Índice de Capítulo

    Em um local completamente branco, com um gramado e flores no chão, a deusa com um ar de superioridade, Fumiko, estava agachada no chão, esperando silenciosamente e pacientemente algo incrível que iria acontecer. Partículas expandiram-se no ar que, aos poucos, formaram-se em algo de forma humana.

    Dois homens surgiram das partículas, vestindo lençóis brancos para cobrir seus corpos.

    — Olá — Fumiko disse.

    Os dois olharam confusos para ela.

    — Quem é você…? — o primeiro perguntou.

    — O seu nome será Tsukuyomi. Seja bem-vindo a vida, Deus da Lua — disse Fumiko, dando um peteleco em seu nariz.

    Após isso, ela se virou para o outro homem, e disse:

    — Seu nome é Kan. Seja bem-vindo, Deus do Minério.

    Os dois homens olharam para ela com brilho nos olhos, e exclamaram:

    — Espera, nós somos deuses?

    Fumiko deu uma leve risada e estendeu as suas mãos para os dois se levantarem. Ajudando eles a se levantarem, a garoto disse:

    — Sigam-me, irei apresentá-los às outras.

    — Certo! — eles exclamaram com brilho nos olhos.

    Enquanto isso, em um outro local, mais especificamente em um escritório, um homem de grande porte físico esperava pacientemente, sentado em sua cadeira, a chegada de seu subordinado. Bufando de emoção, ele passa a mão sobre sobre sua careca reluzente, enquanto esperava boas notícias.

    Para sua alegria, ele ouviu duas leves batidas em sua porta. Com o sentimento de curiosidade, o homem disse em um tom de euforia:

    — Entre.

    Um rapaz magro e que não tinha um porte físico tão grande quanto aquele homem, entrou e se agachou no chão dando suas saudações. Os olhos do senhor careca encheram-se de brilho com a chegada da pessoa à sua frente.

    — Meu lorde, chegaram informes sobre a missão do meu demônio — falou expondo a papelada presente em suas mãos.

    — Então vamos para o que me interessa, Seis — respondendo-o e usando seu título que também parecia ser um apelido, ele cruzou os braços esperando o que queria ouvir.

    — O relatório que meu demônio espião me sucedeu diz que: “apesar de sua grande luta árdua, infelizmente… ou não, a besta demoníaca conhecida como Gharamb, morreu em batalha, e perdeu para o fraco alvo de nosso lorde”. É isso que diz aqui.

    O homem recebendo todo aquele rio de informações, bufou novamente, desta vez, não de alegria, e sim de frustração. Toda a euforia e emoção que sentia antes desapareceu instantaneamente. Sua cara fechou-se e ele virou sua visão para o lado em irritação. O rapaz magricela ficou curioso sobre o motivo desta reação.

    — Permita-me fazer esta pergunta tola, meu senhor? — Sua curiosidade bateu na ponta de sua língua e, sem pensar muito, continuou: — Por que tem tanto ódio dele?

    Ouvindo aquela pergunta inocente, o homem esboçou um leve sorriso dando uma pequena risada, para ele, aquela foi uma pergunta interessante ao ver daquele homem, mas não inesperada, ele já esperava essa curiosidade vinda de seus subordinados.

    Bocejando e pensando na melhor resposta para se dar ao rapaz, ele disse:

    — Tenho meus motivos, saiba disso.

    — Sim, eu sei. — Após isso, ele se levantou do chão — Com licença — disse e saiu da sala.

    Pensando ainda mais no caso, ele ficou ainda mais irritado e decidiu levantar-se da cadeira onde estava sentado, e olhar a grande paisagem da capital de Schalvalt pela sua janela. Encostando sua testa na janela, o homem bufou.

    De repente, a porta de seu escritório foi aberta, sem nenhuma permissão ter sido concedida antes, isso com certeza violaria o código de educação que os subordinados dele teriam que ter sob o homem.

    — Olá, querido, tudo bem? — Uma mulher usando um vestido vermelho entrou no local, fazendo o seu “querido” direcionar toda a sua atenção para ela.

    — …Não. Meu plano falhou, novamente…

    — O garoto é persistente?

    — Não sei o que ele quer… — disse afastando-se da janela, e demonstrando seu rosto com nítidos olhares de fúrias — Como um humano comum poderia agir normalmente, mesmo tendo sofrido dores insanas, que com certeza deixaria alguém comum traumatizado. — Logo em seguida, apertou suas mão com fúria, fazendo sua veia se expor.

    — Talvez, ele ame viver — falou se aproximando do homem, e segurando sua cintura —, assim como eu amo viver como você. — Aproximou seus lábios dele, querendo dar-lhe um beijo.

    Infelizmente para a mulher, esse beijo não rolou, pois o careca botou suas mãos nos ombros dela, a afastando abruptamente, enquanto esboçava um olhar surpreso e preocupado no rosto.

    — O que foi, meu querido?! — A mulher se surpreendeu com essa atitude dele, e ficou ainda mais preocupada.

    Com uma voz calma e levemente preocupada, ele respondeu:

    — Um possível problema… — Andou novamente até a janela.

    — Que tipo problema?

    — …Dois novos deuses… nasceram.

    — Oh, isso é… inesperado?

    Tentando acalmar os nervos, o careca fechou e apertou novamente suas mãos, fazendo suas unhas cravarem na sua pele, e sair um pouco de sangue.

    — Por favor, acalme-se. — Sua amada começou a fazer massagens em seus ombros, para relaxá-lo do estresse — Primeiro, devemos focar naquele garoto.

    — É, acho que tem razão.

    Sorrindo levemente, e mulher perguntou:

    — E então? O que pretende fazer agora?

    O homem esboçou um pequeno sorriso em seu rosto rabugento, dando uma leve risada, e disse:

    — Quando eu ficar cara a cara com ele, farei o sofrer, até que ele deseje nunca ter nascido. Usarei minhas mãos, para rasgar o peito de Dante Katanabe, e estraçalhar o seu coração.

    Nota