Capítulo 83 - O Sorriso de Deny
A bordo do veículo largo e preto da Torre, o carro rasgava a rodovia, devorando a distância que separava São José dos Campos do extremo sudeste da capital paulista, diante da noite que acobertava o país com o passar das horas de viagem. Ainda amargurado pela interrupção abrupta de suas compras, Koji sentiu o peso da cesta de supermercado caída aos seus pés, e se abaixou para pegá-los, enquanto Amanda, que encostada no canto esquerdo dos bancos de trás, olhava para a paisagem fora e perguntava.
— Vocês estão preparados para qualquer situação, né?
— Não precisa ficar se castigando com esses pensamentos. Faremos de tudo, Amanda. — Tovah olhava pelo retrovisor interno, a figura dela encolhida no banco de trás.
Amanda agarrava a alça de segurança — Só peço que sejam rápido. Se eles fizerem qualquer coisa aos meus pais…
Nahome, ao volante, manteve o olhar firme na estrada, ajustando o fluxo de tráfego com uma precisão implacável — Não farão nada. A Torre não negocia sem garantias de segurança primária.
Koji fitou Tovah, inclinando-se minimamente — Quem está por trás do sequestro… Já sabem?
— O mesmo que nos enfrentou na unidade da Torre… — Tovah respondeu com cautela e desdém. — Nem você e nem ele viram, mas eu grudei nele um rastreador do tamanho das partículas de sujeira que pouco se vê e de uma visibilidade semelhante a de um pelo de braço no meio de roupas escuras.
— Por que foi tão específico? — Koji assegurava a cesta das compras debaixo dos braços.
— Eu precisava.
Nahome interveio — Vocês dois, lembrem-se também do que ele mostrou na unidade. Explosão… Incineração… Husho. Não sabemos nada em relação aos limites dele, apesar de já sabermos que tudo isso é emprestado para ele.
Caminho adentro, as paisagens urbanas densas deram lugar a zonas industriais esgotadas. Grandes galpões de metal surgiam como monólitos abandonados, alinhados por rodovias vazias e poeirentas. Era noite, bem de noite e via-se no máximo os faróis de poucos veículos e motos que passavam.
— Chegamos. — Nahome freou o veículo de forma controlada em frente a um depósito gigantesco, cuja estrutura de ferro enferrujado sugeriria a solidão, esquecimento e em meio a um cenário de matagal alto.
O cheiro de óleo queimado, poeira estéril e ferro oxidado invadiu os pulmões. O interior do depósito era uma catedral de metal vazio, pontuado por pilares maciços e uma luz natural que entrava em feixes sujos pelo telhado. O som de seus passos ecoava na imensidão fria daquele local. E bom, no centro do vasto piso de concreto, a cena estava montada…
Hilário e Fathma, os pais de Amanda, estavam amarrados a cadeiras metálicas; as pernas, os pulsos e as bocas tampadas com panos e fitas adesivas. Em frente a eles, postado com uma autoridade artificial, estava Deny… A grande Husho reclinada no ombro puxou, rapidamente, a atenção de Tovah: “Eu vou acabar com essa lâmina…” pensou ele, sentindo uma leve raiva devido o fim de sua espada principal, causada justamente pela Husho.
— Pontuais. A Torre sabe o valor do tempo. — Deny não demonstrava raiva, e sim a farsa na sua calma e no discurso amigável.
Amanda engasgou com o desespero que paralisou sua visão nos seus pais — Mãe! Pai! — Ela gritou e sugeriu correr, mas Nahome agarrou seu braço com uma força de aço, impedindo qualquer movimento precipitado.
— Quieta. Precisamos ser calmos. — Nahome olhava fixamente para Deny.
— Deixe ela vir. O acordo é claro. A segurança deles pela sua cooperação, Amanda. — Deny declarou, gostando do jogo. Ele apontou para Amanda com a ponta da Husho em um movimento desnecessariamente lento. — Venha e eles estarão salvos.
Koji deu um passo à frente, interrompendo a farsa — Acha que somos otários, é? A negociação real não começa com reféns amordaçados. Qual é o ponto final? O que você quer verdadeiramente trocar pela soltura deles?
Deny riu e moveu a cabeça em negação — Respostas simples para perguntas simples, portador. Quem matou Alex? O Hanat? E quais são os próximos movimentos da Torre, vão continuar deixando as mortes ocorrerem?
— Não queremos perder tempo. Diga logo a condição para a troca. — Tovah retrucou, na posse visível da desconfiança gravada em sua face.
Nahome, calculista, entendeu que a recusa só faria Deny usar seu tempo emprestado. Ele avançou — Basta de palavras vazias. Se a troca é séria, deixe os reféns falarem. Prove que não está mentindo sobre a saúde deles, ou que não está nenhum pouco comprometido com algo.
Deny hesitou, rindo de uma maneira sem graça — Que tipo de argumento é esse? Tá de brincadeira?
— Não estou. Se o tempo não é realmente importante, e se não tem comprometimento com nada a não ser com essa negociação… Prove, deixando os reféns falarem por um minuto… Pelo menos.
O desafio de Nahome — a exigência de provar a seriedade da troca, permitindo que os reféns falassem — atingiu Deny com uma pontada de irritação. Ele franziu o cenho e sua máscara de desinteresse vacilou. A ordem de seu misterioso comandante não incluía tal concessão, mas tampouco a proibia…
O que o levou então para a memória do dia anterior, surgida em sua mente…
Deny estava em uma praça movimentada no centro de São Paulo. O sol do meio-dia batia em seus óculos escuros, escondiam o olhar focado. Ele bebia uma garrafa d’água debaixo de um céu ensolarado que o fazia suar. Em sua mão, um celular simples foi agitado pela chegada de uma ligação, cujo foi atendida. Do outro lado, a voz robótica, séria, plana e desprovida de qualquer inflexão humana, interrompeu o silêncio do telefone.
— A carta foi enviada?
— Sim. Já faz alguns dias. — Deny ajustou os óculos no nariz.
— Excelente.
— E o segundo pagamento? Cai hoje? — Ele olhou para o lado, observando a multidão indiferente que passava.
— O segundo pagamento cairá na sua conta em menos de três horas. Já está programado.
— E o terceiro? — Deny insistiu.
Houve um silêncio curto e rígido do outro lado, como se a voz estivesse irritada com o excesso de perguntas.
— O terceiro pagamento será feito após o sucesso da efetivação da negociação artificial do sequestro na noite de amanhã. Sem atrasos.
— Eu só preciso fazê-los perder tempo, certo? Isso não é simples demais? Se quiser, eu posso matá-los de uma vez.
— Não invente. Só os faça ficar no depósito. Sem nada mais. Matá-los não faz sentido, se eu te ordenei a não matá-los na unidade da Torre. Então não faça mais do que foi ordenado.
A voz pareceu pronta para desligar. Mas Deny, sabendo que era uma das poucas chances de contato, apressou-se — Espera! Eu poderei conhecê-lo pessoalmente após a noite da negociação? Gostaria de saber quem é meu chefe.
— Isso não será possível devido à minha agenda cheia. Mas futuramente, quando voltarmos a trabalhar juntos, será possível, talvez.
— O senhor é de Primeira Classe?
A pergunta não foi respondida. A ligação foi desligada pela voz.
Deny encarou a tela preta do celular, sorrindo e, verdadeiramente animado.
Mas o sorriso sumiu junto da lembrança…
No depósito…
— Tá bom. Aceito. — Deny sorria. Ele depositou a Husho no chão e, rapidamente, arrancou os panos e as fitas das bocas de Hilário e Fathma.
O silêncio denso do depósito foi rasgado. Hilário começou a tossir violentamente, buscando o ar. Mas Fathma, a mãe de Amanda, não tossiu. Logo ela olhou para Deny, e tomada pelo terror e a compreensão absoluta, começou a gritar sem parar.
— SAM! SAM! É SAM, QUEM NOS TROUXE PRA CÁ! ELE NOS SEQUESTROU!
O efeito do nome foi catastrófico. Deny cambaleou para trás, como se atingido por um choque físico. Ele conhecia Sam. Todos conheciam Sam no mundo dos Portadores e Agentes. O choque da traição reverberou em seu rosto.
— Sam? — A máscara da autoridade de Deny rachou, mas um sorriso levemente nascia. — A voz então é ele…
Naquele instante, a realidade atingiu Deny, pois ele havia sido usado. A explosão no Ipiranga, o ataque à Torre Municipal, o sequestro… Tudo era um jogo sujo orquestrado por seu próprio mentor, mas para ele, no fundo, não eram essas coisas consideradas ruins, visto que sua admiração pelo nome revelado era maior que qualquer raiva que ele poderia tentar sentir.
— Sam é o meu chefe? Puta merda! Isso é incrível! — Um sorriso largo em seu rosto, ele socava o ar com alegria.
— Como assim o Sam? — Koji olhou para Nahome e Tovah, desconfiado. — O que ela tá falando de fato?
E Nahome, tirando um cigarro do bolso de seu terno, respondeu — Sam é o mandante de Deny. O ordenador de tudo… Das explosões ao prédio no bairro Ipiranga, a luta dele contra nós na unidade municipal, esse sequestro. Provavelmente de mais coisas que ainda não sabemos, talvez.
Tovah deu poucos passos, parou frente ao Koji, sem olhar para ele e sim para Deny, sem desviar — O seu amigo de longa data é um agente duplo. Me surpreende não ter percebido. Mas agora, ignora isso e foca naquele idiota ali.
Koji não entendia, seu olhar se perdeu e o fez cair numa grande desatenção, pois não focava mais em Deny, e sim no chão, pensando, digerindo. Por outro lado, Deny se encontrava em um êxtase quase incompreensível, e agora energético, começou a falar mais alto.
— Eu não acredito! Meu chefe é meu ídolo! Ah, que loucura… — Ele rodopiava meio sem controle, muito animado e com um sorriso que, sinceramente, parecia nem dele. Afinal, ainda não havia parecido. — Se o bagulho no prédio, a unidade municipal e esse sequestro foi ordenado pelo Sam, então porra, as outras coisas também.
— Outras coisas? — Amanda perguntou baixinho, mais para si mesma do que para outro alguém.
— Que coisas está falando? — Tovah levantou mais a voz.
E Deny, batendo palmas lentamente em tom de vitória, respondeu — Aqueles merdas empresários… Como pode uma marquinha ter acabado tanto com eles?! Ha!Ha!Ha! — Deny chegava a gargalhar.
Nahome logo percebeu — Os tecnocratas… E o egipcio Hanat… — Ele direcionou seu olhar contido de surpresa para Koji. — Você entendeu o que ele disse, Koji?
— Entendi. Foi o Sam então que fez aquilo tudo… Marcou eles com um rito. — Não havia nada no mundo nesse momento, que fosse mais opaco e indiferente que os olhos perdidos de Koji. Olhavam o chão de seus pés, mas ao mesmo tempo não, nada enxergavam.
— E o Alex, foi você ou Sam que matou, Koji? Naquele ataque de vocês dois ao escritório da ASHI. — Nahome se aproximou de Koji, levantou a cabeça dele, agora alinhando o olhar perdido de Koji com o dele. — Fala, quem foi? Talvez eu já tenha ouvido, mas eu não lembro… Responde!
Era nítido. Nahome queria uma confirmação que seria, dessa vez, totalmente decisiva. Se fosse Sam, quem cortou o pescoço de Alex no ataque ao prédio da ASHI, isso somado ao que ele fez aplicando ritos homicidas e de controle nos tecnocratas e no Hanat, além das ordens que fez a Deny para explodir um prédio no bairro Ipiranga, atacar a unidade municipal da Torre, e sequestrar os pais da Amanda… Tudo seria suficiente para confirmar que era Sam, o maior alvo da Torre.
— Foi ele sim. Eu… estava lá, Nahome. — Disse Amanda, com a voz trêmula e as lágrimas que caíam de seus olhos, dando espaço ao choro coibido dela.
— Ah, Amanda… — Nahome lembrou dela e andou para abraçá-la. — Você me disse que viu…
— Foi o Sam ou não, Nahome? — Tovah chamou atenção, mexendo o braço direito.
— Sim, foi o Sam. — Mais direta e baixa, Koji falou a Tovah, encarando ele de uma maneira indiferente, como alguém que respondeu ligeiramente a dúvida de um desconhecido na rua.
Em meio aos movimentos e reações imparáveis de Deny, a postura discreta e teórica de Koji e Tovah, e os soluços do choro retraído da mãe de Amanda, a Sra. Fathma, e o silêncio que corroía o pai dela, o Sr. Hilário…
Nahome soltou a voz, ainda abraçando Amanda, sem soltá-la ou enfraquecer o abraço.
— Já chega! Sem demora! Queremos a soltura dos pais da Amanda! Não vamos perder mais tempo!
Bom, se foi aceito ou não o início das negociações para as solturas… Não podia saber porque pela boca de Deny.
— Que soltura o quê, porra? Não viu que eu agora sei quem é meu chefe? Meu chefe é um portador de Segunda Classe, um dos mais poderosos e famosos do mundo. O meu chefe é o Sam! Não percebeu?
“O meu chefe é o Sam!”, Uma frase afirmativa que não podia ser declarada, segundo o rito cravado em Deny…
De repente, uma força que não era dele o tomou. Os olhos de Deny rolaram para trás, deixando apenas a esclera branca, e o som gutural que escapou de sua garganta não era humano. Na testa de Deny, uma marca vermelha ganhava destaque, subia praticamente de dentro da cabeça dele e esticando a carne do crânio como um tumor grande. As veias de sua cabeça se exaltavam e começaram a soltar sangue dos pequenos cortes que nasciam na cabeça inteira do Deny.
Uma dor insuportável…
— Que merda é essa, Nahome? — Tovah olhou para o mais experiente ali, observando atentamente aquela loucura.
— Ele foi marcado pelo Sam. Um rito também foi aplicado nele. — Nahome soltou o abraço com Amanda, e a guiou para ficar atrás dele, de Tovah e Koji, que estavam agora lado a lado em uma linha horizontal.
E Koji concluiu — Alguma coisa que o Deny disse quebrou o rito. A mesma coisa aconteceu com o Hanat. Mas a diferença é que o Hanat morreu logo depois da quebra do rito… O Deny não.
— Provavelmente o Sam saberia a chance da quebra do rito acontecer. E sabendo que o Deny é ao menos um humano aprimorado e carregava habilidades emprestadas e a Husho, seria mais eficiente fazer com que caso o rito quebrasse, não matasse Deny, mas o deixasse ainda vivo, mas na loucura máxima. — Nahome explicou, puxando seu isqueiro e aumentando o fogo no seu cigarro, que estava perto de apagar com o vento forte no interior do depósito.
— Ele pensou até nisso… — Koji pensou consigo mesmo.
O rito exigia, aparentemente, o não vazamento de uma frase específica, o que é normal entre as aplicações de ritos. Nesse caso, a consequência do rompimento foi instaurar um modo animalesco, desesperado e incontrolável no Deny. Ele deixou de ser um peão fanático por quem o manipulava e o usava para se tornar uma máquina irracional impulsionada pelo massacre imediato.
Em câmera lenta para os observadores, Deny agarrou a Husho do chão, e sua postura mudou. Agora, os músculos dele saltaram, a respiração acelerou. Ele não buscava mais negociação, se é que podia se falar que em algum momento buscou. Nesse momento, estava insaciável, salivava com a boca aberta, os olhos brancos. Ele buscava a morte.
— Vamos atacar juntos. Já percebemos da última vez que no um contra um não vai dar efeito. — Informou Nahome, já puxando sua UZI de Nullite, levemente desmontada da calça.
Mas para o ataque deles, havia o questionamento em atacar primeiro ou ser atacado primeiro. Essa análise ganhava camadas a mais, visto que Deny ainda tinha dois reféns próximos dele.
Os três viram a Husho ser elevada pela mão direita de Deny, com a ponta dela para o alto, céu. Se o olhar dos reféns focou em quem eles mais queriam abraçar no momento…
O swoosh foi rápido, limpo e implacável.
ZAS!
Em um único corte horizontal, o mais letal dos atos, Deny decepou as cabeças de Hilário e Fathma de uma só vez. O sangue espirrou com vigor, e manchou a luz suja do depósito. As cabeças voaram juntas e com força para os fundos escuros do depósito.
Amanda não soltou um grito. Ela soltou um uivo, desumano e dilacerante, uma confirmação do terror que havia presenciado dias atrás com Alex, multiplicado à décima potência pela perda familiar. Ela caiu de joelhos, e diante de seus olhos manchados, corroídos pela dor inenarrável, aos pés da crueldade e dos pingos de sangue que por todo lado voou, a visão da decapitação, instantaneamente, se tornou gravada em sua retina dilacerada.
O depósito explodiu em caos. Deny, agora animalesco, girou a Husho, encarando o trio. De alvo, nos seus olhos vazios enxergavam aqueles três, Nahome, Koji e Tovah como formigas a serem inevitavelmente esmagadas brutalmente.
“AAAHH! MORRER!” Deny berrou com o som distorcido por sua inconsciência agressiva, e avançou. Nahome agiu antes do pensamento. Ele se virou e sobre Amanda, avançou, arrastando ela violentamente para a porta do depósito.
— Koji! Tovah! Contenham-no! Eu a tiro daqui! — Nahome decretou, era uma ordem tática suprema da emoção.
Koji e Tovah tomaram a frente, caminhando para a inevitável segunda luta contra Deny, um Deny sem limites, sem razão. Colocados à prova nos primeiros segundos diante do avanço rápido de Deny com a Husho em mãos, os dois se dispersaram — Koji foi para a esquerda e Tovah para a direita.
— NÃO! NÃO ME TIRE! EU VOU MORRER! MEUS PAIS! — Amanda gritava, debatendo-se contra o abraço de Nahome, e nitidamente podia sentir seu choro histérico e doloroso rasgando o ar.
Nahome a ignorou. Ele a arrastou para fora, jogando-a no banco de trás do carro da Torre. A partir do vidro, Amanda assistia ao inferno. Mas logo, Nahome deu partida no veículo e iniciou a viagem, indo para longe do local.
Dentro do depósito, a paz já havia acabado. Koji e Tovah encaravam a figura doentia de Deny, a Husho girava em suas mãos como um moinho de morte. Inesperadamente, Deny manuseava a poderosa, temida e complexa espada com um domínio que nunca havia mostrado até então, ou até mesmo que ninguém no mundo possuía.
“Fluxo Baixo!” Tovah sussurrou. Seu corpo tornou-se quase imaterial, a leveza e a velocidade sobre-humanas o envolveram. Ele sacou sua espada secundária, pois a principal havia sido picotada pela Husho, mantendo a guarda baixa.
Koji sentiu as Esferas ao seu redor ativarem instantaneamente. Ele não precisou nem ser atacado. As Esferas, inicialmente pequenas e múltiplas, giravam em um vórtice passivo e protetor ao redor dele.
— Vamos resolver isso, Tovah! — Koji sentia o fervor da luta reacendendo o vazio da vingança inacabada com Alex.
— Vamos. Tá na hora de vencer a morte, mais uma vez…

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