Capítulo 707

Após um tempo, viu que era o único restante do lado americano. Todas as pessoas com qual lutou junto nos últimos quatro anos morreram. Contudo… aquela versão não sentiu nada com isso. Makoto ainda estava vivo e tinha outros dois soldados ao seu lado, mas ao invés de deixá-los enfraquecer ainda mais o inimigo na frente dele, Makoto se adiantou e fez seus homens recuarem.

Tanto Leon quanto Makoto não disseram nada. Não havia o que dizer. Eram inimigos e nada mais. Leon não podia se importar se o desejo por justiça de Makoto estava certo, e o último não se importava se o homem na sua frente não tinha nada a ver com a morte de seus filhos.

De repente, Makoto correu para frente e Leon mal teve tempo para mover os braços e mirar na cabeça ou torso. Uma Bala de Trovão voou na direção da cabeça enquanto Lança Congelada foi mirada no estômago. No entanto, com um balançar da katana, Makoto bloqueou os projeteis. Seus braços foram eletrocutados, e foi forçado a desacelerar, e essa foi a chance em que Leon estava esperando. Num piscar de olhos, várias Lanças Congelada vieram de todas as direções e cercaram Makoto. Todavia, para sua surpresa, Makoto só protegeu sua cabeça e ignorou a dor e as feridas quando foi atingido porque mal perfurou seu corpo. Makoto estava sangrando um pouco e nada mais.

Leon vinha lutando por um tempo, então não tinha muita mana restante. Considerando que a Lança Congelada e Bala de Trovão eram os feitiços mais poderosos e ainda não foram o bastante para impedir Makoto, teria que se arriscar para ter sucesso.

“Me pergunto por que essas minhas versões também não gostam de contar com armas”, Leon franziu a testa: “Essa é uma ação instintiva ou algo assim?”

Ao invés de tentar de novo, aquela versão apenas apontou as duas mãos na direção de Makoto. Desde que não conseguia ver nenhum sinal de resignação nos olhos de Leon, concluiu que estava tramando algo. Era óbvio… apesar disso, Makoto não podia recuar ou hesitar na frente dos soldados. Milhares de soldados morreram em batalha, então seu orgulho não o permitiu fazer isso também.

Makoto pensou que forçaria aqueles que matou seus filhos a lutar contra seu exército ao causar uma guerra. Mesmo que não tivesse ideia de quem fez, pensou que haviam sido forçados a lutar e morreu porque havia apenas um inimigo na sua frente. Makoto não sabia se tinha realizado seus desejos, mas sentiu que era hora de acabar com tudo de uma vez.

Concentrando toda a sua força num único momento era algo em que Makoto era bom, e como o oponente não pretendia atacar primeiro, não podia ter pedido por um melhor momento para fazer isso. Após se concentrar por vários minutos, levantou sua katana e desapareceu. Apesar disso, Leon não entrou em pânico. Estava totalmente ciente de como e onde o inimigo atacaria baseado na postura. Quando Makoto apareceu diante dele e balançou sua espada para baixo para dividi-lo ao meio, várias Lanças Congeladas apareceram na mão direita de Leon e pararam o ataque. Makoto conseguiu cortar várias, mas perdeu seu ímpeto ao fazer isso. De repente, Leon agarrou a cabeça dele com a mão esquerda e sorriu quando cobriu a boca dele.

“Bala de Trovão.”

Um ataque elétrico direto na boca foi o bastante para matar Makoto. Embora os humanos pudessem treinar seus corpos, uma vez que suas cabeças e corações são destruídos além do reparo, tudo está acabado…

Mais uma vez, Leon sentiu coisas complicadas enquanto assistia sua versão alternativa jogando o corpo de Makoto para o lado enquanto sorria. A maioria das pessoas se sentiriam orgulhosas ao derrotar um oponente digno, mas não ele… nem mesmo quando tinha o poder do orgulho. Os outros dois soldados tentaram vingar seu imperador, mas falharam… Entre os milhares de cadáveres, aquela versão sentou e começou a rir maniacamente. Era o mais forte… era o único sobrevivente de uma guerra de feras. Derrotou incontáveis guerreiros que podiam suar todos os tipos de habilidades loucas… merecia ser chamado de mais forte. No entanto, aquela sensação desapareceu logo.

Quando sua cabeça esfriou, finalmente percebeu que havia se tornado um monstro… Vazio, isso foi o que sentiu. Matou centenas de soldados por motivo nenhum. Embora fosse uma guerra, não tinha motivos para odiar os inimigos ou sorrir enquanto os matava. De certo modo, aquele Leon causou mais mortes que muitos monstros. Com a cabeça abaixada e enquanto deixava as lágrimas fluírem, ele deixou o campo de batalha.

“Merda… isto é tão confuso”, Leon disse irritado: “Embora seja melhor que me assistir ficar pior, ver isto também não é desagradável…”

Mais uma vez, Leon sentiu que não só merecia se ver aguentar tantas dificuldades, desta vez, também sentiu que tinha o dever de fazer isso. Era uma sensação estranha que não tinha explicação.