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    BA-BUMM! A explosão não veio de Sam. Veio da parede de vidro imaginária que Alex tinha batido o cartão. O poder de Dinheiro criou um ponto de ruptura no tecido da ilusão, como se o valor monetário fosse mais real do que a realidade alternativa de Sam. 

    Apesar da surpresa, Sam saltou para trás, vendo o efeito imediato do poder do adversário. E na sua mente, continuava a sua análise sobre Alex: “Ele não invoca a habilidade, nem a técnica, então significa que o Dinheiro é uma técnica essencialmente material, sem exceção. Ou seja, ela é realmente literal na essência dela. Por ser literalmente uma técnica de caráter cujo sua essência é de fato material, que é a identidade do dinheiro, Alex não está nas mesmas rédeas obrigatórias de nós portadores de técnicas não-humanas, pois a técnica Dinheiro dele é humana… Por isso é impossível prever… Mas… Tem mais coisas que eu ainda não sei sobre ela e que eu tenho que saber o quanto antes…”

    E concluiu mais: “Não vou conseguir saber muito da técnica dele tentando coisas ineficazes… Vou precisar fazer mais alguns testes.”, Alteração de Clima Intermediária! foi convocado por Sam, na qual foi direcionada o poder para dentro do apartamento. A neblina fria e inofensiva da ilusão se transformou em uma chuva torrencial instantânea, acompanhada por ventos fortes que rasgavam o ar confinado. Bom, o objetivo era duplo; dificultar o movimento de Alex e começar a sobrecarga sensorial. Entretanto, serenamente, Alex parou de cruzar os braços.

    Em queda total por teto do apartamento, uma nuvem invisível que fazia cair chuva infinita e a intensa ventania, que mesmo cujo na prática até colocavam Alex dentro de seu jogo, sendo molhado pela chuva, movido pelos ventos e, posteriormente, com o alagamento que a chuva causava, ele parecia estar sendo carregada por um mar aberta de oceano dentro de sua residência… Ainda assim, Alex não demonstrava preocupação.

    — Interessante. Você tenta me afogar em água sem valor — Alex ostentava uma calma perturbadora. Ele acenou com a cabeça. — Mas a água é a vida, e a vida tem valor intrínseco.

    O poder de Dinheiro respondeu ao elemento. Logo, as gotas de chuva que caíam sobre Alex não o molhavam mais, e o mar criado por todo apartamento se abriu, deixando de tocar qualquer pingo no Alex, como se sua figura acabasse de se transformar em um ciclone tão poderoso que fazia as águas irem na direção contrária dele, uma aversão. No exato momento em que cada gota tocava qualquer parte do corpo de Alex, elas se transformavam em pequenos diamantes brutos, cristalizando a água em jóias valiosas ao contato…

    “Que coisa… Ele consegue transmutar até habilidades adversárias em prol dele, mas… Isso não é de uma versatilidade pertencente a escala de um portador de Primeira Classe? Se ele consegue tornar coisas humanas e não-humanas em prol da técnica dele, sendo isto tudo que seja relacionado a dinheiro… valor… É uma técnica que o torna um portador independente literalmente de qualquer rito, invocação…” Analisava Sam, enquanto sob as águas, dava alguns passos para trás.

    Por outro lado, Alex ficou coberto por um leve manto de riqueza líquida. Consequentemente, o cheiro de água e terra foi substituído pelo de metal precioso — Mais recarga para mim… — Alex sorria ao mesmo tempo que cheirava seu manto.

    Sam cerrou os punhos. A escalada era inevitável “Alteração de Clima Avançada!” e ordenou “Chuva e Vento se tornem Granizo e Relâmpago!”, Sam exigiu, elevando a escala das habilidades de seu uso. O ambiente respondeu com violência. Os relâmpagos rasgaram o apartamento, e o granizo, do tamanho de bolas de golfe, caiu com o peso de um ataque de artilharia. A residência foi abaixo, abrindo crateras na maior parte dele. CRACK! CRACK! CRACK! E nos segundos seguintes, Alex sentiu a força da natureza em sua totalidade, pois ele se moveu com a precisão de uma bala em sua trajetória final, alcançando Sam e o agarrando na ofensiva, fazendo os dois atravessarem com violência as centenas de paredes do edifício em segundos… Até finalmente pararem fora, com os dois indo direto para a rua lá embaixo, entre os carros, motos e civis.

    80% de Energia Externa!” Alex anunciou, sem gritar alto em meio a sua aura dourada atrativa de valores, imponente e cauterizadora ácida de sujeira. O ar ao redor dele ondulou, e a capacitação física humana foi elevada a um nível que fez Sam, quando ainda se levantava ao percebê-lo com Energia Externa, pensar: “Ativou Energia Externa com muita % aparente-”, e de repente, interrompendo a análise, Sam se deparou com a passagem da aura dourada na sua direção, mas não reagiu tempo suficiente…

    POW! Um soco esquerdo de Alex acertou em cheio o peito de Sam, o fazendo cuspir sangue e ter seu corpo retraído intensamente. Mas para piorar, enquanto Sam pensava: “Merda! Eu nem o vi…”, ele sentiu algo perfurar seu peito. Logo, arregalou os olhos em total preocupação e, não sabendo o que era, afinal não conseguia ver, somente levantou seu braço direito e formando porções de granizo afiado em sua mão direita, a direcionou contra Alex perante a proximidade dos dois, na altura do pescoço. 

    Incrivelmente, Alex quase desviou quando tentou sair de perto de Sam, mas ainda assim, seu ombro esquerdo foi perfurado pelo granizo formado na mão direita do Sam. “Acertei!” Sam comemorou levemente, de forma enfática, enquanto Alex reagiu dessa forma: “Me acertou?”

    Em seguida, na intenção de conseguir se afastar, Alex efetuou um chute direito que visava atingir o estômago do adversário. Mas inesperadamente para os dois, Sam moveu sua mão esquerda, ligeiramente, segurando o chute de Alex. “Não pode ser! Como ele está me acompanhando com Energia Externa em 80%?” Internamente desesperado, Alex estava fritando. E no que decorreu, segurando a perna, Sam girou e arremessou Alex longe, contra um restaurante chique na esquina frente a orla e a praia, destruindo e causando belos prejuízos.

    “Acho que entendi uma fraqueza nele, até mesmo com Energia Externa ativada.,. Só preciso de mais uma confirmação.” Sam atravessava a rua e partia em passos lentos na direção do restaurante.

    Lá nos destroços, caído, Alex se levantava e por acaso, seu olhar caiu sobre seu ombro esquerdo — onde Sam o atingiu com granizo —, e mexendo, sentiu que o granizo não quebrou nenhum osso, apesar de ter perfurado a pele e sangrado. As centenas de pessoas — na rua, avenida da orla, nos estabelecimentos da região e nos prédios do litoral —, se misturavam entre aqueles que corriam para longe e aqueles que, apesar do medo e dos trêmulos de seus corpos, se mantinham para presenciar uma batalha de portadores dos mais altos níveis.

    — Você não entende, Sam. Eu estou brincando até agora. O mundo é tocável para mim, eu posso fazer qualquer coisa… Literalmente. Eu só preciso ficar na chatice de recarregamento. — Entre chutes e arremessos de cadeiras e mesas quebradas, Alex abria caminho para ele sair do restaurante pela frente.

    — E por que está revelando isso para mim? Não seria mais fácil só tentar me matar calado? — Sam andava calmamente pela calçada lateral do restaurante na direção da esquina, para virar a direita e enfim, parar frente a entrada do local.

    — Porque eu sou praticamente deus, ora? Não entendeu as palavras que eu disse? Eu não preciso me preocupar com o que falo, se não pode me vencer, não acha?… Por acaso acha que nas mitologias, os deuses se preocupam com os inferiores?

    — Chega disso… Um deus não seria ferido por mim. — Em tom de deboche, Sam apontou para o ombro esquerdo de Alex, sangrando e, depois apontou para o seu próprio ombro esquerdo.

     Sob sua aura dourada, enfim, Alex pisou fora do restaurante e ao olhar para a esquerda — na esquina —, lá se encontrava Sam, aproximando-se na direção do choque entre os dois, mas agora em céu aberto. A cidade inteira agora se transformou em “coisas” para os dois que, mesmo adversários e com objetivos completamente em conflitos, compartilhavam do mesmo pensamento — amoralismo pragmático…

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