Arco 2: Capítulo 10 - Um Mundo Dentro de Outro?
“O quê? Do que você está falando? Parece papo de vilão clichê com um objetivo clichê de dominar o mundo.”
“Parece que você me entendeu mal, me deixe explicar.”
Uma pequena brecha se estendeu naquele local escuro. Foi quando ela falou.
“Este tal de continente Asgras não é um continente de verdade.”
“Ahn? O quê? Do que você…”
“Este local, na verdade, é um extenso pedaço de um outro mundo. Algo que definitivamente não deveria ter acontecido”
“O quê? Mas o quê?
Ao ouvir o que ela falou, o garoto ficou sem palavras. O pedido de ir para um outro mundo que ele recusou há um tempo atrás, não tinha sido em vão. Caso o que a deusa estivesse falando era verdade, o jovem foi para um outro mundo, sem ter a mínima ideia e noção desse fato.
“Uhg? Ma-Ma-Ma-Ma-Mas o quê? Co-Como assim? Explica isso direito, mulher!”
“Alguma coisa aconteceu a muito tempo, que fez um pedaço do outro mundo vir parar aqui. E por um outro motivo, algumas pessoas que tentam entrar aqui acabam morrendo.”
“Isso foi chamado de fenômeno de Asgras, mas algumas pessoas conseguem passar, né?”
“Sim, é aleatório. Por algum motivo isso está fora da minha área de conhecimento. Algo que não deveria acontecer.”
“Isso explica o porquê tem magia neste local, e a Chloe é uma demi-humana. Coisas que só daria para ver em um mundo de fantasia.”
Ele falou disso baseado nas light novels e mangás que ele lia. Óbvio, você não iria ver uma pessoa soltando uma magia de sombra que cegava os inimigos, ou uma magia de roubo que um tarado poderia usar para roubar calcinhas. Além de estórias ficcionais vindas de outros países, era fácil alguém comparar isso a um anime. Pelo menos no conceito do Dante.
“Mas enfim, você disse que precisa da minha ajuda, né?”
“Ah, sim. Algo simples, fácil e rápido. Só preciso que você mande esse pedaço de mundo para o seu respectivo lugar”
“Ah, sim. Beleza, bem facinho mesmo, faço isso de olhos vendados… Não pera… O que você falou? Como eu vou mandar um pedaço extenso de um outro mundo para outro mundo?!”
Dante questionou a deusa da sabedoria.
“Isso que você falou não tem nada de simples, fácil e nem rápido.”
Falou o garoto, enquanto estava indignado com a definição de dificuldade fácil, à dela.
“É, realmente eu tenha exagerado um pouco… Não vai ser rápido, vai ser demorado. Mas tirando isso vai ser bem fácil… Acho.”
“Só foi nisso que você acha que exagerou?!”
“Relaxa, só estou brincando com você. Mas é para isso mesmo que eu quero a sua ajuda.”
“Peraí, mas isso é possível?”
“Se eu tô pedindo a sua ajuda.”
“Tá mas, poderia me responder uma coisa antes?”
“E o que seria?”
“Bem, por que eu não estou vendo a sua forma física?”
“Porque eu não tenho uma forma física.”
“Ahn?!”
Diferente das outras deusas, a deusa da sabedoria não tinha uma forma física.
“Então, me ajudará ou não?”
“… Eu ganho alguma coisa com isso?”
Dante estava receoso de aceitar logo de cara. Caso a missão fosse perigosa, ele pelo menos queria ganhar algo em cima disso.
“Ganha uma discípula onisciente que obedecerá ao seu mestre.”
“É o quê?”
A deusa estava se referindo a ela mesma.
“Sabe, por que eu sou uma deusa? Eu não tenho vontades para ser um ser desse tipo, por isso, abandonarei o meu cargo, e servirei a você, como um ser onisciente para ter ajudar.”
Ao ouvir isso, Dante ficou assustado, ele não esperava por essa. Mas ele decidiu aceitar isso.
“Tá-Tá bom… Só mais uma coisa. Por que eu? Tipo, tanta pessoa no mundo, por que eu?”
“Isso é simples, você foi a única pessoa no mundo que teve tanto contato assim com as deusas, é algo de se admirar.”
“Entendi.”
“Bem, como a partir de agora eu não sou mais uma deusa, peço que me chame só de Sabedoria já que eu não tenho um nome.”
“O-Ok, você que saber. Mas ô Sabedoria, teria como eu entrar em contato com você de novo?”
“Mas é claro, é só você me chamar mentalmente, ou em outros casos, eu mesma o chamarei para falar de algo importante.”
“Certo… Só uma pergunta, eu tenho uma amiga súcubo, isso pode dar problema, né?”
“Não se preocupe. Súcubos são demônios que não matam, nem obedecem ao rei demônio.”
“É mesmo? Tudo bem então.”
Após isso, repentinamente Dante acordou. Ele pegou o seu celular e viu a hora. Mesmo que os horários sejam diferentes do Japão para aquele lugar, ele associava o horário com o fuso horário do Japão e dava certo. Mas, nas melhores das hipóteses, era bom ele ter como saber o horário daquele local por uma espécie de relógio.
— É melhor eu descer.
As suas companheiras estavam dormindo. Antes de ele se levantar para acordar elas, lágrimas caíam de seus rostos. Não eram lágrimas de tristeza e sim de alegria, porque:
— Eu estou em outro mundo? Eu estou em outro mundo! Que maneiro.
A emoção foi tanta que até caiu algumas lágrimas do garoto. Mesmo que teoricamente esse pedaço de outro mundo que Dante estava, ficava no seu mundo, não importava para ele. O rapaz viu que estava em outro mundo, sendo assim, ele ficou animado e assustado.
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