Arco 3: Capítulo 66 – O Cara Misterioso
Aquele homem virou sua visão para trás. Essa ação causou um ar de desconforto em todos, ainda mais por usar o crânio para esconder seu rosto.
“Quem é esse cara…?”, pensou o garoto, não sabendo se poderia ficar alegre em sua presença, ou o oposto.
[Eu não sei, mas a atenção dele está diretamente em você.]
“O quê?!”, não percebeu isso, tanto pela quantidade de pessoas ao redor, quanto pelo crânio de cervo. De qualquer modo, não gostou disso, e sentia que não viria coisa boa a partir dali.
— Ei, Billyzinho, você é muito apressado, sabia? — Uma voz familiar para o homem ressoou no local.
De forma repentina, uma mulher apareceu no local. Ela usava uma roupa de couro marrom, junto de calça e botas do do mesmo material. Na sua cintura, havia uma bolsa à direita.
— Oh! — Dante a reconheceu. Era Kelly, a garota que o ajudou em um momento de desespero há um tempo.
Ela virou para a multidão em volta, e suas sobrancelhas saltaram quando reconheceu o garoto.
— Então, nos encontramos de novo. Quem diria?
— Kelly, você o conhece? — Tiveram o deslumbre da voz daquele chamado de “Billyzinho”, grossa e imponente.
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— Sim, era aquele garoto afeminado que te disse.
— …Certo… Se ele for igual a mim, sua vida não deve ter sido fácil.
— O quê? — disse, se perguntando, mentalmente, do porquê o centro das atenções foi repentinamente para ele, sendo que tinha cinco criaturas perigosas prontas para uma chacina.
— Tanto faz. Não é hora pra isso. Está na hora de proteger os inocentes.
Ao dizer, botou força nas pernas, começando a correr. O primeiro monstro que lidaria estava em sua frente, a mula sem cabeça. Aquele ser com chamas bateu os pés no chão. Parte do fogo em seu pescoço foi em direção ao chão fazendo um rastro de fogo na grama.
O rapaz ignorou, saltando para cima do monstro, montando-o.
Entretanto, o rastro de chamas continuou andando, indo até aos demais atrás.
— Todas pra cima! — gritou Aura, abraçando Dante e subindo junto dele, enquanto as outras seguiam sua ordem.
O rastro se formou em um círculo de chamas, consumindo toda a grama na área, e, gradualmente, consumindo as árvores.
— O-obrigado — disse o jovem, assustado com o que poderia acontecer caso não fosse salvo.
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— D-de nada…
O rosto de Aura estava vermelho, e seus braços tremendo. Com medo de ser largado, acidentalmente, no fogo, perguntou:
— Q-que foi?!
— Desculpa, é que é bem vergonhoso abraçar alguém do sexo oposto assim do nada…
— …E é hora pra isso?
A primeira coisa que pensou ao ouvir o que disse, foi no estereótipo de otaku na internet.
Para que não pudesse cair pelos braços trêmulos da garota, a abraçou fortemente.
— Ei! Olha a mão boba aí, garoto!
Um som de vidro se quebrando ecoou. Ao olharem para baixo, já não existia mais fogo no chão, apenas grama queimada e molhada.
Kelly segurava dois cristais azuis em ambas as mãos. Ela os jogou nas árvores que foram consumidas pelas chamas, liberando uma grande fonte de água, apagando o fogo.
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— Pega aí, Billyzinho!
Ela pegou mais um cristal azul da bolsa, o arremessando para seu companheiro, que pegou sem dificuldades, enquanto a mula pulava de um lado para o outro, tentando lhe derrubar. Ele estava segurando fortemente a pele do monstro, a contorcendo cada vez mais.
Com uma mão, quebrou o cristal em cima do fogo, o apagando, e forçando a mula cair no chão.
— Fraco — falou, descendo.
O monstro tentou escapar, se arrastando lentamente no chão. Antes que deixasse isso acontecer, o rapaz atravessou o corpo da criatura, pegando seu coração, o esmagando.
De repente, uma grande sombra apareceu sobre seu corpo. Quando se virou para trás, viu sua companheira no ar, na frente dos três grandes lobos, que já estavam preparados para o atacar.
Kelly segurava mais uma pedra na mão, dessa vez, da cor branca. Quebrou no momento em que se jogou na frente, e, em um piscar de olhos, uma forte luz apareceu. Tão forte que obrigou-se a fechar os olhos. Esse raio de luz iluminou a floresta, onde estava direcionado, por alguns quilômetros.
A visão daqueles três ficou completamente iluminada, os cegando e afugentando do local.
— Bom trabalho.
— Digo o mesmo, Billyzinho.
Com isso, o perigo havia acabado. Duas criaturas mortas e três afastadas. O pessoal, que sobrevoava ao céu, desceram de forma gradual.
Quando viu isso, aquele homem foi até a multidão, parando na frente de Dante. Aquilo deixou o garoto desconfortável, por pensar na diferença de altura entre os dois. Isso o lembrou da sua turma do colégio, e, entre os meninos, ele era o mais baixo.
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— Talvez seja útil — disse o homem, apertando com força o seu punho.
— Quê? — o jovem questionou, sem entender o significado disso, com um olhar que mostrava ainda mais desconforto.
[Esse tal de Bill é problema… Se afaste.]
Novamente, o som de mato ecoou no local. Todos olharam para a direção de onde se originou esse som. Bill e Kelly ficaram em alerta para uma possível ameaça. Da floresta, começaram a surgir orcs do vilarejo, deixando todos confusos.
— Olha, é o nosso cozinheiro! — Um orc falou, e, com isso, aquela multidão se aproximou.
Crim, no meio da multidão orc, se espremeu entre os demais para chegar até o garoto.
— Dante!
— Crim? Espera, todos vocês estão bem? — O garoto olhou para todos, que apenas fizeram rostos de tristeza ou raiva.
— Não. Destruíram o nosso lar — um orc disse.
— A aldeia está toda destruída, e quem ficou pra trás, foi o pessoal que estaria lutando. Também temos feridos conosco, e pessoas morreram…
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Uma menininha orc agarrou com força as suas roupas. Lágrimas escorreram de seu rosto, não aguentando mais toda aquela situação.
— Mamãe! A minha mamãe morreu decapitada! — Não suportou mais e começou a chorar, gritando pela sua mãe, desejando que algum milagre divino trouxesse ela de volta.
O garoto ficou assustado. Sabia da presença de uma criatura perigosa, mas não pensou nas consequências daquilo.
— E-ei, não se preocupem. — Aura entrou no meio da conversa — Venham conosco até a minha aldeia. Lá vocês ficaram seguros, até tudo isso se resol…
Antes que pudesse completar sua frase, pôde-se ouvir um som expressando uma enorme dor, logo atrás da mulher. Quando pararam para prestar atenção no que estava acontecendo, viram Dante de joelhos no chão, tentando ao máximo respirar, enquanto segurava sua barriga com força. Em sua frente, lá estava Bill, erguendo o punho que o acertou.
O garoto tentava se manter consciente, mas aquilo, cada vez mais, estava difícil. Caso fosse uma pessoa que gostava de se envolver em brigas, o soco que acabou de levar, estaria em primeiro lugar no golpe mais forte que já levou.
— O que você pensa que está fazendo? — gritou Crim, vendo seu amigo perdendo o ar no chão.
Dante, finalmente, desmaiou. O rapaz, rapidamente, o pegou e saltou em cima de uma árvore. Kelly fez o mesmo. Parou para olhar para todos lá embaixo, e suas reclamações.
Disseram coisas como “solte nosso cozinheiro” ou simplesmente perguntando o motivo daquilo. Bill ignorou, e saiu saltando entre as árvores.
— Ei, espera! — exclamou Aura, voando na direção deles.
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Ela olhou para todo o local, mas eles haviam sumido,
— Que merda… Toda hora uma surpresa nova!
Voou para mais alto, acima das árvores. Tentou ver se conseguia ver eles em algum lugar. Sem sucesso.
— Por que isso do nada?
Ficou frustrada. Estava animada para conversar com o humano, e duas pessoas aleatórias o nocautearam e sequestraram.
Sentiu o vento bater com força pelo seu corpo. Algo havia passado por ela rapidamente. Virou-se para trás, e viu um dragão rosa.
— Então ela apareceu.
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