Capítulo 443

“Vou precisar da ajuda de vocês, pessoal,” Leon disse e então invocou todos os espíritos.

“Não posso acreditar que está considerando usar a gente deste jeito,” Celsius disse visivelmente irritada.

“Vou retribuir o favor… de alguma forma,” Leon disse.

Embora conversasse muito com os espíritos, não tinha ideia das coisas que Celsius gostava. Talvez, ela gostasse de reclamar, mas isso era algo que Leon só podia pensar quando ela estava fora de sua cabeça. Quanto aos outros, Efreet gostava de lutar e Undine gostava de provocar. Enquanto isso, Sylph e Gnome gostavam de brincar.

“Apenas não se costume com isto,” Celsius disse.

Leon fez uma nota mental para ser mais amigável algumas vezes com seus espíritos depois disso. Eles eram seus amigos, afinal de contas, e sua ajuda definitivamente mudaria a maré da batalha. Enquanto comprava poções, também estava criando vários recipientes enormes de aço. Todos os espíritos estavam ajudando, mas Efreet não podia fazer muito usando magia ou mesmo seu corpo… suas chamas estavam derretendo os frascos rápido.

“Efreet, acho que será melhor se manter os Hipogrifos sob controle,” Leon disse.

“Hahaha! Agora estamos conversando!” Efreet riu: “Não gosto de perder tempo fazendo tarefas complexas como essa!”

Embora Efreet não fosse forte o bastante para enfrentá-los, Leon ajudava ocasionalmente. Independente disso, depois de algumas horas, notou um grupo de soldados se aproximando, um deles era Hector.

“Ei, já faz um tempo…” Hector disse enquanto olhava para os recipientes de aço e observando as poções de mana se movendo graças a ajuda do gelo, vento, água e terra: “Não acho que seja uma coincidência você ter retornado após tanto tempo, certo?”

“Nope, vim ajudar… até alguma extensão,” Leon disse enquanto ainda comprava poções de mana sem parar.

“Obrigado por isso, mas… o que quer dizer com isso?” Hector franziu a testa.

“Dada as circunstâncias, não tenho o direito de julgar suas ações ou escolhas,” Leon disse: “Porém, considerando as coisas que sei, está claro para mim que vocês estão percorrendo um caminho perigoso. Desejar paz é bom, eu também quero isso, mas está claro que nenhum de vocês terá isso até nos livrarmos de todos os monstros e inimigos problemáticos. Fugir e se esconder não foi a melhor escolha que fizeram.”

Os dois soldados olharam irritados para Leon e sentiram sua mana ficando intensa, estavam se preparando para lutar. Mais uma sentença como essa e atacariam, porém, essa era a última de suas preocupações. Após olhar nos olhos deles por um momento, Leon entendeu que eram homens que nasceram depois que os humanos vieram esconder naquele planeta. Eram fisicamente fortes, já que podiam derrotar Hipogrifos, mas não eram verdadeiros sobreviventes… aqueles que sobreviveram numerosas batalhas e provaram desespero muitas vezes tem o direito para ter tal título. Na verdade, até Leon julgou que ele não merecia. Ele sobreviveu a muitas situações problemáticas e provou o gosto do desespero várias vezes, contudo, duvidava ter sofrido mais que Hector e Amanda.

“Entendo… então, como prosseguirá?” Hector perguntou.

“Matarei o máximo possível de Demi Minotauros, mas só depois que entenderem que a batalha contra os monstros nunca acabará,” Leon respondeu: “No futuro não tão distante, alguns bastardos virão à Terra e eventualmente este planeta para caçar os humanos. Eles transformarão nosso planeta em um inferno vivo. Vou protegê-lo, mas não sou babá de ninguém.”

“… Entendo, parece que você sabe muito mais que nós,” Hector disse após estudar por um tempo: “Bem, obrigado de antemão por fazer o que está fazendo… Se eu sobreviver, espero que me diga mais sobre o que sabe.”

Depois de levantar sua bandeira da morte, Hector e os dois soldados deixaram o local. Leon suspirou, no final, não gostou de suas palavras… soou muito pregador. Seja como for, se perguntou como Hector teve tempo para conversar com ele desse jeito, mas logo, milhares de soldados começaram a aparecer acima da cidade subterrânea. Eles já tinham feito suas preparações, então Hector veio para ver de qual lado Leon ia lutar.

“Acho que a batalha finalmente va começari…”

Desde que todos trabalharam duro, Leon gastou vinte milhões de moedas e criou cinco recipientes cheios de líquido de mana. Ele se sentiu satisfeito com isso enquanto observava a onda de poeira vindo do oeste.

“Não pensei que enviariam todas as tropas de uma vez, mas… acho que enviaram.”

Parecia que os Demi Minotauros também estavam bem desesperados, ou talvez não tinham muito tempo restante… De qualquer forma, eles vieram para terminar rápido a batalha. Leon se perguntou se não podiam abandonar seu planeta e começar em outro lugar, porém, talvez sendo criaturas sencientes, ainda não mudaram sua natureza… de escolher morrer lutando ao invés de fugir para sobreviver.

“Sylph, quero que use seu vento e despeje líquido de mana em mim,” Leon disse: “Efreet, você continua atacando os Hipogrifos, e não os deixe me atacar.”

“Okay!” Sylph disse.

“Hahaha, tudo bem!” Efreet disse.

“Gnome, Celsius e Undine atacarão quando eu comandar,” Leon disse.

“E quando isso seria?” Celsius perguntou.

“Dependerá da situação,” Leon respondeu: “Atacaremos os Demi Minotauros depois de vermos os humanos lutando duro para sobreviver ou quando vermos eles sendo massacrados.”

Leon já tentou uma vez e bancar o herói não ajudou a si ou algum outro. Se tentasse salvar cada vida, os humanos não sentiriam o verdadeiro desespero novamente e recuperariam seu espírito de luta. Ele queria salvar seu planeta e a raça humana, mas não carregaria a vida de cada pessoa em suas costas.