Índice de Capítulo

    — Mas fala aí garoto, quer algo pra beber? Cerveja?

    — Eu não tenho idade para beber moça.

    — O quê? Esquece disso, toma aí.

    Ela botou um copo de cerveja na sua frente. Dante olhou pra bebida e falou:

    — Bem, eu sempre preferi evitar bebidas alcoólicas, mas acho que não tem problema experimentar apenas uma vez.

    — Esse é o espírito!

    O garoto pegou o copo, e engoliu a cerveja de uma vez só. Quando acabou, ele botou o copo novamente na mesa.

    — Então, o quê achou?

    — … É quente… É amargo… É ruim!

    — E você é fresco!

    A senhora ficou indignada com a resposta do garoto. Ela era o tipo de pessoa que beberia até cair, reclamaria da ressaca no dia seguinte, e no mesmo dia beberia até cair novamente; o tipo de pessoa que bebe bebidas alcoólicas que nem água.

    O garoto realmente odiou beber aquilo, Dante não se dá bem com bebidas alcoólicas, ele realmente sempre evitou de todas as formas o álcool.

    Ele decidiu beber só dessa vez porque ele ficou curioso, para saber o gosto daquilo, ele pensou que se essa bebida vinha de um continente de fantasia, talvez ela fosse gostosa. Porém, ele odiou.

    — Tá, então eu vou pegar água para você.

    — Agradeço, quero tirar esse gosto da minha boca.

    A senhora foi aos fundos da hospedagem, para pegar água ao seu cliente. Após isso, Dante deu uma olhada no local, e percebeu que tinha uma cesta com bolinhas roxas à sua frente.

    — Isso é doce?

    Ele pegou as bolinhas e se perguntou se era comestível. Ele olhou para trás e viu todos olhando para ele com os olhos arregalados. Isso deixou o mesmo desconfortável, e para tentar tirar esse desconforto dele, Dante comeu a bolinha roxa, sem pensar direito.

    “Gostoso… Isso é docinho… Mas o quê?!”

    Todos do local ficaram assustados com essa atitude do garoto, e Dante ficou assustado com essa atitude deles. Mas o que serviu para ajudar o garoto nesse clima desconfortável, foi a senhora que chegou com um copo d’água.

    — Aqui a sua água, garoto.

    — Obrigado!

    Dante ainda estava mastigando o docinho que ele pegou. Mas tem um porém, ele não sabia se esse doce era como chiclete, e não poderia engolir, ou se ele poderia engolir a vontade, igual a bala.

    Foi quando o teve a ideia de engolir o doce com a água, assim a chance de ele morrer seria pequena por causa da água. Mas mesmo assim, isso não era o recomendável a se fazer. Mas ele poderia voltar da morte de qualquer forma, isso tornava ele imortal.

    Quando ele terminou de beber a água, ele falou para a senhora da sua frente:

    — O moça, eu peguei uma de suas balinhas roxas, espero que não tenha problema.

    — O-o quê?! E-e você comeu uma delas?

    — No momento que você saiu.

    — Ga-garoto, você sabe o que são essas “balas”?

    — Uh… Balas?

    — Não! Essas “balas” são substâncias para criar uma bebida alcoólica, isto aqui é álcool puro. Qualquer um que encoste a língua nisso, fica bêbado o bastante para desmaiar.

    — Sé-sério? Então por que você tem isto?

    — Isto é para se fazer bebida, é só tacar na água que ele se dissolve. Isso não é para comer, fico impressionada que você esteja de pé até agora. Até eu não consigo encostar a língua nisto.

    — Hm… Se você está falando que essa balinha faz todo esse estrago… Talvez eu seja imune ao álcool? Mas sabe, eu achei isso gostosinho.

    Dante pegou mais uma “balinha” e comeu. A senhora estava o invejando por poder ingerir altas quantidades de álcool.

    — Você pode engolir isso tudo de álcool, mas não gosta de bebida, né? Isso se chama d-e-s-p-e-r-d-i-c-i-o.

    — Não é desperdício, se eu não vou mais beber álcool.

    A moça realmente estava indignada com o garoto. Mas essa indignação passou quando ela viu as roupas dele. E não a primeira vez, ela já tinha reparado antes.

    — Eu não pude deixar de notar. Ô garoto, você é um nobre?

    — Por que diz isso?

    — Essa suas roupas… Não sou roupas de um plebeu, mas também nunca vi esse tipo de roupa em um nobre, aí eu pensei que você pudesse ser um nobre, no local de onde você veio.

    — Uh?! Não, eu não sou nenhum nobre. Sou só eu mesmo.

    — Impossível. Me dê suas mãos rapidinho.

    — Epa!!

    A moça pegou as mãos do garoto. Essa ação repentina dela fez Dante ficar um pouco envergonhado e surpreso.

    — São mãos macias e delicadas, parece a de um bebe. Definitivamente não são mãos de um plebeu. Está mais certo dizer que suas mãos são as mãos de uma criança que nasceu em berço de ouro.

    — Já me disseram que minhas mãos são fofinhas, mas acho que você está sendo exagerada em relação às minhas mãozinhas.

    Falou o garoto enquanto tirava as mãos dele das mãos dela.

    — Não, não estou sendo exagerada. Mas isso é estranho, você diz que não é um nobre, mas você tem mãos que só um bebe que nasceu em uma família de nobres poderia ter.

    — Como eu disse, eu vim de um lugar muito distante. E infelizmente eu não nasci rico, minha família, era uma família de classe média.

    — Oh, mas eu ainda não entendo. Mas enfim, vamos encerrar esse assunto. Quer comer?

    — Ah! Quero sim.

    — Tudo bem. Ei! Nelliel!

    A moça gritou por uma pessoa chamada Nelliel. Após isso, uma menina com um avental, que parecia ter a mesma idade que Dante, chegou no local.

    — Sim, mãe?

    — Temos um cliente com fome aqui.

    — Ah, sim! Agora mesmo! Com licença mamãe, e senhor cliente.

    Após isso, ela correu para os fundos da hospedagem, o local onde ficava a cozinha.

    — Sua filha? Te chamou de mãe.

    — É sim, a Nelliel é bem eficiente no trabalho. Ela que vai ser a próxima dona deste local.

    — Oh, que irado.

    — Por falar nisso, garoto. Ainda não sei o seu nome.

    — Ah, o meu nome é Dante Katanabe.

    — Dante Katanabe? Que nome engraçado. O meu nome é Rochele Collins.

    — Prazer, Rochele Collins.

    Após as suas apresentações, ambos se cumprimentão com um aperto de mão.

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