. Só então percebeu o que havia acontecido.
Ela ficou atônita por apenas um instante.
— Ei!
— Aquele desgraçado…!
Alguns de seus companheiros tentaram avançar, mas pararam quando Basler os sinalizou com a mão.
— Uau… — Ainda sentada no chão, ela abriu a boca lentamente — Que confiança, hein, Príncipe? Deve ser bom ter tantos amiguinhos!
O sorriso zombeteiro nunca deixou seu rosto.
— Finalmente mostrou sua verdadeira face… Muito bem, vou latir como você quer. Por que não?
— …
— O quê? Quer que eu abane o rabo também? Assim? — Ela se pôs de quatro e começou a balançar o quadril.
— Os coitadinhos da minoria como eu têm que fazer isso pra sobreviver… — zombou, enfatizando a palavra ‘minoria’.
— Isso ainda não é suficiente? Não está satisfeito? Quer mesmo que eu lata? — Então começou a abrir e fechar a boca repetidamente, fingindo latir.
Sabendo muito bem o que ela queria provocar, Seol Jihu respondeu com um sorriso calmo:
— Parece ótimo. Faça isso.
— Hã?
— Lata.
Os olhos de Audrey Basler se arregalaram.
— Já que começamos, vamos fazer direito. Ah, que tal mijar também? Levantando uma perna, claro.
— …O quê?
Para cada problema, existia um limite que não podia ser cruzado. O rosto zombeteiro de Audrey Basler se contorceu de forma indescritível.
— Ha! — Ela parou completamente. Então abaixou a cabeça e se levantou lentamente. — Hiyaa… Você tem um gosto peculiar!
— Você queria agir como um cachorro, não queria? Só estou dando boas sugestões.
— Você deve achar que é algo especial porque eu fico te chamando de Príncipe… Ei. — O tom brincalhão desapareceu de seu rosto. Uma das sobrancelhas se arqueou. — Tem certeza de que consegue bancar?
— ?
— Parece que você tá bem enganadinho aqui. Não estamos parados porque temos medo de você. Estamos com medo deles — dos Tríades, da Umi Tsubame e da Carpe Diem. Entendeu?
Seol Jihu sorriu de canto.
— Hã? Acha engraçado? Pode rir à vontade. Mas as coisas vão ser diferentes quando voltarmos ao Paraíso.
— É mesmo? — Seol Jihu cruzou os braços, relaxado. — Se for só você, acho que só eu já dou conta.
— Oh? — Basler se animou, como se estivesse esperando essas palavras. — Isso é seu orgulho de macho falando? Parece que você tem bolas. Então quer lutar? Sem ninguém das equipes se metendo, claro.
Ela recuou sorrateiramente e ergueu a guarda como uma boxeadora. Vendo isso com um olhar vazio, Seol Jihu largou sua Lança de Gelo e sacudiu levemente as mãos.
— Ha.
Audrey Basler riu.
— Você deve ter assistido a muitos fi… — ela abaixou rapidamente o tronco e concluiu — …lmes!
Então, disparou para o lado antes de investir em um ataque surpresa.
Ela avançou como um raio de luz, mas no instante seguinte, seu rosto orgulhoso ficou em branco.
Junto com o som do ar se rasgando, o jovem, que estava parado de forma indefesa, avançou de repente.
“Quando…!?”
Thwack!
Com um som de impacto claro, a cabeça de Basler virou violentamente. Seu corpo também girou no ar. Mas antes que pudesse soltar um grito, seu olho esquerdo pegou fogo de dor.
— Keuk!
Como era de se esperar de uma Arqueira de alto nível, ela não caiu de imediato. No entanto, já havia perdido o equilíbrio.
— E-espe…
Outro golpe surdo acertou sua cabeça. Um pequeno grito escapou. No final, ela tropeçou e caiu de novo.
Ela rapidamente perdeu a compostura. Com a cabeça baixa, caiu no desespero. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Sabia que o jovem era forte, mas como poderia uma Arqueira perder em velocidade para um Guerreiro do mesmo nível?
Simplesmente impossível.
— Você…!
Como se não pudesse aceitar o resultado, ela se levantou desajeitadamente e levou a mão até a coxa.
Pang!
O som do ar rasgando ecoou novamente. Seol Jihu disparou ainda mais rápido do que antes e chutou a mão dela, que estava puxando uma adaga.
A mão chutada se agitou no ar, e ela viu Seol Jihu com a mão direita puxada para trás.
— Kyaaak!
Quando seu soco acertou, Basler cobriu os olhos como se sua visão tivesse sido turvada.
Ainda assim…
— Se, como você diz, sacrificarmos…
Seol Jihu falou calmamente e não parou de golpear.
— As 32 pessoas…
Seu nariz foi esmagado, fazendo o sangue espirrar.
— Apenas 30 dos 78 poderão sair.
Seu osso da bochecha afundou…
— E os 48 restantes terão que lutar de novo… E aí?
Sangue fresco escorreu de seus lábios rompidos.
— Vou descobrir de manhã?
Um direto cheio de raiva disparou. Ele acertou a boca dela, e três ou quatro dentes caíram.
— Que porra isso quer dizer?
Vendo a cabeça dela abaixada, Seol Jihu golpeou-a novamente. Basler caiu no chão mais uma vez.
Parecia que ela não havia perdido a consciência, pois se levantou cambaleando. Porém, tropeçou nos próprios pés e caiu sentada novamente.
— Auu… auuuu…
Os companheiros de Basler, que achavam que ela só estava brincando, perceberam a gravidade da situação. Eles trocaram olhares rápidos entre si.
— Ei! Já chega…
— Mhm, já chega de você também.
Ao ouvir uma voz interferindo de perto, o homem que estava puxando a arma congelou. Sentiu alguém envolvendo seu pescoço com o braço.
Ao inclinar a cabeça para trás, viu um homem bem vestido mordendo um cigarro.
— Não acha que se meter numa luta um contra um é trapaça?
Sem que percebessem, os membros da Tríade já haviam se reunido atrás dele.
— Concorda, amigo?
Hao Win piscou para o homem que segurava e soltou uma baforada de fumaça. O homem franziu a testa.
— Mas ele já passou dos limi—
— Hã?
Algo preto rasgou a fumaça branca e parou bem na frente de seu rosto.
— O que foi isso?
Hugo havia enfiado a mão sobre a orelha do homem.
Crack.
Quando ouviu o homem ranger os dentes, Hugo assentiu com a cabeça e exclamou:
— Aha! Quer levar uma surra?
Hic!
O homem soluçou. Hugo e os Tríades eram famosos por sua crueldade.
— Ka, Kazuki!
Chamou por Ayase Kazuki, que geralmente era o mais moderado.
— Hm?
Mas ao ver Kazuki carregando sua besta com virotes, ele se calou imediatamente.
Assim, Seol Jihu pôde fazer o que precisava sem interferências.
— Levante-se.
— Huaaa…
Um som vazio saiu. Como Seol Jihu havia golpeado repetidamente seu rosto, seu cabelo estava desgrenhado e seu rosto coberto de sangue.
— Levante-se. Não quero ouvir depois que tropeçou ou coisa assim.
— Keu… Keuhuhu…
— Não vai levantar?
Seol Jihu avançou e agarrou o rabo de cavalo dela.
— Auuuu!
Depois de levantá-la à força pelos cabelos, empurrou seu corpo levemente. Olhos de Cobra cambaleou para trás, dando alguns passos.
Dessa vez, não foi para se preparar para a luta. Era puro medo.
Thwack!
— Kuk…
Quando ele acertou a nuca dela, um som abafado ecoou. Basler já não lembrava quantas vezes havia caído.
— Levante-se.
O corpo derrubado estremeceu. Quando os passos do jovem se aproximaram, seus braços e pernas se agitaram em desespero.
Basler rastejou pelo campo de grama, conseguiu se virar e abraçou o tornozelo de Seol Jihu.
— Sph… me pswerdoe…
Com os dentes quebrados, suas palavras saíam como o som de uma flauta.
— Eu hhsinto muito… Eu shhinto muito… me perdoe…
Com os olhos tingidos por hematomas azulados e avermelhados, ela implorava pela vida enquanto exalava cheiro de sangue.
Seol Jihu falou calmamente:
— Levante-se.
Ao ouvir a voz fria, Basler fez uma careta. Lágrimas de sangue continuavam a escorrer de seus olhos.
— Euww… euww vou fazer como vochhê quiser… então… por favor…
— …
— Barw! Eu vou latir! Wan! Wan, wan! Wan, wan, wan!
Ela até latiu de verdade.
Seol Jihu estava prestes a levantá-la pela gola quando uma luz chamativa chamou sua atenção.
“Cor dela…!”
Quando a verificou no Estágio 1, sua cor era amarela, Atenção Necessária. Permaneceu assim até agora, mas de repente começou a mudar.
De amarela para incolor.
Essa não era a primeira vez que via uma cor mudar. Já havia visto a cor de Teresa mudar de incolor para dourado.
Mas era a primeira vez que via uma cor de perigo mudar.
Olhando fixamente para baixo, Seol Jihu se agachou. Levantou o queixo dela com o dedo indicador até que seus olhos se encontrassem.
Vendo os olhos completamente tomados pelo medo, ele entendeu o motivo da mudança.
— Era realmente necessário chegar a isso para você entender?
— …
— Por que não pôde simplesmente ouvir quando falei direito?
— …
— Não é como se eu tivesse mandado você morrer sozinha.
— …
— Era para que todos pudessem viver.
Basler tremia violentamente, mal conseguindo encará-lo. Mas, ao ouvir a calma na voz dele, arrepios percorreram seu corpo. Ela não conseguia acreditar que estava olhando para o mesmo jovem do Estágio 1.
— Vamos ser honestos. Você também sabia.
Ele certamente não estava falando apenas com Audrey Basler.
Vendo Olhos de Cobra assentir freneticamente, Seol Jihu se levantou.
— Vou adicionar mais uma condição.
Ele olhou para a facção da maioria e limpou o suor da testa. Por conta do sangue e da carne cobrindo sua mão, uma linha de sangue ficou desenhada em sua testa.
— Audrey Basler e seus cinco companheiros. Vamos considerá-los parte da facção da minoria na formação dos times.
Ele basicamente estava dizendo que dividiria Olhos de Cobra e sua equipe para que não tivessem outras intenções.
— Além disso… — continuou Seol Jihu — se alguém tiver uma ideia melhor, estou aberto a discussões.
Ele estava dizendo para falarem agora se tivessem qualquer objeção.
Subitamente, uma risada abafada ecoou. Oh Rahee abaixava a cabeça com a mão sobre a boca. Seus ombros tremiam por um tempo até que ela finalmente se levantou.
Caminhou até o jovem com passos leves e o examinou de cima a baixo.
Quando ela continuou encarando-o, Seol Jihu abriu a boca primeiro.
— Tem algum problema?
— Não, não, não é isso.
Hnnng.
Com um longo resmungo, Oh Rahee deu de ombros.
— Quero estar no primeiro time que entrar na Praça do Desejo Dissonante. Pode ser?
Olhando para Audrey Basler, que tremia como um inseto, ela caiu na risada.
— Aposto que já ouviu aquele ditado de que o primeiro botão precisa ser abotoado corretamente. Em troca de entrar primeiro, eu garanto que trago todo mundo de volta.
Seol Jihu respirou fundo. Com essa declaração, a conferência chegava a uma decisão. Com Oh Rahee, uma das integrantes mais fortes da facção da maioria, concordando, a balança definitivamente havia pendido para seu lado.
— Podemos decidir isso durante a formação dos times.
Ela parecia concordar completamente com todas as suas condições. E, desde que não violasse nenhuma regra, Seol Jihu não via problema em deixá-la ir primeiro.
— Quer que eu leve ela? — Oh Rahee perguntou, lançando um olhar para Olhos de Cobra. Parecia querer dizer que ficaria de olho nela. Sem dúvida, era um gesto de boa vontade.
— Não.
No entanto, Seol Jihu balançou a cabeça. Confiar em Basler apenas porque sua cor mudou seria insensato.
— Nós vamos levar Audrey Basler.
— Tem certeza?
— Claro. Chohong!
Chohong levantou a mão como se estivesse esperando por esse momento. Aproximou-se rapidamente, arrastando seu intimidador Espinho de Aço pelo campo de grama.
— Por favor.
— É, é. Só tenho que cuidar dela até o fim do Banquete, né?
Como Seol Jihu já havia pedido ajuda, ela aceitou prontamente. Pegou sua maça e a apoiou no ombro, lançando um olhar feroz para Basler, que ainda estava no chão.
— Tá me encarando por quê, porra? Abaixa essa cabeça.
Vendo Olhos de Cobra morder os lábios, Chohong soltou uma risadinha antes de, de repente, ficar séria.
— Ei.
— …
— Abaixa essa cabeça, sua puta. Quer que eu exploda sua cara?
Loucos muitas vezes reconheciam outros loucos. Sentindo a aura fria e ensopada de loucura de Chohong, Basler engoliu em seco.
Logo, ela abaixou o olhar junto com a cabeça.
Chohong sorriu.
— Pode esperar. Vou cuidar de você pessoalmente até o Banquete acabar.
Chohong arrastou o corpo mole de Audrey Basler para longe. Observando toda a cena com interesse, Oh Rahee perguntou com um sorriso significativo.
— Qual é seu sobrenome?
— …Eu não te falei?
— Você só me disse seu nome. Então? Kim Seol? Yi Seol?
Seol Jihu ficou confuso com a pergunta repentina. Soltou um longo suspiro antes de abrir a boca.
— Não.
— ?
— Seol é meu sobrenome.
— Meu nome é…
Após pegar a Lança de Gelo, Seol Jihu olhou ao redor. A maioria ainda não havia se levantado.
Outra coisa que havia mudado era o clima.
Kazuki, com uma expressão calma, os 32 membros da minoria com rostos atônitos, como se não esperassem que Seol Jihu fosse tão longe, e os 78 da maioria com olhares cansados.
— Meu nome é…
Diante dos inúmeros olhares voltados para ele…
— Jihu.
O jovem sorriu levemente.
— Sou Seol Jihu.
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