Capítulo 111 – Akara

『 Tradutora: Maga | Revisor: Metal_Oppa 』

— Olá, viajante: Nossa cegueira nos permite ver o futuro, mas não me permite saber quem você é. Bem, eu gostaria de contar sobre nossa história, então, por favor, não deixe nossa existência desaparecer deste mundo. Você está em uma base de treinamento que fica entre o céu e o inferno. É um lugar infeliz, de fato. Desafiadores vêm dos céus para testar sua força contra os demônios. Ao mesmo tempo, os demônios tentam esses desafiantes e os corrompem para ficar do lado deles. O campo de batalha foi estabelecido aqui, bem em nossas casas.

— Para aumentar a chance de sobrevivência, o arcanjo Tyrael foi enviado pelos céus para liderar nosso caminho. Os ladinos aprenderam a usar arcos, os lanceiros aprenderam a usar sua mana e os espadachins aprenderam a usar magia. Justamente quando pensamos que poderíamos nos manter firmes, as coisas só pioraram para nós.

— Todos os lutadores capazes foram enviados para se defender dos ataques dos demônios. Nos últimos anos, rios de sangue foram derramados. Em todos os lugares há um Acampamento dos Desonestos, e apenas cadáveres são deixados enquanto os Ladinos do Acampamento dos Desonestos tentaram parar os invasores. Mouro Sangrento, Planície Fria, Campo de Pedra, Floresta Negra, Mouro Negro, Planície de Tamoe, a Prisão e a Catedral; Todos os locais de propriedade dos Ladinos foram tomados e quase todos os seus guardiões foram mortos.

— À medida que os invasores cresciam em número, os Ladinos não conseguiam mais atender às suas demandas. Quando nossa raça estava à beira da extinção, o Céu nos deixou perecer. Eles nos deixaram, embora tenhamos sacrificado tantas vidas por eles. Então, os demônios começaram seu extermínio. Nossa civilização se foi e Warriv foi morto.

— Não tínhamos navio para navegar para Lut Gholein, então perdemos todos os nossos contatos lá. Gheed não apareceu no Acampamento dos Desonestos por um longo tempo. Perdemos todas as nossas fontes de alimento. Finalmente, as circunstâncias se tornaram tão terríveis que nem mesmo os demônios tinham interesse em nós. Depois que nos deixaram, o ferreiro, Charsi, voltou para o abraço da deusa Ladino. Kashya foi para o cemitério da irmã. Ela foi lá para que pudesse se reunir com sua irmã, Corvo de Sangue, na morte. Não há mais Ladinos no Acampamento dos Desonestos. Só me resta, uma sacerdotisa que serve este lugar. Depois de deixar esta mensagem, irei para a catedral também e me reunirei com a deusa Ladino pelo resto da eternidade.

— Viajantes, por favor, não esqueçam que existimos. Não deixe que nossas ações desapareçam da história.

Abel enxugou as lágrimas do rosto. Ele estava no mundo de Diablo depois que o Céu e o Inferno partiram. O Acampamento dos Desonesto se foi, e tudo o que restou foram prédios abandonados sem ninguém dentro. Akara continuou implorando a Abel que não se esquecesse deles e de como sua civilização existia. 

‘Sempre me lembrarei de você.’ Pensou Abel consigo mesmo. ‘Enquanto eu estiver vivo, nunca esquecerei como sua raça sobreviveu até o fim. Eu passarei suas lendas para a próxima geração, e a geração depois de mim passará para a próxima! Sua história será lembrada!’ Como se respondesse ao juramento de Abel, a peça de diamante se partiu no ar e a imagem de Akara desapareceu.

Podia haver alguns sobreviventes em algum canto. Mas, para chegar à cidade mais próxima, Lut Gholein, Abel teria que conseguir um barco para atravessar o oceano a leste. No momento, não tinha como fazer isso. Abel tirou a pérola da noite da bolsa do portal e entrou na tenda. A tenda de repente ficou brilhante. Segundo a lenda, a tenda de Akara foi encantada com magia especial que poderia manipular o espaço. A tenda podia parecer pequena do lado de fora, mas muito mais área foi revelada quando a pérola da noite foi retirada.

Abel passou quase uma hora limpando a poeira da barraca. Além da mesa ao lado da porta, havia muitas garrafas de cristal com poderes mágicos sobre a mesa de alquimia.

Do outro lado, havia uma mesa de alquimia para desenhar pergaminhos, um pouco de tinta e uma caneta rúnica. Deu um passo à frente e abriu a tinta. Ela estava completamente seca, mas a caneta rúnica parecia estar funcionando perfeitamente. Não sabia do que a caneta era feita, mas podia sentir a magia saindo dela mesmo depois de tantos anos sem uso. Abel colocou a caneta rúnica no Cubo Horádrico. Queria observar as propriedades da caneta rúnica, mas além de um texto dourado escuro dizendo “caneta rúnica de Akara”, nenhuma outra informação foi transmitida.

Como se viu, nem mesmo o Cubo Horádrico conseguiu encontrar muitas informações relacionadas a esta caneta rúnica. Apenas seu nome poderia ser exibido. Então foi assim que Abel obteve seu primeiro equipamento de qualidade Ouro Escuro baseado na cor das letras flutuando. A caneta rúnica poderia não ser um item de suporte, mas podia fazer muito pelo usuário. Pensando bem, Akara era uma mestra em pergaminhos e poções. Ela era a encarregada de fazer todos os pergaminhos e poções dentro do Acampamento dos Desonestos. Abel virou-se para olhar as garrafas mágicas flutuantes na mesa de alquimia e pegou uma, a colocando no Cubo Horádrico. 

Concentrou seu Poder da Intenção na garrafa, e então a garrafa mostrou uma linha de texto em ouro escuro dizendo “Garrafa de Alquimia de Akara 1/10”. As 10 garrafas na mesa de alquimia eram um conjunto de equipamentos experimentais para alquimistas. Todas as garrafas e recipientes eram de qualidade ouro escuro. Abel tinha que aprender alquimia antes de poder usar a “garrafa de alquimia de Akara”. Ele gostaria muito de testar o efeito da caneta rúnica agora, mas sua prioridade atual era explorar todo o acampamento.

Abel saiu e dirigiu-se à oficina do ferreiro ao norte, onde pertencia a ferreira Charsi, uma senhora de corpo alto e robusto. Durante seu tempo, ela era a única ferreira dentro do Acampamento dos Desonesto. A cabana de madeira da ferraria havia desmoronado, e algumas das ferramentas de ferreiro enterradas podiam ser vistas. A parte mais notável, no entanto, era o fogo que estava emergindo da rachadura no chão. Mesmo depois de tantos anos, a chama nunca parou de se alastrar nem por um segundo.

Este fogo foi originalmente usado como fogão pessoal de Charsi. Não importava quão fino fosse um pedaço de material, esse fogo sempre seria quente o suficiente para derretê-lo em forma líquida. Era o fogo perfeito para qualquer ferreiro. 

Em momentos como esse Abel demonstrou o quanto seus músculos eram poderosos. A espada mágica foi usada como uma pá, e ele desenterrou as ferramentas de ferreiro soterradas do galpão de madeira desmoronado. Embora essas ferramentas tenham ficado enterradas por muito tempo, não foram muito danificadas. Não muito teria que ser feito para que pudessem ser usadas novamente. Muito em breve, Abel construiria sua própria oficina de ferreiro aqui. Se quisesse criar algo aqui, sempre poderia visitar esta oficina no futuro. 

O sol nasceu quando Abel estava prestes a terminar. Ele agora podia ver como era todo o Acampamento dos Desonestos. Ele foi construído junto a um rio que desaguava no mar. Em cada um de seus lados, havia portões feitos de espinhos para esconder o edifício que estava no centro. Quando tocou a cerca pontiaguda com a mão, pôde sentir muita energia luminosa saindo dela. Não era de admirar que um acampamento tão pequeno pudesse permanecer até hoje, mesmo quando havia demônios por perto antes. Dentro da praça de onde Abel veio, a caixa misteriosa apareceu novamente de repente. Caso não lhe falhasse a memoria, era um item mágico que poderia armazenar um grande número de itens. Abel aproximou-se da caixa e tentou abri-la. Assim que entrou em contato com a caixa, uma mensagem apareceu.

— Sim. — Abel disse corajosamente. Como um jogador experiente em sua vida anterior, não achou estranha essa situação. Uma luz dourada escura piscou na frente da caixa de madeira, e a tampa foi aberta para revelar o vasto espaço dentro. Abel podia senti-lo com seu Poder da Intenção. A caixa estava ligada à sua alma. Deste ponto em diante, ninguém, exceto ele, seria capaz de abri-la.