Índice de Capítulo

    — Tudo começou quando—

    — Eeeeeeeeei! Vocês dois, a nova funcionária chegou — Chloe chegava onde os dois estavam, e gritava, avisou á Dante e Vergil que a nova empregada chegou. 

    A garotinha que Dante conheceu no dia anterior. Ao mesmo tempo que ela avisava, ela interrompia Vergil que estava prestes a contar a sua história para o garoto. Ele só estava interessado em ouvir a história do velho para coletar informações dele, para saber se ele pode ser a pessoa que o matou a um tempo atrás. 

    Os dois olhavam para Chloe confusos, e ambos perguntavam ao mesmo tempo —Nova funcionária?

    “Aaaaaaaah, deve ser aquela menina de ontem” 

    Pensava Dante.

    “É mesmo, eu tinha esquecido que chegaria gente nova.” — Pensava Vergil.

    — Bem garoto, parece que eu vou ter que contar a você sobre a minha história outra hora.

    — Tudo bem.

    Após tudo isso, todos estavam fora da mansão, com exceção dos filhos de Chap e a cozinheira. A nova empregada da casa dos Elliot era Saphir. Depois de uma apresentação bem parecida com a de Dante, Chloe foi mostrar a mansão para a garotinha.

     Enquanto isso, Dante e Larry estavam limpando os banheiros.

    — Ei Dante?

    — Sim!?

    — Se você acha ruim limpar os banheiros, você vai odiar limpar a cozinha da mansão.

    — Eu nunca disse que era ruim limpar os banheiros. Quando eu ficava trancado no meu quarto, eu sempre deixava ele bem limpinho. Inclusive, por que você falou isso sobre a cozinha? — Falava Dante franzindo suas sobrancelhas 

    — O estado dela é deplorável?

     — Não é isso, é que a cozinha é grandinha e é chato limpar lá.

    — Eu não tenho direito de falar nada, já que nunca entrei na cozinha. E eu não conheço a cozinheira também, Kafila não é?

    — É sim, depois eu te mostro quando acabarmos aqui. Mas falando nisso, você ficava trancado no seu quarto!? Foi algum tipo de abuso por parte dos seus pais? Ou você era um hikikomori?

    — A segunda está correta — Falava o garoto com uma mão na cintura, e a outra fechada com um dedo levantado, apontando para Larry.

    — No início eu ficava dentro do meu quarto, mas depois eu comecei a ficar um pouco fora do quarto, tipo, na sala de estar. E às vezes eu saía para comprar alguma coisinha para mim. Mas a maior parte do tempo eu ficava no quarto.

    — Então você não ia para escola?

    — Eu não ia, mas às vezes eu era forçado a ir.

    — Sabe que nunca vai terminar o colégio assim né!?

    — Eu sei.

    — E tinha um motivo pra você não ir para a escola? — Dante hesita um pouco em falar, mas ele acaba falando — O motivo é pessoal…Não quero falar sobre isso, pelo menos não agora.

    — Hm, se é assim então eu não vou te forçar a nada.

    — Tem algo que eu queria saber.

    — Fale!?

    — Como que você aprendeu a língua daqui?

    — Foi as filhas do Chap que me ensinaram, eu aprendi em 4 meses, elas são ótimas professoras.

    — Uau!

    — Antes eu me comunicava por desenhos, era confuso, mas acho que o pessoal entendia.

    — Hm.

    — E você, o que fazia tanto tempo trancado no quarto? Acho que seria um tédio ficar num mesmo lugar por tanto tempo.

    — Eu ficava jogando joguinhos online no computador. Inclusive eu tinha um monte de contas. E já vendi algumas, e ganhei bastante money.

    — Legal. Você tem algum medo em especial?

    — Que… Pergunta estranha!

    — Ah, vai, fala aí, não é todo dia que eu posso falar com um outro japonês.

    — Eu tenho medo de palhaços.

    — Ah é!?

    — Sim, eu não tenho taaaaaaanto medo assim, mas eu sinto um calafrio quando vejo um. E você?

    — Eu tenho claustrofobia.

    A claustrofobia é o medo de lugares fechados ou confinados.

    — Inclusive, é uma história engraçada. Um dia eu fiquei preso dentro da gaveta, fiquei com tanto medo que acabei desmaiando. O meu pai me disse que quando me encontrou desacordado, eu estava mijado e a gaveta ficou manchada da minha própria urina.

    — Espera aí, o que você estava fazendo dentro da gaveta?

    — Eu não lembro muito bem, na época eu tinha 5 anos.

    Eles continuaram conversando enquanto limpavam os banheiros. Após isso eles vão direto para a cozinha.

    — Good Morning Kafila!

    — Good o que?

    Após chegarem na cozinha, Dante e Larry encontraram a cozinheira Kafila. Após o garoto e a cozinheira se apresentarem um para o outro. Eles conversam um pouco.

    — Ai, ai. Eu estou com um grande problema!

    — E qual seria?

    — Está faltando um tempero para finalizar o jantar, e a minha faca ficou cega.

    — Tem como a gente ajudar?

    — Eu mesma iria até a vila para comprar o que preciso. Mas não tem ninguém para cuidar da cozinha.

    — Ah, se é assim, eu e Dante poderíamos—

    — Espera um pouco.

    — O quê!? — Dante tinha interrompido Larry.

    — Larry-kun, eu posso ir sozinho dessa vez?

    — Ué? Por que?

    — Eu quero ser mais responsável, poder ir e comprar algo por conta própria.

    — E como isso te tornará responsável?

    — Eu não sei, mas quero ir lá sozinho.

    — Tudo bem, se isso significa menos trabalho para mim, eu não ligo.

    — Curto e grosso! Falando nisso, por que você precisa de outra faca? Não tem outras aqui? — Falava o garoto enquanto virava a sua visão até sua cabeça, e franziu as sobrancelhas.

    — O senhor Chap já tinha pedido para um ferreiro fazer uma faca para a cozinha. De qualquer forma eu teria que buscar hoje.

    — Ah!

    — A vila só tem um ferreiro, então não precisa se preocupar em encontrá-lo.

    — Isso facilita muito!

    — Dante, vai lá no escritório do senhor Chap e explica isso para ele. Aquele velho encardido vai liberar você, e também te dará uma moedinha para você comprar o tempero. — Falava Larry virando-se para o garoto.

    — Acho que se o patrão ouvisse isso, ele ficaria magoado.

    Após a cozinheira passar as informações para Dante, ele fala com Chap. Ele vai até a vila, pelo mesmo atalho que tinha tomado anteriormente. Após comprar o tempero e pegar a faca. Dante vai em caminho até a mansão.

    — Foi mais rápido do que eu pensei, estava achando que ia demorar.

    Ele estava segurando uma sacola branca, lá dentro estava o tempero, e a faca.

    — Eu realmente não esperava ver uma sacola que se parece com uma de uma loja. Desde que eu encontrei a Angel pela primeira vez, coisas muito loucas estão acontecendo comigo. Eu já morri, e enfrentei um demônio. Agora estou num continente de fantasia. O chato é que a única fantasia que eu vi aqui foi magia, e a Chloe-senpai que é uma demi-humana. Mas onde está o resto da fantasia? Cadê os elfos, orcs, fadas, e outras coisas que compõem um lugar de fantasia? — Falava Dante bem frustrado. Para um amante de animes, mangás, light novels, jogos e principalmente aqueles com fantasia. Está num lugar de fantasia e não vê-la era decepcionante.

    — Pensando nisso agora, será que tem alguma guilda de aventureiros aqui? Eu vou perguntar isso pro Larry-kun mais tarde.

    Após ficar um tempinho andando pela floresta, ele percebeu que estava ventando muito, e as folhas das árvores estavam balançando. Algo normal, no entanto aquilo lhe dava calafrio.

    — Não estou com um bom pressentimento sobre isso.

    O balançar as folhas pelo vento é algo normal. Mas Dante estava suspeitando que poderia ser algo a mais. Sua suspeita se torna realidade, após ouvir sons de correntes.

    — Isso tá igual na morte do closet!? Ah, é? Eu acho que to ficando louco… Espero.

    Dante de repente para, após ouvir um som de algo cortando o ar. E esse som ficava cada vez mais alto.

    — Eu vou fazer algo agora, talvez quem me visse fazendo isso acharia que eu sou um idiota, ainda bem que tem ninguém aqui.

    Por receio daquele som. O garoto rapidamente se joga no chão. E o que vê em seguida, choca ele. Uma foice muito longa quase o acertou, e cortou algumas folhas das árvores.

    — Eu vi! Eu vi! Que merda!

    Dante começou a correr com toda a velocidade que conseguia. Enquanto corria, o garoto pode ver a foice voltando, e rapidamente ele se abaixa, assim desviando da lâmina e começa a correr novamente. Foi quando ele pode ouvir uns barulhos vindo das árvores, como se alguém estivesse pulando de uma a uma.

    — Ah, Ah!

    Ele estava desesperado. Depois da sua última morte, Dante não estava nem um pouco afim de morrer novamente.

    — Ah!?

    Mas foi quando ele menos esperou, sentiu uma pequena sensação na sua garganta, como se ela estivesse queimando, foi tudo bem rápido e ele não teve nem como reagir.

    “Eu morri?”

    Essa sensação que ele acabou sentido no pescoço, foi causada pela lâmina que o matou no closet, e a mesma que tentou matar ele até pouco tempo. 

    Tudo que se pode ver depois, foi a cabeça do garoto voando pelo céu, como se fosse a cena de um filme. Ele estava com um olhar de surpresa estampado em seu rosto antes de morrer. Um monte de sangue estava saindo de seu corpo e de sua cabeça. Até que ambos caem no chão, fazendo a grama do local ficar molhada de sangue.

    “É mesmo. Eu morri.”

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