Índice de Capítulo

    Novamente, na sala de reuniões que ficava em um castelo ligado à catedral, o papa, junto de cardeais, iniciaram uma importante discussão sobre os eventos desastrosos que surgiram em Schalvalt.

    — Papa — Um dos homens deu início à conversa —, acredito firmemente que vossa grandiosidade esteja sabendo dos eventos que aconteceram em um dos restaurantes localizados na capital.

    — Uma briga. — Seu sorriso gentil de sempre não saiu de seu rosto — Mas, o que isso tem de tão especial para solicitar a minha presença?

    O homem quase se engasgou com essa pergunta. Ajeitou sua postura e continuou.

    — Perdão, papa. Sei que o senhor deveria estar fazendo coisas mais importantes, neste momento. Porém, isso não pareceu ter sido uma simples briga — A luta entre Dante e Altair levou a resultados que nem os dois podiam imaginar e, na verdade, nem repararam nas consequências — Ao que os relatos dizem: não foi uma luta de duas simples pessoas, foi uma luta de dois humanos-monstros. Até a realeza deu um pouco de atenção para isso. — A batalha chegou em uma proporção que até a família do Rei da nação deu uma atenção.

    O papa suspirou em tristeza. O sorriso gentil em seu rosto se transformou em uma expressão facial de decepção.

    — Até quando teremos que lidar com essas criaturas… inimigas de Deus? — Se levantou da sua cadeira e foi até a grande porta — Quero que vocês investiguem mais a fundo esse caso, e descubram melhor quem são esses “humanos-monstros”. Eles são inimigos de Deus, e merecem ser aniquilados.

    Todos os cardeais se levantaram de suas cadeiras e mostraram reverência. Enfim, concordaram com a ordem de Joseph. O papa saiu do local, decepcionado, triste e furioso com o que acabou de ouvir, mas seu rosto não expressava isso explicitamente.

    Enquanto passava pelos corredores, uma mulher encapuzada com um manto que cobria até os seus sapatos, disse com uma voz doce:

    — Tenha um bom dia, papa.

    Não sabia quem era, mas também não viu inimizade vindo dela, Joseph decidiu ser gentil com a garota.

    — Tenha um você também — respondeu com um gentil sorriso.

    A garota viu o papa se afastar, com passos longos em direção ao trabalho.

    “O mestre vai enfrentar problemas a partir de agora…”

    Ela ouviu toda a conversa, e não gostou nem um pouco do assunto tratado, e de como foi terminado.


    Enquanto isso, Bill estava em uma pequena caverna preparando carne numa fogueira.

    A pequena caverna era um bom local para se esconder de uma nevasca ou uma tempestade.

    — Falta pouco para chegar em Schalvalt, ela irá adorar comer essa carne. — O rapaz estava sendo coberto pelo seu manto.

    De repente, ele ouviu um som de várias pegadas vindo em sua direção. Esse barulho vinha do fundo daquela caverna e, para o homem, era irritante.

    Ele se levantou, deixando a carne assando na fogueira.

    O som de pegadas aumentaram, indicando a proximidade de quem fosse. Do fundo da caverna, saiu uma aranha de quase dois metros de altura. Ela estava olhando para Bill como se fosse sua refeição, batendo as patinhas no chão.

    — Espero que a carne não queime. Caso queimar, já tenho uma bem na minha frente, de qualquer forma — disse Bill, em um tom brincalhão.


    A paz reinava em Kuyocha, como sempre. Alfrey estava descendo em uma escada espiral, feita de pedra, junta de um mordomo.

    — Como ela está?

    Se referia a impostora que se disfarçou de Lyvia, invadiu seu palácio e tentou assassiná-la com uma arma de fogo.

    Com uma face séria no rosto, o rapaz respondeu:

    — Ela está resistindo a sessão de tortura. Nós não estamos usando nada cortante, como a senhora pediu, só está sendo usado o uso da violência por punhos.

    — Ótimo. — Suspirou — Tortura realmente não me agrada.

    Chegaram ao fim da escada e havia uma porta bem na frente. Abrindo-a, entraram no local onde a Falsa-Lyvia estaria sendo torturada.

    O outro mordomo estava em pé, encarando a garota com uma expressão séria, enquanto a impostora estava no chão.

    O que sobrou do seu braço, depois que Alfrey o explodiu, estava enfaixado e curado para que não pegasse uma hemorragia.

    — Vocês dois poderiam deixar a sala? — disse a rainha.

    Os mordomos concordaram e cumpriram com sua ordem, deixando o local e fechando a porta, fazendo as duas ficarem sozinhas.

    — Vi que você realmente levou muita porrada, cópia mal-feita da Lyvia. — Alfrey riu, mostrando dominância e irritando a impostora.

    — Vai se ferrar! — gritou a Falsa-Lyvia.

    Alfrey tampou os ouvidos.

    — Como grita… — reclamou — Enfim, quero lhe fazer umas perguntas. Mas, como você tá toda surrada aí no chão, vejo que não está cooperando, e isso é uma pena.

    A porta daquela sala foi chutada abruptamente, fazendo um som estrondoso, assustados as duas. Era a verdadeira Lyvia, que estava com um dispositivo parecido comunicativo, que se interligava com a pedra mágica que Alfrey entregou para Dante no festival.

    — Senhorita, o senhor Dante está chamando!

    — Chamou ele de “senhor”? E o que aquele imbecil quer?

    Pegou o item das mãos da mulher e foi para fora da sala a empurrando, logo depois, fechou a porta.

    — Dan… te? — a impostora disse, tentando imaginar se essa informação seria frívola ou não.

    — Vejo que você realmente é uma inútil…

    Da pequena sombra que havia naquela sala fechada, o anjo Bastet apareceu, como se fosse algum tipo de mágica, realmente impressionante. A mulher sedutora olhou em desdém para o doppelganger a sua frente, e estalou a língua. Cruzou os braços e seus olhos, além de mostrar raiva, mostrava reprovação.

    — Você só tinha um trabalho…

    Sua frustração era nítida. Ela queria mais do que tudo, despejar a raiva que estava sentido em algo ou alguém, e a parede poderia ser uma boa ideia, mas a mulher não iria focar naquela área.

    — O que você estava querendo, hein? Ela é a rainha de uma nação onde se encontra um dos poucos ou a única fonte de magia e mana. O Olden realmente foi um babaca nessa…

    As desculpas da impostora estavam enojando o anjo. Sua cabeça poderia começar a doer a qualquer momento com isso.

    — Sem desculpas! Você falhou de qualquer forma…

    — Você deve ser bem idiota para levantar a voz assim! Esqueceu que aquela baixinha e seus súditos podem ouvir nossa conversa a qualquer hora? — Se exaltou na hora de falar, e poderia se arrepender por insultar o anjo assim.

    E como o previsto, Bastet ficou furiosa, ela demonstrou isso pelo seu rosto. Seus dentes estavam rangendo e ela estava apertando os dedos em seus braços. Com isso, a impostora acabou se encolhendo.

    — Você é bem abusadinha, não? Essa sala tem isolamento acústico, ninguém irá nos ouvir… — Deu um passo em direção a garota no chão — e ninguém lhe ouvirá gritar.

    A mulher havia entendido o que estava prestes a acontecer, e reprovava isso com todas as forças.

    — Se afasta! — gritou, em medo e reprovação.

    O anjo se agachou ao seu lado, e segurou sua cabeça, a fixando na direção de seus olhos.

    — Acabarei com seu sofrimento.

    Os olhos da impostora estavam lacrimejando.

    — Sua… imbecil… Não quero morrer! — Se jogou contra a outra parede, tentando fugir da mulher. Porém, ela estava fraca, e não conseguia ficar de pé, teria que se arrastar — Eu fiz tudo que você mandou! E é assim que me agradece?

    Bastet puxou a Falsa-Lyvia pelos cabelos e bateu sua cabeça na parede.

    — Sou grata até certo ponto. Então, seu serviço acaba aqui.

    Lágrimas caíram dos olhos da impostora.

    — Não! Se afaste!

    A mulher não cedeu, e continou pressionando a cabeça da impostora contra a parede. Nesse meio, um silêncio pertubador surgiu. Ninguém estava falando nada, e a respiração pesada da Falsa-Lyvia, aos poucos, se sobressaia.

    Enquanto isso, no salão principal do palácio da rainha, Alfrey apertou um dos botões do dispositivo.

    Uma grande tela feita de mana, como se fosse um holograma, apareveu sobre o dispositivo.

    — Que foi? Tava ocupada.

    — Finalmente! Tava aqui tentando decifrar como fazia para se comunicar com você, sua bocó!

    — …Talvez eu tenha culpa nisso… Pera, é assim que cê fala com uma rainha?

    — Não venha com essa para cima de mim.

    Na tela de mana, o garoto estava em pé falando com ela, e junto dele, Alice estava fazendo o sinal de paz sobre sua cabeça. Flora estava voando ao lado do garoto. Yuri estava no ombro de Dante. Por fim, Freya estava no canto da tela, tentando ver a rainha.

    — Gente nova?

    Yes.

    — E a Angel?

    Aquilo era como uma chamada de vídeo, mas na versão de Kuyocha, com auxílio da magia. Com a diferença que, a tela era como um holograma, pelo menos, foi o melhor exemplo para se dar a isso.

    Era insano pensar que poderia existir algo assim em um mundo parado na era medieval. Mais insando ainda, pensar que um pedaço deste mundo era até pouco tempo atrás um continente no Planeta Terra. Olden devia ter seus motivos para fazer isso.

    Dante virou a visão da chamada para o anjo deitado na cama. Angel estava fazendo o sinal de paz, observando toda a conversa.

    — Bom dia — disse o anjo.

    Dante virou a visão para ele.

    — Vem cá, eu tava querendo ir aí em Kuyocha, tem como cê me mandar umas carroças ou…

    Antes que pudesse completar sua frase, um portal apareceu de forma abrupta dentro do quarto da hospedaria.

    Na entrada desse portal, foi possível ver Alfrey.

    Esse era um tipo de magia de viagem rápida, que parecia um pouco com a série de jogos Portal. Porém, diferente dos jogos, só havia um portal, mas o formato era parecido.

    Todos entraram no portal, deixando o quarto da hospedaria.

    — Desde quando tem essa magia? — o garoto perguntou.

    — Eu sempre tive — Alfrey respondeu.

    — Por que não usou quando a gente estava indo pra mansão?

    — Tenho meus motivos, além de que eu não estava afim também.

    O real motivo era que esse tipo de magia era desgastante para a garota, mesmo sendo a rainha da nação de magia e tendo quase mana infinita. Ninguém gostava de ficar desgastado. A garota havia acabado há pouco tempo, então esse efeito não serviu de muita coisa, além de deixa-lá um pouco cansada. Alfrey acordou com muita energia e disposição.

    Dante engoliu seco essa resposta dela, mas decidiu acabar com aquele assunto por ali e focar em algo mais importante.

    Lyvia acenou para o garoto e para o anjo. Ela estava feliz em rever seus amigos. Dante e Alice fizeram o mesmo.

    Coçando a garganta, o jovem começou as apresentações.

    — Alfrey, essas aqui são Alice, Flora e Freya — disse, enquanto apontava uma por uma, as mencionando — Ah, e essa aqui é a Yuri — falou apontando para a raposa.

    — Muito prazer. Meu nome é Alfrey, e sou a rainha desta nação.

    Todas ficaram com os olhos arregalados. Realmente não era de se esperar que um amigo seu tinha amizade com uma rainha de um país.

    — Você nunca falou sobre ser amigo da rainha de Kuyocha, Dante — Alice falou.

    — Longa história — o garoto comentou.

    — Bem, e qual era o assun… — Alfrey parou sua frase quando observou Freya. A garota viu que ela tinha uma coleira de escravidão, e seu estremeceu. Olhou com nojo e desprezo para o garoto — Dante, seu desprezível…

    — Ahn…? Ah, pera! Não é isso que cê tá pensando. — Percebeu do que se tratava aquele insulto, e tentou se explicar.

    — Relaxe, não me importo, na verdade. Mas, fala aí, qual é o assunto?

    — Então, você tem como remover essa coleira?

    Angel franziu as sobrancelhas e foi para frente do garoto.

    — Pera, pera, pera, foi para isso que viemos até aqui? — perguntou incrédula.

    — Bem, sim e eu tenho mais um assunto para tratar.

    — Por que você não pediu minha ajuda para tirar essa coleira?

    Franzindo as sobrancelhas, o garoto perguntou:

    — E cê consegue fazer isso?

    A garota esfregou suas mãos.

    — Observe.

    Ela se aproximou de Freya, agarrando a coleira de pedra. Usando da força bruta, a garota puxou a coleira com as duas mãos em direções diferentes. A força quebrou o objeto, partindo-o em dois, e fazendo todos admirarem a força de Angel.

    Dante agarrou seus cabelos com força.

    — Esqueci que você era desnecessariamente forte…

    Um assunto já foi tratado. Freya não era mais uma escrava, a coleita foi quebrada. Com isso, a garota estava livre.

    — E aí, Freya, sente algo diferente?

    A garota olhou para as palmas das suas mãos, e pensou na melhor resposta para essa pergunta.

    — Acho que… nada? Única coisa diferente é que a coleira não está mais no meu pescoço. Mas, fora isso, me sinto… como sempre, mestre… quero dizer, me sinto igual quando eu não era uma escrava, e quando estava com você… acho que isso é o que sinto.

    Se isso era uma coisa boa ou não, Dante não iria determinar isso, mas se Freya já não era mais uma escrava, então um objetivo já foi completado.

    — Que bom. — Dante fez um cafune na cabeça da pequena demi-humana.

    — Um demi-humano, né? — Alfrey estava pensando sobre o tipo de magia que a garota teria, já que os demi-humanos tinham uma relação com Kuyocha, há muitos anos.

    — O que quer dizer com isso? — Dante disse.

    — Nada não, depois penso sobre isso. — A garota bocejou — E, agora, qual é o outro assunto que cê quer tratar?

    — Ah, sim! É sobre a criação de um isqueiro.

    — Certo. — Alfrey virou-se para Lyvia, e falou: — Vá com as novatas e apresente-as ao local. Angel, vai com elas. Dante, venha comigo. — Ela saiu andando. O garoto seguiu a rainha.

    — Tá, mas por que cê tá me dando ordens? — Angel inflou as bochechas.

    Dante e Freya seguiram caminho, entrando em um corredor.

    — Você está rodeado por mulheres, Dante. Está tentando criar um harém?

    — Calada.

    Os dois entraram em uma sala, com uma mesa no centro, e ela era rodeada por estantes de livros.

    — E aqui é…?

    — Uma sala aleatória. Não sei porque existe, tava aqui antes de eu tomar o poder. Agora, focando no esqueiro, como você quer…

    Antes que pudesse terminar sua frase, Dante estendeu a palma de sua mão na frente da garota.

    — Antes de tudo, queria que você começasse a me pagar, a partir de agora.

    — Ahn? Isso não estava no nosso combinado!

    — Sei disso. Porém, meu trabalho de meio período acabou, o que significa que aquele acordo também, não?

    — …Não sei disso não, viu?

    — Ah, qual é? Cê é uma rainha!

    A garota estalou a língua em desistência.

    — Certo! Mas saiba que cê é um babaca!

    Okay. Agora, voltando ao assunto anterior.

    Dante explicou como pretendia fazer o esqueiro. Ele queria fazer uma espécie de mecanismo onde uma pedra pudesse bater com algo afiado, fazendo uma faísca. E nessa faísca, focada em algo inflamável, poderia criar fogo.

    Alfrey entendeu o que o garoto queria fazer, mas a questão, eles iam fazer.

    — Só precisamos de predra e algo afiado… isso é fácil, mas como você pretende fazer esse mecanismo funcionar? — Alfrey disse.

    — Um barbante.

    — Um barbante?

    — Arrume uma pedra, algo afiado, um barbante e qualquer coisa afiada para testar.

    — Certo…

    Alfrey pediu para um de seus mordomos. Com os itens adquiridos, o garoto deu o seu jeito para fazer esse mecanimos funcionar, e conseguiu.

    — Pronto!

    — Eh… — A visão que Alfrey teve foi de uma pedra e um pequena lâmina presos juntos à um barbante e, definitivamente, nada organizado. Já o garoto viu aquilo como um isqueiro feito por um amador — Ô, Dante, não acho que isso vai dar certo…

    Dante pegou o item inflamável que o mordomo pegou, e esse item era um algodão.

    — Tá vendo essa parte do barbante que está solto? Se puxarmos — Puxando, a lâmina bateu contra a pedra, fazendo faísca — teremos esse resultado.

    — Uma faísca — disse pouco impressionada.

    — Segura o algodão com os dois dedos de cada mão, como se tivesse segurando uma roupa molhada.

    Alfrey fez sem pensar muito no porquê. Dante colocou o projeto de esquero sob o algodão, e puxou o barbante. A faísca que saiu encostou no algodão, o queimando instantaneamente, e fazendo a garota jogar a pequena bolinha de fogo que, aos poucos, estava se dissolvendo, e recuar.

    — Que droga, Dante!

    — Foi mal, mas foi para teste.

    — Avisasse antes!

    — Olha, cê viu que funcionou, né?

    Isso a garota não podia negar, funcionou mais do que o esperado. No papel, não parecia ser uma boa ideia, mas na prática o sucesso foi inegável.

    — O problema é que o manuseio pode ser desagradável. Por isso, queria ver se daria para fazer uma carcaça.

    Alfrey pegou o projeto de esqueiro a força de sua mão, e estalou os dedos.

    — Senhora. — Um dos mordomos dela apareceu lá rapidamente.

    — Faça uma carcaça para isso daqui.

    — Sim, senhora.

    Com as ordens dadas, o homem começaria a trabalhar.

    Alguns minutos se passaram, e o mordomo voltou com o projeto de isqueiro com uma carcaça de argila.

    — Senhora. — Entregou na mão da rainha.

    — Agradeço.

    Alfrey colocou o isqueiro na mesa, e direcionou a palma de sua mão para o objeto. Abruptamente, uma cópia perfeita do objeto surgiu do lado do original.

    A garota pegou essa cópia a puxou o barbante, fazendo a faísca sair.

    — Bem, não é como na sua terra natal mas vai ser bem útil, vou poder copiar em massa com a minha magia. — Ela fechou seu punho e o estendeu no ar. Dante fechou igualmente, e deu um “toquinho” na mão dela. Basicamente, um cumprimento — Aaah, como é bom ser rainha e ter variedades de magia à minha disposição.

    Dante olhou para ela com inveja.

    — Viu, cê pode fazer mais uma cópia? Queria dar o isqueiro pra uma pessoa.

    — Ahn? Okay… Mas essa pessoa…

    — Tenho certeza que não irá te atrapalhar.

    — …Se você diz. — Estendeu sua mão novamente no esqueiro original, o copiando com sua magia.

    — Obrigado — disse pegando o objeto — Por falar nisso, você não precisa recitar o encantamento, é? Eu já vi você usando magia falando o encantamento, mas agora cê tá usando bem calada.

    — Não tem um motivo especial para isso. — Ela estalou os dedos novamente — Antes que vá me esquecendo.

    O mordomo apareceu novamente no local, desta vez, com uma bandeja, com uma bolsa de moedas sobre ela.

    “Deve ser legal ser rico…” Dante pensou.

    Após isso, todos se reuniram no salão principal novamente.

    — Agradeço a vocês por virem. Agora, irei abrir o portal de volta. — Antes que usasse a magia novamente, ela foi em Lyvia e cochichou: — Cê pode lá ver a impostora, e tentar tirar algumas informações?

    Lyvia concordou rapidamente, e correu para a sala de sua doppelganger.

    Chegando na sala, ela colocou a mão sobre a porta, a empurrando.

    — O quê?

    O local estava todo ensanquentado,  com carne humana espalhada pelo chão. A cabeça da Falsa-Lyvia estava abandonada no chão, obviamente, fora de seu corpo. Havia órgãos humanos espalhados pelo chão. Por fim, o rio de sangue fazia o lugar inteiro feder.

    A cena deixou a verdadeira Lyvia atordoada, enojada e perturbada. Ela ficou tonta e queria vomitar.

    O que aconteceu ali, foi uma completa carnificina.

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