Capítulo 7: O Carimbo Dourado (2/2)
Desolado.
Havia algo antinatural nas ruas para que Seol as descrevesse simplesmente assim. Para começar, ele não conseguia avistar uma única pessoa ou um veículo em movimento.
O que ele via era uma paisagem urbana sombria e lúgubre, sem uma única formiga à vista. Até mesmo o céu acima era de um tom acinzentado e opaco.
“Então não foi um sonho? Tudo isso é real?”
Ao perceber isso, Seol praticamente voou até o smartphone e o pegou.
【Identidade confirmada.】
【O registro do usuário foi concluído.】
Uma voz robótica saiu do dispositivo e, em seguida, a tela se iluminou. Ele apressadamente tocou no ícone de e-mail piscando no canto, e textos apareceram na tela.
【Remetente: O Guia】
【1: Chegue ao salão de assembleia do Colégio Paraíso antes que o tempo se esgote.】
【2: Tempo restante – 00:09:45】
O conteúdo era simples, mas o remetente também teve a gentileza de anexar uma imagem, que acabou sendo um mapa. Ele deu uma olhada e descobriu que sua localização atual não ficava muito longe do seu novo destino.
Seol deu um tapa forte em suas próprias bochechas. É claro que seu rosto ardeu bastante. Ele estava tentando ver se isso o faria acordar, mas, acima de tudo, queria usar a dor para reafirmar que tudo isso estava realmente acontecendo.
— …Ai.
Ele esfregou as bochechas doloridas e, com cautela, empurrou a porta da frente para sair.
Enquanto caminhava, uma tensão inexplicável continuava a crescer dentro dele. Além da solidão de se sentir como o último homem na Terra, era como se estivesse vagando por um mundo congelado no tempo.
Encontrar o caminho não foi nada difícil. Ele simplesmente seguiu a direção indicada no mapa e precisou de apenas dois minutos para chegar ao destino.
A placa chamativa com os dizeres ‘Colégio Paraíso’ pendia ao lado dos portões da escola, que estavam escancarados.
“Que nome engraçado.”
— Esse nome fede.
Uma voz inesperada surpreendeu Seol, que rapidamente olhou para o lado. Ele nem sabia quando ela tinha chegado ali, mas uma garota de moletom com capuz estava ao seu lado.
Seus olhares se encontraram. Sua pele pálida impecável indicava sua juventude, mas suas sobrancelhas arqueadas sugeriam uma personalidade bastante feroz.
No momento em que Seol formou essa impressão dela, seu rosto inexpressivo exalava um desinteresse indiferente. Então, ela passou por ele. Suas mãos estavam enfiadas nos bolsos, e ela entrou pelos portões abertos com passos apressados, como se estivesse com pressa.
“O telhado branco, certo?”
O mapa anexado dizia que este era o local, mas isso não significava que aquele ponto exato fosse o local de encontro. Seol olhou ao redor e encontrou o salão de assembleia. Ao se aproximar, conseguiu ouvir murmúrios vindos de dentro.
Seol subiu os degraus, mas parou abruptamente. Uma pessoa inesperada estava parada na entrada do salão.
Para ser mais específico, uma mulher loira vestindo um uniforme completo de empregada acenava graciosamente para ele. Era como se estivesse dizendo: ‘Por favor, por aqui, bem-vindo, senhor…’.
— Hã… Eu devo entrar por aqui?
Acena, acena.
A mulher loira assentiu silenciosamente com a cabeça e sorriu brilhantemente. Mas, quando Seol tentou passar por ela, ela deu alguns passos à frente e bloqueou seu caminho. Ela o encarou em silêncio e, de repente, estendeu a mão.
— ?
Seol inclinou a cabeça, confuso. Então, os lábios da mulher loira se moveram sem emitir som. Ela usou os polegares e os dedos indicadores para formar um retângulo antes de estender a mão novamente. Era como se estivesse pedindo que ele entregasse algo. Infelizmente, Seol apenas ficou ali, piscando os olhos, ainda mais confuso.
— Você precisa de algo de mim?
Como se Seol estivesse a frustrando, a empregada loira estreitou os olhos de forma elegante. Suas bochechas até inflaram um pouco, e seu lábio inferior se projetou em um leve bico. Isso apenas fez Seol cair ainda mais em sua confusão.
— Ela quer sua Carta de Convite! Ou seu Contrato!
Enquanto ele estava ali, se perguntando o que fazer, alguém gritou lá de dentro do salão. Seol olhou e viu um cara sentado em uma cadeira dentro do salão de assembleia, rindo enquanto assistia ao que acontecia do lado de fora. Finalmente, ao ter um estalo, Seol tirou sua Carta de Convite do bolso e a entregou.
— Hmph.
A mulher recebeu a carta e a abriu com uma expressão impecável. Enquanto Seol estava ao lado dela, se perguntando se aquele ‘hmph’ era ela tentando dizer algo ou apenas um suspiro curto, a expressão da empregada gradualmente congelou.
Ela olhou para a Carta de Convite. Depois, olhou de volta para Seol.
Seus olhos, que estavam bem abertos, lentamente se fecharam. Com cuidado, ela dobrou a Carta de Convite, juntou as mãos em frente ao peito e lentamente se curvou em uma profunda reverência. Foi uma saudação elegante, porém digna.
De repente, o salão de assembleia inteiro ficou em silêncio. Toda a atenção daqueles que haviam chegado antes de Seol se voltou para o recém-chegado.
Ignorando completamente todos aqueles olhares, a empregada loira apontou para o lado esquerdo do salão e guiou o confuso e ainda mais atordoado Seol para lá.
A empregada o guiou até uma cadeira vazia, fez mais uma reverência educada e então recuou suavemente, como se estivesse deslizando sobre patins, sem nunca lhe virar as costas. Ela ainda não disse uma única palavra, mas sua atitude para com ele definitivamente havia mudado.
— O que deu nela? Por que está agindo assim de repente?
— Quem sabe. Ela não fez isso quando eu cheguei.
Os olhos de dois homens se voltaram para o recém-chegado, Seol. Mas tudo o que ele conseguia sentir naquele momento era confusão e constrangimento.
Embora tivesse vindo aqui naquele sonho extremamente vívido, na realidade, esta era sua primeira vez. E certas coisas estavam acontecendo de maneira um pouco diferente em comparação ao sonho.
Então, claro que ele estava confuso. Por isso, decidiu desviar sua atenção e tentar entender melhor o novo ambiente.
O número de pessoas reunidas no salão de assembleia era bem superior a trinta. O que mais chamava a atenção era que estavam divididos entre os lados esquerdo e direito, como se houvesse uma separação entre os grupos.
No lado esquerdo, onde Seol estava, havia apenas oito pessoas ao todo: seis homens e duas mulheres. Ali, havia cadeiras para sentar, e o clima geral parecia relaxado e tranquilo.
Por outro lado, no lado direito havia quase trinta pessoas, mas elas estavam ou sentadas no chão ou de pé. Seol podia ver que a atmosfera ali era tensa e ansiosa.
— Deve ser o destino nos encontrarmos em um lugar como este. Que tal nos apresentarmos uns aos outros?
De repente, um homem falou. Ele parecia entediado com toda a espera. Era também o mesmo que há pouco riu de Seol.
Sua voz alta e masculina conseguiu atrair a atenção de todos ali. A parte da frente de seu cabelo estava penteada para trás, revelando seu rosto igualmente robusto. Um sorriso sutil surgiu em seus lábios, como se ele estivesse gostando de ser o centro das atenções.
— Prazer em conhecer vocês. Eu sou Kang Seok. E esses dois caras aqui… Ei, se apresentem.
— Sou Yi Hyungsik.
— Jeong Minwoo.
Não estava claro se eles já eram amigos antes de virem para cá ou se se tornaram amigos depois de chegar. Os dois homens se apresentaram brevemente. Internamente, Seol deu apelidos para os dois, já que suas características físicas eram bem distintas. Ele chamou o primeiro de ‘Magrelo’ e o segundo de ‘Gordo’. Quanto ao primeiro cara que falou, Seol lhe deu o apelido de ‘Rocha’.
— Qual é o seu nome?
O próximo alvo de Kang Seok foi a mulher de moletom com capuz, a mesma que Seol encontrou no portão da escola.
Ela parecia completamente desinteressada. Era como se nem estivesse ouvindo o que era dito ao seu redor, apenas focada na tela do celular. Em outras palavras, estava ignorando a pergunta de Kang Seok.
Kang Seok coçou a cabeça e sorriu sem jeito.
— Deve ser uma daquelas mulheres exigentes e arrogantes. Sem dúvida.
Yi Hyungsik se intrometeu.
— Isso foi meio constrangedor… Alguém quer me salvar?
O olhar de Kang Seok pousou na outra mulher do grupo. Ela apertou firmemente a mão do garoto adolescente ao seu lado e sorriu sem graça.
— Ah… Meu nome é Yi Seol-Ah.
— Então é Senhorita Seol-Ah. E o cavalheiro ao seu lado?
— Ele é meu irmão mais novo, Yi Sungjin.
Ao ouvir as palavras ‘irmão mais novo’, Kang Seok pareceu ainda mais interessado.
— Vocês dois são irmãos de sangue?
— Sim, somos.
— Posso perguntar quantos anos vocês têm? Quero dizer, parecem um pouco jovens para estarem aqui. Ah, minhas desculpas se isso foi ofensivo.
— Ah, não. Está tudo bem. Tenho dezoito anos, e Sungjin tem dois anos a menos que eu.
— Uau.
Kang Seok soltou um suspiro surpreso, como se achasse essa informação incrível. Logo em seguida, abriu um grande sorriso e estendeu a mão.
— Ah, isso significa que posso falar informalmente. Tenho vinte e nove anos. Já que todos recebemos Cartas de Convite, vamos nos dar bem. Pensem em mim como um tio confiável.
— Ah, hum… Muito obrigada.
Yi Seol-Ah apertou a mão dele timidamente. Sua aparência graciosa e sua timidez lembraram Seol de uma bela flor recém-colhida. Por um momento ou dois, ele não conseguiu tirar os olhos dela. Até mesmo Kang Seok demorou um pouco para soltar sua mão.
Os dois restantes eram Seol e um homem usando um boné verde e um par de óculos escuros.
O homem de boné movia os lábios para cima e para baixo, como se estivesse mastigando um chiclete, enquanto ouvia música pelos fones de ouvido. Suas pernas também se moviam no ritmo da música, o que lhe dava a impressão de ser um sujeito inquieto e agitado. Ele sequer se apresentou, como se não tivesse o menor interesse nisso.
Seol se concentrou silenciosamente e observou Kang Seok. Por um breve momento, uma luz verde apareceu sobre ele antes de desaparecer.
As chances de que nada de bom acontecesse ao se misturar com ele eram altas o suficiente. No fim, Seol desviou o olhar.
Ele ficou bastante atordoado ao entrar no salão de assembleia, mas, com o passar do tempo, começou a se acalmar.
No sonho, Seol estava no lado direito do salão, o que significava que as coisas agora estavam diferentes. O que era aquele selo dourado, e por que ele resultava em um tratamento tão distinto? Ele tentou vasculhar suas memórias em busca de respostas, mas não conseguiu se lembrar de nada.
“Eventualmente, vou descobrir.”
Quando verificou o telefone para ver a hora, viu a contagem regressiva mudar de ‘00:00:01’ para ‘00:00:00’.
— É hora.
De repente, uma voz ecoou da parte frontal do salão. No palco, um homem vestindo um smoking caminhou até o centro com uma postura digna e disciplinada. Todos ali ficaram bastante surpresos, pois não havia ninguém lá um instante atrás.
O homem bem vestido tinha um penteado limpo e impecável, além de um monóculo sobre um dos olhos. Ele ergueu a mão na direção da empregada loira, que estava parada na entrada.
— Estão todos aqui?
A empregada balançou a cabeça suavemente, apontou para o grupo no lado direito do salão e então ergueu quatro dedos.
— Quatro pessoas… Bem, tanto faz. Não podemos esperar mais, então apenas feche a porta e libere.
Quando a empregada loira demonstrou um leve sinal de hesitação, o homem, que tinha ares de mordomo-chefe, estreitou os olhos.
— Sou o Guia. Não é como se fosse difícil chegar até aqui. Aqueles que não conseguem nem seguir um cronograma não são necessários aqui.
No fim, a empregada abaixou a cabeça obedientemente e fechou a porta em silêncio. Em seguida, pegou um smartphone e começou a mexer nele por alguns instantes.
Enquanto isso, o homem no palco bateu palmas duas vezes para atrair a atenção de todos para si.
— Sejam bem-vindos. Sou chamado de Han e fui encarregado de guiá-los desta vez. Podem me chamar de Guia.
Han falou até aí e então gesticulou para a empregada com o dedo indicador. Ela correu rapidamente até seu lado, seu longo rabo de cavalo loiro balançando no ar.
— Antes de tudo, os documentos do Contrato, por favor. Quantos temos? Vinte e oito… Bastante, não é? E temos oito Cartas de Convite desta vez?
O Guia nem sequer olhou para o monte de Contratos e simplesmente os enfiou sob o paletó. No entanto, segurou firmemente as Cartas de Convite em sua mão.
Ele então brincou com o monóculo.
— Ehem, primeiro, vamos confirmar a identidade dos presentes. Embora tenhamos as Cartas de Convite aqui, elas não significam nada se não confirmarmos pessoalmente.
O silêncio ainda reinava no salão de assembleia. O Guia apenas sorriu.
— Imagino que estejam curiosos sobre muitas coisas. Mas vamos seguir o protocolo. Todos aqui presentes, por favor, pensem em trazer à tona suas Janelas de Status ou simplesmente gritem ‘Status’ em suas mentes. Também podem dizer em voz alta, se preferirem.
“Janelas de Status? Status?”, No momento em que Seol pensou nisso…
No espaço vazio bem diante de seus olhos, uma avalanche de textos apareceu repentinamente.
【Sua Janela de Status】
【1. Informações Gerais】
Data de convocação: 16 de março de 2017
Grau do Selo: Ouro
Sexo/Idade: Masculino/26
Altura/Peso: 180,5 cm/80,6 kg
Condição atual: Boa
Classe: NV. 0 (Convidado)
Nacionalidade: República da Coreia (Área 1)
Afiliação: N/A
Apelido: N/A
【2. Traços】
1. Temperamento:
– De vontade fraca. (Possui uma vontade fraca, incapaz de tomar decisões sozinho ou de manter aquelas que já tomou.)
– Pavio curto.
2. Aptidão:
– Mediana. (Normal em todos os aspectos; não possui talento ou qualidades particulares.)
【3. Nível Físico】
– Força: Baixa (Baixa)
– Resistência: Baixa (Extrema)
– Agilidade: Baixa (Intermediária)
– Energia: Baixa (Baixa)
– Mana: Intermediária (Alta)
– Sorte: Intermediária (Baixa)
Pontos de Habilidade Restantes: 0
【4. Habilidades】
1. Habilidades Inatas (2)
– Visão do Futuro (Grau Desconhecido)
– ?? (Grau Desconhecido)
2. Habilidades Relacionadas a Trabalho (0)
3. Outras Habilidades (0)
【5. Nível de Cognição】
– Disponível após a conclusão do evento Tutorial.
— Ohh…
— O q-que diabos é isso?
As pessoas começaram a murmurar surpresas por todo o salão. Seol não foi exceção. Embora tivesse visto isso dezenas e centenas de vezes antes em seu sonho, agora que estava experienciando pessoalmente, a sensação era completamente diferente.
— O que é essa ‘Habilidade Inata’? Ei, Hyungsik, o que está escrito na sua?
— Com licença? Você por acaso possui uma Habilidade Inata?
O primeiro a responder Kang Seok não foi Hyungsik, mas sim o Guia, Han. Kang Seok não esperava que suas palavras fossem ouvidas a essa distância, então ficou desconcertado e rapidamente balançou a cabeça em negação.
— N-Não, eu não tenho. Só fiquei curioso.
— Oh… Bem, é normal não ter uma Habilidade Inata. A maioria dos humanos não possui uma. Você não precisa se preocupar com essa parte da sua Janela de Status.
Han sorriu calorosamente ao dizer isso.
— Bem, então. Vamos parar com a surpresa, certo? Agora, por favor, revelem os graus de seus Selos. Assim como antes, apenas pensem nisso ou falem em voz alta, e será feito. Não se preocupem, eu não poderei ver nada além do que foi revelado.
O salão de assembleia ficou um pouco mais agitado. No entanto, Seol ainda estava concentrado, olhando intensamente para sua Janela de Status.
O Guia disse com certeza que era normal não ter Habilidades Inatas. No entanto… a Janela diante dos olhos de Seol mostrava que ele tinha. Duas, para ser exato.
“Visão do Futuro? E o que significam esses pontos de interrogação?”
Ele suspeitava que estivesse relacionado à sua habilidade de ver cores verdes, mas o que significavam aqueles pontos de interrogação?
— Vejamos… Como não temos muito tempo restante, irei direto para o próximo passo do procedimento. Senhorita Yi Seol-Ah, Senhor Yi Sungjin, Senhor Yi Hyungsik, Senhor Jeong Minwoo e Senhor Hyun Sangmin? Todos vocês possuem Selos de Bronze, certo? Ah, de fato possuem.
Cinco das oito pessoas do lado esquerdo assentiram com a cabeça antes de olharem para o Guia com expressões ligeiramente confusas.
O Guia fez a pergunta e respondeu a si mesmo antes de lançar cinco Cartas de Convite ao ar. De repente, as cartas brilharam intensamente antes de se transformarem em cinco bolsas de cor bronze que caíram no chão. Tudo parecia um truque de mágica sofisticado.
— Os Selos de Bronze receberão apenas uma Caixa Aleatória como item bônus, conforme as regras padrão. Vocês também poderiam ter solicitado o bônus de trazer um ajudante, mas vejo que, infelizmente, nenhum de vocês o fez.
A empregada loira recolheu as cinco bolsas de cor bronze e as entregou aos seus respectivos donos. Enquanto isso, o Guia desdobrou mais duas Cartas de Convite. Lendo o conteúdo, ele continuou.
— Aconselhamos que ativem seus itens bônus imediatamente. O Tutorial começará em breve, então seria uma pena morrer sem usá-los… Oh?
Os olhos do Guia, que sempre mantinham um ar de desinteresse, brilharam levemente em surpresa.
— Hoh. Temos dois Selos de Prata. Estou genuinamente ansioso para guiá-los. Senhor Kang Seok? Senhorita Yun Seora?
— Sim!
Kang Seok respondeu energicamente. Já a garota de moletom com capuz, Yun Seora, simplesmente assentiu com a cabeça uma vez.
— Para os Selos de Prata, serão fornecidas duas Caixas Aleatórias padrão, além de itens bônus especiais exclusivos dos Convidados. O Senhor Kang Seok não receberá o item bônus especial, mas há um para a Senhorita Yun Seora.
Desta vez, as Cartas de Convite também se transformaram em bolsas ao cair no chão. A única diferença foi que essas bolsas eram prateadas em vez de bronze.
A empregada loira se movimentava rapidamente. Enquanto isso, os olhos do Guia pousaram sobre um homem.
Era Seol, que ainda estava parado ali, olhando para o vazio com uma expressão estupefata.
— Por favor, revele o grau do seu Selo.
A voz de Han era baixa, mas continha uma autoridade inegável. Até então, Seol estava ocupado demais pensando sobre suas Habilidades Inatas, mas quando aquela voz reverberou poderosamente em seus ouvidos, ele rapidamente saiu do transe e perguntou de volta.
— R-Revelar o grau do meu Selo?
— Sim. Ah, agora está tudo bem, então… Hmm!?
O Guia de repente interrompeu suas palavras e arregalou os olhos.
— O que…
Seus olhos se arregalaram ainda mais ao encarar Seol, ou, mais precisamente, o grau revelado de seu Selo.
— O-Ouro!?
A empregada loira, que havia terminado de distribuir as bolsas, caminhou levemente até o palco e cutucou suavemente a cintura do Guia atônito com o cotovelo.
— Ah!
Finalmente recobrando os sentidos, Han tossiu levemente e limpou a garganta antes de abaixar o olhar.
Segurando o último pedaço de papel em sua mão, ele se tornou visivelmente mais cauteloso enquanto desdobrava a Carta de Convite lentamente. Ele leu o conteúdo de cima a baixo, sem deixar nada de fora. Então, soltou um longo suspiro.
— Temos um… convidado muito importante desta vez.
Sua voz era calma. Mas, mesmo assim… o burburinho no salão cessou por completo, e dezenas de olhos se voltaram para uma única pessoa. Seol podia sentir suas bochechas ficando vermelhas naquele momento.
— Gostaria de me desculpar. Esta é a primeira vez que guio um Selo de Ouro… Na verdade, em toda a história, houve apenas um evento semelhante antes deste. Só tinha ouvido falar sobre isso até agora.
Seol se perguntou se esse Selo de Ouro era realmente algo tão chocante assim. As palavras de Han nem soavam como uma desculpa, mas sim como o balbuciar de um homem perplexo.
Quando a empregada loira soltou uma risadinha suave, Han limpou a garganta novamente.
— Certo, vamos continuar, sim?
Ele jogou levemente a Carta de Convite de Seol ao ar. O papel explodiu em uma deslumbrante chuva de luz antes de se transformar em uma única bolsa.
E havia seis coisas escritas na etiqueta da bolsa dourada.
Três itens bônus padrão, além de três itens bônus especiais exclusivos dos Convidados… completamente diferente de qualquer outra Carta de Convite. Kim Hannah parecia ter preenchido a dela até transbordar.
— Para o Selo de Ouro… Oh.
A mandíbula de Han caiu ao ler a lista de itens bônus.
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