Estou sem ideia para títulos mir, coloca qualquer coisa aí

    Confesso que o hype em torno do anel é uma ilusão fabricada. O poder que ele ostenta é, na verdade, banal. Nada mais do que ‘mãos mágicas’ — uma mão invisível que manipulo a meu bel-prazer, estendendo-a até 10 metros.

    Naquele momento preciso, tudo o que eu precisava fazer era puxar aquela gema que funcionava como chave. Com cuidado, estendi a mão e toquei na pedra… Oh, céus, isso não se move! Deve estar presa por alguma magia.

    — Me leva até lá, miserável, e eu mesmo a pegarei — ordenou o reflexo no meu espelho de bolso, sua voz carregada de desprezo e urgência, uma combinação venenosa que refletia a gravidade da situação.

    “Se ele está insistindo… quem sou eu para contestar, afinal?“

    Com um suspiro de resignação, usei minhas mãos mágicas para levar o reflexo até a chave. No momento crítico, quando o espelho deveria tocar a pedra, algo surpreendente aconteceu — a gema foi tragada pelo espelho como se uma força invisível a puxasse. O portal começou a vibrar, uma reação visceral à perturbação imprevista.

    Sem hesitar, virei-me e corri, cada passo ecoando a urgência desesperada que me consumia. Justamente a tempo, pois a energia que havíamos subtraído do portal era essencial.

    O vórtice de luz vermelha, agora desprovido de sua essência, começou a colapsar sob o peso de sua própria instabilidade. Com um estrondo ensurdecedor, ele se fechou, decepando brutalmente a mão do monstro que tentava se libertar.

    Resolvi dois problemas enormes: o demônio emergente e o portal agora fechado. Resta o terceiro dilema, os quatro zumbis que descobriram minha interferência. 

    Ah, isso realmente não será agradável…

    Eram criaturas de pesadelos antigos, cada uma portando as marcas de um horror esquecido pelas eras. O confronto iniciou-se com um rugido ensurdecedor, um som tão penetrante que parecia rasgar o próprio ar. Cada monstro avançava com uma sede voraz, seus olhos brilhando com uma maldade arcaica. Eu me encontrava dançando numa arena involuntária, onde cada movimento meu era uma resposta desesperada aos golpes selvagens que rasgavam o espaço ao meu redor.

    O primeiro deles era uma besta colossal, coberta por uma carapaça que refletia a luz da lua, como aço polido. Suas garras, afiadas como navalhas, buscavam minha carne com uma precisão mortal. Parar esse gigante exigiu uma mistura de astúcia e brutalidade. 

    Desviei de um golpe que teria esmagado meus ossos e, com uma fúria calculada, cravando minha espada na junta de sua armadura. O urro do monstro ressoou, um som que despedaçou minhas esperanças e abalou meu equilíbrio.

    Enquanto lutava com o primeiro, os outros três não hesitaram. Eram mais rápidos, mais ágeis, e cada um possuía uma habilidade única que desafiava minha compreensão e minha capacidade de combate. Um deles exalava um fumo negro que obscurecia minha visão, transformando o campo de batalha numa armadilha invisível de sombras e desorientação.

    Meus músculos ardiam e meu fôlego se esvaía, mas a necessidade de sobreviver forjava em meu coração uma resolução férrea. Com um giro desesperado, desferi um golpe que atravessou a névoa negra, ouvindo o som de metal contra carne. A criatura caiu, mas o preço foi alto: uma ferida profunda marcava meu flanco.

    Os dois últimos monstros eram mais cautelosos, circulando com uma inteligência predatória. Um deles lançou-se em um ataque feroz, seus tentáculos se enrolando ao meu redor como as cordas de uma forca. Cada movimento meu parecia inútil, minha energia esvaecendo enquanto lutava para escapar dessa prisão pulsante.

    Quando minha esperança parecia um fio prestes a se romper, um lampejo de adrenalina me deu força para um último esforço. Com um rugido que rasgou minha garganta, libertei-me dos tentáculos e, usando o que restava de minha força, abati as duas últimas feras com golpes rápidos e brutais, cada um carregado com a urgência de um homem que vê a morte de perto.

    Exausto, ferido, e tremendo com a adrenalina que ainda corria em minhas veias, olhei ao redor. Os corpos dos monstros jaziam inertes, e o silêncio da noite voltava a se instalar, como se nada tivesse perturbado sua serenidade. 

    Cambaleei, caindo de joelhos, o sangue de minhas feridas desenhando caminhos escarlates pelo chão de pedra. Cada respiração era um lembrete da dor e da vida que ainda corria em mim, por um fio.

    De fato, não foi agradável. Cheguei em casa exausto, mais perto da morte do que nunca. Aprendi da pior maneira que os mortos-vivos são infinitamente mais fortes que meros goblins. Eliminei os quatro, mas com uma dificuldade exasperante. Voltei esfolado, arranhado, sangrando – ainda assim, vivo.

    Juro, se estiver infectado por um vírus zumboide… Bem, eu certamente terei mais uma dívida a acertar com esse espelho maldito.

    — Você me deve um item mágico. — declarei ao reflexo, cuja presença sombria já não me surpreendia.

    Negociamos. Ele propôs espadas, facas e aneis encantados; contudo, minha escolha recaiu sobre um item bastante específico. Dada a peculiaridade do meu estilo de combate, uma capa de invisibilidade parecia ideal. 

    Com ela, eu poderia me mover furtivamente, atacar meus adversários pelas costas e desaparecer antes que qualquer combate direto se iniciasse. Afinal, a melhor estratégia sempre será eliminar a ameaça antes que ela sequer perceba sua presença.

    Exausto, decidi: “Preciso dormir, ao menos uma última boa noite de sono antes de todo o problema começar.” 

    Ah, que piada, não? Justo quando fechei os olhos…

    — Levante-se, TOLO! Precisas encontrar-te com vosso amigo.

    Mano, porque caralhos estou ouvindo vozes na minha cabeça!?

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota