一 Ei, vovô! Existem dragões iguais os desse livro?

    Um pequeno Raisel se encaminhava até Yurgen que preparava uma sopa. Com bochechas grandes, o clássico cabelo liso castanho e os olhos dourados cheios de curiosidades, encarava o velho arqueiro com uma feição brilhante.

    Naquela época, ele tinha sete anos. Fazia apenas três anos desde que começou a morar com o seu mentor.

    一 Quem sabe? Eu mesmo nunca encontrei um. Mas no Deserto existem seus descendentes.

    Descendentes?

    一 Isso. São humanos antigos que ganharam características de dragões.

    Nooossa!~ E eles são super-fortes igual os dragões de verdade?

    一 Longe disso. Um dragão de verdade é tão forte que pode ser comparável a uma Calamidade.

    Calamidade... Eu quero ser uma Calamidade!

    Logo em seguida do instante da fala, o palmo do homem batia contra a cabeça da criança em um cascudo.

    一 AI!

    As duas mãos de Raisel vão até a parte atingida.

    一 Por que você fez isso, vovô?!

    一 Não deseje se tornar uma Calamidade, Ray. Elas são… criaturas tristes.

    Ao dizer tais palavras, o olhar de Yurgen se tornava cabisbaixo. O menino encarava o mentor com pesar, mas sem entender direito o que isso significava.

    Cheguei…

    Um barulho de porta se fechando junto da voz de uma outra criança, mas mais velha, ressoava pela casa.

    一 Ah! É o irmãozão Olga!

    O pequeno protagonista correu pela cozinha e se encaminhou até a entrada do casebre.

    一 Oi, irmãozão!

    À frente, estava o filho do velho arqueiro. Tendo uma cabeleira negra como a noite, olhos azuis escuros como marfim e grandes olheiras. Aos ombros, ele tinha dois coelhos com pelagem repleta de pintas pendurados.

    一 Eaí, Ray.

    Após retirar os calçados, o palmo de Olga pousou sobre a cabeça do menino.

    一 Você vai jantar com a gente hoje?!

    一 Hoje não. Estou cansado. Vou tomar banho e depois ver se janto.

    Ao fundo do corredor, Yurgen aparece secando as mãos.

    一 Bem-vindo, Olga. Obrigado por caçar.

    Quando viu o próprio pai, o rapaz se levantou. O olhar dele se tornou intenso e sombrio, repleto de hostilidade contra o velho ao ponto do Gewissen vazar um pouco como uma névoa cinza escura.

    Não me agradeça… Não fiz isso por você. Fiz por mim e pro Raisel.

    Conforme diz essas palavras, os coelhos abatidos caem ao chão e ele entra no banheiro 一 Fechando a porta com agressividade.

    O protagonista pequenino, por sua vez, leva o olhar até o seu avô. O homem confiante e positivo tem um olhar cabisbaixo carregado de culpa e tristeza.

    Ao sentir isso, o menino correu e abraçou com força a perna do avô.

    Em silêncio, um dos palmos cobertos de calos e feridas pousaram sobre a cabeça da criança. Os cantos dos lábios dele se curvaram com um pouco de alegria, mas a culpa que preenche o seu olhar jamais oscilou…

    “Naquela época, eu fiquei fascinado por dragões e pesquisei bastante. Não achei nada que comprovasse que eles ainda existissem… São uma espécie extinta.”

    O brilho de um passado distante some perante a imagem infernal e a sombra da criatura milenar. Mesmo estando metros de distância do pequeno ser, a sua mera presença física é o bastante para matá-lo em qualquer movimentação mais brusca.

    “Então, por que…”

    “Por que tem um bem ali agora?!”

    A perspectiva afastada do enorme ser em contraste com Raisel que se parece um ponto, finalmente vem a se aproximar.

    A entidade colossal cessa os seus passos e se abaixa com a cabeça a dezenas de metros do humano, mas pelo tamanho, parece estar muito próximo…

    一 Humano. Como chegou até aqui?

    Novamente, a voz grave e infernal continua a estremecer a ilha.

    Engolindo seco, o rapaz se vira para ficar de frente com a criatura.

    一 Você vai me matar?

    一 Eu matar um mero humano? HAHAHAHAHA!

    Com a gargalhada estridente, os tímpanos do garoto quase estouraram. Colocando os palmos sobre as orelhas, ele se abaixa com a presença caótica e destrutiva do monstro.

    一 Se eu quisesse fazer isso, eu teria te matado assim que pousou nesta ilha, humano.

    Com dificuldade e ofegante, o protagonista se levanta.

    一 Então… O que quer comigo?

    一 Já fazem dezenas de anos desde que alguém conseguiu enxergar esse espaço. Eu estava entediado.

    “Enxergar esse espaço… Ele tá falando da ilha?”

    一 Por isso, eu vou te conceder três desejos… Mas pra cada um, você vai receber uma penalidade.

    Em um instante de silêncio e pensativo ao abaixar o rosto, ele analisa as possibilidades e a proposta do dragão.

    一 Essas penalidades podem me matar?

    一 Quem sabe… Caso você não seja forte o bastante.

    “Ele não deve estar brincando… Três desejos, mas pra cada um eu recebo uma consequência…”

    Raisel respira fundo.

    一 Vou fazer o primeiro pedido.

    A criatura lateraliza o olhar para vê-lo melhor. Somente os olhos dela já são maiores em comparação ao outro.

    一 Eu quero me responda com sinceridade: quem é você e porque está aqui?

    O olho infernal se estreita como uma reação ao ter escutado aquilo com clareza. Não é perceptível, mas os lábios do monstro dobraram-se com um sorriso singelo.

    “Um humano que não deseja poder, glória e riqueza, mas sim sabedoria… Que peculiar.”

    一 Guarde bem em sua memória curta, humano. Dragões jamais revelam o seu nome para seres mais fracos, apenas a seres iguais ou superiores. Mas dessa vez, farei uma exceção.

    Repentinamente, o olhar do monstro se arregala. As suas escamas começam a se comprimir junto de toda a sua estrutura. Coberto por uma energia vermelha como sangue inundado em um breu profundo, ele volta a se revelar estando em um tamanho menos colossal e uma forma mais humanoide.

    一 Eu me chamo Kaelduryx. Segundo filho da linhagem Eldur.

    Na forma mais humanoide, o dragão não tinha rosto com nariz, lábios ou orelhas. A única coisa aparente são os seus olhos como se estivesse coberto por uma máscara.

    Os incontáveis chifres ainda permanecem criando uma espécie de coroa ou cabelo ao redor de sua cabeça, assim como está coberto por escamas mais rígidas que se assemelham a pedras e outras mais moles que parecem carne.

    Sua coloração se tornou mais vibrante em fogo em seu interior ao contrário da escuridão anterior. Também não tinha asas ou muito menos cauda.

    De frente para isso, Raisel continua paralisado. O peso em seus ombros parece ter triplicado com a condensação de toda aquela força e imagem em um único ponto.

    “Urgh… O que é isso?! Ele ficou menor, mas parece que está ainda mais assustador!”

    Os joelhos do menino cedem. Ele não consegue respirar por tanta pressão. Mesmo fazendo força para se erguer, é como se a gravidade estivesse amplificada em dezenas de vezes.

    Todos os músculos de seu corpo estão enrijecidos buscando se levantar, mas o máximo que consegue é resistir e não cair ao chão deitado.

    一 Essa é a sua penalidade por perguntar um nome de uma existência superior, tolo. Ao menos consegue resistir para continuar ouvindo.

    Os braços da criatura se cruzam à frente do peitoral conforme ri da situação patética do outro.

    一 Dando continuidade, os dragões foram banidos de viver no mundo real há milhares de anos. Eu buscava um lugar ideal para descansar e encontrar indivíduos interessantes.

    一 Foi quando Pictor me comunicou com uma proposta interessante ao revelar o projeto para esse Mausoléu. Então, aqui estou desde à antiguidade.

    Kaelduryx continuou a falar naquela distância de dezenas de metros entre eles.

    一 Não são todos humanos que estão aptos para me encontrar. Se você chegou até aqui, significa que Pictor validou o seu caminho.

    De tão longe, na perspectiva do humano, a aura física da entidade preenche um grande espaço por conta da sua mudança de forma. A agressividade é severa ao ponto de que, caso fosse ele de poucos dias atrás, teria desmaiado na hora ao ser exposto a essa atmosfera.

    Ao término, o dragão desfez a sua forma humanoide. Tamanha pressão foi amenizada como se um aperto no coração, na mente e no espírito finalmente se afrouxasse.

    Arf! Arf! Arf!

    Com as duas mãos sobre o chão após todo esse tempo sem respirar, Raisel precisa se recuperar antes de continuar a interagir contra a figura colossal do dragão.

    一 Próximo.

    Secando o suor na testa com o antebraço, o menino se levanta cambaleante.

    “Se essa foi a penalidade por um nome e passado… Não vou aguentar receber um poder diretamente ou uma benção como foi com Hiseld…”

    “Ele chamou a Ruína de Mausoléu… Também que foi Pictor quem validou meu caminho… Não sei o que isso significa…”

    “Meu corpo inteiro está dolorido… Minha cabeça e meu coração estão doendo. Acho que não vou conseguir aguentar mais uma penalidade relacionada à perguntas…”

    Em um suspiro pesado, ele se concentra completamente. A energia dourada começa a circundá-lo e a preenchê-lo como um fluxo enquanto a coloração ao redor da pupila é azul.

    “Se acalme… Ele está me esperando… Pra ele eu sou um entretenimento, preciso me aproveitar disso…”

    一 No que está pensando tanto, humano?

    Em um sorriso de lado, o protagonista vem a respondê-lo:

    一 Meu nome é Raisel. Não sei quem são meus pais, mas fui criado por um arqueiro chamado Yurgen e uma espadachim chamada Carmen…

    “Preciso comprar tempo…”

    一 Insignificante. Não estou interessado na sua vida. Prossiga para o próximo desejo…

    “Não vai dar pra ganhar tempo. Dragão maldito…”

    “O entretenimento dele é meu sofrimento, não a minha pessoa…”

    “Entendi. Nesse caso…”

    O garoto respira profundamente.

    一 Segundo desejo: quero uma técnica que eu seja capaz de usar, mas forte o suficiente para ferir alguém como você.

    Ao ouvir isso, Kaelduryx parece não acreditar em tamanha audácia. Portanto, a gargalhada capaz de estremecer todo o ambiente ressoa com ainda mais força.

    Dessa vez, o menino não se abaixa com as mãos nas orelhas.

    Mordendo o lábio, as orelhas começam a sangrar com a risada contínua.

    “Resista! Resista! Resista!”

    A boca também sangra com a força da mordida. A dor é tão grande que ele sente vontade de vomitar.

    Após alguns segundos, o dragão para de rir.

    一 Muito bem. Lhe ensinarei uma técnica capaz.

    Estendendo uma das garras até o humano, o vácuo da movimentação mesmo lenta se alastra pelo ambiente como uma brisa.

    Da ponta da garra, a energia do monstro é emitida e se molda como uma silhueta humana que carrega uma espada 一 Similar a que o garoto tinha em mãos.

    一 Na linhagem de Eldur, nos é ensinado técnicas com todos os tipos de armas. Porém, você só morreria ao tentar usá-las agora.

    一 Por isso, lhe darei o fundamento, a base de todas as técnicas posteriores. Observe com atenção a postura da miragem.

    Cessando o circuito de Aquarius, o pigmento azulado nos olhos desaparece. Imediatamente, Aquila é estabelecida para captar todos os detalhes que pudesse na figura representativa.

    Logo, o Domo Sensorial se restringe sobre o manequim de energia. A figura criada pelo dragão é tão detalhada que possuí até mesmo veias, órgãos, músculos e todo o sistema vital para um ser humano.

    Com a restrição sensorial, Raisel seria capaz de captar todos esses detalhes ao estar inteiramente focado nisso. O foco é tão grande que ele esquece do ambiente ao redor, o que o leva a respirar o ar sem nenhum tipo de proteção.

    Por isso, o nariz dele começa a sangrar, assim como os tímpanos e os lábios.

    A miragem avermelhada se prepara em uma postura corporal no qual os dedos dos pés firmaram-se contra o chão. O Gewissen pulsou acompanhando a força dessa pressão enquanto o guia por todo o corpo.

    Logo, em um balançar de espada com a mão única, a energia interior do manequim explode em direção ao braço dominante 一 Não só isso, como os músculos vão servindo como uma onda de poder físico até o braço e, finalmente, o golpe ser desferido de cima para baixo.

    No fim do movimento, a mistura entre a energia, a transferência de cada músculo, a pulsação de cada veia e a correnteza do sangue, tudo está em harmonia.

    Foi um ataque simples. Um corte vertical decadente com apenas uma mão, mas o poder disso era arrasador.

    Uma fenda se abriu carregando uma simples rajada de energia e vácuo que se perdeu para fora da ilha. A velocidade? Como um vulto.

    Que complexo! Ele fez isso sem esforço algum! O que aconteceria caso ele colocasse ainda mais vontade em cada componente?! Poderia cortar uma ilha inteira, ou até mesmo outra mais distante!”

    一 É isso.

    Com a fala do monstro, a concentração de Raisel se desfez.

    一 Cof! Cof!

    Por poucos segundos, respirar sem nenhuma proteção energética, o mesmo ar do dragão é muito doloroso. A sensação dos pulmões ardendo, as narinas sangrando e o cheiro forte capaz de entorpecer a sua visão…

    “Vou tentar replicar…”

    Cuspindo no chão um restante de sangue na garganta, o menino saca a espada e põe as duas mãos sobre o cabo enquanto a levanta acima da cabeça.

    “Dedos dos pés, fluxo corporal e espiritual em harmonia… E aí, liberar tudo em um único movimento!”

    Repetindo os passos, os dedos dos pés apertaram o solo abaixo. Usando a aura desde lá, foi subindo em conjunto ao passar pelas pernas que também se contorcem, as costas, os ombros e finalmente os braços.

    O golpe vertical foi emanado, mas na tentativa de Raisel, não passou de um corte normal que emanou uma brisa de vento.

    一 Você é muito fraco, garoto. Os humanos ficaram tão fracos quanto você?

    Decepcionado, Kaelduryx descansa a mandíbula no solo.

    O protagonista também está frustrado, mas suspira enquanto se vira para ele com a espada em mãos.

    一 Vou falar meu terceiro e último desejo.

    O dragão parece surpreso por ele ter se decidido tão rápido, mas também um pouco entristecido que essa conversa viria a acabar.

    一 Diga.

    一 Quero que você me leve até o Núcleo dessa Ruína!

    一 Não posso.

    Com a resposta rápida da criatura, um instante de silêncio se mantém.

    一 Não pode?

    一 Não. Faça outro desejo.

    一 Por que?

    一 A explicação da limitação vai contar como um desejo, humano…

    一 Tá, então deixa…

    Ele guarda a espada na bainha e se senta sobre o chão com as pernas cruzadas 一 Tendo a arma sobre as coxas.

    一 Não sei o que desejar…

    O garoto coça a cabeça com uma das mãos.

    “Eu já tenho uma arma, recebi o conceito da técnica e sei quem ele é, por que está aqui… Ele não consegue sair da ilha ou me fazer chegar até o Núcleo.”

    一 Humano, você não está relaxado demais? Por acaso está me subestimando?!

    O tom da voz infernal sobe.

    O ente de Raisel como um todo estremece.

    一 N-Não é isso!

    Chacoalhando as mãos em desespero, ele não queria irritar o dragão.

    一 É que eu senti a sua energia e vi que não tem maldade nela.

    一 Como assim não há maldade em minha energia?

    Ele tira a cabeça do chão e encara o humano com certa confusão.

    一 Eu sou um dragão! Poderia aniquilar reinos, extinguir a sua raça… E você me diz que não há maldade em mim!?

    A voz ecoa com intensidade conforme a fala progride.

    Em resposta, o protagonista tampa somente uma das orelhas e fecha um dos olhos.

    一 Sim. Você poderia, mas não fez e nem me matou… Na verdade, eu acho que você está aqui justamente por gostar de humanos.

    O dragão paralisa por um instante, como se fosse petrificado.

    一 QUANTA ARROGÂNCIA!

    Ele expurga a sua indignidade como um vácuo capaz de estremecer toda a ilha ao abrir as asas.

    Como resultado do urro e do movimento das asas, o humano é arremessado para longe enquanto rola contra o chão incontáveis vezes

    A cauda de Kaelduryx bate sobre o solo continuamente de um lado para o outro.

    Ao olhar para baixo novamente, vê Raisel completamente nocauteado.

    一 . . .

    Em silêncio, a agitação na cauda cessa. Encarando o rapaz desacordado, o rosto dele se aproxima do humano.

    “Ele morreu? Droga…Não, ele está respirando.”

    “Tsc… Fiquei agitado demais. Eu gostar de humanos? Nem pensar! Eu sou o grande dragão Kaelduryx!

    Ao pensar nessa mera possibilidade, a cauda é arrastada como um espasmo de um lado para o outro.

    “Mas e agora… O que eu faço?”

    Olhando para os arredores, a criatura nota o castelo adiante.

    “Vou mandá-lo para lá. Mas ainda há um desejo sobrando…”

    Em um sorriso de canto enquanto encara o menino desacordado, a entidade tem uma ideia interessante.

    “Não acho que você seja digno disso como aquele cara que meu irmão escolheu… Mas lhe darei a minha Cicatriz.”

    “Quando acordar, veja isso como uma consequência pela provocação, Raisel.”

    Apontando uma das garras, a energia do monstro se concentra na ponta. De lá, um feixe fino como agulha atinge o ombro do humano e o corta até o centro do peitoral. Contudo, ao mesmo tempo que o rasga, também o regenera.

    Desse ato, uma marca como uma cicatriz de queimadura se instaura sobre o corpo do menino. A energia vermelha como o inferno borbulhante desaparece.

    Em um sopro carregado de energia, o dragão empurra o pequeno ser continuamente até o castelo.

    Cada vez mais distante, a ilha do ser infernal começa a desaparecer em meio às nuvens de Fyodor naquele anoitecer.

    No fim, Raisel pousa sobre rochas em frente ao enorme portão da construção colossal.

    Marcado por uma vegetação rasteira, musgos invadem as paredes de concreto e o portão negro. Do topo de uma torre central maior, cercada por outras quatro torres, uma sombra com três olhos cinzas encaram o novo desafiante.

    Carregando agora o legado de Hiseld dentro de si e a prova da sua determinação concedida por Kaelduryx, o protagonista está diante da sua última prova dentro da Ruína.

    Será que ele será capaz de se provar digno da marca do dragão e da esperança concedida pela mulher dos Povos Congelados?

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