Capítulo 04: Tirania X Revolução
Armagedom
A Guerra dos Cavaleiros
Capítulo 4: Tirania X Revolução
Termópilas:
Uma luz esverdeada cobriu o corpo de Leônidas e ele foi transportado de volta à arena. Ragnar foi transformado em poeira aos poucos e levado pelos fortes ventos de Termópilas.
O Arcanjo Uriel desapareceu aos poucos em uma luz embranquecida e olhou à luta de um jeito feliz, com um sorriso em seu rosto e lágrimas em seus olhos.
Quando Leônidas retornou à arena do Armagedon, diversos seres comemoram e enalteceram o nome dele. Zeus estava orgulhoso e Odin estava zangado.
Zeus pulou de sua poltrona da arquibancada e chegou próximo de Leônidas, o qual estava de cabeça baixa.
— Lutou muito bem, Leônidas. Continue assim e será capaz de salvar o seu povo. Hahahaha.
Leônidas andou calmamente na direção do portão e não disse nenhuma palavra. Ele permaneceu somente de cabeça baixa.
Em uma sala qualquer:
Em uma poltrona estava sentado alguém, a qual assistiu em uma tela, a luta de Leônidas contra Ragnar.
— Fabuloso! Talvez nos encontremos no futuro, meu herói! — disse uma voz masculina, sorrindo e esticando suas mãos na direção da tela.
Na arena:
O Arcanjo Gabriel desceu na direção de Zeus e aproximou-se.
— Parece que ele não quer muito papo. Deve estar triste com a morte de seu novo irmão de batalha. Deixe-o descansar bastante, senhor Zeus. Ele vai precisar.
Na enfermaria:
Leônidas estava sendo tratado e seu corpo estava cheio de ataduras.
Ele pegou uma garrafa de vinho e a estendeu para cima.
— Torça por mim, meu irmão de guerra. Prometo nunca esquecer de seu espírito guerreiro e pelo o que você estava lutando. Descanse em paz, Ragnar.
Ele começou a beber a garrafa de vinho.
Na arena:
O Arcanjo Gabriel voltou para sua posição de antes e voltou a falar com o público.
— Essa foi a primeira luta do torneio, senhoras e senhores. Iremos prosseguir com a próxima luta e vamos à apresentação dos deuses.
Duas luzes azuladas apareceram e iluminaram duas entradas às poltronas dos deuses.
— Do meu lado esquerdo, temos ele. O Deus do Além. Deus Egípcio. OSÍRIS.
O Deus Osíris caminhou lentamente na direção da sua poltrona e todos aplaudiram sua entrada.
Ele possuía cabelo curto escurecido e olhos esverdeados. Cavanhaque e costeletas pretas em seu rosto, que não se conectavam. Corpo esverdeado como esmeralda e sua vestimenta é um short-saia curto de cor marrom, verde e azul. Usa correntes de ouro, que conectam com as pontas da saia. Uma túnica de faraó, que lembrava uma cobra, e um colar de diamantes em seu pescoço junto de diversos anéis com todos os tipos de joias em seus dedos.
— Do meu lado direito, temos ele. O Deus da pedra, castigo e do pecado. Deus Asteca. IXQUIMILLI.
Ele possuía diversas listras douradas por seu corpo e sua boca possuía dentes de tubarão. Sua pele é totalmente negra com algumas tonalidades de cinza e argolas douradas em seus ouvidos e nariz. Diversas faixas vermelhas e pretas cobriam seus olhos e seu cabelo. Possuía somente uma tunga marrom e uma capa vermelha em suas costas.
Ixquimilli andou silenciosamente na direção da poltrona e a plateia aplaudiu sua entrada, mas aparentavam um certo medo em relação a ele.
— Agora, iremos a decisão do terreno da luta.
Duas telas enormes apareciam à plateia.
— Senhor Osíris. Qual será o seu terreno?
— Eu escolherei um dos terrenos mais belos e históricos do Egito. Um lugar que somente os humanos dignos, possuem o direito de serem enterrados nele. Escolherei, O Vale Dos Reis!
O terreno dos Vales dos Reis apareceu para todos.
— Senhor Ixquimilli. Qual será o seu terreno?
— Nenhum! HAHAHAHA.
Osíris enfurecido levantou-se de sua poltrona e ficou cara a cara com Ixquimilli.
— Leve isso a sério, seu Deus de segunda categoria!
— Não há motivos para isso. Você é tão patético, que eu precisava te dar uma chance de ganhar!
— Seu Asteca de merda!
— BASTA! — gritou o Arcanjo com fúria em seus olhos.
Osíris voltou enfurecido à sua poltrona e Ixquimilli sorriu com a situação.
— Então, já temos o terreno decidido! A batalha ocorrerá no Vale dos Reis.
Duas luzes foram direcionadas às entradas da arena. O Arcanjo respirou bem fundo.
— Iremos agora à apresentação dos Cavaleiros.
A plateia aplaudiu e aguardou ansiosa os próximos lutadores. Esperaram uma luta parecida com a anterior, cheia de emoções e reviravoltas.
— Do meu lado esquerdo. Aquele que é conhecido como o maior faraó do Egito. O governante dos governantes. Irmão e inimigo de Moisés. O homem que desafiou Deus e sofreu com as famosas pragas do Egito.
Homens musculosos entraram na arena, carregando um sarcófago.
O sarcófago foi colocado de pé no meio da arena. Os homens, rodearam-no e ajoelharam-se perante a ele, o qual começou a quebrar aos poucos. Quando a parte da frente caiu, um homem começou a sair de dentro dele.
Ele possuía um cabelo curto e preto. Seus olhos possuíam uma tonalidade de castanho-escuro e uma cor preta em volta dos olhos. Havia brincos de ouro compridos em seus ouvidos e um colar de ouro com traços de diamante em seu pescoço. Corpo bem definido com uma cicatriz curta na sua barriga, a qual lembrava um corte de espada. Sua vestimenta era um short-saia branco feito de linho, uma sandália de couro e uma túnica de linho dourada, a qual cobriu somente os seus ombros e seus peitos.
— O Cavaleiro Governador! RAMSÉS II.
— Que apresentação belíssima — disse Ramsés II
A plateia aplaudiu a entrada do Cavaleiro. Osíris olhou com extremo orgulho.
— Com essa excelente apresentação, irei para o próximo Cavaleiro.
Todos fincaram seus olhares para o outro lado arena. Começaram a ouvir um som de diversas guilhotinas sendo acionadas e gritos de diversas pessoas.
— Do meu lado direito, temos ela. Uma das piores inimigas dos jacobinos franceses. A mulher que buscou vingança pela sua família morta contra o Estado. Aquela que iniciou o fim da Era do Terror.
Uma mulher entrou na arena no momento da fala e no seu braço esquerdo era visível uma faca de cozinha com sangue pingando.
Ela possuía um longo vestido ciano de veludo e sapatilhas brancas e um chapéu branco de tecido. Um cabelo mediano de tonalidade castanho-claro e olhos com uma cor dourada, porém passaram um sentimento de que estavam mortos. Busto mediano e uma pinta preta na sua bochecha direita.
— A Cavaleira das Revoluções! CHARLOTTE CORDAY.
Ninguém aplaudiu a sua entrada e a plateia olhou assustada com o sangue.
Somente o Ixquimilli aplaudiu a sua entrada com um sorriso estampado em seu rosto.
Charlotte olhou em volta e viu que o rosto de todos na plateia estavam espantados.
— Por a caso, nunca viram sangue nas suas vidas?!
— Senhorita Charlotte. De quem é esse sangue ? — perguntou o Arcanjo Gabriel.
— Não se preocupe! É somente de alguém que merecia morrer, enquanto eu estava viva.
A plateia sentiu a tensão causada pelas falas da Cavaleira.
— Excelente! Agora iremos para o confronto no Vale dos Reis. Boa sorte aos dois.
Uma luz branca envolveu os Cavaleiros. Os dois olharam um para o outro, tentando analisar seu oponente.
Ramsés II esticou seu braço esquerdo e pegou uma espada curvada para trás da mão de um dos homens do local. Olhou com seriedade para a sua oponente.
Charlotte Corday segurou bem forte sua faca e olhou calmamente e com um sorriso de canto para seu inimigo.
— It’s a Show Time Baby! Vamos a Segunda Luta do Armagedon!
Os dois Cavaleiros foram levados ao terreno da luta.
Vale dos reis:
Os Cavaleiros chegaram no terreno e analisaram o seu arredor.
O Vale dos Reis é um lugar com muita areia, lembrando um deserto. Um enorme desfiladeiro do lado direito dos Cavaleiros, junto de um templo com diversas estatuas de faraós.
Os dois olharam entre si.
Charlotte aproximou com sua faca para perto do seu rosto. Ela possuía um olhar psicótico e sedento por sangue.
Ramsés II segurou bem forte a sua espada com a mão esquerda. Ele a posicionou na sua frente em uma posição na diagonal.
— Renda-se agora e pouparei a sua vida! — disse Ramsés, com um olhar sereno.
Charlotte abaixou a sua cabeça e posicionou a faca em sua cintura com a mão esquerda.
Ele sentiu o instinto assassino sumindo.
Ela levantou sua cabeça com um sorriso e seus olhos não passavam mais a sensação de estarem mortos. Agora estavam vivos e passando uma sensação de inocência.
Ele não compreendeu a súbita mudança de personalidade.
Charlotte avançou calmamente na direção de Ramsés.
— Tudo bem. Então, só preciso ser uma boa menina e poderei ser perdoada?! Não parece uma má ideia!
O egípcio abaixou sua espada e aproximou-se da francesa.
Um Arcanjo apareceu no Vale dos Reis.
Ele possuía cabelo curto com tonalidade ciana e embranquecida. Seus olhos tinha a tonalidade ciana e haviam olheiras. Sua vestimenta era um terno branco, como o de Gabriel.
“Ainda bem que cheguei a tempo. Se não, o Gabriel teria me matado”, pensou o Arcanjo bocejando.
“Ótimo! O Rafael chegou a tempo da luta e eu já falei para ele não dormir tarde”, pensou o Arcanjo Gabriel na arena.
Os dois Cavaleiros estavam bem próximos
O Arcanjo puxou uma trombeta e a assoprou. A luta podia iniciar.
Após ouvir o som da trombeta. Charlotte abaixou a sua cabeça.
“Isso será fácil demais. Irei dar um soco na cara dela e a matarei rapidamente”, pensou Ramsés com um sorriso malicioso.
— Largue sua faca. Assim, poderemos encerrar a luta.
Charlotte largou a faca e a chutou para longe.
— Ótimo! Agora, aproxima-se de mim.
Ela avançou calmamente de cabeça baixa.
Ramsés, rapidamente, desferiu um soco no rosto de Charlotte e ela caiu no chão.
Ele avançou e desferiu mais um ataque com o punho esquerdo.
Uma faca apareceu na mão direita de Charlotte e ela atacou a mão esquerda de Ramsés e cortou a sua mão.
Ramsés segurou a região do seu pulso com a mão direita , tentando parar o sangramento.
A Cavaleira das Revoluções levantou-se e olhou com desprezo para o Cavaleiro Governador.
— Seu porco. Como ousas achar que eu me submeteria para um escroto como você!
Ela chutou o joelho esquerdo de Ramsés. Assim, ele caiu de joelhos no chão.
— Vadia!
Charlotte desferiu um chute na cara de Ramsés. Assim, ele caiu de cara no chão.
Ela começou a pisar em cima da cabeça dele e a cuspir no seu rosto.
— Pessoas como você merecem o pior que o inferno pode proporcionar!
Ramsés puxou sua espada e atacou na direção da Charlotte, a qual desviou do golpe e andou um pouco para trás.
Ramsés levantou-se e começou a perder muito sangue do seu braço esquerdo. Ele rasgou um pedaço de sua saia e fez um leve curativo na ferida.
— Eu pretendia ser gentil, mas agora eu irei lhe matar da pior forma possível, sua vadia!
— Apenas tente, seu porco.
Ramsés avançou e desferiu golpes com sua espada. Ele possuía dificuldade de atacar e Charlotte esquivou-se com grande facilidade.
Ela saltou para trás. Quando seus pés atingiram o chão, ela impulsionou-se para frente e desferiu um ataque no peito de Ramsés.
Ramsés defendeu o golpe, por pouco.
Após a defesa de Ramsés, uma segunda faça apareceu na mão esquerda de Charlotte. Ela desferiu um golpe na barriga de Ramsés e conseguiu acertar a sua barriga.
Sangue escorreu da boca do egípcio e seus olhos tenderam ao desespero.
Ramsés desferiu uma cabeçada em Charlotte e ela soltou a faca e desviou do golpe.
Ramsés começou a cambalear para os lados.
— Como você fez isso?! Sua vadia!
Charlotte gargalhou e soltou um sorriso psicótico.
— Essa é a benção que meu Deus entregou-me. É o lema da minha causa. Chamo-a de Révolution !
— Révolution?! O que diabos isso significa?!
— É uma palavra muito bonita. Ela simboliza a Liberté, Egalité e a Fraternité. Em síntese, uma ideia.
— Uma ideia?
— Exatamente! Uma ideia capaz de salvar os povos das mãos de seres incompetentes. Incompetentes iguais a você.
— Iguais a mim?! Você não tem o mínimo de noção de quem eu sou?! EU SOU RAMSÉS II. GOVERNADOR DE TODO O EGITO E O MAIOR GOVERNADOR QUE JÁ EXISTIU NESSE MUNDO. VAIS PAGAR POR MENOSPREZAR A MINHA EXISTÊNCIA!
Ramsés avançou para cima de Charlotte e desferiu diversos golpes com sua espada.
Uma faca apareceu na mão esquerda de Charlotte e ela defendeu os golpes de Ramsés, porém alguns acertaram de raspão. Assim, rasgando partes de seu vestido.
Ela chutou a faca, a qual estava perfurada na barriga de Ramsés.
Ele cuspiu sangue e recuou.
Charlotte apontou com a faca da mão esquerda na direção de Ramsés. Em volta dela aparece 8 facas, as quais brilharam na tonalidade vermelha.
— Liberté
As facas foram atiradas na direção dele e ele defendeu os ataque e as mandou para direções diferentes.
— Só isso? Achei que fosse capaz de mais coisa. Sua Révolution é só uma piada.
O egípcio soltou uma gargalhada com orgulho. Quando ele menos percebeu, uma faca atingiu sua cintura no lado direito.
Ramsés cambaleou para o lado esquerdo. Quando ele olhou ao redor, percebeu que as facas estavam voltando, para a sua direção.
Ele posicionou-se e assim conseguiu defender-se novamente dos ataques.
Mesmo tendo se defendido dos golpes, eles voltavam.
— O que houve, grande faraó? Não consegue lidar com um simples golpe de uma plebeia? Você é patético!
Na arena:
Osíris olhou à luta com total aflição e fúria.
Ixquimilli riu e bateu com força na sua poltrona.
— Ixquimilli! O que tem de tão engraçado?
— Estou rindo de você, Osíris. Sua expressões de raiva são as melhores e não tem como não rir. Hahahahahaha.
— Seu Deus inferior! Quando eu ganhar esse torneio, eu irei garantir que você perca seu posto de Deus.
Os rostos de Osíris e Ixquimilli estavam muito próximos.
Ixquimilli beijou a testa de Osíris.
— Fica zangado não. Prometo consolar você, quando a luta acabar.
Osíris levantou seu punho direito.
— Pode me socar a vontade. Só saiba que se você fizer isso, eu ganho a luta. Hahahahaha.
Osíris voltou para a sua poltrona.
“Mate-a, Ramsés. Mostre o poder de todo o Egito. Faça isso e eu realizarei a sua vingança”, pensou Osíris.
Vale dos reis:
Ramsés continuou a defender das facas. Ele está com extrema dificuldade.
Charlotte aproximou-se dele.
— Se quiser, eu posso acabar com o seu sofrimento. É só pedir com jeitinho e abandonar a posição de faraó.
Ramsés segurou bem forte o cabo de sua espada.
— EU! CANSEI! DESSA! MERDA!!!
Seus olhos mudaram de formato e agora estavam iguais a de um falcão.
Ramsés atingiu todas as facas com um incrível velocidade. Todas as facas foram destruídas.
Charlotte surpreendeu-se e recuou alguns passos.
— Eu não queria usar isso, por conta do meu orgulho. Porém, eu irei largar esse orgulho e farei de tudo para te matar agora, sua vadia.
Charlotte ficou em guarda.
— Está é minha benção: Olhos de Hórus!
O Cavaleiro Governador avançou para cima da Cavaleira das Revoluções e ele desferiu um golpe na barriga dela no sentido horizontal da esquerda à direita.
Charlotte posicionou suas facas no local do impacto. Quando a espada atingiu as facas de Charlotte, ela foi jogada à direita.
Charlotte percebeu que suas facas quebraram e talvez tenha quebrado uma ou duas costelas.
Ramsés percebeu que estava perdendo muito sangue.
“ Tenho que acabar logo essa luta. Se durar muito, irei morrer por perda de sangue. ISSO É A MAIOR DESONRA PARA UM FARAÓ”, pensou Ramsés.
— Irei acabar com isso agora — disse Ramsés.
Ramsés impulsionou-se na direção de Charlotte e nas mãos dela apareceram duas facas e na sua volta apareceram 8 facas.
— Liberté.
Ramsés defendeu e destruiu todas as facas jogadas nele, enquanto corria.
Ele desferiu um ataque de baixo para cima e levou areia junto.
Ela defendeu o golpe, mas suas facas quebraram e seus olhos foram atingidos com areia.
Ramsés chutou com seu pé esquerdo na cintura de Charlotte. Ela cuspiu sangue.
Ramsés desferiu um ataque no peito dela, na direção diagonal.
Charlotte não conseguiu desviar a tempo e ela recebeu o ataque em cheio, assim sangue espalhou-se em seu corpo e no do Ramsés.
Ramsés com seu cotovelo esquerdo acertou no rosto da Charlotte e ela cambaleou à esquerda.
— Vamos lá! Eu ainda não terminei de te torturar.
Ramsés cambaleou à frente e ele começou a sentir-se enjoado e a perder a sua consciência.
“Já estou começando a perder a minha consciência”, pensou Ramsés.
Duas facas apareceram nas mãos de Charlotte.
— Eu não vou cair. Tenho que salvar eles — sussurrou ela.
Charlotte lembrou de sua casa pegando fogo e na sua frente a sua família sendo morta. Seus irmãos gritando por socorro. Sua mãe gritando para que ela corresse. Seu pai lutando contra soldados franceses e morrendo baleado.
— EU VOU MATAR QUALQUER UM QUE TENTE IMPEDIR MEU OBJETIVO. EU IREI SALVA-LOS E MATAREI TODOS AQUELES QUE FAZEM ESSE MUNDO APODRECER!
Ramsés olhou espantado para Charlotte. Ele começou a ver uma figura masculina atrás dela.
“Ela é igual a ele. Igual ao homem que destruiu a minha vida”, pensou Ramsés.
— Você é igual a ele. IGUAL AO DESGRAÇADO DO MOISÉS!!!
Os olhos dos dois possuíam rancor e raiva.
O Arcanjo Rafael não soube como reagir a situação. Ele percebeu o quão curioso eram os humanos.
O Cavaleiro Governador e a Cavaleira das Revoluções avançaram para cima do outro. Os dois começaram a desferir diversos golpes e todos eram totalmente fatais.
Charlotte recuou alguns passos. Em sua volta, o número de facas havia aumentado de tamanho e quantidade.
— LIBERTÉ
As facas avançaram com um grande velocidade.
— OLHOS DE HÓRUS
Ramsés destruiu todas as facas e avançou.
Charlotte começou a criar diversas facas e as juntar, enquanto recuava para trás. Assim, ela formou uma faca gigante e foi jogada em cima de Ramsés.
Ramsés desferiu um golpe com sua espada na faca gigante. Ele correu, enquanto atingiu a faca. Assim, ela foi partida ao meio.
Charlotte criou mais duas facas gigantes e as jogou para cima de Ramsés. Enquanto, corria na direção dele
Ramsés defendeu as duas facas e ele foi empurrado para trás. Ele sentiu os ossos de suas pernas quebrando.
Com extrema força, Ramsés os rebateu para cima. Ele sorriu e avançou na direção de Charlotte.
Os dois colidiram suas armas e as areias em volta começaram a subir e fizeram um tornado de areia, em volta dos dois.
Os dois recuaram alguns passos, após o impacto. Eles estavam extremamente exaustos.
Eles sentiram o chão tremendo e quando olharam para o lado esquerdo, perceberam uma tempestade de areia indo nas suas direções.
Os dois correram na direção do templo, porém seus corpos estavam totalmente desgastados. Assim, eles foram atingidos pela tempestade.
O Arcanjo Rafael preocupou-se, achando que havia perdido os dois humanos.
Quando a tempestade cessou, os dois levantaram-se e deram uma gargalhada.
Os dois sorriram e correram na direção do outro. Eles desferiram diversos golpes.
Charlotte desequilibrou-se e Ramsés aproveitou a situação. Ele atingiu a cabeça de Charlotte e a arrancou.
Ramsés respirou fundo e comemorou. Não havia acreditado que a luta tinha acabado. Ele abaixou sua arma.
— Finalmente! Eu te matei, sua vadia.
De repente, ele sentiu sua barriga e peito sendo perfurados. Ele olhou para baixo e viu duas facas em corpo.
Ramsés caiu de joelhos no chão e cuspiu sangue. Quando ele levantou sua cabeça, Charlotte estava rindo.
Ele olhou à região, a qual havia cortado a cabeça dela, e percebeu que o corpo sumiu com o vento.
— Fraternité, um dos ramos de minha benção.
Ramsés olhou desesperado e tentou levantar-se.
Charlotte criou duas facas em suas mão e as jogou nos joelhos dele.
— Você não vai sair daí.
Ramsés começou a ranger seus dentes.
Osíris olhou preocupado e desesperado. Ixquimilli olhou muito feliz e gargalhou.
— Adeus, seu porco!
Charlotte criou uma faca na sua mão direita e ela atacou a cabeça de Ramsés.
Ramsés começou a lembrar-se da mesma figura masculina, a qual havia visto anteriormente na luta. Ele esticou seu braço direito na sua direção e sorriu.
— Juntos nós vamos construir um futuro para o Egito. Meu irmão, Ramsés.
— MOISÉS!!!
Ramsés defendeu a facada com sua boca e quebrou a lâmina com os seus dentes.
— EU NÃO VOU MORRER ASSIM!!!
Uma forte energia cobriu o seu corpo e Charlotte recuou. Ela sentiu um forte perigo vindo.
“TUDO CULPA DELE! TUDO CULPA DELE! TUDO CULPA DELE!”, pensou Ramsés
De dentro do templo era perceptível um som agudo. Quando todos perceberam, diversos gafanhotos saíram de dentro do templo.
Os gafanhotos começaram a ficar em volta do Cavaleiro Governador.
— AGORA, IREI DESTRUIR TUDO! ESSE É O MEU DESPERTAR! AFAT MIN MISR!
Todos olharam espantados à situação encontrada no Vale dos Reis.
— Muito bem, Ramsés! Use o poder daquilo que uma vez fez você e seu povo sofrerem. Mostre o poder das Pragas do Egito —disse Osíris, com um sorriso malicioso em seu rosto.
Continua….
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