Capítulo 455 - Adeus
Se passaram três dias. Durante esse tempo, algumas mudanças ocorreram em cidade Liante. As 27 filiais do Recanto Esquecido haviam sido inauguradas, e sua presença podia ser percebida em todos os pontos movimentados da cidade.
Em apenas três dias, os 27 restaurantes já haviam conquistado toda a cidade Liante. Todos ali possuíam algum tipo de habilidade extraordinária, então dinheiro não era o problema.
A queda nos preços permitiu que muito mais pessoas experimentassem a comida, e muitos viajantes certamente visitariam uma das filiais da Recanto Esquecido assim que chegavam à cidade.
No entanto, os magos ainda pareciam preferir a Recanto Esquecido original. A comida lá era a mais autêntica e ajudava a avançar de nível, mesmo sendo cinco vezes mais cara. Todo mago conhecia bem esse fato.
Abel, por sua vez, não se importava tanto com riqueza comum naquele momento, mas os pontos de crédito não faziam mal. Eles poderiam ser trocados por recursos de nível militar que ele tanto desejava.
Todos os dias, conseguia acumular dezenas de milhares de pontos de crédito. Sentia-se como um rico senhor de terras na cidade Liante, precisando apenas economizar mais um pouco até poder trocar pelos itens que precisava.
“Rápido, limpem as folhas do jardim da frente! Os convidados chegarão em breve!” Durante o almoço, o mordomo Edwon comandava os servos apressadamente, organizando a mansão, que havia sido totalmente transformada nos últimos dias.
Os convidados daquela noite eram extremamente prestigiados, e Edwon não podia se distrair; precisava acompanhar cada detalhe do preparo.
Enquanto isso, Abel acendeu um círculo de comunicação em seu escritório e colocou uma gema no centro, iniciando uma conexão.
Logo uma voz alegre soou:
“Abel, onde você está? Estive esperando sua resposta todo esse tempo!”
Ao ouvir aquela voz familiar, o coração de Abel se encheu de alegria.
“Professor, estou em cidade Liante, residindo na Rua Fulu, número 10 !”
“Abel, você ainda tem algumas daquelas poções que me deu da última vez?” perguntou o mago Morton com preocupação. Era sobre a recuperação da Maga Yveline, então não podia tratar o assunto levianamente.
“Professor, você se machucou?” Abel sentiu seu corpo emitir uma leve aura assassina, como se seu instinto se alarmasse.
É claro que o Mago Morton não podia sentir isso, mas todos na mansão, incluindo Edwon, sentiram um arrepio percorrer a espinha. Felizmente, Abel não usou seu poder espiritual para pressionar ninguém, o aura apenas vazou naturalmente.
“Não me machuquei, mas acredito que aquela poção dourada de cura que você me deu da última vez pode ser muito útil para as antigas lesões de Yveline. Todas as minhas lesões antigas já haviam sido curadas, e ainda assim consegui avançar de nível!” disse Morton com alegria.
“As antigas lesões da Maga Yveline a deixaram sem esperança de evoluir. Ela é um prodígio do Ducado de Camelot, mas esta presa no nível 6. Se você puder me ajudar a encontrar mais dessas poções douradas de cura, talvez consiga ajudá-la!” Morton continuou.
Abel soltou um longo suspiro de alívio e fez a aura assassina desapareceu. Então disse com um sorriso:
“Sem problemas, Professor. Farei tudo que você pedir. Tenho uma comigo na bolsa espiritual. Vou providenciar alguém para enviá-la até você amanhã!”
“Por que esperar até amanhã? Vou levar Yveline e ir direto à sua casa agora. Quanto mais cedo, melhor!” Como sabia que Abel estava em cidade Liante, Morton preferiu ir direto. Algumas viagens seriam necessários, mas ele não ligava para isso.
“Seria ótimo, professor. Se puder, traga o Mago Murphy junto. Estou entrando em contato porque teremos um banquete hoje à noite e quero convidá-los. Se Yveline quiser participar, traga Murphy também, para que possamos passar alguns dias juntos aqui.”
“Certo, Abel. Será bom visitar cidade Liante por alguns dias!” respondeu Morton.
Após a desconexão, Abel sentiu seu coração transbordar de alegria. Não via seu mestre há muito tempo e agora ele havia avançado. Como discípulo, devia preparar um bom presente.
Com três novos convidados a caminho, Abel começou a se preocupar com a quantidade de comida. Rapidamente perguntou a Edwon:
“Edwon, teremos mais alguns convidados hoje à noite. Teremos comida suficiente?”
“Mestre, não se preocupe. Pedi especialmente uma grande quantidade de ingredientes à União dos Ferreiros para o banquete de hoje. Deve ser mais do que suficiente!” respondeu Edwon com confiança.
Edwon tinha muito mais experiência que Abel na organização de banquetes. Alguns convidados poderiam trazer acompanhantes, ou até pessoas de status extremamente alto que, mesmo sem convite, não poderiam ser deixadas de fora.
Por isso, garantir comida extra era essencial. E, sabendo que Abel não tinha problemas com pontos de crédito, melhor prevenir do que passar vergonha.
“Temos servos suficientes?” Abel perguntou novamente.
“Mestre, já consultei a Sra. Bartoli. Ela disse que alguns garçons da Recanto Esquecido viriam ajudar.
Está tudo certo!” respondeu Edwon, curvando-se.
Após a conversa com Edwon, Abel voltou para seu quarto para preparar um presente para seu mestre.
Cerca de uma hora depois, Edwon bateu suavemente na porta e disse, com educação:
“Mestre, três magos estão procurando por você!”
“Eles estão aqui!” Abel exclamou, abrindo a porta com entusiasmo e caminhando rapidamente até a entrada.
Edwon nunca havia visto seu mestre assim. Até então, Abel agia sempre com maturidade, quase esquecendo sua idade. Mas agora mostrava toda a energia de um jovem.
Assim que Abel chegou à porta, viu Morton olhando ao redor, confuso. Ele gritou:
“Professor! Você está aqui!”
“Abel!” disse Morton, que não via seu discípulo há alguns meses. Ele havia mudado bastante nesse período e não pôde evitar sorrir.
“Professor, você parece mais jovem!” comentou Abel, olhando-o cuidadosamente de cima a baixo.
Após avançar, a força vital de Morton havia se fortalecido, e a aparência mais jovem era um sinal claro.
Morton também olhou Abel atentamente. Ao notar o emblema de um cajado mágico em seu peito, exclamou:
“Abel, agora você é um mago oficial!”
“Tudo graças ao livro mágico que você me deu. Sem ele, eu não teria avançado!” Abel respondeu, olhando em seguida para a Maga Yveline e o Mago Murphy que estavam atrás.
“Maga Yveline, Maga Murphy, sejam bem-vindos!”
“Nunca imaginei que aquele garoto nos alcançaria tão rápido!” disse Yveline, observando o emblema no peito de Abel. Ele não sentia ciúmes; pelo contrário, estava feliz por Morton e Abel.
“Haha, sorte a minha de ter sido mais rápido que você. Se não, esse bom rapaz já teria se tornado seu discípulo!” riu Morton.
“Entrem. Devem estar cansados. Descansem e tomem um café!” disse Abel, curvando-se para os magos.
“Certo. Continuaremos a conversa depois de entrar!” respondeu Morton.
Abel não os levou à sala de estar preparada para o banquete. Como todos eram magos, ele os conduziu diretamente ao seu escritório.
O escritório era cercado por um círculo de concentração de mana intermediário, capaz de absorver todo o mana ao redor, deixando a concentração de mana equivalente à de uma torre mágica normal.
Assim que Morton entrou, percebeu a mudança na mana e perguntou:
“É aqui que você medita?”
“Não, este é o quarto de meditação da minha intendente.” explicou Abel.

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