Capítulo 99: O Primeiro Ponto de Virada (1/4)
A Fortaleza Arden ainda não havia caído. Não, ela ainda se defendia com amargura. Depois de receber a mensagem de Dylan, Teresa Hussey impeliu seus soldados ainda mais e aumentou a velocidade da marcha.
Enquanto subiam a encosta íngreme, logo foram recebidos pela parte da montanha que se erguia sozinha. Era o pico da montanha, tingido de carmesim pelo sol poente. Era o Pico da Alvorada.
De repente, a atmosfera mudou. Seol Jihu vinha correndo em silêncio até então, mas quando passou por uma certa ‘fronteira’ intangível, sentiu o ar se tornar muito mais quente do que antes.
Era difícil colocar em palavras, mas ele achou mais difícil respirar e seu corpo também se sentiu mais letárgico. Era como se estivesse subconscientemente percebendo a presença de algo além do pico.
Ele parou por um momento, o que o atrasou por cerca de um segundo. Quando chegou ao pico, encontrou Dylan balançando a cabeça enquanto olhava pela borda.
— É um mar de Insetos. Baratas estão voando por toda parte e… até uma Medusa está presente, pelo visto.
— Uma Medusa?
O rosto de Chohong se contorceu instantaneamente. Seol Jihu se esgueirou até o pico e espiou pela borda, apenas para congelar no lugar. Seu queixo caiu de tanta surpresa.
— Meu Deus.
— Mas o que…
Esse foi o lamento de alguém que também capturou perfeitamente os sentimentos de todos ali presentes.
A fortaleza havia sido construída ao longo da base rochosa ondulante e era uma estrutura enorme, com muralhas de até oito metros de altura, mas naquele momento, seu estado atual havia caído para a condição lamentável e devastada de uma mera sombra de sua antiga glória.
As muralhas, antes lisas e imaculadas, agora estavam destruídas em vários pontos e, mais notavelmente, o portão da frente, ou o que restava dele, estava enegrecido e havia sido dividido em incontáveis pedaços, dificultando até mesmo identificar o que havia acontecido.
Embora fosse um pouco borrado, via-se que aquelas coisas semelhantes a pontos pretos tentavam atravessar o portão agora escancarado. Além delas, também era possível ver inúmeras grandes criaturas voadoras espalhadas por toda a fortaleza, apressando sua destruição ou simplesmente voando em confusão.
Dentro desse turbilhão caótico, os soldados da fortaleza defendiam desesperadamente o portão com tudo o que tinham.
Cada segundo contava naquele ponto.
— Estou dizendo, vocês não podem!!
Foi então que o grito súbito de Teresa Hussey entrou nos ouvidos de Seol Jihu. Ela havia sido a primeira a chegar ao pico e agora tentava convencer os Terrestres.
— A fortaleza ainda não caiu nas mãos do inimigo! Eles ainda estão se defendendo. Podemos definitivamente salvá-los.
— Não, mesmo que você diga isso…
Um homem deixou a frase no ar e desviou furtivamente o olhar. O rosto de Teresa avermelhou ainda mais. Ela fez o máximo para reprimir sua raiva crescente e continuou com uma voz relativamente calma.
— Fizemos o possível para chegar aqui o mais rápido que conseguimos, mas as muralhas da fortaleza foram destruídas. Eles estão no meio de uma batalha, então não há garantia de que conseguiremos entrar na fortaleza com segurança.
— Você está certa, mas…
— É por isso que deveríamos atacar a Medusa pelas costas. Como o inimigo está concentrado nesse ataque total, vocês podem ver que não há tantos guardas ao redor dela.
— Mas isso…
O homem demonstrou uma expressão de relutância.
— Parece que Vossa Alteza não sabe, mas bem, tanto os Insetos quanto as Baratas nascem do corpo-mãe da Medusa. Sem mencionar que a Medusa é a forma final evoluída dentro da classe ‘média’.
— É exatamente por isso que estou dizendo…
— Mais importante ainda, os Parasitas têm a característica de obedecer absolutamente a uma entidade de ranking superior. Como vocês acham que eles vão reagir quando sua ‘mãe’ for atacada? Cada um daqueles desgraçados se lançaria sobre nós, com os olhos sedentos de sangue.
Teresa lançou um olhar ao homem, sua expressão claramente implicando ‘Você acha que eu não sei disso?’.
— …Só existe uma entidade de alto escalão presente aqui. Enquanto atacarmos furtivamente e eliminarmos rapidamente a Medusa, deveremos ser capazes de sair vitoriosos em pouco tempo.
— Mas isso não significa que a Medusa esteja completamente desprotegida. Um único erro levará ao fracasso. Em outras palavras, todo mundo vai acabar morrendo.
Mesmo com Teresa suplicando desesperadamente, o homem ainda assim rejeitou resolutamente a ideia.
— Então, que tal fazermos assim, Princesa? A senhora forma uma força destacada a partir do seu exército e ataca a Medusa. Enquanto isso, o restante das forças garante um caminho de fuga e evacua o pessoal dentro da fortaleza.
“Esse bastardo louco!”
Xingamentos subiram até o topo da garganta dela, mas Teresa conseguiu engoli-los, da mesma forma que engoliria sua própria saliva. Esses bastardos tinham vindo para assistir ou para lutar uma guerra? Ela simplesmente não conseguia entender.
— O que você está sugerindo é basicamente abandonar o forte.
— Vamos apenas chamar de retirada tática, Princesa. A senhora pode reunir uma força maior para retomá-lo depois ou, bem, agora que as coisas chegaram a esse ponto, não parece uma má ideia simplesmente cortar suas perdas.
Foi precisamente nesse ponto que Teresa desistiu de conversar com aquele homem. Mesmo enquanto perdiam tempo dessa forma, seus preciosos soldados estavam morrendo lá embaixo. Não havia sentido em prolongar aquela reunião de estratégia improdutiva.
Ela desviou o olhar para Dylan com esperança, mas até ele escolheu permanecer em silêncio. Teresa mordeu o lábio inferior e falou com certa determinação.
— Isso, nós não faremos. Simplesmente continuaremos com a estratégia como discutido anteriormente.
O homem imediatamente demonstrou sinais de insatisfação.
— Vai ignorar nossas opiniões de novo? Quer fazer tudo do seu jeito, é isso?
Teresa olhou para seus soldados, que esperavam em silêncio. Embora fossem apenas algumas centenas, cada um deles era um veterano experiente, calejado por anos de guerra constante. Ela os encarou com olhos cheios de culpa e falou com a voz sem força.
— Meus soldados e eu avançaremos à frente para abrir um caminho. Nesse meio tempo, concentrem o fogo na Medusa.
— Bem, podemos fazer isso, dar suporte a vocês pela retaguarda.
— Nossa. Estou tão grata que talvez comece a chorar.
Teresa finalmente expressou sua própria insatisfação e se virou. Chohong vinha a observando com os olhos semicerrados até então, mas de repente começou a procurar por alguém.
Seol Jihu ainda estava ajoelhado em um dos joelhos, encarando a fortaleza.
— …Seol?
Quando ela olhou mais de perto, ele não parecia estar nada bem. Estava suando em bicas e sua respiração estava pesada. Além disso, suas sobrancelhas estavam erguidas.
“Será que…”
De vez em quando, surgiam pessoas assim.
A guerra era algo fundamentalmente diferente de explorações ou expedições. Não, era uma batalha sangrenta e caótica até o fim, onde diferentes raças, com diferentes visões, apostavam suas vidas apenas para matar o inimigo. Porém, havia aqueles que não conseguiam compreender essa realidade e participavam, apenas para serem dominados pelo medo diante da brutalidade, exibindo reações psicológicas perturbadoras.
“Então por que veio até aqui, afinal?!”
Chohong correu apressadamente até ele e colocou cautelosamente a mão em seu ombro.
— Ei, Seol.
Mesmo com alguém falando com ele, Seol Jihu não conseguia desviar os olhos do campo de batalha.
Fumaça negra subia aos céus. Ele nem estava tão perto, mas ainda assim os cheiros de queimado e o odor metálico de sangue pareciam preencher o ar.
“De novo…”
Seol Jihu observava como se estivesse enfeitiçado antes de colocar suavemente a mão sobre o peito. Seu coração, que ele havia se esforçado tanto para acalmar, batia incrivelmente forte de novo, ainda mais forte e rápido do que quando encontrou Teresa Hussey pela primeira vez.
— Você está bem?
— Isso não pode continuar.
— O quê? O que não pode continuar?
Chohong falou preocupada, mas se encolheu um pouco e recuou. Seol Jihu se ergueu abruptamente.
“A fortaleza não pode cair.”
Ele não sabia o motivo, mas esse era o sentimento que brotava dentro dele. Assim como na primeira vez em que conheceu Kim Hannah, quando ela tentou enganá-lo, suas emoções se revoltavam violentamente. Elas lhe diziam para fazer algo. Qualquer coisa.
Ele quase podia, por um triz, se lembrar de algo. Suas pálpebras tremiam. Sua respiração acelerou, e o déjà-vu quase esquecido começou a dominá-lo pouco a pouco. Ele girou a cabeça, mas não estava olhando para Chohong.
Pouco depois.
Enquanto fitava as costas de Teresa, que pareciam mergulhadas em desespero…
— …Ah.
As sensações que estavam à beira de seu alcance irromperam de repente, fazendo seu peito estremecer. Seu corpo tremeu intensamente, tanto quanto suas emoções.
Instintivamente, ativou seus Nove Olhos e lançou o olhar para baixo mais uma vez. A devastada Fortaleza Arden brilhava na cor dourada.
“O Mandamento Dourado.”
Agora ele entendia.
Uma vez, antes de enfrentar o Gaekgwi no salão de assembleia.
Outra, ao romper o segundo andar da escola…
E finalmente…
【Sua habilidade inata, Visão do Futuro, foi ativada.】
Os olhos de Seol Jihu começaram a brilhar intensamente.
— Espere, por favor.
Os passos de Teresa pararam. Seu rosto triste se virou para encarar o jovem. Seol Jihu ignorou os olhares que se voltavam para ele e acelerou os passos.
— Essa tática é perigosa demais.
A expressão de Teresa se contorceu, como se dissesse: ‘Não, de novo não!’
— Droga! Eu sei disso também! Mas não podemos nos dar ao luxo de perder mais tempo!
— Entendo que esteja se sentindo pressionada, mas…
Seol Jihu continuou calmamente.
— Mesmo que consiga ter sucesso, sua força de combate sofrerá perdas significativas. E será o mesmo com a senhora também, Princesa.
— …O que você disse?
A testa de Teresa se franziu. Em vez de raiva, era como se ela não conseguisse acreditar no que acabara de ouvir.
O homem que vinha rindo em segredo abriu a boca com raiva diante da intervenção repentina desse incômodo.
— Quem diabos é você, afinal?
— Parem.
Ian ergueu a mão. Ele podia não ser um Alto Ranker, mas ainda assim era um Mago de Nível 4. Além disso, era alguém que possuía certa autoridade tanto entre os Terrestres quanto entre os Paraisianos.
— Seol, pelo que diz, você deve ter pensado em um plano melhor.
— Pensei, sim.
— Nesse caso, permita-me fazer uma pergunta.
Ian perguntou em tom baixo.
— A guerra é um monstro bem diferente de expedições. Como estrategista, você estará arriscando centenas, milhares de vidas em pequenos conflitos e centenas de milhares, até milhões, em conflitos de maior escala. Está oferecendo essa estratégia ciente das implicações?
— Sim.
A expressão de Ian escureceu um pouco. Depois de um momento de silêncio que durou quatro, talvez cinco segundos, ele prosseguiu.
— …Eu presenciei suas habilidades com meus próprios olhos, mas ainda assim preciso perguntar de novo. Você acredita mesmo que seu plano vale a pena ser tentado?
— Antes de responder, gostaria de perguntar uma coisa também. Mestre Ian, por acaso, é capaz de usar este feitiço?
— Feitiço?
Quando Seol Jihu perguntou de volta, Ian acenou lentamente com a cabeça.
— Deveria ser capaz de realizá-lo. Se me der tempo suficiente para Memorizá-lo, além de preparar as poções, então, bem… Espere um pouco.
De repente, ele começou a piscar repetidamente.
— Amigo, não me diga que você está pensando em…?!
— Que alívio. Se realmente puder usar, conseguiremos dizimar mais da metade das forças inimigas sem sacrificar ninguém do nosso lado. Desde que tudo ocorra conforme o plano, claro.
Ian soltou um leve suspiro.
— Quero ouvir esse seu plano agora.
— Princesa, a senhora tem o mapa do vale?
Diante da pergunta repentina do jovem, Teresa hesitou por um instante. Só agora ela reconhecia aquele rapaz como o Guerreiro de Nível 1 que havia encontrado na encruzilhada mais cedo.
Agora, cada segundo e cada minuto eram preciosos para ela, mas a reação de Ian falava por si só. Até Dylan, que vinha mantendo uma posição neutra até então, se aproximou com um traço de interesse no rosto.
Quem era esse Terrestre, afinal?
— Se é o mapa, sim, obviamente tenho.
Teresa ficou presa em um dilema, mas no fim, puxou o mapa. Se houvesse uma maneira de não sacrificar nenhum de seus homens e ainda reduzir pela metade as forças inimigas, ela não pediria nada além disso. No entanto, será que poderia realmente existir um método tão maravilhoso?
Teresa desenrolou o mapa e o estendeu. Enquanto isso, Seol Jihu rapidamente examinou o terreno ao redor. A topografia circundante era cheia de inclinações íngremes que realmente mereciam o título de ‘vale’; no chão abaixo, podiam-se ver muitos becos estreitos, com inúmeras estradas menores se espalhando a partir deles como teias de aranha.
— Quantos caminhos existem do Pico da Alvorada até a fortaleza?
— Isso é…
Teresa apontou para vários pontos no mapa. Seol Jihu assentiu e rapidamente explicou seu plano. Quando terminou, todos o encaravam atônitos.
— Puhahaha! Que besteira!
O Terrestre caiu na gargalhada, zombando.
— E eu aqui, me perguntando que tipo de tática você ia apresentar, mas se isso é que você chama de plano, então eu…
— Com licença, camarada. Você sabe o que é o ovo de Colombo?1
A pergunta de Ian fez o homem barulhento gaguejar.
— A-hã? Com licença?
— Bem, se não sabe, então é melhor ficar quieto.
Ian silenciou facilmente o homem e voltou seu olhar para Teresa e Dylan. Teresa estava profundamente pensativa, enquanto Dylan inclinava a cabeça de um lado para o outro.
— O plano em si é bem simples, entendo. Já que os Parasitas ainda não sabem que estamos aqui, deveríamos usar esse fato como arma… entendi essa parte. No entanto, mesmo assim, as chances de sucesso são praticamente nulas.
— Mas acredito que vale a pena tentar.
Teresa apressadamente ergueu a voz.
— Dylan. Ainda seria impossível mesmo se fosse você?
— Sim, totalmente. Se estivéssemos falando de um Arqueiro Alto Ranker que tivesse levado sua agilidade ao limite, talvez fosse possível, mas honestamente, o terreno do vale é acidentado demais e, além disso, as Baratas também podem voar. Você seria capturado em pouco tempo.
A recusa imediata de Dylan estava prestes a mergulhar Teresa no desespero, mas então…
— Eu farei isso.
Seol Jihu levantou a mão.
— O q-que você disse?!
Os olhos de Chohong se arregalaram imensamente em choque.
— Ei, você!! Não pode fazer isso!
Hugo também reagiu da mesma forma.
— Seol, bravura e imprudência são…
Ian falou como se estivesse suspirando, mas parou no meio da frase, porque Seol Jihu estava apontando com o polegar para o único brinco preso ao lóbulo de sua orelha esquerda.
— …M-hmm. Mas você ainda não consegue controlá-lo direito.
— Se for para correr em linha reta, é possível. Você me viu ontem à noite.
— Ei!!
Como se não aguentasse mais ouvir aquela loucura, Chohong agarrou rudemente a gola dele.
— Você tá mesmo, sério, tentando se matar aqui?! Hein??
— Chohong.
— O quê?! Por que está…
— Me solte.
Chohong se encolheu, então.
Havia uma clara ponta de irritação nos olhos de Seol Jihu. Era como se dissesse para ela não atrapalhá-lo.
— Você, você…?!
Naquele instante, Chohong percebeu, chocada, que aquele jovem parecia um completo estranho para ela. Não, era como se ele tivesse se tornado outra pessoa completamente diferente. Seus olhos profundamente calmos eram muito semelhantes aos que ele exibiu quando enfrentou Clara dentro do túmulo. Um amargor inexplicável encheu seu peito.
— Faça o que diabos quiser! Seu maldito filho da mãe!
No fim, Chohong explodiu de raiva, jogou sua gola para baixo e se virou. Como bônus, ainda cuspiu — Morra ou sobreviva, não me importa!!
Seol Jihu, aparentemente indiferente, voltou o olhar para Teresa Hussey.
Seu rosto mostrava o quanto estava desconcertada. Ela achava inacreditável que um Terrestre tivesse se voluntariado para assumir uma missão tão perigosa, mas também não conseguia acreditar que aquele jovem pudesse realizar uma tarefa que nem mesmo um Arqueiro Alto Ranker considerava possível.
No fim, decidiu deixar a decisão para Ian. Pensou que aqueles dois homens se conheciam bem o suficiente.
— Se empilhar o Impulso até três vezes, então… Mmmmm…
Ian lambeu os lábios antes de abrir a boca com certa hesitação.
— Há, de fato, uma chance de sucesso.
— S-Sério?
— Mas.
O olhar complicado de Ian pousou em Seol Jihu. Perguntava-se consigo mesmo: “E se algo der errado?”
Não, as chances de algo dar errado eram muito maiores do que qualquer outra coisa. Se isso acontecesse, ele bateria no chão em lamento, com certeza. As ações do jovem na Floresta da Negação tinham deixado uma grande impressão no Mago, assim como o potencial que ele havia mostrado naquela ocasião.
Por outro lado, ele não podia evitar que sua expectativa aumentasse.
— Princesa, não temos muito tempo.
Seol Jihu a apressou.
— D-De fato, mas…
Teresa permaneceu indecisa, mas eventualmente falou com uma voz séria, como se finalmente tivesse se decidido.
— Posso… Posso realmente confiar essa missão a você?
— Claro.
Seol Jihu sorriu de forma refrescante. Ela deveria ser uma completa desconhecida para ele, mas, por algum motivo, ela não lhe parecia estranha. Ouvi-la perguntar se poderia acreditar nele inexplicavelmente tirou um peso invisível de seu peito. Ele não fazia ideia do porquê.
— A decisão está tomada. Vou começar os preparativos.
Ian se levantou com certa dificuldade. Ainda parecia não estar completamente convencido.
— Princesa, precisamos permanecer despercebidos.
— Sim, eu sei.
Teresa assentiu.
— Seol, sei que aquele artefato é incrível, mas não quer reconsiderar?
Tanto Dylan quanto Hugo tentaram convencer o jovem a desistir e, surpreendentemente, Seol Jihu concordou. De certa forma.
— Sim, eu sei que será difícil demais para mim sozinho.
— Certo!! Então…
— É por isso que gostaria de dar ao Dylan a oportunidade de pagar o restante do troco.
A sugestão ardilosa de Seol Jihu fez a expressão de Dylan endurecer instantaneamente.
— Ah, meu Deus. Prefiro recusar a chance de morrer com você.
— Não é isso. Só quero que me dê cobertura de um ponto de vantagem adequado. Além disso, com Dylan me ajudando, as chances de a operação ser bem-sucedida e de eu sair vivo de lá aumentam substancialmente, não acha?
— …
Se fosse a princesa pedindo, Dylan teria recusado imediatamente. No entanto, o jovem diante de seus olhos era uma história completamente diferente. Aquele jovem já havia salvado sua vida duas vezes.
Por um momento, Dylan bateu levemente no topo da própria cabeça antes de soltar um suspiro resignado.
— …Certo. Fale. Vou decidir depois de ouvir.
- A história conta que Colombo pediu a alguém para colocar um ovo em pé, sem quebrá-lo. Muitos tentaram, mas ninguém conseguiu. Então, Colombo bateu suavemente o ovo na mesa, rachando a casca e permitindo que o equilibrasse. Ou seja, é uma expressão que significa uma solução para um problema que parece simples e óbvia, mas que não era evidente no início.[↩]
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