Índice de Capítulo

    O barulho da parede do quarto de Dante se quebrando acordou Larry. Que dormia ao quarto ao lado.

    “Mas que merda de som foi este?”

    Ele se levantou, e foi até a porta do quarto do garoto.

    — Acho que o som veio daqui! Ei Dante, você tá acordado? Eu ouvi um som estranho e vim dar uma conferida. O quê…?! — Ele deu três batidas na porta. Ela estava destrancada, e isso foi o bastante para ela abrir. E ele viu o quarto com ninguém e a parede quebrada.

    “Que merda é essa…? Preciso falar com o Chap!”

    Ele vai em direção ao quarto de seu patrão, com o objetivo de acorda-lo. Enquanto isso Dante estava sendo espancado pelo Ceifador do lado de fora.

    — Argh! Argh! Aaaaargh! — Uma sequência de chutes tinham sido distribuídos pelo Ceifador. O último chute foi na boca do garoto, que fez seus dentes da frente quebrarem, e sua boca rasgar. Uma dor aguda se estendeu na boca dele que estava cheio de sangue.

    — Por que não morre logo? Eu só quero comer a sua alma! É tão ruim assim? — Falava a criatura enquanto pisoteava a cabeça de Dante —… Eu não vou morrer… Porque quero viver! — Ao ouvir essas palavras o Ceifador ficou parado por uns 3 segundos na mesma posição. E pressionou a sua perna contra a cabeça do garoto em seguida, fazendo ela ser esmagada e o mesmo morreu instantaneamente.

    O Ceifador chuta o corpo do garoto para longe. Enquanto isso…

    — O quê?!

    — É eu te disse. Alguma coisa aconteceu…

    — Cê acha que, quem fez isso foi o Dante?

    — Ele não tava sem conseguir se mexer? E também como ele faria esse estrago?

    — É, tem razão.

    — Senhor Chap! — Quem disse aquelas palavras foi um velho, com uma cara enrugada, e um passado não muito alegre, esse era Vergil.

    — Vergil?!

    — Eu não estou sentindo um bom pressentimento sobre isso!

    — Você acha que pode ser uns daqueles nobres corruptos? — Neste lugar, poderia ter nobres tanto corruptos, quanto nobres bons. Geralmente o Chap tem brigas com esses nobres corruptos, mas não tantas assim. Achar que um deles poderia atacar a sua casa era um pensamento bem normal, levando ao fato disto já ter acontecido outras vezes.

    — O senhor me permite pegar a minha espada?

    — Tá bom, mas não faça nada até segunda ordem!

    — Entendido! — Vergil era um ex-cavaleiro de um reino que estava bem próximo da mansão Elliot. 

    — Larry, se o Vergil disse que pode ser algo ruim, não podemos ficar parados, vamos evacuar todo mundo da mansão!

    — Certo!

    Após evacuar todo mundo, exceto Dante e a cozinheira (Kalifa não morava na mansão) pois não acharem o mesmo. Eles vão para o lado de fora da mansão, onde se encontram com o Ceifador olhando atentamente para a lua.

    — Quem é você? — Gritava Chap que estava na frente de todo mundo. E Vergil estava ao seu lado, com uma bainha e uma espada na sua cintura.

    — Ah… Vocês devem ser amigos daquele garotinho.

    — Você está falando do Dante? O que fez com meu criado?

    — Nada demais… Eu só matei ele.

    — Você o quê?! — Falava Chap que demonstrava está bem irritado com aquela situação. Ao ouvir aquilo, Chloe que estava lá atrás fazia uma cara de desespero.

    — Quem que você matou? Em seu bosta! — Dante pulava em cima do pescoço do Ceifador. E por lá, ele desferiu um golpe em um dos seus órgãos, utilizando a faca — Filha da égua!

    O Ceifador tirou o garoto de suas costas, e lhe tacou no chão, à frente dele, fazendo com que a faca que estava em sua mão, caisse ao lado de Chloe. A criatura socou fortemente o rosto do garoto. Em seguida, jogou o garoto para um armazém de madeira que ficava na área da mansão. Ele caiu lá dentro, e quebrou mais duas costelas.

    “Esse desgraçado, renasceu novamente, e conseguiu acertar meu pulmão!”

    — Vergil, agora!

    O velho desapareceu de repente, e reapareceu ao lado de Ceifador atacando-o, e ele se defendendo do ataque do velho com a lâmina de sua foice. Isso foi por conta da sua alta velocidade, apesar de ser um velho de cabelos brancos, ele era um ótimo lutador, e manejava espadas de uma mão. 

    O velho continuou atacando a criatura, e ele fez o mesmo, só se defendeu enquanto andava em direção á Dante.

    — Velhote, você não me interessa, me deixe matar o garoto.

    — E por que eu deixaria você matar uma criança…?

    — Se você insiste! — O Ceifador começou a levar a sério aquela luta. Ambos estavam se atacando e se defendendo ao mesmo tempo. Às vezes, eles conseguiam dá um pequeno corte um no outro.

    Enquanto isso Dante saía do armazém que tinha caído, e andou mancando em direção a eles.

    Chloe acabou vendo a faca perto dela, e pegou a mesma. Ela sentiu uma enorme vontade de ajudar, mas ao mesmo tempo sentiu bastante medo. O velho lutava insanamente, mas ele não entendia o do porque querer proteger Dante naquele momento. Talvez porque ele gostou do garoto? Ou o próprio lembrou um pouco do seu passado? Pensamentos brotavam na cabeça do velho, do tipo: “Que monstro é esse?” “Por que ele está aqui?” “Que Dante tinha com ele?”. Mas para a infelicidade de todos aue estavam no local, a sua única arma ambulante acabou levando um tapa na cara, que jogou-o para muito longe. E toda essa situação irritou o Ceifador.

    — Aaaaaaaaaaah! — Chloe rapidamente pegou a faca e tentou atacar a criatura, mas o mesmo pegou o braço dela, e quebrou.

    — Aaaaaargh!

    — Garotinha atrevida. Você vai aprender uma lição — O Ceifador levantou a sua foice, pronto para matar ela. Porém… 

    “Merda, o Ceifador vai matar a Chloe-senpai… Não é garantido que ela renasça…  Corre Dante… Corre Dante… Corre Dante…”

    No momento exato que a Criatura ia matar Chloe. Dante entra no meio, e segura a foice com as suas duas mãos. Elas não chegaram a ser cortadas, mas sim, rasgadas.

    — Dante!

    Após isso, o garoto caiu no chão, e o Ceifador pisou nas suas duas pernas. Quebrando as duas. Em seguida ele pisa em sua barriga com muita força, por causa da dor intensa que estava sentindo, ele acabou desmaiando.

    — Dante! — Gritava Chloe que estava com ele desmaiado em seus braços. E ela começou a chorar. Enquanto isso, o Ceifador começou a dar pequenas risadas e disse — Talvez assim, a sua alma agora seja minha. Hehehehe… Argh — Mas ele parou de rir no momento que sentiu algo perfurando o seu coração. Quando ele olhou, viu que era uma lâmina de uma espada, ele sabia que isso traria a sua morte iminente, mas antes de morrer ele queria matar a pessoa que o apunhalou.

    Quando ele virou seu rosto para trás ele viu que era o mesmo velho que estava lutando contra ele alguns minutos atrás. O velho Vergil estava com sua testa sangrando. O sangue que escorria da sua testa foi até o seu olho direito. Poderia ser dizer que velho estava com sangue nos olhos.

    — Maldito! — A criatura tenta atacar o velho, mas rapidamente, ele tira a sua espada do coração do Ceifador,  e corta a sua cabeça. E depois disso, pisa na mesma quebrando-a — Mas que diabos acabou de acontecer? — lentamente o corpo do Ceifador vai virando farinha de osso. E seus órgãos viram líquidos.

    — Ei gente! O Dante não acorda! — Falava Chloe que estava desesperada — Merda será que ele morreu? — Dizia Larry.

    O velho Vergil de repente botava seus dois dedos no pescoço dele, e dizia — Não se preocupe, ele ainda está vivo. Acho que só desmaiou.

    Enquanto isso, o garoto acordou mais uma vez no quarto da deusa do tempo, na poltrona que ele estava anteriormente.

    — Aí Dante, você está legal?

    — O que houve?

    — Você só desmaiou, não se preocupe. 

    — Tá mas e o Ceifador?

    — Aquele velho matou o Ceifador, então você não precisa se preocupar sobre morrer novamente.

    — Hã?! Isso é sério? Mas você não ia me ajudar a matar ele?

    — Teoricamente eu ajudei. Guiei você para um futuro mais que perfeito, bem… Só na parte do Ceifador. Ainda tem muitas coisas que você vai ter que encarar no futuro. Então não ache que vai levar uma vida tranquila para sempre.

    — Vou fingir que não ouvi! Mas mesmo assim, eu estou tão feliz, não vou precisar morrer de novo — Lágrimas de alegria saem dos olhos de Dante, enquanto um sorriso ficou estampado em seu rosto — Bem eu te ajudei bastante nesta. Inclusive, agora o tempo do quarto da Himawari-san passa bem devagar. Caso queira ficar descansando por um tempo lá, poderá ficar à vontade. Isso tem aqui também.

    — Sério?! — falava o garoto enquanto passava o braço em seus olhos para enxugar as lágrimas — Sim, então porque não fica um pouco aqui comigo? Estou bem entediada. E se você voltar agora, vai receber a bela dor das suas pernas quebradas e mãos rasgadas.

    — Não precisava falar sobre isso, eu não quero me lembrar de sentir dor tão cedo…

    — Tá bom, tá bom. Mas sabe… Eu ainda não ouvi as suas palavras de agradecimento!

    — Agradecimento?

    — Bem, como eu disse te guiei para um futuro que você não sentisse tanta dor por causa do Ceifador. E também, eu mudei o tempo do quarto da Himawari-san. Para um tempo mais lento, e o meu também se aplica a isso. Ou seja, você pode ficar descansando em um dos quartos sem se preocupar com o tempo de fora.

    — Ah! É mesmo! Eu te agradeço, de verdade!

    — Hehe, era isso que eu queria ouvir. Agradecimentos pelo meu trabalho duro!

    — Mas você só…

    — Cala-se sua gentalha! Então o que acha de jogar uns joguinhos? Enquanto espera o momento certo para acordar?

    —… Isso não é meio crueldade? Com o pessoal que está preocupado comigo do lado de fora…?

    — O que você poderia fazer agora? Está muito ferido, só ia desmaiar por causa da dor novamente!

    —… Huh… faz sentido… Mas sabe. Você não pode me curar? Ou algo do tipo?

    — Não, eu não sou a deusa da cura!

    — Já imaginava…

    — Anda, pare de fazer cerimônia, e venha jogar uns jogos de tabuleiros comigo! — Após pronunciar essas palavras. Ela estala os dedos, e surge um jogo na mesa. Era um jogo de tabuleiro, que contava a história de um grupo de aventureiros que saem em uma aventura para matar um demônio. Basicamente era um jogo de tabuleiro, onde os jogadores tinham que rolar os dados, e continuar a sua história a partir daí. Um jogo do gênero RPG.

    — Ei me diz uma coisa… Naquela carta, estava dizendo que ia ter uma guerra. Queria fazer umas perguntas — Dizia o garoto com um tom de aflição na sua voz, que saía de seus.

    — Pergunte?! — Dizia a deusa que estava curiosa para saber o que o garoto queria perguntar.

    — Essa guerra afetaria o mundo humano de alguma forma…? Por que você está aqui e não na guerra…? E por que a Angel ficaria de quarentena…?

    —… A guerra não afetaria em nada ao mundo humano, pode relaxar o bumbum… Eu não fui para lá porque não tem necessidade, eu só iria atrapalhar… E a sua anja da guarda não pode sair de onde está pelo simples motivo. Na guerra, os demônios querem matar mais anjos o possível. E seria um problema um anjo da guarda ser caçado enquanto está com o seu humano.

    — Hm… Tá, mas eu não entendi. Por que você seria inútil numa guerra? Você poderia ver um futuro onde vocês ganharam e só replicarem… Não estou certo?

    — O problema é que eu não tenho nenhum ponto forte. E as teimosas das outras deusas não deixam eu ajudar, então é mais fácil eu ficar aqui.

    — Então estamos no mesmo. Eu também não tenho nenhum ponto forte, eu sou bem fraco.

    — Bem, disso eu sei, e é algo que temos em comum! Eu sou uma das deusas mais fracas…

    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.

    Nota