Arco 2: Capítulo 32 – Raia
Um homem com um sorriso alegre e olhos cheios de vida colocou uma máscara sobre a sua boca, em seguida, vestiu duas luvas médicas e botou um saco sobre o seu cabelo, com o intuito de garantir que nenhum fio de cabelo caísse.
O local onde o homem estava era surpreendentemente limpo, e completamente iluminado. Ainda neste lugar, podia-se ver várias mesas e objetos em cima delas, e tudo era muito bem organizado.
Inclusive, tinha uma fornalha e uma pia junto de uma torneira no local.
O rapaz abriu uma caixa, e dentro dela foram retirados dois frascos, pequenos e finos, contendo um líquido azul e o outro amarelo. E também foi pego um conta-gotas dentro da caixa.
O homem começou a cantarolar enquanto pegava um frasco de vidro, que dentro dele continha sal.
Ele botou um pouco de sal em um recipiente de vidro e, em seguida, despejou 3 gotas do líquido azul, e 5 do amarelo. Após isso, ele pegou uma colher dentro de uma gaveta que tinha no local e misturou aquela substância.
Após isso, o rapaz pegou um balde de metal, e o encheu de água e, em seguida, botou o balde dentro da fornalha, mais especificamente, na parte de cima. Ele pegou um saco cheio de folhas secas e um outro de carvão que estavam no chão.
O homem botou esses materiais dentro da parte de baixo da fornalha, onde o fogo iria emanar. Após isso, o homem abriu uma outra caixa que tinha no local, e retirou duas pedras de lá. Ele pegou uma folha, e começou a bater com as duas pedras próximas a ela.
Da pedra, nasceu uma faísca que se aproximou da folha e, aos poucos, criou um pequeno fogo. O homem rapidamente pegou o folheto, e o levou até a fornalha, fazendo o fogo se espalhar e aumentar. A água, aos poucos, se esquentava.
Após o líquido esquentar, o rapaz tirou-o da fornalha, e o botou em um pote de vidro grosso, que era resistente a altas temperaturas. Em diante, ele despejou a substância anterior com a água quente.
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Algumas horas se passaram, e um homem gorducho entrou dentro de um estabelecimento. O lugar era lindo e muito limpo. O chão estava revestido com tábuas de madeira que chegavam a brilhar.
Tinha várias prateleiras no local muito bem posicionadas, parecendo uma loja. Sobre as prateleiras, tinha vários remédios, além de outros itens que se encontravam em farmácias, tipo, produtos de higiene pessoal.
Também tinha algumas decorações, que eram: alguns grandes vasos com plantas, outros pequenos com flores e lindos quadros. À frente do homem, tinha uma balconista limpando o balcão.
Inclusive, tinha uma porta atrás daquela moça, que levava para os fundos da loja. O rapaz chegou mais perto do balcão, e perguntou:
— Olá, Senhorita Cateline. Por acaso o Senhor Donron Raia Clihthwiforth Ascaragas estaria presente neste momento? — O homem disse normalmente esse nome esquesito e complicado de falar, até porque ele já estava acostumado.
Após fazer essa pergunta para a balconista denominada de Cateline, a mulher olhou para o homem à sua frente e acenou positivamente. Após isso, ela gritou:
— Senhor Raia!
Após isso, rapidamente, a porta ao lado, que levava aos fundos do estabelecimento se abriu.
— Pois não? — Aquele homem que estava misturando coisas anteriormente, foi a pessoa a ser chamada pela sua aprendiz.
Donron Raia, mais conhecido e chamado pelo seu sobrenome “Raia”, por influência do próprio, ele fora o dono daquele estabelecimento. Aquele local, na verdade, era uma farmácia.
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— Oh, Senhor Phill. Como vai o senhor? — Raia falou diretamente com o homem gorducho à sua frente.
— Estou bem, mas infelizmente a minha filha não está nada bem… por isso vim até aqui buscar o remédio.
— Certo — disse Raia enquanto levava a sua mão debaixo do balcão, e tirava um saco plástico — Aqui, o remédio. Espero que sua filha melhore logo.
— Muito obrigado.
Phill tirou de seu bolso uma bolsa de moedas, e entregou para Raia, que aceitou de bom grado. Após isso, o homem gorducho saiu do estabelecimento, enquanto acenava com a mão um sinal que demonstrava a despedida.
— Ei, ei, Senhor Raia? Quando eu vou aprender tudo sobre criar remédio, hein? — A garota falou com um tom levemente frustrado, enquanto inflava as bochechas e fazia bico.
— Haha. Não se preocupe com isso, minha linda. Quando acharmos um novo balconista, te ensinarei tudo o que sei sobre criar remédios e, em breve, quem sabe você não gerencia esta loja, hein?
Ele falou em um tom brincalhão, enquanto ria e bagunçava o cabelo de sua aprendiz com o seu “cafuné do amor”. A garota ficou corada com o elogio que o rapaz fez a ela anteriormente, e falou:
— Po-Por favor, não me chame de “minha linda” e coisas do tipo, é constrangedor… e pare de bagunçar o meu cabelo.
— Haha!
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Horas se passaram, e o fim do expediente chegou. A farmácia estava sempre indo bem, não importa o que acontecia e, também, estava ganhando muito reconhecimento na região.
— Enfim, amanhã no mesmo horário, hein? Cateline.
— Tudo bem, Senhor Raia.
O estabelecimento foi fechado, e ambos foram para as suas respectivas casas, na espera do dia seguinte, um dia de trabalho.
— Querida, cheguei — Raia falou enquanto abria a porta de sua casa.
De repente, uma pequena figura correu até ele e pulou em seus braços, fazendo-o cair no chão.
— Papai! Bem-vindo!
Era a filha do homem, que estava bastante feliz em ver seu pai novamente.
— Oi, gracinha. Então, respeitou a mamãe hoje?
— Sim, sim. Me dá doce?
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— Bem, mais tarde a gente vê isso. — Ele se levantou do chão, e levantou a sua filha também, botando-a em seu colo.
— Uau, muito alto! — A menininha disse com brilhos nos olhos.
— Oi, querido. Como foi o trabalho hoje?
Uma mulher esbelta de roupão disse em um tom calmo e sereno em sua voz. Essa mulher era a esposa de Raia.
— Pois é, nada demais, tudo na mesma.
O homem olhou atentamente para a sua mulher de roupão. Ela era uma jovem muito bonita.
— Por que está de roupão? — O homem perguntou.
— Acabei de sair do banho.
Ao ouvir a resposta de sua linda e amada esposa, Raia suspirou profundamente e falou:
— Entendo. Agora, trate de não tirar esse roupão, pois eu mesmo o tirarei para você mais tarde, e acho que você terá que tomar outro banho inclusive.
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— Mas po-por que está fa-falando esse tipo de coisa? E ainda mais na frente da sua fi-filha? — A mulher disse envergonhada e gaguejando, com o seu rosto completamente vermelho de vergonha, parecendo um tomate.
Ela rapidamente tapou a orelha da criança que estava ouvindo a conversa dos pais.
— É que ver você de roupão me fez despertar meu sexto sentido.
— É mesmo? Entendo… mas, mesmo assim, não quero ter que ficar acordada até tarde, e você tem que trabalhar.
— Ah, qual é? Nem se for só um pouquinho? — O homem disse em um tom tristonho.
— …Talvez, só um pouquinho — disse a mulher completamente corada.
— Eba!
Um dia se passou, e a farmácia novamente se abriu. Raia estava apresentando para um jovem, um graveto bem específico, que quando quebrado, liberava um belo aroma. Esse item era como um desodorante, só que na versão de um mundo medieval.
— Muito bem, obrigado.
Raia agradeceu ao jovem que comprou o seu produto e saiu do local.
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— Ei, Senhor Raia. Você parece mais cansado hoje, não tem dormido direito?
Raia estava com muito sono, por conta da noite anterior.
— Ontem eu acabei dormindo tarde, mas ando dormindo direito sim, não se preocupe.
Horas se passaram, e já estava perto do fim do expediente. Os dois estavam se preparando para fechar a farmácia.
— Ah, é mesmo! Já estava me esquecendo! — Raia exclamou, enquanto ia para a sala dos fundos — Aqui, Cateline. Tome.
Raia deu uma bolsa de moedas para Cateline, e comentou:
— Sabe, Cateline? Eu virei farmacêutico porque quero ajudar as pessoas com os meus remédios, e você está me ajudando muito nesse meu sonho, muito obrigado e, por favor, continue assim.
Ele acariciou a cabeça da menina enquanto falava. Cateline ficou sem palavras quando balançou a bolsa de moedas e ouviu um som estridente vindo dela.
— E-Eu que agradeço. Continuarei sendo de grande ajuda, obrigada por ter me aceito aqui!
Ouvindo essas palavras, Raia não conseguia não abrir um enorme sorriso. Após isso, ele já estava chegando em casa, e se lembrou de algo que a sua linda esposa tinha lhe dito de manhã.
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“Farei o seu prato preferido quando retornar do trabalho”, essas eram as palavras que saíram da esposa do homem.
“Confesso, estou bem animado para isso! …Ahn?”
O homem chegou em sua casa e percebeu que a porta de sua residência estava arrombada. Ele engoliu seco aquilo, e decidiu pensar que aquilo foi algum tipo de acidente.
O homem percebeu outra coisa, a rua estava bem silenciosa, e isso era um pouco incomum, já que no local, havia bastante pessoas.
— …Qu-Querida, che-cheguei…
Quando abriu a porta, viu dois corpos ensanguentados, um de uma mulher esbelta e outro de uma criança. Poderia ser só a imaginação dele por conta do cansaço, mas não era, infelizmente para o farmacêutico.
Os olhos das duas tinham sido arrancados fora, só deixando amostra os tendões. Suas mãos e seus pés também foram arrancados. As mandíbulas das duas foram completamente destruídas. Por fim, os dois corpos estavam no meio do tapete de sangue que foi criado.
O homem estava com um nó em sua garganta, ele não conseguiu pronunciar nenhuma palavra. Raia andou lentamente até os corpos da sua família jogado no chão. De repente, as pernas dele começaram a perder a força de vontade para andar.
Os dentes do homem estavam tremendo. Aos poucos, os olhos que anteriormente demonstravam alegria, estavam demonstrando somente tristeza. O homem acabou vomitando no chão, após sentir o cheiro horrível de sangue e carne podre.
— Não, não, não, não! Po-Por que? Por que isto está acontecendo? — Lágrimas de desespero deslizaram sobre seu rosto.
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Ele pegou o corpo da sua família nos braços, e começou a chorar desesperadamente. Agora, podíamos ver aquele homem de capuz, que tinha preparado uma xícara de chá.
Ele tirou o capuz e mostrou um semblante de tristeza e determinação em seu rosto. Aquele homem de capuz, na verdade, era Raia.
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