Arco 3: Capítulo 67 – E, Enfim, Acabou
A batalha contra aquele monstro ainda não havia terminado. Os orcs estavam em desvantagem, mesmo sendo fortes e estando em maior número. O Cavaleiro de Pedra massacrou várias de seus guerreiros, e continuaria a fazer, com toda e qualquer espécie que aparecesse em sua frente.
Um guerreiro acabara de cair no chão, sendo perfurado pela espada. O monstro colocou sua arma sobre o ombro, olhando os que ainda faltavam para matar.
Ele tinha que admitir que, além de estarem dando trabalho, foi ferido mais vezes do que gostaria, desde que descobriram sua fraqueza. Em sua perspectiva, eram oponentes dignos de uma boa luta, e tornando a tarefa de matar ainda mais divertida.
Os guerreiros restantes estavam afastados dele. Eventualmente, partiriam para o ataque, mas esperavam, com cautela, para um ataque que não faria eles virarem espetinho.
Ao contrário deles, ele não esperaria, nem por um segundo. Seguiu andando tranquilamente até os demais, convicto de que não perderia.
No entanto, sentiu um ataque acertando suas costas. Se assustou, olhando para trás.
— Seu maldito! Ousa invadir meu lar, destruí-lo e matar meus soldados?
Com rapidez e força, revidou. O monstro, ainda surpreso, o olhou de baixo para cima. O indivíduo que o atacou era Grond, o orc e líder daquela aldeia.
— É o chefe! Ele finalmente chegou! — um dos orcs gritaram, para a alegria e alívio de todos ali.
De forma repentina, uma flecha acertou o topo de seu elmo, aumentando ainda mais a sua surpresa. Várias flechas, vindas do céu, foram lançadas em sua direção, a maioria o acertando.
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Ele não se importou. Aquilo não iria cravar em sua armadura de qualquer forma, além de que as flechas caiam ao lado de seus pés. Entretanto, curioso com a origem desse ataque, olhou para o céu, vendo várias harpias com arcos
Os orcs da aldeia ficaram mais tranquilos com a chegada tanto de seu chefe, quanto das mulheres pássaros para ajudar, apesar disso ter lhes causado confusão. Apesar disso, por ora, decidiram não continuar lutando, e apenas assistirem, enquanto descansavam um pouco, antes de voltarem a batalhar.
O Cavaleiro de Pedra, ao olhar para baixo, percebeu algo curioso. Na ponta de cada flecha, havia uma substância amarelada.
Antes que pudesse concluir o que seria aquilo, uma grande explosão surgiu no local, cobrindo todo o seu corpo pela poeira levantada.
— As flechas explosivas de mel da aldeia da Aura, como sempre, bem úteis. — falou Aisha, a líder da aldeia das harpias.
O mel das drills, além do uso comestível, pode ser usado para várias finalidades: cola, remédios, explosivos.
A poeira abaixou, junto disso, puderam ver o estado em que o monstro ficou: apenas algumas rachaduras. Seu corpo era extremamente resistente. Mas algo atingindo fortemente, foi sua audição, apenas ouvindo um alto e irritante zumbido. Sua visão também sofreu o efeito da explosão, ficando um pouco embaçada, mas nada com que pudesse se preocupar.
Enfurecido, ele se cansou daquilo. Não podia atacar as harpias no céu, então, partiu para quem estava em sua frente.
Correu em direção a Grond, desferindo um ataque em direção ao seu pescoço. O orc bloqueou com sua lança, afastando a espada. Mais uma vez um ataque por parte do Cavaleiro de Pedra, sendo um corte vertical por cima de sua cabeça, que foi bloqueado mais uma vez pela lança. Só havia um problema: o monstro forçava sua espada, fazendo o homem ficar de joelhos.
As harpias não podiam usar suas flechas sem acertar o rapaz, então, desceram para ajudar. Todas pegaram adagas em seus bolsos, com exceção de Aisha, que segurava uma flecha.
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Ela cravou a flecha dentro da rachadura do corpo da criatura, destruindo-a ainda mais. A garota ganhou sua atenção, tendo que se abaixar, para não ser acertada por um golpe vertical daquela grande espada.
— Ataquem por dentro do elmo! — uma orc gritou, dando a todos de pé, um local para focar.
O homem empurrou o cavaleiro, logo depois, o socou no rosto. Aquilo doeu mais em si do que no inimigo, mas o próximo ataque doeria mais.
Aisha subiu em cima do corpo do homem, saltando de sua cabeça, e se agarrando ao Cavaleiro de Pedra. Enfiou várias flechas nas rachaduras que tinha pelo corpo. A última foi por dentro de seu elmo, como aconselhado pela orc anteriormente.
Ela pulou para trás, caindo em cima de Grond, e as flechas explodiram. O monstro ficou desnorteado com aquilo.
— E-ei! Que intimidade é essa? Para de me abraçar! — exclamou, envergonhada.
Inconscientemente, Grond estava a abraçando, e, quando percebeu isso, se afastou rapidamente.
— Foi você que se jogou em mim!
Todavia, com aquela criatura desnorteada, cinco harpias foram para cima. A primeira desferiu um ataque com a adaga, que foi segurada pelas mão dele. A segunda fez o mesmo, ocupando sua segunda mão. As outras duas se jogaram em suas pernas, o deixando confuso.
— Toma essa!
Sem perceber, a quinta havia se jogado em seu colo, desferindo um ataque por dentro de seu elmo, lhe causando dor e o enfurecendo.
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Ele começou a girar, pisoteando as que estavam embaixo e arremessando-as de seus braços. Logo depois, pegou a mulher em seu colo, a segurando pelo pescoço. Tirou a adaga deixada no elmo, perfurando o braço dela assim.
Grond corria em sua direção, dando tempo apenas para largar a garota no chão, e sacar sua espada. A criatura acabou sendo acertada novamente por dentro do elmo.
— Você não vai continuar tirando meu povo de mim! — exclamou.
Depois que seu pai morreu e sua terra foi passada para si, o rapaz sentia ter um senso de responsabilidade, e proteger o povo que seu genitor protegeu por anos.
Porém, usou a espada para desferir um ataque no homem, e conseguiu.
O rapaz não conseguiu desviar a tempo, sentindo apenas a dor ardente consumir seu corpo. Seu braço esquerdo foi arrancado, o fazendo rugir de dor.
— Chefe! — os orcs, em desespero, gritaram.
Se desestabilizou e ficou de joelhos perante a criatura, que, com todo o amor e carinho que vem demonstrando nesse tempo que passou, chutou o rosto do orc, o arremessando para longe.
Tirou a lança de seu elmo, a levando com força para a direção de sua perna, a danificando. Esperava quebrar de primeira, mas não foi o caso. Tentando novamente, finalmente destruiu a arma de Grond, que já estava incapacitado de lutar.
— Merda! Você está bem? — Aisha correu até o homem.
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— N-nem… um p-pouco. — Ele mal conseguia dizer uma frase sem gaguejar, segurando com força o seu braço jorrando sangue.
O corpo daquele ser ficou bem danificado com as explosões, mas não estava preocupado com aquilo. Algo o chamou a atenção, uma presença familiar.
Antes que continuasse o ataque, parou por alguns segundos. Todos observaram aquela sua ação incomum. De repente, cinco pedras saíram de seu elmo, todas ficando atrás de si. Essas pedras cresceram, criando uma forma humanóide. De repente, cinco cópias do Cavaleiro de Pedra foram moldadas, com grande espada e corpo em perfeito estado.
Todos ficaram em choque com aquilo. “isso já aconteceu antes há milhares de anos?”, era uma pergunta a se fazer. Entretanto, o real problema disso tudo, era que: se um Cavaleiro de Pedra já era muito forte, muito resistente, causou problemas o suficiente, destruiu uma aldeia inteira e matou alguns de seus cidadãos, o estrago de cinco cópias seria um caos.
Todos ficaram assustados com a cena que viram.
— Agora fudeu… — disse Aisha, chocada com o que estava vendo.
Entretanto, algo inesperado aconteceu, ao invés de lutarem as cinco cópias fugiram do local, restando apenas o original, que não mexia um músculo.
— Mas que putaria, viu?
Todos olharam na direção que vinha a desconhecida voz feminina. Dos arbustos, uma garota de cabelos rosas, usando grande manto cobrindo todo seu corpo, apareceu. Ela tinha um olhar demonstrando que não queria estar ali, mas, mesmo assim, andou em direção àquele confronto.
Ninguém parecia reconhecer aquela humana, a não ser o monstro.
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— Eu não disse há cem anos que eu te mataria caso você estivesse fazendo merda de novo, Cavaleiro de Pedra?
Ele apenas a olhava, e parecia estar desanimado. Talvez porque a batalha acabaria por ali, e não podia mais se divertir. Então, ele ajoelhou uma perna, ficando agachado, na mesma posição que estava antes de ser acordado, esperando sua derrota.
— Parece que você já aceitou sua derrota. Já sabe que não pode me vencer, não é mesmo?
Ele sabia que não podia a derrotar, mas esse também não seria o seu fim. Retornaria, em algum momento, para derrotá-la.
— Sabe, hoje o dia estava perfeito. Até que um pé no saco que eu chamo de irmão ficou reclamando no meu ouvido e jogou todo o meu sundae fora, e agora isso. Acho que vou descontar essas frustrações em você.
— E… — Uma segunda voz surgiu, chamando a atenção dela — q-quem… é v-você? — foi Grond quem falou, cheio de dor.
— Você verá, novo líder da aldeia orc.
Após dizer aquilo, jogou seu manto no chão, revelando seu corpo completamente desprovido de qualquer vestimentas. Todos ficaram em choque ao ver uma desconhecida nua em sua frente.
De forma repentina, seu corpo começou a mudar. Grandes asas surgiram em suas costas, sua estrutura óssea começou a mudar, e seu olhar estava mais afiado do que nunca. Seu corpo cresceu, e escamas surgiram. Sua pele ficava rosa. Seus peitos, e estava crescendo uma cauda na parte de trás de seu corpo.
O corpo já não parecia mais de um humano, e, com o passar dos segundos, ficava mais evidente o que aquela pessoa realmente era.
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Com a transformação completa, todos já sabiam que ser era ela: um grande dragão. Todos no local ficaram boquiabertos com o que acabaram de presenciar.
O grande dragão estava cara a cara com o Cavaleiro de Pedra, no qual só esperava o momento. A dragoa começou a incenerá-lo, fazendo o seu corpo se quebrar cada vez mais, até que sobrasse mais nada.
Aquele foi o fim do monstro, por um ser mais forte do que ele.
— Feito — disse friamente, ao acabar com o trabalho.
Rapidamente, seu corpo voltava ao estado humanóide novamente, voltando a ser o corpo nú de uma mulher.
— Prazer em conhecê-los. Eu sou a dragoa Shion, a guardiã desta floresta.
E assim, uma ameaça foi reduzida a nada, e todos estavam seguros novamente.
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