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    O Cubo Horádrico no braço direito de Abel começou a brilhar em dourado sombrio, sugando a poluição da sua alma. Antes mesmo que ela tivesse tempo de contaminar sua essência, a poluição da Condessa foi absorvida pelo Cubo Horádrico.

    Abel soltou um longo suspiro de alívio. Sentiu que o contrato de alma havia sido assinado. Era sua primeira vez, e ele havia sido atacado durante o processo. Agora sabia o quão arriscado era fechar esse tipo de contrato.

    “Mestre, eu não sabia que algo assim poderia acontecer!” disse a Condessa assustada, fazendo uma reverência.

    “Sem problemas, eu apenas subestimei o poder remanescente do inferno!” respondeu Abel. Depois, sentiu um pouco de medo ao pensar nas consequências da poluição em sua alma.

    Era a primeira vez que Abel assinava um contrato com outro ser inteligente. Pelo menos, aquele ser havia sido humano antes de se tornar um chefe dourado sombrio. Como o contrato era feito para um montaria, ela quase aceitou sem hesitar.

    “Qual o seu nome?” Abel percebeu que enlouqueceria a nobreza do Continente Sagrado se chamasse uma Condessa de Governanta.

    “Mestre, meu nome é Bartoli!” Os olhos da Condessa brilhavam intensamente. Parecia que ela havia mudado um pouco depois que toda a poluição foi sugada.

    “Ótimo, vou te chamar de Bartoli a partir de agora!” disse Abel com um aceno.

    “Mestre, esta caixa contém todas as suas recompensas por me derrotar em batalha. Dê uma olhada e fique à vontade para pegar o que quiser!” disse Bartoli, apontando para uma caixa.

    “O que tem dentro?” Abel olhou curioso para a lendária caixa de tesouro do inferno guardada por incontáveis forças.

    “Eu também não sei, pois nunca consegui abri-la. Antes, coisas diferentes apareciam cada vez que um desafiante me matava com sucesso. Mas desde que o inferno deixou este mundo, não sei que mudanças ocorreram na caixa!” explicou Bartoli com voz suave.

    Abel se abaixou e examinou a caixa. Não havia trava. Quando colocou a mão sobre ela, a tampa se abriu automaticamente, revelando o conteúdo.

    Primeiro, um bastão mágico. Quando o lançou dentro do Cubo Horádrico, seu queixo caiu de surpresa.

    Ao concentrar o poder espiritual no cajado dentro do Cubo, seus atributos apareceram:

    Bastão de Batalha

    Dano com duas mãos: 6-14

    Durabilidade: 46-46

    +15% dano aumentado

    +3 ao Encantamento de Fogo

    +3 à Bola de Fogo

    +3 ao Calor

    Aumenta durabilidade em 15%

    +50% de dano contra mortos-vivos

    Com 2 soquetes

    A primeira coisa que veio à mente de Abel ao ver esse bastão mágico foi a palavra rúnica Leaf. Era o ingrediente perfeito para criar um bastão mágico com a palavra rúnica Leaf.

    Palavra Rúnica: Leaf

    3# Runa Tar + 8# Runa Ral

    +5-30 de dano de fogo

    Adiciona 5-30 de dano de fogo

    +3 ao Inferno

    +3 ao Raio de Fogo

    +3 ao Calor

    +2 de mana após cada abate

    Defesa contra gelo +33%

    +2-198 de defesa

    Abel não sabia se a runa que havia feito teria efeito sobre a habilidade dessa arma de palavra rúnica, mas não tinha outra escolha. Armas com palavra rúnica eram extremamente raras no Mundo das Trevas.

    O segundo item era uma runa. Embora o símbolo nela não fosse mais visível, Abel tinha certeza de que era uma runa de nível extremamente alto. Ele a jogou no Cubo Horádrico, que devolveu o resultado:

    Runa: Pul#

    +30% de aumento na defesa

    Abel começou a se perguntar se quanto mais tempo a caixa ficasse fechada, melhor seria o valor das recompensas. Como poderia aparecer uma runa #1 de nível tão alto ali?

    Quando Abel ia pegar o terceiro objeto, percebeu que ele já havia se desintegrado. Ainda assim, conseguiu reconhecer pelas sobras que se tratava de uma armadura branca acolchoada sem atributos. Talvez fosse por isso que havia se desintegrado com o tempo.

    A caixa de tesouro estava vazia, mas Abel já estava muito satisfeito. Tanto o bastão mágico com dois soquetes quanto a Runa Pul eram raros, especialmente o cajado com dois soquetes. Era, sem dúvida, a melhor coisa para ajudar a aumentar seu poder.

    Abel guardou o bastão e a runa. Olhou ao redor daquela sala vazia e se perguntou como Bartoli havia sobrevivido ali todos esses anos.

    “Bartoli, vamos sair daqui!” Abel sabia o quanto devia ser torturante viver em um ambiente assim, consciente, mesmo sendo uma criatura do inferno. Talvez fosse por isso que Bartoli desejasse tanto fugir.

    “Sim, mestre!” A voz de Bartoli soava um pouco trêmula, pois estava prestes a deixar aquela masmorra onde esteve presa por dezenas de milhares de anos. Seu rosto voltou a cor depois que toda a poluição havia sido limpa.

    Abel saiu daquela sala vazia montado em Vento Negro. Ele não tinha ideia do quanto Bartoli estava animada ao se aproximar daquela porta comum.

    Embora fosse a governante da Torre Esquecida, ela nunca havia saído daquele quarto. Essa era a regra do inferno. Ela estava presa para guardar a caixa de tesouro, esperando ser morta pelo próximo desafiante e renascer. Um ciclo que parecia não ter fim.

    Nesse momento, todo o cheiro de enxofre havia desaparecido de Bartoli; era como se sua alma tivesse sido purificada. Ela nunca havia se sentido tão limpa antes, até mesmo os rancores que guardava no coração tinham sumido.

    Livre de rancores, das regras e da constante poluição demoníaca, ela se sentia renascer. Bastava um passo, e ela sairia daquela sala.

    Era como se a trava daquela porta fosse uma maldição. Como não havia tentado fugir por dezenas de milhares de anos, a ansiedade crescia a cada passo que dava. Isso a fazia lembrar das torturas que sua alma sofreu quando foi presa e tentou escapar.

    Assim que colocou o pé direito para fora da porta, começou a chorar e caiu no chão. Esqueceu completamente sua identidade de Condessa, seu papel como chefe dourado sombria. Naquele momento, só queria chorar todas as suas tristezas acumuladas por milhares de anos.

    Vento Negro parou enquanto Abel observava silenciosamente aquela dama nobre de vestido luxuoso, chorando alto como uma criança. Ele não se aproximou para consolá-la; talvez fosse melhor deixar Bartoli ter aquele momento para si.

    Depois, Bartoli se levantou, limpou as lágrimas dos olhos, sem se importar com a poeira na roupa ou o brilho remanescente na face. Lágrimas eram um luxo para ela antigamente, mas naquele instante, olhou para Abel com gratidão e fez uma reverência de 90 graus.

    “Bartoli, vamos!” Abel retribuiu a reverência e falou suavemente.

    “Sim, mestre!” Após liberar toda a emoção, a voz de Bartoli ficou muito fraca, parecia até outra pessoa.

    Bartoli passou pelo grande caldeirão de sangue fresco no corredor. Tremia ao vê-lo; ela havia perdido tudo por causa do sangue daquelas donzelas. Agora aquilo parecia uma piada.

    Num instante, uma bola de fogo surgiu na mão de Bartoli, que começou a ferver o sangue fresco até virar vapor. Murmurou:

    “De agora em diante, não existe mais Condessa neste mundo, apenas a governanta do mestre, Bartoli!”

    Um novo sorriso puro surgiu no rosto de Bartoli sob o brilho do fogo. Ela quase parecia uma criança. Depois, virou-se para Abel e disse:

    “Mestre, eu vou liderar o caminho para você!”

    Bartoli colocou o pé na escada para o 4º andar. Naquele exato momento, gritos começaram a surgir de todas as direções.

    O rosto de Abel mudou. Era o som dos Diabinhos, mas ele nunca os tinha ouvido gritar assim antes. Pareciam extremamente irritados.

    Uma grande quantidade de Diabinhos saiu de todos os quartos. Felizmente, Abel já havia matado muitos quando chegou, mas ainda havia cerca de 200, e muitos mais vinham a caminho.

    Com a Espada da Vitória na mão direita e o Raio Ascendente na esquerda, Abel e seus invocações avançaram contra os Diabinhos.

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