Índice de Capítulo

    Freya estava dormindo em cima da cama. Ninguém tinha acordado até o momento, com exceção de Dante. Já haviam se passado várias horas desde que o garoto saiu naquele dia, no caso, foi para resolver o caso das mulheres e garotas perdidas.

    A garotinha, que estava deitada, começou a se mover lentamente e a resmungar.

    — …Não… pare!

    Pelo o que ela estava falando enquanto dormia, era óbvio que estava com um pesadelo. A menina começou a se agitar ainda mais na cama, até o ponto que ela acordou.

    — Ah…

    Ela acordou completamente assustada. Freya levou seus dedos aos olhos, e viu que estava lacrimejando. A garota apertou fortemente o seu peito, e começou a chorar baixinho.

    Mas ela parou quando prestou atenção no que estava vestindo. A menina ainda estava vestindo o casaco da pessoa que lhe tomou como escrava. Quando Freya se lembrou disso, a garota não ficou nem um pouco triste, na verdade, estava alegre.

    — …Talvez… Não! Talvez não! É muita arrogância da minha parte pensar assim. O Senhor Dante, é uma boa pessoa!

    Ela falou enquanto fechava os punhos com força, e abria um grande sorriso em seu rosto.

    De repente, a porta se abriu tão rapidamente, que seria capaz de quebrá-la. Uma pessoa de cabelos loiros invadiu o quarto. Essa pessoa estava com um grande sorriso em seu rosto, e com os olhos de um felino.

    — Hey, hey! F-r-e-y-a! Tenho algo para você!

    A pessoa que invadiu o quarto, quase quebrou a porta, gritou e soletrou o nome da escrava foi o Dante. Detalhe, ele fez isso com a voz mais fina e, ao mesmo tempo, divertida que podia.

    — Se-Senhor Dante?!

    A escrava acabou se assustando com o ato repentino do garoto. Ele fez tanto barulho, que acordou a Alice, Flora e a Yuri no processo. As três acordaram muito assustadas. Dante vendo isso, acenou para as três e falou:

    — Bom dia, boa tarde, boa noite e boa madrugada! — ele falou isso com a mesma voz fina e divertida que fez anteriormente.

    Alice vendo esse ato do garoto, fez uma cara de brava e levantou o dedo do meio para o garoto. Em seguida, ela falou:

    — Seu animal! — Em seguida, Alice se jogou debaixo das cobertas.

    Após isso, Dante foi até Freya. A escrava se lembrou que ele mencionou que tinha algo para ela.

    — Você disse, que tem algo para mim, não é mesmo? — a garota perguntou para Dante — O que seria?

    Quando ouviu isso, o garoto fez um sinal de pare com a palma da sua mão. Depois disso, ele correu para fora do quarto e, em seguida, voltou para o quarto trazendo uma sacola.

    — Hã? O que é isso?

    — São roupas, um amigo comprou para você! — Dante respondeu a garotinha com entusiasmo em sua voz.

    Ao ouvir isso, a escrava abriu a sacola, e viu que lá tinha algumas mudas de roupas. Foi quando Dante perguntou:

    — Quer experimentar?

    Um tempo se passou após aquela pergunta do Dante. Ele já estava com o seu casaco de volta, nesse meio tempo. Foi quando repentinamente, Freya saiu do compartimento.

    — …Então… o que acha?

    Ela saiu de lá com um vestido rosa que veio no saco. A garota estava um pouco corada, e suas orelhas de lobo estavam abaixadas. Tudo que a escrava estava esperando agora, era a aprovação do garoto.

    — Você está muito fofa! — Dante respondeu — Combinou certinho com você!

    — Sério mesmo?! … Ah, agradeço!

    Dante esboçou uma reação de surpresa ao ouvir isso.

    — Não tem que me agradecer. Tem que agradecer meu amigo… se bem que… vocês não se conhecem… Darei um jeito nisso, aí você poderá agradecer a ele devidamente!

    Ao ouvir que o garoto falou, a menina acenou positivamente com a cabeça e, em seguida, falou com o seu rosto corado:

    — Certo!

    — Mas por ora… — Dante falou enquanto se jogava na cama — Irei dormir, estou um pouco cansado.

    Dante, fechou os olhos, e esperou o sono consumir o seu corpo e mente. Mas isso foi tirado dele, quando percebeu que alguém estava sobre ele.

    O garoto abriu os olhos, para ver quem estava em cima dele. Ele viu uma ex-súcubo chamada Alice fazendo uma cara emburrada.

    — …O que você quer?

    O garoto perguntou com a voz e olhar cansado para ela. A garota à sua frente respondeu:

    — Você me acordou, e eu não consigo mais dormir… Você quer brincar na neve?

    Ela falou com um olhar um pouco sádico, mas no seu rosto estava evidente que ela ainda estava brava. Dante estava meio cansado, então só ignorou o olhar dela, e respondeu:

    — …Não!

    — …E quem disse que eu estou pedindo?

    No fim, ele acabou sendo obrigado a brincar com ela. Não só com ela, Freya também decidiu brincar, além de Flora. E, de certa forma, Yuri também entrou na brincadeira. Mesmo sendo uma raposa, ela ficou na gola da Camisa do Dante novamente.

    Eles estavam no meio da rua, brincando com a neve e fazendo bonequinhos com ela. Não tinha quase ninguém naquela rua, por causa do frio e da neve.

    Como o garoto foi obrigado a brincar, ele pelo menos decidiu se divertir, e começou a construir com grande boneco de neve. No caso de Freya e Flora, elas estavam juntas criando o seu próprio boneco.

    — Ei, Dante — Alice chamou o garoto repentinamente —  Dante!

    O garoto não estava prestando atenção nela, na verdade, ele estava muito focado no seu boneco de neve. Mesmo focado, Dante estava ouvindo a garota o chamar, e decidiu responder ela.

    — Que é?

    — Toma essa bola de presente!

    — Ai!

    Alice, jogou uma bola de neve na cabeça de Dante. Um pouco da bola de neve que se espatifou na cabeça dele e, em seguida, caiu na nuca do garoto, fazendo o menino tremer um pouco. Com lágrimas em seus olhos, ele exclamou:

    — Taca a mãe pra ver se quica!

    — Há, há, há, há!

    Ela começou a rir da cara dele, mas parou quando recebeu uma bolada na cara do garoto. Ele riu de volta com um olhar vingativo.

    Dante de repente parou de ouvir as coisas ao redor, e começou a ouvir uma linda e estranha melodia.

    “Ahn? O que é isso?”

    Ele estava sendo atraído por essa melodia, e só prestava atenção nela. 

    — Ei, Dante! O que foi?

    Sua atenção foi completamente mudada por Alice, que chamou ele e fez uma cara preocupada.

    Pardon?

    — Você estava aí, viajando no mundo da lua, e com um olhar sério.

    Ao ouvir isso, o garoto os seus dois olhos tremerem.

    — …Não é nada não! — Dante falou enquanto levava a sua mão até os seus dois olhos — Eu já volto!

    — Tudo bem, então?

    Ele saiu correndo repentinamente. O garoto estava indo em direção aquela melodia.

    “Por que sinto que algo ruim está para acontecer?”

    Ele correu, até que acabou esbarrando em uma garota de cabelos prateados. Eles quase caíram no chão. Dante vendo o que fez, se abaixou um pouco e falou:

    — Desculpa, eu estou com pressa!

    Ele fez a típica “desculpa japonesa” abaixando o seu corpo. Após isso, saiu correndo novamente. A menina de cabelos prateados ignorou ele por completo, e continuou andando até o seu destino.

    Após isso, ele acabou parando em frente de uma casa. Ela parecia estar abandonada e sua porta estava aberta. Não só ela, todas as casas em volta estavam parecendo que foram abandonadas.

    Talvez ele tivesse chegado em uma parte podre da capital. O garoto engoliu seco, e entrou na residência.

    “Por que eu entrei aqui? Isso está muito confuso! Mas sinto que fui chamado até aqui…”

    O local estava ridiculamente escuro, a única coisa que estava iluminando o local era a luz de uma única janela, mas mesmo assim, não era uma grande iluminação, dava para ver quase nada do local.

    — …Nossa! Aqui está fedendo!

    Era um cheiro podre indescritível, algo que estava fazendo as narinas de Dante se confundirem.

    Era uma mistura de cheiro de carne com cheiro de fezes, ou algo parecido. Definitivamente, não era um cheiro agradável, parecia que alguma coisa estava morta ali.

    Ele tampou o seu nariz com seus dedos, e vasculhou o local.

    “Tem alguma chance deste lugar ser o esconderijo do sequestrador? Este local parece estar…”

    Ele foi tirado de seus pensamentos quando pisou em algo viscoso, que grudou na sola do seu sapato. A parte do local onde ele pisou estava escuro, e como o local também estava fedendo, ele não soube o que era.

    Dante decidiu pegar o celular para iluminar o local, e foi isso que ele fez. Após pegar o aparelho, ele acendeu a lanterna, e viu o líquido viscoso que também estava preso em seu sapato. Era nada mais e nada menos do que sangue.

    — O quê?!

    Ele levou a lanterna do celular para a sua frente, e viu que tinha uma prateleira ensanguentada no local.

    — Hm…

    Ele levou lentamente a lanterna do seu celular, até a direita da prateleira, lentamente. Sua respiração estava ficando mais pesada, e seu coração estava ficando cada vez mais acelerado. Tudo piorava com o local que estava ridiculamente calmo.

    Foi quando ele viu, uma cabeça de uma criança decapitada, em cima da prateleira. Uma cabeça sem olhos, e totalmente ensanguentada.

    — Aaaaah!

    Ele tomou um susto com a cena e escorregou para trás. O garoto iluminou cada vez mais a cabeça daquela criança que parecia atender pelo sexo feminino.

    — Que isso! …Agora definitivamente, sei que realmente está acontecendo algo!

    O garoto ficou desesperado vendo aquilo, ele botou a mão na sua boca e apertou bem forte ela. Ele estava com medo e surpreso. Dante levantou do chão e decidiu correr até a saída do local.

    — Aaaah!

    Mas acabou sendo empurrado por algo que não podia ver. Ele caiu e bateu com força a cabeça no chão. Quando decidiu se levantar, por algum motivo não conseguiu.

    Seu celular que estava com a lanterna ligada, saiu voando para o canto da residência.

    — O quê… Uh… Ah, Aaaaaah! Ai!

    Ele viu a sua perna à sua frente, e depois olhou para o seu corpo para baixo. Sim, sua perna tinha sido arrancada fora. Na hora ele não sentiu nada por causa da adrenalina, mas quando foi se tocar da realidade, o que sobrou do seu joelho para cima começou a arder intensamente.

    — Aaaah! Ai!

    Ele se contorceu no chão, e foi de um lado para o outro. Sua perna estava queimando, a dor infernal que não sentia há um tempo voltou a ela novamente. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e, literalmente, arregalados de tanta dor.

    Ele já estava perdendo as forças, toda a dor estava sendo concentrada unicamente em sua perna dilacerada. Mas felizmente para ele, a sua dor desapareceu, por que? Porque a sua cabeça foi esmagada.

    Seus olhos saltaram para fora, sua mandíbula foi destruída, sua língua ficou entre a carne de seu corpo e o sangue que saiu de sua cabeça. Pedaços do seu crânio também voaram para os lados. E, assim, Dante Katanabe morreu mais uma vez.

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