Armagedom
    A Guerra dos Cavaleiros
    Capítulo 5: O Faraó

    Enquanto o despertar de Ramsés completava-se, ele pensou:

    “Quando que todo esse ódio começou? Lembrei, tudo começou a dar errado desde aquele dia. Maldito Moisés”.

    Egito, Mênfis, 1249 A.C.

    Moisés estava sentado em seu trono, dentro de um salão, ao lado de seu conselheiro e ouvindo as súplicas de seu povo.

    — Meu Faraó, minha mulher precisa de remédio. Por favor, me ajude — suplicou o camponês.

    — Claro, meu súdito. Providenciem o remédio para ele.

    Ramsés foi um governante sábio e que era justo nas suas decisões. Era o que todos os egípcios acreditavam.

    Após a saída de todas as pessoas do local, um homem entrou no salão. Ele possuía barba preta curta e um cabelo preto bagunçado junto de um corpo com pouco músculo. Seus olhos possuíam a tonalidade castanha e sua pele era morena. Junto de si, levava um cajado de madeira e uma roupa feita de trapos.

    — Irmão, você voltou de sua peregrinação. Seja bem vindo de volta, Moisés — disse Ramsés levantando-se de seu trono.

    Ele foi na direção de Moisés e o abraçou.

    — Eu voltei, irmão. Eu voltei para casa — disse Moisés retribuindo o abraço.

    — Pois bem, me diga tudo de sua peregrinação. Vamos ao meu quarto e conversaremos sobre isso.

    — Certo.

    Moisés e Ramsés saíram do salão e foram ao quarto do Faraó.

    Ramsés sentou-se na sua cama e Moisés sentou-se em uma poltrona.

    — E então, como estão os meninos? — perguntou Moisés.

    — Eles estão muito bem, principalmente o Amenófis que anda praticando luta e escrita. Afinal ele é o meu primogênito — respondeu Ramsés gargalhando.

    — E os outros?

    — Eles estão bem também, mas é complicado saber de tudo sobre os filhos quando se é Faraó.

    — Bem, isso que dá ter 10 filhos — disse Moisés virando a cabeça de um lado para o outro com os olhos fechados.

    — Então… os números aumentaram, agora são 30 — disse Ramsés com as mãos na cabeça e sorrindo.

    — Caramba, Ramsés. Não tens tempo para eles, mas tem para fazer mais, não é?

    — Você me conhece tão bem — disse Ramsés, enquanto uma lágrima escorria de seus olhos.

    — Deixa disso, nós somos irmãos e devemos sempre saber tudo sobre o outro.

    Os dois pegaram duas taças e colocaram vinho nelas e conversaram de diversos assuntos, enquanto bebiam e riam bastante.

    — Ramsés, foi muito divertido tudo isso mas tenho algo a discutir com você e é algo de extrema importância.

    — Tudo bem, irmão. Diga o que houve — disse Ramsés, ajeitando-se na cama e prestando atenção na fala do irmão.

    — Ramsés, eu preciso que você liberte o povo hebreu de sua escravidão e sofrimento — disse Moisés com um olhar sério.

    Ramsés gargalhou.

    — Essa piada foi boa irmão. Mas agora é sério, o que você está precisando?

    — Estou falando sério, Ramsés.

    Ramsés começou a fazer uma cara de desentendido e olhou sério.

    — Moisés, o que você pede é impossível. Por que eu deveria libertar esse povo inferior?

    — Eu tive uma conversa com o Deus Hebreu. Ele deseja que seu povo seja libertado para que voltem a sua terra de origem.

    — O DEUS HEBREU?! NÃO FALE BESTEIRA, MEU IRMÃO. OS ÚNICOS DEUSES QUE POSSUEM PODER SÃO OS NOSSOS.

    — Ramsés, por favor! Se você não fizer isso, ele ficará furioso e destruirá tudo aquilo que você e o nosso pai construíram durante anos.

    — Então que ele venha com a sua suposta “fúria” e tente acabar com o meu governo. Os Hebreus são nossos escravos já fazem 400 anos e não será no meu reinado que eles serão libertados.

    — Eu tentei, irmão. Se você deseja a fúria de Deus, então não tem muito o que fazer.

    Moisés levantou-se de sua poltrona e se dirigiu à porta.

    — Irei embora e voltarei ao lugar em que contatei Deus.

    — Não vá, irmão. Acabamos de nos reencontrar e devemos brindar à sua peregrinação e aos dias gloriosos que virão — disse Ramsés levantando-se da cama e erguendo sua taça.

    — Sinto muito, Ramsés. Eu tenho um propósito a cumprir com Deus e irei guiar o meu povo até a Terra prometida.

    Moisés saiu do quarto e andou até a saída do salão real.

    — Moisés! Como seu Faraó, eu ordeno que você fique.

    Moisés virou-se e sorriu para o seu irmão.

    — Adeus, Ramsés, que você tenha uma vida longa.

    Depois daquele dia, Ramsés não viu mais o seu irmão.

    Durante 1 mês, 10 pragas foram lançadas sobre o Egito junto de diversas catástrofes. O Faraó mantinha-se firme com a sua decisão de não libertar o povo hebreu, até que a decima praga foi lançada.

    Ramsés correu na direção do quarto de seu primogênito junto de seus criados.

    Quando chegou no quarto, ele viu seu filho morto em sua cama com um olhar de desespero. Ramsés caiu de joelhos no chão e seu choro pôde ser ouvido por todo o Egito.

    Após 3 dias de extrema tristeza, Ramsés decidiu libertar o povo hebreu.

    — Que esse povo saia de minhas terras e sofra na busca de sua terra prometida — disse Ramsés com tristeza.

    — Certeza disso, meu senhor? — perguntou o conselheiro.

    — Sim.

    O povo hebreu saiu rapidamente das terras egípcias e seguiu Moisés até a terra prometida.

    Ramsés deitou na sua cama e lamentava a perda de seu primogênito.

    — Como isso foi acontecer? Por que os Deuses não me ajudaram contra o falso Deus Hebreu?

    “Eu não fiz nada de errado. Eu só queria deixar o meu povo feliz. Isso mesmo, a culpa é dele. A CULPA É DO MOISÉS. A CULPA É DELE. MOISÉS. MOISÉS. MOISÉS. EU PROMETO QUE IREI ME VINGAR”, pensou Ramsés.

    Ele levantou-se de sua cama e foi na busca de seu conselheiro. Ramsés entrou no quarto dele.

    — Conselheiro, reúna o exército.

    O subordinado levantou-se assustado de sua cama e entrou em prontidão.

    — Sim, senhor.

    O exército de Ramsés entrou em prontidão em poucas horas e juntos marcharam atrás de Moisés e do povo hebreu.

    — EU QUERO CADA HEBREU MORTO! NÃO DEIXEM NENHUM DELES SAIR COM VIDA DO EGITO E O MOISÉS É MEU — gritou Ramsés para o seu exército.

    O exército marchou rapidamente e Ramsés, com ódio no seu olhar, cavalgou na direção do Mar Vermelho, onde os hebreus estavam acampados.

    Moises estava dormindo, quando recebeu um chamado de seu Deus. Ele levantou-se do chão e começou a gritar e a correr no acampamento.

    — TODOS ACORDEM. O PERIGO ESTA VINDO!

    Os hebreus acordaram aos montes e começaram a correr na direção do Mar Vermelho. Moisés foi na frente e junto dele estava seu cajado de madeira.

    Na frente do mar, ele ergueu o cajado

    — Meu Deus, me empreste seu poder.

    Moisés bateu o cajado no chão e o criou um caminho entre as águas. O povo hebreu correu e o atravessou rapidamente.

    Quando grande parte já tinha passado, Ramsés chegou no acampamento com o seu exército.

    — MOISÉS!!!

    Os soldados começaram a vasculhar o acampamento e não encontraram o povo hebreu ou Moisés. Até que um dos soldados avistou Moisés de longe e o Mar Vermelho dividido em dois.

    — Meu senhor, avistei o inimigo. Ele está no Mar Vermelho.

    Ramsés cavalgou com velocidade na direção do Mar Vermelho e avistou de longe o seu irmão. Ele puxou sua espada e apontou-a na direção dele.

    Moisés olhou para trás e viu o seu irmão avançando com fúria na sua direção. Ele correu para o mar e Ramsés o seguiu.

    Enquanto iam cruzando a imensidão azul, ela ia se fechando aos poucos.

    Quando o cavalo chegou perto de Moisés, Ramsés pulou em cima de Moisés e desferiu um golpe com sua espada.

    Moisés virou-se e defendeu o ataque com o seu cajado. Após a colisão, eles se afastaram.

    — EU VOU TE MATAR, MOISÉS.

    — Eu te avisei o que iria acontecer.

    Ramsés avançou e desferiu mais alguns golpes e Moisés os defendeu com dificuldade.

    — Desista, Moisés. No combate corpo a corpo, eu sempre fui superior a você.

    — Eu sei disso, meu irmão. Não é necessário essa luta, eu só fiz o melhor pro meu povo.

    — E ESSE MELHOR… FOI MATAR O MEU FILHO?!

    Moisés entrou em choque, após ouvir sobre o falecimento de Amenófis.

    — Eu não sabia, Ramsés. Não era isso que eu queria.

    Ramsés apertou bem forte os seus punhos, aponto de sair sangue deles. Seus olhos não transmitiam mais vida ou alegria, neles só tinha ódio.

    — Eu vou… Te matar… Moisés… Da pior.. Forma possível… E depois… Eu vou… Caçar… O seu Deus — disse Ramsés cambaleando de um lado para o outro.

    Ramsés impulsionou-se para frente na direção de Moisés e desferiu um golpe nele.

    Moisés começou a chorar e ficou de cabeça baixa, pronto para receber o golpe. Quando der repente, uma espada de água atravessa a barriga do Ramsés. Moisés olhou sem entender a situação e ouviu um chamado.

    — Moisés, não é a sua hora de morrer. Você deve guiar o seu povo — disse uma voz do além.

    — Meu Deus, eu não posso mais fazer isso. Eu não queria trazer sofrimento para os egípcios e ao meu irmão.

    — Não há mais como reverter a situação. Agora vá e salve o seu povo.

    Moisés estava disposta a morrer nas mãos de seu irmão, mas ele olhou para trás e viu diversas famílias que precisavam dele.

    — Sim, meu Deus.

    Moisés virou-se de costa para Ramsés, que estava agonizando de dor e tentando se libertar.

    — Adeus, meu irmão — disse Moisés com lágrimas em seus olhos.

    — MOISÉS, EU VOU ME VINGAR — gritou Ramsés com fúria.

    Após o grito de Ramsés, as águas o pegaram e o levaram para longe. No mar, ele foi atingido por diversas pedras e assim perdeu bastante sangue.

    Depois de passar alguns minutos, ele parou em uma praia e aguardava o fim de sua vida, enquanto desejava o mal de Moisés e do Deus hebreu.

    — Eu… vou… me… vingar — disse Ramsés com o pouco de força que lhe restava.

    Quando ele esperava ser guiado por Anúbis até o tribunal de Osíris. Acabou sendo abordado por um luz forte e percebeu que estava diante do próprio Deus do Além.

    “Eu sou muito sortudo. Estou sendo levado pelo Osíris em pessoa”, pensou Ramsés.

    — Olá, Ramsés. Eu sou Osíris e vim lhe convocar pra algo divino.

    Ramsés não entendeu o que Osíris falou.

    — Vou ser rápido e claro. Nesse exato momento irá ocorrer um torneio de luta entre os Deuses, o Armagedon, e eu preciso de alguém para lutar por mim.

    Ramsés, com dificuldade, conseguiu se levantar.

    — Por que eu deveria lhe ajudar? Você me abandonou no momento que eu mais precisei de você — disse Ramsés quase caindo.

    — Eu não pude lhe ajudar, eu sei disso e eu me odeio por isso. Eu não tive tanto poder para te ajudar, mas se você me ajudar a ganhar o torneio, isso nunca mais vai acontecer.

    — Bem, eu aceito com uma condição. Se eu tornar você o campeão, eu quero a morte total do povo hebreu.

    — Combinado — disse Osíris esticando o seu braço direito na direção de Ramsés.

    Ramsés esticou o seu braço e apertou a mão do Deus.

    Vale dos Reis, atualidade.

    A energia havia dissipado e Ramsés encontrava-se com um neme em sua cabeça em formato de uma esfinge com um falcão. Ele possuía braceletes de ouro e sua saia e túnica estavam também douradas e em suas costas havia uma capa preta. De cada um dos seus olhos, saiu 3 listras pretas que iam até o pescoço.

    Charlotte entrou em guarda e suou de preocupação.

    Ramsés olhou pro ferimento no seu braço esquerdo e sorriu.

    — Cansei de ficar com um braço a menos. Primeira praga: muraqabat aldam( controle sanguíneo) — disse Ramsés.

    Os ferimentos que sangravam no seu corpo e braço, haviam parado e estagnado.

    — Sexta praga: jurh alramad ( ferimento das cinzas).

    Um punhado de cinzas apareceu na mão esquerda. Ramsés assoprou as cinzas para longe e uma mão nova havia crescido.

    Charlotte começou a tremer e a temer o monstro que ela havia soltado.

    — Prontinho, uma mão nova. Opa, mil perdões meretriz. Podemos voltar a nossa luta agora — disse Ramsés sorrindo.

    Charlotte pulou para trás e criou 10 facas ao redor de si.

    — Liberté.

    As facas foram jogadas na direção de Ramsés e em um instante, elas foram destruídas.

    — Que bacana esse seu poder, então você gosta de jogar coisas nos outros e destruir os seus sonhos. Hahahahah — gargalhou Ramsés.

    “Merda, o que eu vou fazer agora?”, pensou Charlotte.

    — Bem, acho que é minha vez, não é mesmo?! Vou começar com algo simples — disse Ramsés sorrindo.

    O Cavaleiro Governador olhou para cima e abriu os seus braços e deu um estalo com os seus dedos.

    — Sétima praga: nayzak thiran ( meteoro de Thera).

    Todos na arena olharam desesperados. Ixquimilli riu de desespero e Osíris olhou orgulhoso e esperançoso que a luta acabasse com aquele golpe.

    Charlotte olhou para cima e percebeu um meteoro enorme caindo sobre sua cabeça.

    — Seu idiota, você vai se matar também — disse Charlotte.

    — Será mesmo?! Por que não tenta a sorte? Hahahahahaha — riu Ramsés.

    — MERDAAAAAAAA — gritou Charlotte.

    Ela largou as facas e colocou suas mãos no chão.

    — EGALITÉ — gritou a Cavaleira das Revoluções

    Duas facas gigantes saíram do chão e atingiram o meteoro, assim o prendendo no céu. Charlotte suou bastante e Ramsés aplaudiu.

    — Quem diria que você conseguiria, mas o que você fará se vier outro? — disse Ramsés sorrindo.

    Charlotte olhou para cima e um meteoro maior que o anterior estava caindo. Ela novamente colocou suas mãos no chão.

    — EGALITÉ — gritou Charlotte.

    Quatro facas saíram do chão e atravessaram o meteoro anterior e atingiram o novo. Diversos pedaços dele, caíram perto dos Cavaleiros.

    O nariz da Charlotte sangrou e ela parecia estar exausta. Quando ela tirou as mãos do chão, Ramsés avançou e desferiu um chute na barriga dela.

    Ele começou a desferir diversos ataques com os seus punhos. Charlotte tentou se defender dos golpes, mas foi seriamente ferida com os eles e teve muito desgaste com os meteoros.

    Quando Ramsés parou de atacar, era perceptível que os braços e o rosto de Charlotte estavam roxos. Ela sentiu que alguns ossos estiverem quebrados.

    — Vamos lá. Estou me divertindo somente agora e estou gostando — disse Ramsés preparando um ataque com sua espada.

    Duas facas foram criadas nas mãos de Charlotte e ela entrou em prontidão.

    — Isso aqui não é nada. Posso fazer isso o dia todo — disse Charlotte cuspindo sangue no chão.

    Os dois gritaram e avançaram.

    — Olhos de Hórus.

    — Fraternité.

    Dois clones foram criados do lado de Charlotte e atacaram simultaneamente o inimigo. Ramsés defendeu facilmente os ataques.

    — Hahahahaha. Só isso que você tem? — Zombou Ramsés.

    Charlotte avançou e desferiu um golpe na direção da cabeça de Ramsés e ele defendeu com sua espada.

    Quando os dois estavam pressionando os seus golpes um no outro, Ramsés sentiu sua costa sendo perfurada por 8 facas e ele cuspiu sangue.

    Charlotte foi para trás e ficou em prontidão.

    — É sério isso?! Apunhalada nas costas! Você não possuí a menor honra, não é mesmo sua vagabunda? — disse Ramsés estufando o seu peito.

    As facas lentamente saiam de sua costa e os ferimentos foram cicatrizados por cinzas.

    — Segunda praga: rashaqat aldafdae ( agilidade das rãs).

    Ramsés impulsionou-se para frente e desferiu um ataque que Charlotte não foi capaz de defender. Assim, causou um ferimento na sua barriga de raspão.

    Ele desferiu dezenas de ataques em uma velocidade que Charlotte estava com dificuldade.

    — Egalité.

    Charlotte conseguiu acompanhar alguns golpes, mas após a investida de Ramsés, seu corpo estava cheio de ferimentos que não paravam de sangrar.

    “Estou perdendo mais sangue que eu deveria perder. O que está acontecendo?”, pensou Charlotte.

    — Você deveria ficar mais esperta. Hahahahaha. Quinta praga: lamsat almawt ( toque da morte). Seus ferimentos não irão parar de sangrar, até que eu morra. Hahahahahaha — gargalhou Ramsés.

    Charlotte virou-se de costas e começou a correr.

    — A ratinha está correndo?! Hahahahah. Vamos brincar de gato e rato. Terceira praga: ghazw alqamal ( infestação de piolhos) e Quarta praga: marad albaeud ( doença dos mosquitos).

    Diversos piolhos saíram da terra e foram na direção da Charlotte. Ramsés foi coberto de mosquitos e desapareceu e eles foram na busca também da Charlotte.

    Rafael observou a situação e contatou o seu irmão.

    — Irmão Gabriel, está na escuta?

    — Estou sim Rafael. O que houve?

    — Você deve estar observando a luta e você não acha que está um pouco injusto? O intuito do torneio era uma disputa justa.

    — Rafael, por favor não me diga que está duvidando das escolhas dos Deuses e do Supremo, está?

    — Não é isso irmão. É por que sabe…… temos uma mulher lutando e isso por si só já é meio injusto.

    — Meu querido, Rafael. Se você falar mais alguma merda desse nível, eu mesmo te mato.

    Rafael tremeu de medo.

    — Desculpa irmão, isso não vai se repetir.

    — Acho bom, agora volte a testemunhar a luta.

    Na arena:

    Osíris comemorava e bebia vinho em uma taça na sua poltrona.

    — E então, asteca de merda. Você ainda acha que ela tem chance? O guerreiro que eu escolhi é imbatível. Hahahahah.

    Ixquimilli estava meditando e sorriu.

    — Osíris, não me diga que já está cantando vitória com só isso, está?

    — Mas é óbvio, o meu Cavaleiro é o melhor e logo eu me tornarei o Supremo. Você perdeu no momento que escolheu uma mulher. Hahahahaha.

    Ixquimilli levantou-se e arrancou um pedaço de sua poltrona e a jogou na taça de Osíris, assim a quebrando.

    — Ficou maluco?! Quer brigar?

    Ixquimilli aproximou-se de Osíris e eles se encararam. Ixquimilli sorriu.

    — Esse pensamento machista será a derrota de diversos Deuses no torneio. Nunca subestime as mulheres, elas são capazes de fazer coisas únicas. Se não fosse por elas, a humanidade teria sido extinta a muito tempo. Então, fica calado e observa o seu Cavaleiro ser destruído.

    Osíris cuspiu no peito de Ixquimilli e voltou a sentar na sua poltrona. Ixquimilli virou-se de costa e voltou a sentar no que restava de sua poltrona.

    “Eu tenho total convicção que Ramsés será vitorioso. O Despertar dele é um dos mais poderosos, mas consome uma grande quantidade de sanidade e vitalidade do portador. Então, acelere a luta Ramsés”, pensou Osíris.

    Vale dos Reis:

    Charlotte correu das pulgas e moscas atrás dela para longe.

    ”Droga, como eu vou lidar com todas essas habilidades dele? Eu nem sei como ativar o meu Despertar e nem o que ele faz. Foda-se, vou tentar fazer aquilo que eu pensei”, pensou Charlotte.

    Ela virou-se na direção das pulgas e criou ao seu lado duas facas gigantes. Quando as pulgas se aproximaram bastante, ela as esmagou com as duas facas e as arremessou na direção das moscas.

    As pulgas foram mortas, mas as moscas desviaram com facilidade. Charlotte estava suando e sangrando bastante. Ela podia desmaiar a qualquer momento.

    As moscas se juntaram e Ramsés apareceu.

    — Olá, minha querida. Por que você fugiu de mim? Nós só estávamos nos divertindo. Hahahahaha.

    Charlotte ficou em prontidão pro combate.

    — Segunda praga: rashaqat aldafdae ( agilidade das rãs).

    Ramsés impulsionou-se para frente e sentiu suas pernas e braços perfurados por facas. Quando ele percebeu, estava preso no lugar.

    As facas haviam se fundindo e criado uma espécie de corrente que ficou presa no chão.

    — Então, você caiu na armadilha que eu criei. Parece que você perdeu, porco. — disse Charlotte sorrindo.

    Ramsés tentou se libertar, mas as correntes estavam bem presas.

    Charlotte aproveitou a abertura e impulsionou-se para frente junto de 8 facas ao seu redor. As facas atingiram o peito de Ramsés e Charlotte desferiu um golpe na garganta do egípcio, assim a cortando.

    Ramsés agonizou de dor e Charlotte se afastou lentamente com um sorriso e quase caindo.

    — Eu ganhei. Finalmente terminei essa luta interminável — disse Charlotte caindo de bunda no chão.

    Ixquimilli olhou a situação com um sorriso e Osíris arregalou os seus olhos, sem entender o que havia acontecido e então ele sorriu.

    Ramsés terminou de agonizar e colocou sua cabeça para traz, ficando imóvel. Charlotte olhou os seus ferimentos e percebeu que eles não haviam parado de sangrar e estavam só piorando.

    Ramsés sorriu e mexeu a cabeça para frente.

    — Decima praga: qiamat ‘uwzuris ( Ressurreição de Osiris).

    O ferimento de Ramsés havia cicatrizado e ele conseguiu quebrar as correntes.

    — Isso realmente doeu e achei que fosse morrer de novo. Mas sinto em lhe dizer Charlotte, que a partir desse momento eu sou imortal e sua chance de vitória é zero. Hahahahahaha.

    Continua…..

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