Arco 1: Capítulo 26 - O Prelúdio da Batalha

A noite tinha chegado e o garoto finalmente tinha conseguido dormir. Ele estava tendo o mesmo sonho que tinha sonhado na última vez, com sua morte. Mas dessa vez o sonho era um pouco diferente. Além de mostrar com clareza a imagem do Ceifador. E a morte de Dante estava acontecendo repetidas vezes.

—Urghhhhh. N-não— Sussurrava ele enquanto dormia e se contorcia. Mas novamente pelo seu sonho ele voltou ao lar da deusa do tempo. Ele, ao invés de estar flutuando como da última vez, ele já acordou sentado na mesma poltrona que estava sentado nos eventos anteriores do quarto dela.

—… Oie… Oiezinho… — Falava Iwashi, enquanto tentava esconder o nervosismo e vergonha estampado no seu rosto. Tudo que o garoto fez, foi virar o seu rosto e soltar um  “Hmpf!” no mesmo momento.

— Olha só… Me desculpa… Eu não sabia que você iria reagir daquela forma… Foi mal.

— Você não é a deusa do tempo? Deveria saber de coisas que acontecem no tempo! — Falava o garoto, enquanto fazia uma cara de mal-encarado, e apontando o seu dedo para ela. Iwashi direcionava o seu rosto para baixo e pede mais uma vez o perdão dele — Mas olha, não é culpa minha. A linha do tempo foi alterada e-

— A linha do tempo…? — Falava ele enquanto cortava a fala da garota.

— Tá eu não quero saber. Mas a Himawari deu uma bronca em você, não é mesmo? Só isso me deixa um pouco alegre, não posso mentir.

—… Sim e foi… Assustador! — Enquanto falava essas palavras, a sua perna direita começa a tremer de medo. E ela dá um soco na mesma, para parar de tremer — A Himawari assustadora?! Não acredito!

— Tá bom, tá bom. Mas por que você me chamou até aqui? Uma parte de mim está achando que não era só para pedir desculpas.

— Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem… Eu fiquei meio mal pelo que eu fiz com você… Então que quero te ajudar a derrotar o Ceifador…

— … Isso é serio?

— Sim…

— Beleza então. Quando vai ser isso?

— Vai ser depois de amanhã, as 2:00 da manhã no horário do seu celular. Você terá que invadir a cozinha uma hora antes, e pegar uma faca, e um saco de farinha de trigo meio aberto. E depois você espera no seu quarto, até eu falar com você.

— Tudo bem, eu estou pronto! — falava o garoto socando com o seu punho, a sua palma da mão — Você parece bem motivado para quem foi mutilado recentemente!

— Eu só estou fazendo cena… Por dentro eu estou me mijando de medo!

Um dia inteiro se passou, e o garoto fez tudo que a deusa pediu lhe para fazer. O que lhe resta seria esperar dá exata 2:00 da manhã.

“Hm… Que demora. Quantas horas será que já são?” — Ele pega o seu celular, que estava debaixo do travesseiro de sua cama. Ele olhava o horária, e via que se passar 10 minutos desde as 1:00 da manhã. — Ai que saco, vai demorar um bocado… Por falar nisso, faz um tempo que eu não pego no meu celular. Quanto de bateria será que ele tá…? Oooooooooooooooo quêêêêêêêêêêêêê?! — O seu celular não tinha nem passado da metade da bateria. A última vez que tinha tocado nele, estava com 100% de bateria. E ele só diminuiu 1% da mesma esse tempo todo. Sem dúvidas, algo impressionante.

“Não sei se é por que eu não uso o coitado faz um tempinho, ou a bateria dele é muito boa. Se bem que, ele foi conhecido no Japão inteiro pela sua bateria que mal acaba.” — Dante suspira e diz — É vou ter que esperar um pouco.

Ele esperou bastante, até que ele ouviu uma voz familiar. Era Iwashi chamando a sua atenção 

— Iwashi?! Cadê você?

[Eu estou falando com você por meio de pensamentos.]

— Pensamentos? Então você pode ouvir meus pensamentos?

[…Eeeeeeeeeeeeeeee tudo daí também, não só seus pensamentos. Tudo de fora praticamente.]

— Eu acho que entendi, mas mesmo assim, é bem estranho.

[Fica atento. Daqui a 5 minutos ele vai aparecer.]

— 5 minutos? Beleza!

5 minutos se passaram. Após isso só se pode ouvir sons de correntes naquele quarto — Urgh! Eu sei que você tá aí, para de se esconder ao meio desses sons — Falava o garoto enquanto segurava fortemente a faca em suas mãos.

De repente uma fumaça preta aparece, dando forma ao Ceifador — Eu não sei se você é muito corajoso, ou é só muito burro.

— Talvez a primeira opção. Eu sempre tirava notas acima da média no colégio! — Ele não estava sendo nem um pouco corajoso naquele momento. Seu coração batia descontroladamente. Tanto seus braços e suas pernas tremiam. O sorriso que tinha no rosto, era para disfarçar o seu medo.

— Sabe que pegarei pesado, né?

— Sei disso — Falava o garoto enquanto se levantava da cama.

[Agora Dante!!!]

— Mas sou eu que vou atacar primeiro — O garoto rapidamente pega o saco de farinha de trigo, e acerta na cara do Ceifador. Como o saco estava meio aberto, isso fez uma explosão de farinha de trigo. Qualquer um que estivesse com os olhos abertos naquele momento, iria se cegar com a farinha em seus olhos. Sabendo disso, o garoto manteu seus olhos fechados no momento do ataque.

O Ceifador não teve a mesmo sorte. Teoricamente ele não tinha olhos, porque era um esqueleto. Mas mesmo assim, ele enxergava com clareza as coisas. Algo que seria teoricamente impossível aos olhos humanos, mas ele é uma ser que está além da imaginação humana. Então para ele isso não seria mais que o normal? Sim, isso é mais que o normal para ele.

E existe demônios sem olhos que conseguem exergar muito bem. Um belo exemplo é o demônio que ateou fogo na casa de Dante e matou sua família.

[Dante go!]

Iwashi dava o comando para o garoto acertar o coração da criatura, mesmo sendo um esqueleto, havia órgãos escondido debaixo do manto dele. O garoto ia em direção a criatura, e se preparava para o ataque. Porém… 

“Urgh! Droga, eu errei, eu fiquei com medo. Merda, merda. Eu não consigo nem matar um cara que me matou umas três vezes?” 

Tudo aconteceu muito rapído. Em um piscar de olhos, o Ceifador deu um chute na barriga de Dante, fazendo o garoto ir de encontro com a parede de seu quarto, e quebrar a mesma.

No processo ele quebrou duas costelas, mas por causa da adrenalina Dante não sentiu nenhuma dor. O garoto caiu em do seu quarto na mansão, e caiu em cima de um gramado que amorteceu a sua queda. Os quartos da mansão ficam no ultimo andar da mesma, qualquer um que conseguisse pular de lá, morreria na hora.