Arco 3: Capítulo 14 - A Intensa Luta
“O… que… está acontecendo?”
Dante estava bastante confuso com seu estado atual. Uma hora, o jovem estava sendo arremessado até uma grande distância. Outra hora, ele estava transformado em algo parecido com o quê o homem que o atacou havia se transformado.
“De repente a dor parou?”
Tinha isso também. Pelo visto, por causa dessa transformação, sua dor havia se dissipado por completo. E, estranhamente, mesmo com chifres no lugar dos olhos, ele conseguia enxergar.
Estava na cara que isso foi obra de seu Anjo da guarda. Ele não entendeu o porquê ou como Angel fez isso com ele. Até que se lembrou do sangue. Talvez, fosse obra do sangue dela. De qualquer forma, pensar e não perguntar e, principalmente, não fazer nada não iria o ajudar.
— Angel! — exclamou.
— Desculpa, depois explico.
O homem ficou surpreso com a transformação do garoto e, também, irritado.
— Tá de sacanagem — disse correndo até Dante.
Percebendo a aproximação do rapaz, Dante pegou, de forma sorrateira, uma panela de pressão que estava atrás dele caída no chão, e a escondeu em suas costas.
Se aproximando perto demais do garoto, o rapaz preparou-se para socar o rosto dele, fechando seu punho. Porém, antes que pudesse socá-lo, Dante, novamente, deu um chute em seus testículos, fazendo o homem perder seu equilíbrio e ajoelhar-se no chão. Após isso, o jovem bateu com a panela de pressão em seu rosto.
Com esses golpes, o rapaz caiu no chão, e Dante aproveitou esse momento para dar-lhe mais um chute nos testículos. Essa sequência de golpes fez o homem agonizar-se no chão de dor. O garoto aproveitou e correu até Angel.
“Um cara maior que você correndo até sua direção é assustador demais!” Penso enquanto largava a panela de pressão no chão.
Chegando até a garota com Rishia em um estado crítico, ele perguntou:
— Que houve comigo? Que cê fez comigo?
— Desculpe por isso ser tão repentino. Eu te dei um traje… uma medida de proteção… Não sei dizer se pode ser chamado assim, mas isso irá te proteger… acho.
— Acha?!
— De qualquer forma, você terá que lidar com aquele cara ali, enquanto ajudo a sua amiga aqui — disse guardando a espada na bainha.
— Quê? Como?
— Lute contra ele. Mate-o.
O garoto ficou sem palavras em meio a essa frase. Cruzando os braços e fazendo um sinal de negativo, exclamou:
— Nem pensar! Cê tá me dizendo pra matar ele mesmo!? E por que eu tenho que lutar? Definitivamente não sei fazer isso…
— O quê? Mas você lutou, não é mesmo? Sentou ele na porrada.
— Eu estava com raiva e agindo de forma irracional. E, ainda assim, perdi a luta. E, também, nunca conseguiria matar alguém!
— Você diz isso mas atirou contra ele.
— Eeeeeh…
Vendo que aquilo não ia dar em nada, Angel disse:
— Olha só, Dante. Matar é fácil. A sensação da garganta daquela pessoa em suas mãos, sabendo que se aperta mais um pouquinho, poderá enforcá-la e, consequentemente, matá-la. Os humanos têm uma vida muito frágil, não é difícil matar alguém.
— …Bizarro, mas mesmo assim não vou matar ningué… — Antes que pudesse completar sua frase, levou um soco em seu rosto, o disparando.
No arremesso, enquanto estava em pleno ar, perdeu a pouca altitude que já tinha e, caiu no chão, quebrando seus ossos. Isso se repetiu, e cada vez que ia de encontro com o chão, continuava indo em direção aonde foi arremessado, como em um filme de ação, e cada vez mais seus ossos eram quebrados.
— Ai… que… dor…!
No fim, foi levado até uma parede, e caiu novamente no chão, permanecendo lá.
O homem andou até o garoto. Chegando nele, o rapaz segurou Dante pela garganta, o levantando.
— Irritante — disse, apertando cada vez mais a garganta — Talvez eu te leve morto até o Rei Demônio. No fim, ele só vai usar seu coração. Estarei poupando-o do trabalho de te matar.
Dante deu um soco em sua garganta, fazendo o rapaz perder o fôlego e soltá-lo, em seguida, deu mais um chute em seus testículos, e se afastou dele.
— D-De novo? Quantos mais chutes no meu saco você vai dar? Seu pestinha de uma figa! Eu vou te matar!
— E como vai fazer isso? Assinando o formulário do seguro desemprego? — Dante correu do local, e pegou a arma que havia sido largada após aquele chute que levou.
“Não quero matá-lo, mas debilita-lo seria uma ótima notícia neste momento.”
Mirou na perna do homem e apertou o gatilho. Infelizmente para ele, a munição da arma havia acabado, então, seu único meio de ataque — com exceção dos punhos — foi para escanteio.
— Tá de sacanagem? — disse batendo na arma.
O homem andou até o garoto. Na palma de suas mãos, uma substância cinza apareceu, e se moldou em duas armas de fogo. Pegando elas, o rapaz correu até Dante enquanto atirava.
Dante correu e, por sorte, desviou dos tiros.
A munição daquelas armas acabaram, então, o homem moldou uma katana, e foi em direção ao jovem.
— Ô, droga!
Sem pensar muito, Dante pegou a espada de Angel. — O anjo pareceu ter se incomodado com essa atitude, mas não fez nada. Provavelmente, se incomodou porque o garoto pegou sua arma.
Era pesada, mas não ao ponto de Dante não conseguir usar.
Correndo, eles avançam um no outro, atacando com as espadas. Obviamente, Dante não sabia usar uma, então isso era um problema, e ele atacou o homem de qualquer jeito com a espada.
As espadas se chocaram. A da Angel caiu no chão com o impacto. O garoto não estava com a postura certa, não atacou com a força certa e nem aguentou o impacto. Dante não era um amador com espadas, e sim um fracasso, já que nunca lutou com uma antes.
Uma parte da lâmina da katana foi cortada, e o homem ficou perplexo com aquilo.
“Que espada era aquela…? Obviamente o garoto não sabe lutar, e mesmo assim… aquela lâmina cortou a minha katana… Será uma habilidade que Dante escondeu? Não… não é isso… Tenha calma Altair Minamoto.”
Jogando a katana no chão, Altair correu até Dante, cerrando os punhos. Como não conseguiria lidar adequadamente com aquela espada, e como o homem largou a sua, o garoto correu, também com os punhos encerrados, em direção ao Minamoto.
Mesmo não sendo bom em lutas, Dante não tinha muitas escolhas, ele teria que estender a sua luta até Angel poder derrotar de vez Altair Minamoto.
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