Arco 3: Capítulo 65 – Fugindo Para Outra Aldeia
Todas as harpias foram avisadas para se encontrarem no centro da vila, para um aviso importante vindo de sua líder.
A pequena população se reunia para ouvir a palestra de sua líder, que estava em cima da sólida borda feita de pedra de um chafariz
— Depois de muitos anos, infelizmente, um monstro perigosíssimo retornou de seu sono profundo, o Cavaleiro de Pedra.
Olhares de curiosidade se tornaram, rapidamente, de pavor. Todas sabiam do perigo que isso causaria a floresta, suas casas, sua espécie. Conversaram entre si, deixando claro as suas preocupações e seu medo.
— Mas não é só isso que venho dizer.
A garota olhou para trás, se deparando com guerreiras harpias, uma do lado da outra, estando Sora na frente. Atrás delas, estavam Grond, Dante e Aura. A mulher fez um movimento com sua mão, chamando o orc.
— Nós também vamos ajudar os orcs nessa batalha.
A população local ficou confusa com essa decisão, tendo ciência que as duas espécies de monstros não se davam bem.
— Vamos precisar se juntar aos orcs nessa batalha, tanto para proteger a floresta, quanto para estabelecermos uma relação amigável no futuro. Sei que algumas de vocês devem sentir raiva deles, por causa de nossos conflitos, porém, eu pretendo acabar com as nossas brigas e tornamos aliados!
A reação do povo não parecia ser de descontentamento, apenas de surpresa, não sa— Cidadãs desta aldeia! Já peço perdão por esse anúncio repentino, mas é de extrema importância e urgência!
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bendo expressar algo além disso. Muitas informações estavam sendo dirigidas a elas em um curto período, era bem natural imaginar que não saberiam como se expressar.
Grond foi chegou ao lado da mulher, abaixando a sua cabeça para todas no local, e dizendo:
— Espero contar com todas vocês.
Depois do repentino aviso, a mulher guiou toda a população para Aura, restando apenas as guerreiras harpias, que iriam ajudar na luta.
Todo o povo se reuniu nos portões da aldeia, se preparando para saírem. Não hesitaram nessa decisão, sabiam do perigo que seria se o Cavaleiro de Pedra chegasse aquele local. Antes de partirem, o orc aproveitou o momento para conversar com Dante.
— Aí, cara, quando tudo isso acabar, iremos celebrar. Conto com você para isso.
— Beleza, cara! — Sorriu, se preparando para sair com as demais.
— Ei, humano! Vem logo! Se não te deixaremos para trás! — gritou Aura, não falando sério, obviamente.
— Tô indo!
O jovem foi se juntar com as fugitivas. Enquanto isso, o homem andou até Aisha, que conversava com Sora sobre toda a situação.
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As harpias cidadãs eram guiadas pela Drill, que seguia em frente, a caminho de sua aldeia. Quatro da espécie de mulheres pássaros ficaram junto da multidão, por ordem de sua líder, com a finalidade de proteger a todos caso algo ruim acontecesse. Andavam por meio das árvores, em linha reta.
“Esses dias foram bem agitados.”, Dante, andando atrás de Aura, refletiu.
“Por que nenhum dia pode ser normal…?”, reclamou.
Esses cinco dias, em sua mais sincera opinião, foram uma desgraça. Sua casa foi invadida e foi teleportado para um lugar deserto, sem saber o que fazer ou como poderia voltar para Schalvalt. Conheceu Crim e Grond, o que foram coisas boas, mas, no mesmo dia, foi atacado por um grande tigre. Nos próximos três dias, enfrentou o calor escaldante das Terras de Laplace, um lugar cheio de monstros perigosos.
Logo depois, ajudou por um momento a aldeia orc, mas todos do local foram atacados e presenciaram a morte de um homem. Na mesma noite, recebeu uma facada que quase o matou. Se não bastasse, agora teria que se refugiar em uma outra aldeia para não morrer de um monstro super forte.
[Os últimos dias não foram tão legais, né?]
“Foram estressantes…”
[Ô, mestre, você não percebeu que tem algum pássaros nas proximidades?]
— Hum?
O garoto parou por um momento, chamando atenção de todas que continuavam andando.
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“O que aquele humano…?”, questionou a Drill, o vendo parado olhando para cima.
O garoto observou as árvores e o céu. Não viu nenhuma ave em volta, e para Sophie ter comentado isso, tinha algum motivo.
— Ei, humano Dante.
— Huh?!
Estava tão concentrado em pássaros que, ao ser chamado por uma voz vindo de cima, assustou-se.
A garota batia suas asas, o observando de cima, quase encostando em sua cabeça.
— Sabe, você é um humano que veio com aquele orc, e, parando pra pensar nisso, fiquei com várias perguntas.
— Bem…
— Como se conheceram? Vocês são amigos, ou algo a mais?
— Credo! Não, eu…
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— Como é uma cidade humana? Nunca visitei uma. É verdade que todos vocês odeiam os monstros?
— Posso responder tudo depois quando a gente estiver em um local seguro, okay?
A garota desceu ao seu lado, o olhando de bem perto. Isso fez o garoto recuar o rosto, com um olhar surpreso.
— Mal posso esperar para saber mais sobre você e sua espécie!
— Ei! Tenho algo importante para perguntar!
— Hã? O quê?
Depois de ser cortado, levantou um pouco o tom de voz para fazer a garota deixá-lo falar. Felizmente, deu certo.
— Cadê os pássaros dessa floresta?
— Hã? Oh…
Aura deu uma pequena atenção ao redor, procurando algum ser vivo além deles.
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— É verdade, né? Que estran…
Antes que pudesse completar sua frase, uma grande sombra surgiu, tapando a claridade que o sol dava àquela floresta.
“Por favor, que não seja nada, por favor, que não seja nada?”
Todos viraram seus rostos e olharam para direção da grande esfera que esquentava aquele planeta. Invés de verem um habitual, encontraram algo bem inesperado.
Uma criatura maior que as árvores, com braços longos e grossos, servindo para andar, como se fosse, um animal. Tinha duas bocas, uma na região da frente e outra atrás de seu corpo coberto por uma pelugem preta, com grandes dentes afiados. Possuía um único olho em toda sua face, o direcionado a todos ali embaixo.
Todos ficaram chocados com aquela visão.
— Isso… — a mulher sussurrou.
Olhando-a pelo canto do olho, percebeu que estava tremendo.
“É nesses momentos da minha vida, que sinto saudades da Terra.”, o garoto estava paralisado com aquela visão. Suava frio com a visão.
Tudo que queria era correr para o mais longe possível e se esconder, mas nem isso tinha coragem de fazer.
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[Olhe pelo lado bom! É tudo menos um demônio. Então, não sabemos se é um monstro agressivo ou não!]
“Você tinha o cargo de Deusa da Sabedoria e não sabe se esse bicho é agressivo ou não?!”
[Primeiramen…]
Antes que pudesse completar sua frase, viram o monstro sendo derrubado no chão, causando um estrondoso som.
As árvores caíram com seu peso, levantando poeira no local.
O monstro se levantou. Enfurecido, revidou o ser que lhe atacou. Não dava para ver com clareza, já que as árvores tapavam o conflito. Porém, viam que aquela criatura estava, aparentemente, perdendo o confronto.
— Vamos aproveitar para fugir! — disse Aura, virando seu rosto para trás.
Todos ouviram a guia com atenção, e fizeram o mesmo para escapar de um possível confronto. Entrentanto, mais um monstro apareceu, bloqueando o caminho.
“Que isso?”, chocado, Dante parou.
Na frente deles, um ser de três metros de altura. O corpo era de uma mula, mas o que realmente assustava era sua cabeça, que inexistia. Ela bateu o casco no chão. Sua intenção assassina era clara, mesmo não demonstrando isso com expressões.
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De forma repentina, no topo do seu pescoço, criou-se uma pequena chama. Crescendo, o que era pequeno se transformou em um fogaréu.
Novamente, um som estrondoso surgiu no local. Aquela criatura havia caído novamente. Olharam para trás, e viram seu corpo deitado no chão, completamente ensanguentado.
“Por que isso está acontecendo? Essa floresta é realmente tão perigosa assim?”
Para a infelicidade do garoto, monstros perigosos e aleatórios não pararam de aparecer. Do outro lado, três grandes lobos. Seus olhos vermelhos faziam contraste com suas bocas espumando de raiva. Eles arrastavam suas garras de metal no chão, intimidando todos.
— Seguinte, pessoal! Quando eu disser até três, todas vocês voam! — Virou-se para o garoto, exclamando: — Eu te carrego, não se preocupe!
— C-certo!
A única opção era fugir. Por sorte, quase todos ali podiam voar, com exceção de um. Por sorte, seria carregado, então, não teria que se preocupar em escapar disso sozinho.
A atenção deles foi tomada mais uma vez por um som de passos.
Um homem saiu dos arbustos, andando calmamente, e ficando na frente dos demais, que, cada vez mais, recuavam.
O corpo do rapaz estava banhado em sangue, porém, não era dele, e sim do monstro que acabou de derrubar. As suas vestimentas não eram nada normais. Com um crânio, sem chifres, de um cervo cobrindo toda a sua cabeça. Nem permitindo que pudesse ver seus olhos ou boca. Sem camisa, deixando seu corpo malhado à mostra, e uma calça peluda feita com a pele de urso, junto de um par de botas de couro.
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Não disse nada ao ficar de cara com aqueles seres, apenas, se preparava para enfrentá-los.
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