Arco 2: Capítulo 29 – O Demônio Quadrúpede Ataca
“Por que… por que tem um demônio aqui?” Dante pensou enquanto se afastava lentamente, dando passos para trás.
— Não se preocupem! — O único garoto do trio de aventureiros exclamou com bravura, enquanto tirava sua espada da bainha.
— Ah, é mesmo, vocês são aventureiros, né? — Dante perguntou com entusiasmo.
O garoto pensou que como o trio era de aventureiros, e como estavam ajudando os cavaleiros do reino, eles seriam bastante fortes.
— Exatamente, pivete!
— Ei, Ivon! Não fale essas coisas, nós nunca nos encontramos com esta criatura — A garota do grupo falou.
— É verdade, Ivon, não fale merda! — A outra garota do grupo complementou.
— Caladas! Sariah, e Rury. Agora, é a nossa chance de mostrar o melhor do nosso grupo! É verdade que nós só matamos aranhas até agora… que são inimigos fraquinhos… mas nós somos fortes!
— Nós entramos pra guilda a três meses! Eu te falei, a gente não deveria ter aceitado essa missão! — Sariah exclamou.
“Merda, a gente vai morrer se depender desses três!”
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Dante pensou. Rapidamente, o garoto correu para frente da besta demoníaca quadrúpede, se curvou perante ao demônio e exclamou:
— Por favor, por favor, por favor, não mate a gente, por favor, por favor, por favor!
Dante implorou pela piedade do demônio. Eles estavam em menor número, e parecia que ninguém ali conseguiria matar a besta, pelo menos, era isso que o garoto estava pensando, enquanto implorava pela sua vida.
“Isso… isso é vergonhoso!”
O garoto pensou enquanto seu rosto estava ficando vermelho. O demônio olhou seriamente para ele, e disse:
— Tudo bem, não vou machucar vocês. Vão embora, o único humano que pode ficar a vontade por aqui é o mestre.
O garoto ficou bastante surpreso com as palavras da criatura. O demônio não parecia estar mentindo, pelo contrário, as palavras que foram transmitidas por ele, foram mais puras do que água cristalizada.
Os olhos de Dante se encheram de brilho e lágrimas, era como se ele experimentasse algo que amava pela primeira vez, e sentisse aquela sensação de realização.
“Pelo visto, existem bestas demoníacas que não matam ou sentem pena de humanos… isto é lindo.”
O garoto até tirou uma lágrima que estava sobre seu olho. Também deu para perceber que todos, com exceção de Cletus, tinham visto que aquele demônio não seria uma ameaça por ora.
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— E-Espera, você disse mestre? Espera, o quê você… — Dante olhou para o lado, e viu Cletus, que até o momento estava paralisado e imóvel, mas parecia que ia fazer algo.
— Aaaaaaah!
Com um olhar assustado, o cavaleiro gritou e tirou a sua espada da bainha, em seguida, foi em direção para atacar a besta demoníaca.
— Seu idiotaaaa!! — Dante tentou parar a ação dele, mas falhou miseravelmente, pois Cletus brandiu a sua espada contra o demônio.
“Nãooooo!! Por que? Agora, todo mundo vai morrer! Cletus, seu grande pedaço de merda! O demônio não ia fazer nada!!”
O garoto pensou em desespero. Ele queria matar Cletus por causa de sua atitude idiota.
A besta demoníaca se esquivou com perfeição do ataque do cavaleiro, indo em direção à parede, e se pendurando ali mesmo.
— Entendo, parece que vocês querem brigar. Vamos nos apresentar, se esse é o caso, meu nome é Kaira, e o seu humano?
Cletus não disse nada, e só correu em direção ao demônio enquanto gritava loucamente, com o intuito de atacá-lo. Toda essa atitude dele, se deve ao fato do seu medo por Kaira, encontrar um demônio pela primeira vez fez ele mijar nas calças.
Cletus atacou com a sua lâmina na direção de Kaira, mas a besta demoníaca se esquivou elegantemente do golpe.
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Em seguida, o demônio esticou a mão e, após isso, usou as pontas dos dedos para desferir um ataque no pescoço do cavaleiro, fazendo o homem engasgar e perder o ar por alguns segundos.
“Ai, não, o que posso fazer… o que posso fazer? Não tenho nenhum poder… e acho que não tenho força o suficiente para lutar com uma criatura maior do que eu… Com certeza esse demônio vai considerar nós, os demais, como inimigos!”
Dante acabou considerando em fugir. Aquela luta não estava levando em nada, já que Cletus era o único que estava apanhando, também não parecia que mais alguém poderia batalhar. O homem levou um soco na barriga, e se ajoelhou no chão.
“Ah… não tem jeito!”
Dante levou o seu pé para frente, dando um passo, mas acabou parando quando viu uma figura passando em sua frente. De forma silenciosa e rápida, uma garota correu até Kaira, e deu um soco no demônio, que fez o ele ir em direção à parede.
Todos no local ficaram surpresos ao virem quem foi que desferiu o ataque no demônio. A garota responsável por atacar a besta demoníaca e salvar Cletus do pior, foi Saori.
— Você deu o maior porradão nesse bicho, viu! — Dante exclamou — Serião, Saori. Você é forte? Você é forte? Você é forte? Por que não disse antes? Vai servir de grande ajuda!
— A-Ah, obrigada? Eu acho — O garoto estava pulando de alegria na frente da garota, que acabou ficando ainda mais timida do que já estava antes.
— É verdade, que incrível, Senhorita Saori! — Rury disse.
— Sim, sim, incrível! — Sariah falou.
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— Que massa! — Invon exclamou.
Os quatro começaram a pular de alegria em volta de Saori, atitude que deixou a menina bastante envergonhada, ela só queria enfiar a cabeça de baixo da terra no momento.
De repente, os cinco só puderam ver Cletus correndo do local, e a criatura se levantando. A besta demoníaca estava muito irritada com o que tinha acabado de acontecer, ao ponto que começou a sair espuma de sua boca.
Então, os demais decidiram correr também, e o demônio quadrúpede correu até eles.
“Droga, droga, droga!”
“Tenho uma ideia!” A Sabedoria apareceu repentinamente na mente de Dante, e o garoto ficou surpreso com o tom de voz que ela apresentou, um tom animado.
“Você tá aí, Sabedoria? …Ideia? Tem uma ideia? Qual? Qual é?”
“Talvez você não curta muito.”
“Ahn?”
Enquanto corriam, Saori percebeu uma pedra no chão, grande para preencher completamente e somente uma mão.
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— Eu realmente não curtir muito esse seu plano — Dante murmurou — Ah, fazer o quê?
O garoto viu a pedra no chão, e a pegou. Em seguida, ele tirou o celular de seu bolso, e abriu o aplicativo câmera. Enquanto isso, Kaira estava chegando cada vez mais perto de Dante, os demais continuaram correndo, mas pararam quando viram o menino em ação.
— Continuem correndo! — Dante gritou com todas as suas forças para o seu grupo.
O demônio já tinha chegado perto o suficiente para ficar de cara a cara com Dante. Depois disso, o garoto apontou a câmera de seu celular para o rosto da besta demoníaca, e repetidos flashes de luz emanaram no local.
Os olhos de Kaira arderam com os repetidos flashes que viam do aparelho de Dante, a criatura se afastou.
“Agora, Dante. Corre!”
— Beleza!! Aaaaaah!
Dante correu para o lado, para a parte mais escura do local. Não dava para ver nada à sua frente, ele decidiu só seguir as ordens da Sabedoria. A criatura quadrúpede correu até o garoto. Quanto mais os dois entravam no mais fundo, mais o local ficava sombrio.
— O quê? Ah… aaaaaah!
De repente, o garoto não sentiu mais o chão em que estava pisando, invés disso, ele sentiu o seu corpo sendo levado para baixo, com o demônio foi a mesma coisa.
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“Isto não estava no plano!”
Dante percebeu que, na verdade, tinha caído de um penhasco de trinta metros de altura.
— Não, não, não, não!
O garoto caiu em alta velocidade em direção ao chão, o deixando desesperado, pois não era algo que ele esperava no plano de Sabedoria. Caindo por trinta metros de altura, o coração dele começou a se acelerar cada vez mais.
Era uma situação bastante assustadora, já que ele não esperava algo do tipo, e nem experimentou antes. Dante caiu de um enorme penhasco.
O impacto fez com que seu crânio se quebrasse. Sua visão estava turva. Seus ouvidos ainda estavam funcionando, mas aos poucos, estavam falhando. Tudo que sentia, era o cheiro do local. Tudo que ouvia, era um som irreconhecível.
Aos poucos, sua visão se turvou ainda mais e, de repente, uma grande escuridão tomou a sua consciência, Dante havia morrido.
Durante isso, o seu celular caiu lentamente, enquanto batia nas paredes rochosas do local. Até que o aparelho caiu ao lado do garoto, com a iluminação do telefone atingindo uma parte do rosto de Dante, iluminando um pequeno trecho de seu rosto, com seus olhos mortos.
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