Índice de Capítulo

    — Aaaaaaah!

    O garoto acordou mais uma vez no quarto de Himawari, a Deusa da Cura. Devido a sua última morte, a única reação que ele teve foi de segurar a sua perna com força. Para ser mais específico, a mesma perna que foi dilacerada há alguns minutos atrás

    Um detalhe que devia ser considerado, era que na parte da perna dele que foi rasgada, já estava sem uma parte da calça, e um sapato.

    — Bem que a Himawari falou…

    Ele disse com um tom tristonho na sua voz.

    O seu coração ainda estava acelerado, sua respiração pesada e as lembranças da cena estavam invadindo a sua cabeça. O que mais o perturbou naquele momento, foi o fato de ter visto uma cabeça decapitada pela primeira vez.

    Não é como se o garoto não tivesse visto pessoas mortas anteriormente, até porque ele já viu os corpos dos seus irmãos incinerados. Além disso, o garoto já foi decapitado uma vez, mas ele nunca chegou a ver as suas mortes.

    Mas mesmo assim, aquela cena o deixou muito mal, ao ponto dele ter quase vomitado. Ao passar do tempo, sua respiração ficou mais leve, e seus batimentos cardíacos já estavam normais de novo. Ele soltou a sua perna levemente.

    De qualquer forma, ele já estava morto. Invés do Dante sair do local — algo que geralmente faz após morrer — o garoto decidiu permanecer sentado por um tempo.

    — Okay, definitivamente está acontecendo algo. O que será? Por que tinha alguém morto naquele local? — ele falou enquanto começava a bater em sua cabeça — Pensa Dante, pensa!

    Ele continuou socando a sua cabeça sem parar, até que chegou em uma conclusão que no momento poderia fazer sentido.

    — E, se for uma besta demoníaca?

    Se for levar em consideração, as bestas demoníacas gostavam de comer humanos. O garoto não tinha visto o resto do corpo daquela garota, então poderia se imaginar que o demônio tenha comido o pescoço para baixo, deixando só a cabeça de sobra.

    — Se não me engano, esses demônios gostam de comer humanos… E, isso é péssimo. 

    Ele começou a se levantar. Enquanto se levantava, a perna dele que tinha sido rasgada começou a tremer. Ao perceber isso, o garoto deu um soco na perna, o que fez ela tremer um pouco menos. Dante, suspirou e falou:

    — Bem, parece que nunca irei me acostumar com isso… foi traumatizante!

    Ele se levantou de vez, e foi em direção à esfera de poder de Himawari. Ao dar passos longos, e chegar perto da esfera, Dante parou para pensar em algo.

    “Espera, se eu voltar agora, será que irei morrer de novo?”

    O garoto se afastou um pouco da esfera de luz, e se sentou no chão.

    — Eu estou aqui há alguns minutos, mas lá fora pode parecer que morri há alguns segundos… e o demônio ainda pode estar lá.

    Se o demônio realmente estivesse no mundo da parte continental, se ele reviver seria uma perda de tempo, pois o demônio poderia matá-lo novamente. Pelo menos, foi isso que Dante pensou.

    — Então… o que eu faço?

    Ele pensou, murmurou e pensou novamente, até que uma lâmpada acendeu ao seu lado, ou seja, teve uma ideia.

    — Será que se eu corresse rapidamente até a saída, logo depois de eu voltar da morte, poderia escapar ileso?  — então ele se levantou novamente, e pôs a sua mão sobre a esfera de poder.

    — Bem, vamos testar esta hipótese!

    Então uma luz se emanou, e Dante voltou à vida.

    O jovem acordou deitado no chão, rapidamente se levantou e segurou a sua perna novamente. O garoto ainda não tinha se acostumado com o fato de ter perdido a sua perna pela primeira vez, então isso ainda era assustador para ele.

    O garoto ficou com a cara meio emburrada, porque a sua perna tinha sido arrancada fora e, junto dela, uma parte da sua calça e sapatos também foram perdidos.

    — Ah!

    Na verdade, ele viu o pedaço de sua vestimenta que havia perdido há alguns minutos atrás, eles estavam jogados no chão.

    — …Ah, merda!

    O garoto rapidamente se levantou, ele tinha esquecido por um momento o seu objetivo inicial — fugir do local o mais rápido possível — então, o garoto correu em direção a saída, porém…

    — Aaaaaah! — O seu braço tinha sido o alvo da vez. O membro tinha sido dilacerado por completo.

    O garoto vacilou nesse instante, já que ele só tinha o único trabalho de correr, mas ficou pensativo e olhando o local. Cada segundo é valioso.

    De qualquer forma, mesmo que o seu braço tivesse sido arrancado fora, o garoto não tinha caído no chão com o impacto do golpe — como a última vez — Então, ele ficou parado enquanto estava em pé. Foi então que a sua dor começou a se manifestar.

    — Aaaai! Aaaaah! Caramba!

    Quando a dor se manifestou no que sobrou do seu braço, ele cambaleou e caiu no chão. O garoto começou a gemer de dor. Também era possível ver lágrimas se manifestando nos olhos dele.

    A dor de queimação volta a assombrar o corpo dele novamente. Era a segunda vez que ele voltava da morte e, em seguida, entrava em uma situação que estava prestes a morrer de novo.

    Ele acabou se jogando para a parede de madeira do local e, então, olhou para a janela e viu que já estava escurecendo. Logo, logo, a luz que emanava daquela janela já iria desaparecer.

    — O qu-quê? …Já se pa-passou tanto tem-tempo a-assim?

    Ele tinha gastado a maior parte do dia, só correndo para chegar naquele local. Isso também podia dizer que Alice, Freya, Flora e Yuri tinham acordado 

    tarde naquele dia. Mas definitivamente, não era nem um pouco importante pensar isso.

    Sua visão estava cada vez mais embaçada, indicando a morte iminente, uma morte causada por hemorragia.

    Enquanto estava encostado na parede, e com sua visão embaçada, dava para ver uma figura estranha se aproximando dele, mais especificamente, dava para ver as pernas dessa figura estranha.

    O garoto já estava prestes a morrer, pela falta de sangue. A dor de queimação ainda se expandia no corpo e mente dele. O cheiro de sangue e a visão de ver seu braço sendo arrancado também.

    Repentinamente, a figura misteriosa botou o seu pé sobre o rosto de Dante. Ela começou a pressionar o seu pé cada vez mais forte no rosto do garoto, causando-lhe dor.

    Com o pé literalmente na sua cara, Dante não estava conseguindo respirar direito, já que o foco do pé estava no nariz dele.

    — Aaaaaaah… Wuaaaaaaaah!

    E, aos poucos, o nariz do garoto se quebrou. Seu crânio estava sendo esmagado. Seus olhos estavam saltando para fora da cabeça aos poucos. Sua boca estava aberta, e sua língua estava se agitando dentro dela, tentando deixar passar o ar.

    E, sem muito esforço da figura, o crânio de Dante se quebrou, ocasionado na sua cabeça sendo esmagada e seus olhos pulando para fora.

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