Arco 3: Capítulo 1 – A Reunião das Deusas
No terceiro andar de um castelo, ligado à uma catedral do reino de Schalvalt, um grupo de oito pessoas estava sentado em volta de uma mesa. Nesse grupo, havia sete cardeais e um papa. Os cardeais vestiam mantos brancos e o papa vestia uma batina branca com detalhes em dourado, demonstrando a riqueza que a principal catedral da nação tinha e, também, a sua influência. Na mesa, estavam discutindo sobre recorrentes em que consideravam ser uma ameaça.
— Senhores, algo está nos deixando bastante aflitos ultimamente, e essa questão também será tratada futuramente pelos Reis de todas as nações do mundo…
Um dos cardeais jogou o assunto sobre a mesa. Todos com atenciosamente ouviram o que essa primeira pessoa disse. O papa, em especial, continuou com seu gentil sorriso, e não o retirou, mesmo com algo que poderia ser altamente perigoso, seguindo os seus ideais.
— Acho que todos devem saber, sobre a volta dos dragões. — Todos continuaram com seus olhares sérios, mas, atenção alta. O papa não esboçou nenhuma reação a não ser o seu sereno sorriso — E, com isso, pode haver uma mínima chance do inimigo de Deus e seus servos atacarem. Claro, me refiro ao Rei Dragão.
Um cardeal com um olhar e sorriso prepotente levantou a sua mão, no sentido de pedir educadamente de falar.
— Se me permite dizer — com sua voz que também soava de um jeito prepotente, ele disse e depois, limpou a garganta, continuando o que ia dizer — Não acho que o Rei Dragão seja um dos maiores problemas agora. Quero dizer, ainda não sabemos se ele realmente irá ressuscitar, pode ser só rumores. Tenho algo melhor para comentar.
— O que seria mais importante do que tal assunto? — o cardeal que deu início a essa conversa perguntou curiosamente.
— Estão sabendo, que na capital do país, apareceu uma criatura misteriosa, e dizem que ela era extremamente assustadora e psicopata, ameaçando matar, e até matando alguns cavaleiros da guarda real — Estava se referindo aos eventos passados onde a besta demoníaca, Gharamb, havia aparecido e causando caos na capital — E, mais tarde, ela acabou sendo derrotada por algum estrangeiro.
— Estrangeiro? Quem exatamente? Algum inimigo de Deus? — um dos cardeais do local questionou sobre esse tal estrangeiro, levantando da sua cadeira de forma imprudente, batendo as suas mãos na mesa e levantando a voz.
— Bem, não se sabe ao certo, mas há rumores que ele seja um parceiro de um dos Cavaleiros Reais, e que ajudou no caso do sequestrador de mulheres e crianças. — o cardeal de olhar prepotente comentou — Bem, agora, vamos para um assunto que teremos de resolver rapidamente. O que fazer contra os monstros que habitam fora das nações.
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A igreja repugnava os monstros, por serem “inimigos de Deus” e, por isso, estavam achando uma forma de se livrar deles. Foi quando o membro mais importante daquela reunião decidiu dar as suas primeiras palavras naquela agregação.
— Meus filhos, lembre-se sempre, o Senhor é misericordioso, até mesmo com criaturas que vão fora de sua jurisdição. Se o nosso deus quer os monstros mortos, eles vão morrer. Se Deus quer esse tal estrangeiro sequelado, ele vai ser sequelado. Não se preocupem, pois, a palavra de Deus vale mais do que dez mil moedas de ouro — proclamou o Papa Joseph T. Krakaros.
Enquanto isso, em um belíssimo local cheio de conforto, junto de pilares brancos, uma mesa de madeira e dois grandes sofás vermelhos com detalhes em dourado, uma mulher despreocupada estava vadiando no local. Essa pessoa em questão, era Iwashi, a Deusa da Cura. A garota estava esperando a presença das demais pessoas que iriam comparecer naquele local.
“Que téééééééééédio… Queria estar jogando videogame agora… Por que ela me chamou, hein?”
O local em volta, era extremamente branco, em sem graça aos olhos da garota. De repente, partículas de luz formaram-se em um canto do local, e Iwashi não reagiu a isso.
— Oi, oi, e aí? Iwashi. — Uma garota de estatura média cumprimentou a Deusa da Cura. Em contrapartida, Iwashi só acenou de volta — Então você foi a primeira a chegar aqui? — A garota andou e sentou-se ao lado da sua colega.
— Isso. Olha só vocês demoram demais! Já estava indo embora!
— Heh, perdão. Anda fazendo o que ultimamente?
— Nada demais, só o básico.
— Entendi.
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— E você, Akami?
— Só o de sempre também, heh!
A mulher que se denominava Akami, era uma deusa, a Deusa Guiante, sempre guiando quem precisa para o caminho certo, sem nenhuma intenção maliciosa.
— Parece que as outras ainda vão demorar.
— Sim, estou aqui faz tempo, tô cansada de esperar!
Mais dois conjuntos de partículas se formaram pelo ar. Delas, mais duas deusas apareceram no local. Uma delas estava carregando a outra usando um braço. A mulher carregada em questão, estava dormindo profundamente.
— Se não é a Himawari e a dorminhoca da Yumiko! — Akami comentou.
A Deusa da Cura largou a Deusa dos Sonhos no chão.
— Ela já estava começando a babar! — Himawari exclamou com frustração.
A deusa dorminhoca acordou sonolentamente, e se esforçou para levantar-se e dizer alguma coisa. Bocejando e quase caindo no chão de tanto sono, ela disse:
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— Baum diaaaaa…! Poooooooor queeeeee me arcodarauuuuum? Já estava no meu terceiruuuuu soninhooo…!
— Peraí, você estava dormindo por três dias?! — Himawari começou a chutar o chão em irritação e bufou — O que ela pensaria sobre essa sua vadiagem? Você pelo menos trabalhou?
— Nauuuuuum se preoooocupeeeee, eu trabalhei siiiiiiiiim…!
A Deusa dos Sonhos falava de um jeito mais lento, por causa da sua natureza de deusa ou coisas do tipo. Por falar nisso, os olhos da deusa dorminhoca estavam cheios de olheiras, como Dante Katanabe na época que madrugava jogando jogos on-lines. De qualquer forma, Himawari arrastou Yumiko pela gola de sua roupa, e a jogou no sofá, ao lado das duas outras deusas.
— É um saco ter que acordar você, sabia? — Himawari bufou.
— Diiiiiiiscuuuuuuulpa… tenhoooooooo uuuuuum soninhoooooo pesadinhoooooo.
— Certo, tudo bem. Na próxima vez, lhe darei café quando acordar.
— Nauuuuuuuum… café é muito ruuuuuuuuim…!
— E que tal energético?
— …Nunca provei… é bauuuuum?
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— Talvez, também nunca provei. — A Deusa da Cura sentou-se ao lado das outras três, preenchendo o assento.
Mais partículas surgiram em pleno ar e uma mulher surgiu no local. Exibindo uma aura superior a das outras deusas, um olhar sério e segurando um amontoado de papelada, essa moça andou calmamente até o segundo sofá, que se localizava à frente da mobília que as outras estavam sentadas.
— Parece que só vocês quatro vieram… — a mulher disse em um tom que não demonstrava surpresa.
Todas ali calaram-se e tomaram postura. A presença daquela deusa, era o suficiente para deixar as outras comportadas, como uma mãe ou um pai repreendendo um filho. Até a deusa dorminhoca abriu seus olhos sonolentos e cheios de olheiras com todas as forças.
— E-Então, por que nos chamou aqui, Fumiko? — Himawari deu início ao que era mais importante.
— Bem, temos sérios assuntos a tratar, principalmente com você… Himawari.
A Deusa da Cura congelou a citação de seu nome.
— Como algumas aqui devem saber, a antiga Deusa da Sabedoria renunciou seu cargo de deusa para servir a um humano. Ironicamente falando, isso tudo está ligado ao desaparecimento repentino de um outro mundo que estava disfarçado de um continente no Planeta Terra… Penso que o Olden irá pensar…! — A mulher olhou com olhos afiados para Himawari, o que fez a deusa se levantar e tentar argumentar.
— E-Espera… por que está me olhando desse jeito? Eu não tenho nada a ver com isso não, poxa!
— Sim. Porém, desde o momento que você decidiu emprestar o seu poder a ele, deveria estar o supervisando mais atentamente…
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— Tá me dizendo que sou responsável pelos atos que o Dante fez a pedido de uma ex-deusa?!
— Você é a deusa dele, não?
— …Sei lá!
Fumiko suspirou fundo e jogou os papéis sobre a mesa.
— Bem… não importa. Eles que se resolvam com o Olden, eu não tenho nada a ver com isso… — Ela apontou para o amontoado de folhas juntas, e prosseguiu: — Olhem isto.
Cada uma das deusas pegaram uma folha e leram todo o documento. Todas ficaram surpresas com o conteúdo escrito naqueles grandes pedaços de papéis.
— Hm… herói…? Invocação…? Ajudantes…? Igual aqueles conteúdos que estão em animes e jogos — Iwashi disse.
— Talvez sim, talvez não. Mas acho interessante a ideia de termos ajudantes humanos, principalmente aqueles do mundo do Olden — Fumiko explicou.
— Puuuuuuuuur queeeeeeee acha issuuuuuuu, Fuuuuumiiiikoooo? — Yumiko perguntou, ainda com seu tom de voz puxado e sonolento.
— Não acha interessante? Até porque existem pessoas fortes de jeito sobre-humano no mundo de Olden.
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— Aaaaaaaaaté pooooooooodeeeeeeee ser… porém, isso já não aconteceu anteriomenteeeeee…? E, noooo fiiim, eeesseee caraaaaa sumiuuuu…
— Não se preocupe, eu tenho uma ideia sobre isso. Inclusive, acho que o Katanabe pode ser considerado um apóstolo da Himawari. — A Deusa da Cura não estava pensando em ter um discípulo aos seus pés. Então ouvir essas palavras foi como sentir uma flecha maliciosa perfurando o seu peito. E na parte de madeira da flecha, teria um papelzinho enrolado, e dentro dele estaria escrito: “mais trabalho para você”.
— Enfim, são só sugestões à parte, temos coisas muito mais importantes para conversar.
— Coooisaaaas mais… importaaaaaaaante…?!
— Temos que conversar sobre o Rei Dragão e o Rei Tartaruga.
Todas ficaram curiosas sobre esses nomes que empoderavam tanto poder. “Rei Dragão” e “Rei Tartaruga”, em um cenário de um jogo RPG, o tal do dragão já demonstrava ser um oponente incrível ou difícil, claro, isso pelo seu nome. Já no caso da tartaruga imperatriz, não se podia esperar muito, pelo menos algumas pessoas iriam pensar assim em um cenário de um jogo do estilo Dark Souls.
— Parece que eles irão ressuscitar em breve… e essa será a nossa maior chance, de convencer o Rei Dragão a virar um deus.
Todas ficaram perplexas com essa declaração da mulher. As divindades já tinham um bom histórico com esse dragão no passado. Devido a sua força, esse devia ser um dos motivos que as deusas queriam que o Rei Dragão virasse um “Deus Dragão”.
— Você tem certeza disso? Ele sempre recusou — Akami comentou.
— Não pretendo insistir para sempre, mas ele seria de grande ajuda para derrubar o Rei Demônio e, como deus também, obviamente.
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O dia de uma imprevista reunião sobre assuntos repentinos e importantes era esse. Onde o maior e mais importante assunto foi sobre o, entre muitas aspas, continente Asgras e Olden, que tinha alguma ligação com o local.
— Caso vocês estiverem se perguntando sobre as que não vieram, irei avisá-las e repreendê-las, não se preocupem em ter que fazer este trabalho. — Agora, vinha o último — Por fim, devemos tratar de mais um assunto importante. — Olhando com um olhar ainda mais sério, do que mantinha antes, ela disse:
— Vamos falar sobre o nascer de dois novos deuses.
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