Armagedom

    A Guerra dos Cavaleiros

    Capítulo 2: O Viking do Bem

    Termópilas:
    O terreno de Termópilas era um lugar sem vida, usado pelos gregos, persas, macedônicos e outros povos para se travar diversas lutas. Um verdadeiro corredor da morte, onde de um lado ficava diversas montanhas e planaltos e do outro havia um penhasco profundo com um mar violento, que os povos achavam que representava a fúria dos deuses. Possuía somente uma passagem pelo terreno que levava às terras gregas ou macedônicas.
    — Mesmo depois da minha morte, esse lugar continua o mesmo inferno — disse Leônidas, colocando seu capacete.
    — Então este é o terreno que iremos lutar!? Comparado ao horror que foi na invasão de Paris, isso não é nada — ironizou Ragnar com um sorriso
    O forte vento que vinha da maré, atingia os lutadores enquanto se preparavam para lutar. Quando olham para o mar, eles veem um Arcanjo com lindas asas brancas. Ele possuía o mesmo estilo de roupa que o Arcanjo Gabriel. Seus olhos possuíam uma tonalidade de castanho-escuro e seu cabelo é afro de cor preta e sua pele é parda.
    — Observem, humanos. Quem está diante de vocês é o grande Arcanjo Uriel. Agora que vocês foram abençoados com a minha presença, eu os ordeno que lutem. COMECEM! — disse ele com um sorriso orgulhoso.
    Ragnar preparou-se com uma posição quase agachando-se totalmente. Ele continuava sorrindo e cada ponta de sua boca quase chegava em suas orelhas. Colocava seus braços para trás, que lembravam uma posição de um falcão que estava prestes a caçar. Em cada uma de suas mãos, havia um machado com cabo de madeira, pescoço de ouro e a lâmina de ferro com símbolos, que lembravam a árvore Yggdrasil e uma joia branca no meio do machado direito e uma joia preta no meio do machado esquerdo. Seu cabelo era empurrado para esquerda com o forte vento do local. Seus olhos estavam focados em seu inimigo que estava a sua frente.
    Leônidas ficou em uma posição quase agachado e colocava o seu pé direito para trás e seu braço direito acompanhou o movimento da perna direita. Segurou seu escudo no braço esquerdo e o levantou até a altura, que protegia seu peito e cabeça e posicionando-o em direção ao seu inimigo. Em seu braço direito estava a sua lança, que estava em posição horizontal e direcionada para o inimigo.
    — Sinto muito, mas hoje não é dia de eu ir para Valhala — disse Ragnar para Leônidas e ignorando o Arcanjo.
    — Não sei do que você está falando, mas com certeza não é o meu também — disse o espartano com um sorriso de canto e ignorando o Arcanjo.
    Eles olhavam-se e esperavam o primeiro movimento do inimigo. Quando o Arcanjo iria falar com eles, o céu começou a escurecer e um relâmpago caiu nas montanhas. Os Cavaleiros correram em direção ao outro..
    Enquanto estavam aproximando-se, Ragnar saltou em direção a Leônidas, o qual levantou seu escudo para se defender. Os dois machados de Ragnar acertam o escudo e ele aplica uma grande quantidade de força, enquanto permanecia no ar. O espartano também aplica uma grande quantidade de força.
    Ragnar parecia feliz pelo fato de Leônidas não ter caído com o primeiro golpe, o qual parecia também feliz pelo fato de há tempos não ter usado tanta força.
    “Esse cara é forte! Essa luta será divertida!”, pensaram os dois.
    Quando Ragnar atingiu o chão, segurou bem forte os seus machados e atacou consecutivamente o inimigo a sua frente.
    Leônidas bloqueou todos os ataques do seu oponente com extrema precisão. Ele não recuou nenhum passo.
    — Parece que terei que aumentar a potência — disse o viking.
    Ragnar respirou fundo e aumentou sua força nas suas pernas. Assim, ele avançou em cima do espartano e desferiu vários golpes consecutivos em diferentes direções e ângulos.
    Leônidas defendeu os golpes de seu inimigo. Porém, percebeu que era acertado de raspão nos braços e pernas e também era empurrado. Vendo a situação, empurrou o machado da mão esquerda, para o lado com o seu escudo, quebrando a sequência de golpes do adversário.
    Ragnar, após desferir os ataques, jogou seus machados para trás e em seguida, deu alguns mortais para trás. Logo em seguida, pegou os seus dois machados, que quase atingiam o chão.
    — Hora de usar as bençãos, que meu Deus me entregou. Corvos de Odin.
    Ragnar arremessou seus machados na direção do espartano.
    Leônidas posicionou seu escudo para defender o ataque. Os machados atingiram o escudo e após o impacto, eles continuaram a girar e contornaram o escudo por baixo, assim acertou de raspão as suas coxas, onde caiu algumas gotas de sangue. Os machados tocaram no chão e voltaram direto às mãos de Ragnar.
    — Gostou da benção de meu Deus?
    Leônidas passou o dedo indicador da mão esquerda no ferimento e levou-o até sua boca e lambeu.
    — Fazia tempo que não sentia o gosto do meu sangue.
    Na arena:
    Após ver o golpe de Ragnar, Zeus olhou diretamente para Odin e aproximou-se dele.
    — Odin, meu companheiro. Onde estão os seus anéis? — perguntou ele com os olhos fechados e com um sorriso, que mostrava a sua raiva.
    Odin esconde suas mãos em seus bolsos e vira o seu rosto para o lado oposto de Zeus.
    — Não sei do que você está falando.
    Odin começa a assobiar.
    Zeus vira-se de costas e volta para o seu lugar.
    — Não se preocupe, Odin. Ele pode usar qualquer tipo de arma, que você tenha entregado para ele. No final, eu serei o vencedor!
    Termópilas:
    Ragnar correu em direção ao oponente e atacou-o.
    Leônidas defendeu o ataque com o seu escudo novamente.
    O viking atacou novamente, mas dessa vez faz com que os seus machados acertem o topo do escudo. Com isso, o escudo desceu e a guarda de Leônidas ficou aberta.
    Ragnar rapidamente acertou uma cabeçada em Leônidas e o fez cambalear para trás. Ele aproveitou que o inimigo está atordoado e avança e desfere um golpe com seu machado direito.
    Leônidas defendeu por pouco o ataque com sua lança. O viking desferiu mais um golpe com o seu machado esquerdo e Leônidas esquivou-se para trás.
    — Só esquivar e defender não é o suficiente para ganhar essa competição — disse o Cavaleiro das Raças com um sorriso
    — Eu só estou começando!
    — Hahahahaha! Você não me atacou uma vez e eu achei que você era um guerreiro! Acho que você não é digno de ir para Valhala!
    Leônidas voltou à mesma formação, que estava no início da luta.
    — Ataque-me de novo! Quando seus machados atingirem o meu escudo, você perderá um olho!
    Ragnar ficou com um sorriso em seu rosto, que não demonstrava felicidade, mas raiva.
    — Tudo bem. Dê o seu melhor!
    Ragnar segurou bem forte os seus machados e avançou para o ataque. Ele chegou perto de Leônidas e atingiu-o com os seus machados no escudo. O viking sentiu um verdadeiro instinto assassino, depois de muito tempo e ele, no último segundo, conseguiu desviar por pouco. A lança atingiu a bochecha direita com extrema velocidade e fez Ragnar dar 3 passos para trás. O golpe tinha sido de raspão.
    — E agora, eu sei atacar?
    — Um verdadeiro golpe de sorte. Isso não irá se repetir.
    — Ataque novamente e você verá se foi ou não golpe de sorte! Dessa vez, irei acertar sua perna esquerda.
    Ragnar colocou sua língua de fora com um sorriso. Em seu rosto era perceptível um instinto assassino. Ele correu em direção ao seu inimigo e pulou logo em seguida.
    Leônidas esquivou-se e sua capa atingiu o rosto de Ragnar por alguns milissegundos. Esse tempo era o suficiente para que ele desfire-se um golpe preciso na perna esquerda de Ragnar.
    O viking sentiu sua perna esquerda sendo perfurada e no instinto ele pulou para trás e retirou a lança de sua perna, usando o impulso de sua perna direita
    Ele sente que isso pode ter piorado seu ferimento, mas que ele escapou do perigo iminente.
    — Venha!
    — HAHAHAHAHAHAHA
    — Do que você ri?
    — Nada não. Perdoe-me por dizer que você não era um verdadeiro guerreiro. Acabei te subestimando, mas não se preocupe. Isso não irá se repetir!
    Leônidas soltou um sorriso de canto. Logo após, os dois voltaram para suas posições de luta e voltaram a trocar diversos ataques.
    Arena :
    Enquanto acontecia a luta, os deuses conversavam.
    — Esses humanos são realmente fascinantes — disse Odin.
    — Concordo. Suas formas de lutar e suas relações com seus oponentes parece tão único — disse Zeus.
    — Não me diga que vocês estão felizes de ver esses humanos lutarem, senhores Zeus e Odin — disse o Arcanjo Gabriel atrás dos deuses.
    — Parece que o Supremo não estava errado em usar os humanos — disse Zeus.
    — Mesmo eles sendo seres inferiores — disse Odin
    — Acho que você precisa ser mais humilde, senhor Odin — disse o Arcanjo.
    — E eu acho que você precisa parar de ser meter aonde não foi chamado, senhor Arcanjo.
    Odin e o Arcanjo começaram a olhar com fúria um para o outro.
    Zeus sentiu o clima bem tenso e decidiu voltar a ver a luta.
    Termópilas:
    Os Cavaleiros continuaram desferindo diversos golpes um no outro. Leônidas com sua lança mirou em vários pontos vitais e Ragnar conseguiu sempre desviar no último instante, sofrendo danos mínimos.
    — Parece que sua perna o está atrapalhando. Se quiser, posso esperar você cuidar dela.
    — Não preciso de sua pena! Vais arrepender-se de tentar me ajudar.
    O forte vento volta a atingir os dois. Assim, bagunçando o cabelo de Ragnar e balançando a capa de Leônidas.
    — Por que eu iria confiar em você? Eu sou seu inimigo!
    — Você não transparece maldade. Só me parece que você é um humano, o qual sofreu bastante na sua vida.
    — Não diga besteira! Eu sou um VIKING! Um saqueador, que destruiu diversas cidades e nações. Matei diversos homens, mulheres e crianças. É óbvio que sou a encarnação do mal — disse ele batendo no seu peito com a parte não afiada do machado direito.
    — Os deuses me deram o dom de poder distinguir pessoas boas das ruins. Mesmo você dizendo essas coisas, minhas opinião sobre você não irá mudar — disse o espartano tirando o seu capacete.
    Quando Leônidas terminou sua fala, Ragnar começou a lembrar de seu passado…
    Noruega, cidade de Oslo, ano de 865 D.C :
    Ragnar estava sentado em uma cadeira de madeira dentro de um salão bebendo cerveja em uma caneca. Quando ele termina sua bebida, um homem entrou no salão.
    — Como você está, Ragnar ? — perguntou o homem.
    — O que estais fazendo aqui, Rollo?! — indagou Ragnar com uma expressão de incompreensão e raiva.
    Rollo possuía cabelo curto e preto e uma barba preta tão cheia quanto a de Ragnar. Seus olhos possuíam uma tonalidade esverdeada e diversas cicatrizes por seu rosto, mas as mais impactantes eram duas que cortavam seus olhos na posição vertical e seu corpo é robusto. Ele usa uma calça feita de pele de urso pardo, botas feitas de couro e uma pele de urso polar que cobria suas costas e sua cabeça.
    — Meu irmão! Vim ver como você estás e também propor uma nova invasão.
    — Eu já cansei dessas invasões, Rollo. Os saxões e os francos já conhecem nosso poderio militar. Nós estamos fazendo acordos que beneficiem as nossas nações. Não há motivos para guerra.
    — Como você é burro, Ragnar. Eles estão usando esse tempo para melhorar seus exércitos. Esses “ tais acordos” são tudo uma farsa. Você trará a ruína para toda a Escandinávia, meu irmão.
    Rollo saiu do salão e Ragnar vai atrás de seu irmão. Quando saiu do salão, ele vê diversas pessoas reunidas em volta de Rollo.
    — Veja, irmão. Eles concordam comigo. Todos querem ir para a guerra.
    — SIM!! — gritou as pessoas em volta de Rollo.
    — Vamos à guerra, irmão. Eu já tenho o alvo perfeito. Você sempre quis o melhor para o seu povo e estou lhe oferecendo uma proposta que irá melhorar a vida de todos na Escandinávia.
    Rollo esticou seu braço esquerdo na direção de Ragnar.
    Ragnar aproximou-se de Rollo com dúvidas sobre as suas palavras, mas ele apertou a mão de seu irmão com um sorriso
    — Se é pelo bem do meu povo, não me importo de invadir até mesmo o Hel.
    O povo gritou de felicidade e começaram a comemorar. Ragnar e Rollo foram em direção ao salão que estavam antes. Discutiram o lugar que iriam invadir e concluem que Paris, do Reino Franco, era o melhor lugar para invadir.
    Os dois reuniram o máximo de pessoas barcos que conseguiram. Após alguns dias, eles conseguiram tudo o que precisavam para invasão. Ragnar foi descansar em seus aposentos, aguardando o dia seguinte, o dia da invasão.
    — Esses últimos dias foram extremamente cansativos. Mas isso é tudo pelo bem do meu povo — disse ele, jogando-se em sua cama e olhando para cima.
    — Que bom que tens se mantido ocupado, meu amor — disse uma mulher, que entrava no quarto de Ragnar.
    — Lagertha! Que susto! — disse Ragnar, dando um pulo de sua cama.
    — Não se assuste, meu amor — disse ela, rindo de leve.
    Lagertha possuía lindos e longos cabelos dourados e seus olhos eram de uma tonalidade de azul-escuro. Tinha pequenas sardas e um corpo com pouco músculo e seios pequenos. Vestia um vestido longo e branco feito de seda.
    — Venha deitar-se comigo, amor.
    Quando Lagertha pegou a mão de Ragnar, ela é puxada à cama e soltou um pequeno grito de susto.
    Ragnar começou a beija-la, mas de repente ele para e volta a deitar de peito para cima.
    — Está tudo bem, amor?
    — A invasão de amanhã não sai da minha cabeça. Fico pensando se tomei a decisão correta.
    — Vai dar tudo certo. Tudo o que você faz é pelo bem de seu povo. Vamos voltar a nossa situação.
    — Realmente, você deve ter razão.
    — Não é à toa que eu sou a rainha da Escandinávia.
    — Agora, vamos voltar ao assunto principal.
    Ragnar abraçou sua esposa e começou a beija-la.
    Reino Franco, Cidade de Paris:
    Diversos navios liderados por Ragnar e Rollo iam em direção à costa da cidade franca. Diversas flechas flamejantes eram atiradas contra eles.
    — ESCUDOS! — gritou Ragnar, levantando seu escudo.
    — ESSA CIDADE ESTÁ BEM MAIS PROTEGIDA DO QUE DA ÚLTIMA VEZ — gritou Rollo, segurando seu escudo.
    Após a chuva de flechas, os navios aportaram na costa. Diversos soldados francos com armaduras de malha e ferro iam correndo em direção ao navios.
    — ATACAR! — gritou Ragnar, jogando seus dois machados em dois francos.
    Ragnar correu em direção ao seus machados fincados em dois corpos inimigos. Atrás dele, vinha os vikings que começavam a matar os inimigos.
    Um cavaleiro avançou em cima de Ragnar e quando ele levantou sua espada para acertá-lo, Rollo apareceu e cortou a cabeça do inimigo com sua espada de aço.
    — Tudo bem, realeza ? — perguntou Rollo com um tom sarcástico e sorrindo.
    Um inimigo apareceu nas costas de Rollo e quando ia acertar suas costas, Ragnar jogou um dos seus machados e acertou na cabeça do inimigo.
    — E você, plebeu. Está tudo bem ? — disse Ragnar com um tom sarcástico e sorrindo
    — Golpe de sorte.
    Diversos vikings invadiram as casas e locais de Paris. Em todo lugar que o Ragnar ia correndo, ele ouvia diversos gritos de pavor e de súplica. Quando chegou perto da praça central, ele avistou dentro de uma casa, por uma janela aberta, um soldado aliado jogando uma mulher na parede e a beijando contra a sua vontade.
    Ragnar chutou a porta de madeira e ele avistou um homem e uma criança mortas no chão. Em um ato de fúria, chegou perto do soldado e atacou-o com um soco em sua cara. Logo em seguida, segurou-o e jogou para fora da casa e chutou na sua barriga.
    — O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?! VIEMOS AQUI SAQUEAR A CIDADE. NÃO PARA ABUSAR DE MULHERES OU MATAR CRIANÇAS!
    O soldado começou a rir, enquanto cuspia um dente.
    — QUAL A SUA DIVISÃO?
    O soldado só sorriu e riu. Ragnar observou sua camisa e viu um símbolo de uma espada com um escudo. Logo, ele percebeu de qual divisão aquele soldado pertencia.
    Na praça central estava Rollo com a cabeça do rei de Paris e todos os soldados comemoravam a vitória. Ragnar chegou até a praça e jogou o soldado perto de Rollo.
    — ROLLO!!!
    — O que houve, meu irmão? Por que você jogou um dos nossos, no chão? E por quê ele está todo espancado?
    — O plano era somente invadir a cidade e roubar o necessário para o nosso país. Era para voltarmos com o mínimo de perdas e sangue em nossas mãos.
    — Bem, meu irmão. Houve uma mudança de planos e percebi o quão perigoso e desvantajoso é deixar você no comando da nossa nação. Todos os nobres já perceberam as suas mudanças e leis e nenhum deles gostou do fato deles perderem suas posições e criar uma sociedade que todos se ajudam, como em uma grande família.
    — Tudo o que eu fiz, foi pelo bem do meu povo e pensei que você também pensava assim. Rollo, lhe desafio para um duelo.
    — Duelo?! HAHAHAHAHAHAHA.
    — O que tem de tão engraçado no que eu falei?
    — Meu irmão, isso não é uma lutinha como as de sempre. Eu vim aqui para lhe matar e até mesmo os seus soldados abandonaram-no. Os que foram contra a esse golpe, estão mortos pela cidade.
    — ROLLO!!!
    — Adeus, meu irmão.
    Ragnar começou a correr na direção de Rollo e enquanto Ragnar corria, uma flecha acertou seu ombro esquerdo. Logo após a primeira flecha, diversas flechas acertaram todas as partes de seu corpo. Seis soldados correram em sua direção e fincaram suas espadas no seu corpo. Ele caiu no chão e cuspiu sangue.
    — Não se preocupe. Irei cuidar bem da Lagertha e do Bjorn. Espero que chegue em Valhala. Meu viking do bem.
    Enquanto Ragnar pensou em levantar-se, uma luz branca cobriu o seu corpo. Quando a luz sumiu, ele percebeu que estava diante de um ser divino.
    — Olá, Ragnar Lothbrok. Eu sou Odin e vim lhe convocar para um torneio dos Deuses. Ajoelhe-se, mero humano.
    Ragnar ajoelhou-se.
    — Não compreendo o que está acontecendo, meu Deus.
    — Eu vi a sua situação lá embaixo e percebi que você foi traído e só queria salvar seu povo.
    — Então o senhor consegue consertar o que aconteceu ? Por favor, preciso salvar o meu povo.
    — Infelizmente, eu ainda não possuo esse poder. O único capaz disso é o ser Supremo, mas eu sou capaz de me tornar o Supremo e reverter a sua situação. A única coisa que você precisa fazer é ganhar o torneio. Você aceita?
    Ragnar pensou nas últimas ações que aconteceram na sua vida. Ele queria voltar para matar Rollo, por tê-lo traído e salvar o seu povo.
    — Eu aceito!
    — Muito bem. Agora vamos ao contrato.
    Termópilas:
    Ragnar após lembrar-se de seu passado, fechou seus olhos e respirou fundo. Ele abriu os olhos e voltou para sua posição de luta.
    — Mil perdões pela minha demora. Podemos voltar, Leônidas.
    — Esse é o espírito!
    Os dois sorriram um para o outro e avançaram para o confronto direto.
    Ragnar desferiu novamente diversos golpes consecutivos e Leônidas conseguiu defender todos. A perna machucada de Ragnar atrapalha sua velocidade e ele levantou rapidamente sua perna esquerda e jogou sangue nos olhos de Leônidas, assim avançando com os seus dois machados na abertura criada por ele.
    O espartano soltou um sorriso e atacou com sua lança, assim perfurando a barriga do viking.
    Era uma armadilha do Cavaleiro Rei e Ragnar cuspiu sangue, o qual acertou o lado esquerdo do capacete de Leônidas. Ele chutou a barriga do Cavaleiro das Raças que é jogado na parede do desfiladeiro.
    Leônidas largou sua lança e com seu escudo soca-o diversas vezes, enquanto o segurou com a mão direita. Quando terminou, largou seu oponente no chão e virou-se de costas, para pegar sua lança.
    Ragnar não tinha cor em seus olhos, passando a sensação de que ele desmaiou. Começou a lembrar de sua família, da traição de Rollo e do pedido de seu Deus.
    Quando Leônidas pegou a sua lança, ele sentiu uma grande energia saindo de Ragnar. Pela primeira vez na luta, Leônidas recuou alguns passos e preparou o seu escudo para o que estava por vir.
    Ragnar começou a brilhar e a uma luz amarela estava sendo liberada.
    Arena:
    Com o brilho, todos os seres não entendiam o que estava acontecendo. Porém, todos ficaram de pé. Alguns deuses estavam com uma cara assustada, outros com um sorriso maníaco e outros suavam frio.
    — Então, eles são capazes de liberar a verdadeira forma de um Deus. Deveras interessante — disse uma voz masculina, rouca e velha, que estava em uma quarto com uma grande tela vendo o torneio.
    — Creio que todos estejam surpresos. O que estamos presenciando é algo que não vimos há um milhão de anos, a verdadeira forma de um Deus: O DESPERTAR — disse o Arcanjo Gabriel com extrema felicidade e voz ofegante.
    Termópilas:
    A luz que estava extremamente intensa, ia diminuindo aos poucos e começou a criar uma forma em Ragnar.
    — Perdoe-me, mas não posso perder essa luta. Meu povo e família estão contando comigo — disse Ragnar com a luz terminando sua forma.
    Ragnar estava vestindo uma armadura negra muita parecida com a de Odin. Em cada parte do seu corpo havia diversos símbolos que lembravam os reinos da mitologia nórdica.
    Sou o Cavaleiro das Raças e esse é o meu despertar, YGGDRASIL.

    Continua…

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